Já não conto mais os dias em que não nos falamos. ainda assim, você surge no canto da minha mente. às vezes, sem perceber, procuro por ti em rostos desconhecidos, nas músicas que escuto, no verso de algum livro, ou quando seu nome é dito por alguém… nas poucas manias suas que eu decorei.
Sinto tanta sua falta… e nem sei se algum dia conseguirei traduzir esse vazio em palavras compreensíveis. amar você em silêncio e à distância é doloroso. ao mesmo tempo, acho que não ir atrás foi o ato de amor mais forte que fiz, por não querer bagunçar o sossego que você encontrou com a distância de tudo o que sou.
Se a vida quiser brincar de reencontros, que seja calmo, sem dor, sem o peso de um passado. apenas a presença leve de dois desconhecidos que, um dia, se guardaram.
Os sinais estão sempre à nossa frente; o difícil é escolher enxergá-los.
Eu sei... parece que essa dor nunca vai passar. Que desistir seria mais fácil, mais silencioso. Mas vai por mim: não é. Todo mundo já conheceu os dois lados da mesma moeda, a queda e a esperança. Você vai superar. Vai doer, sim. Mas toda dor também cansa de doer. E um dia, sem aviso, numa manhã qualquer, você vai acordar mais leve. Não porque tudo se resolveu... mas porque, de alguma forma, você aprendeu a respirar mesmo com o peito remendado. E isso, no fim, também é força.