Saudade é âncora ou bússola? Te apoia ou te guia? Saudade é direção ou fuga? Te mostra o caminho ou te afasta da realidade? Saudade é dispersão ou refúgio? Te separa ou te acolhe? Saudade é arrependimento ou satisfação? Te trás remorso ou prazer? Saudade é memória ou dor? Você senti necessidade ou desespero? Saudade é emoção ou compreensão? Você é ego ou desejo?
“Doença é Adolf Hitler Donald Trump e Jair Messias Bolsonaro. Doença é Benito Mussolini Eduardo Cunha e toda aquela cúpula de salafrários. Doença é o cinza nos muros de São Paulo e João Doria com a sua cara de quem engana sorrindo descaradamente em um programa de TV. Doença é ônibus lotado e gozo no ombro da pessoa ao lado. É a impunidade aos governantes do nosso Estado. Doença é Fome na África. Pastor Waldomiro Santiago. É ser negro e pobre e por isso ser sempre enquadrado nos padrões fracos que inventaram. Doença é encher as meias e cuecas de dinheiro e a reforma da previdência. Doença é querer curar amor.”
— Sobre “Cura Gay”
Eu esperei muito de ti. Esperei uma ligação, uma mensagem na madrugada, um pouco de consideração, esperei pra te ver e contei os dias pra isso. Esperei demais de você, esperei tanto que deixei você partir meu coração. Hoje, não espero mais, catei os cacos e colei cada pedacinho. Te amei, amei muito, me fiz vulnerável e você me machucou. Não espero mais tua volta, tua ligação no sábado, tua mensagem no domingo, não te espero mais. Cansei de sentir tua falta. Cansei de esperar por alguém que não existe. Eu não sei, apenas cansei.
eu deito e permito que a minha cabeça se infle que nem um balão, mas ela não flutua, ela antagonicamente pesa mais, puxando meu corpo inteiro pra baixo, afundando-o dentro da minha cama enquanto minha mente involuntariamente se expande com todas as coisas que não deveriam ser problemas dentro da minha cabeça. quando me deito e peso como se eu estivesse em jupiter eu não ouço ninguém, eu não vejo ninguém exceto tudo que me puxa ainda mais pra baixo e torna a minha mente ainda maior (de conhecimento doloroso, de análises que farão eu me detestar mais do que acho possível me odiar diariamente). nada denota presença além daquilo que me fere quando deito e penso e peso. com tudo isso você se sente capacitada pra se fazer presente? você conseguiria ser capaz de fazer eu sentir seu toque em vez da minha dor? tu conseguiria fazer eu ouvir tua voz em vez de lembrar meus gritos de sofrimento? tu saberia fazer de mim aquilo que não consegui fazer?
Eu espero que algum dia eu consiga sentir aquele frio na barriga de novo. Por que eu não deixei de acreditar no amor, por mais que ele tenha me machucado tanto. Eu ainda quero uma manhã de frio embaixo no cobertor olhando pra alguém e me sentindo a garota mais sortuda do mundo. Ainda quero beijos no meio das brigas. Ainda quero planejar o casamento, uma viagem, a futura casa ou os filhos que vamos ter. Eu quero amar de novo, me entregar de novo e ser de alguém de novo.
Eu sempre achei que o amor não era coisa pra mim, seja por aquelas paixões platônicas da época que eu era apenas uma adolescente, seja pelas aventuras que tive quando entrei na vida adulta, encontros casuais, palavras ditas ao vento sem um pingo de sentimento, decepções com pessoas que pareciam confiáveis.. enfim, tudo que eu quero te dizer, é que eu sempre estive no lado obscuro das coisas, onde a luz não chegava tão nítida, onde as esperanças eram mínimas, como alguém que aposta algumas vezes aleatoriamente na loteria, nunca imaginei que pudesse sentir o que estou sentindo agora, esse sentimento me consome mas também me apavora, me deixa sem fôlego, com uma ansiedade de que o melhor estar por vir, mas não sei como reagir, sinto muito, se quando tive a chance não segurei com minhas duas mãos pra não escapar, achava que já havia sentido tudo que tinha pra sentir, chegado ao topo dos sentimentos e que nada iria me abalar.. Sinto muito se estou confusa como uma criança que anda na roda gigante pela primeira vez, essa não é a primeira vez nesse brinquedo, mas é a primeira vez que dou voltas completas e não sinto nenhum enjoo..
😍
Aqui chove e nesse momento a oportunidade que eu queria era espalhar meus longos cabelos na sua cama, deitada no seu ombro e o único barulho a ouvir seria o estalar dos nossos beijos terminados em sorrisos.
Prazer, Bia!