Não sou o que você procura, sou apenas uma menina assustada com medo do escuro, perdida no próprio caos. Não sei me apaixonar pela metade, não sei me controlar, acho que é melhor você não me ter por perto. Essa sensação de pertencer é o que me mata por dentro e eu já morri milhares de vezes, não posso morrer de novo, não vou aguentar mais uma vez.
@iluminei /a.c
“Não me provoque. Não me instigue. Não me faça querer. Não me desperte. Não me cative. Não se interesse se a sua intenção não for fazer isso todos os dias. Quero intensidade, se tu não pode me dar isso, então nem se aproxime.”
— Escriturias
Viver no Brasil ultimamente tá complicado.
Se você se sente doente, não sabe se é: Dengue, Chicungunya, Febre amarela, COVID, Hepatite, Leptospirose, doença do bolsonarismo, doença de Israel cristão, doença do golpe só com tanque na rua, doença do antivax, doença do voto impresso. Tá complicado viu.
Como eu invejo pessoas simples (quando digo simples não me refiro a pequenez ou pobreza), pessoas objetivas, pessoas com altos e baixos, pessoas que vivem apenas o cotidiano, que não precisam esconder quem são, pessoas que são sociáveis por serem comuns. Mas eu sou o oposto disso, meu sim não necessariamente é uma confirmação, nem meu não uma negação, sou complexo e ambíguo e isso me isola, não enxergo o mundo em preto e branco mas sim em escalas de cinza. Me abrir é ter que explicar quem sou é isso leva tempo, sem contar que as vezes nem consigo explicar, só me frustro e fico pior, resumindo, queria ser descomplicado.
O que eu fui, já não me veste mais...
Oi, meu querido eu.
Como tem passado? Você tem se cuidado devidamente? Você tem se priorizado? Ou continua a sacrificar-se pelos outros? Bondade é um ato sublime mas deve ser usado em equilíbrio. Sim, até mesmo os bons sentimentos devem estar equilibrados. Todo extremo é oposto da paz que você busca.
Você já se permitiu descansar? Relaxar um pouco? Abrir aquele vinho que tanto gosta e se permitir sentir o prazer da sua própria companhia? Já notou o quão prazerosa ela é?
Já se olhou no espelho com olhos amorosos e notou o quanto seus traços são únicos? O quanto o brilho desses olhos podem irradiar luz àqueles a sua volta? O quanto a sua risada é música aos ouvidos daqueles que te amam?
Essas cobranças desnecessárias em seus ombros só tornam mais pesado o fluir do rio que te leva ao oceano da vida. Descarte todos essas cargas, elas não te levarão a lugar nenhum.
Você saiu para ver o por-do-sol nesses últimos dias? Ouvir o canto dos pássaros, contemplar as estrelas e seus mistérios? Quantas coisas você fez que te fazem se sentir plenamente vivo? Ou continua no piloto automático?
Quantas vezes essa semana fechou seus olhos em silêncio e sentiu a sua presença? Conectou-se ao Todo e agradeceu? Esses singelos momentos podem mudar todo o seu dia. Quiça, sua vida.
Permita-se. Sinta. Viva.
Com amor,
Seu eu.
@cartasparaviolet
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre?
Cássia Eller (via recitarpoesias)
Nada pode ser pra sempre, nem a felicidade
Prenderam os indígenas e os negros, jogaram os pobres nos guetos;
Os inocentes na cela trocaram a paz pela guerra;
Desembarcaram as caravelas do terror e do medo, trouxeram suas bagagens, seu ódio e seu preconceito;
Negros, no navio negreiro se espremiam, mama África, Luanda, Angola, aonde estão seus filhos?
No oceano bravil, sem lenço, sem documento, escravos da maldade, reféns do sofrimento, lamento;
No canto do guerreiro, de forma hostil, preso no peito no cativeiro;
Lágrimas de sangue, sentimento de revolta, homens, crianças, mulheres mortos pelas costas; julgados à revelia, só a morte por sentença, caçados como bichos entre as matas das aldeias.
Sem defesa, subjulgados pela natureza, ferimento à flor da pele põe à prova a resistência;
No corte do chicote, tirania, covardia, o amargo das lembranças, saudades da família. Repúdio à existência, presos no próprio pensamento, a alma sufocada dilacera o entendimento; castiga, maltrata, bate, judia, se não fosse a traição, os negros aqui, não estariam. Diziam os guerreiros no momento de amargura: - Sunsê pode me prender, mas a minha alma, nunca! Na fria madrugada eu vi negro chorar, e os corpos de nossos irmãos a correnteza levar, no vai-e-vem das ondas agitadas pelo vento, naufragaram os sonhos e os mais nobres sentimentos, lamentos, inexpremíveis gemidos, e nossos ancestrais sobrevivendo à beira do martírio. O imperativo desabou, num lual desconhecido, a voz da África ecoava dentro de um navio!
eu tenho sorte. porque entre todas as pessoas desse mundo, foi você. porque você me amou antes mesmo de eu existir e me mostrou que forte é quem sabe viver seguindo o coração. bons tempos quando a gente morava juntinhas e cantava no karaokê e compartilhava livros e andava de moto. eu tenho saudade de tudo que a gente viveu porque foi bom demais. a saudade só não é maior que a vontade de escrever os próximos capítulos dessa aventura que é ser sua filha. dessa loucura que é dividir uma vida com você. eu tenho sorte por fazer parte de uma família cheia de mulheres fortes que me ensinaram que o amor é uma revolução. essa é a minha herança.