Austrian vintage postcard, illustrated by the Art Nouveau artist Raphael Kirchner, mailed in 1908
“Le Roi n'est pas l'élu du peuple à un moment de son histoire mais l'élu des siècles. Son pouvoir repose sur quelque chose de beaucoup plus solide qu'une lubie du suffrage universel, il s'appuie sur ce qu'il y a de plus solide au monde : une coutume. La royauté a un côté paternel qui est exactement appropriée à sa fonction et qui ne se retrouve nulle part ailleurs, même dans une Monarchie déguisée en république, comme celle que nous avons. Le roi est un père, sinon éternel, du moins permanent.”
— Jean Dutourd
A Diversidade Cultural e a Arte na Ásia
Ao longo desta série de artigos relacionados a Diversidade Cultural e Artística da Ásia, vimos como a Índia e a China, carregam uma identidade histórica que influência até hoje estes países e a vida das pessoas em outras regiões no mundo.
Nesta terceira parte da série, você irá acompanhar a Diversidade Cultural e Artística do Japão, um país que carrega uma forma singular de se estar em sintonia com a ancestralidade e com o mundo atual e tecnológico do Século XXI.
Localizado na região do extremo oriente e no Oceano Pacífico, o Japão traz uma rica história e cultura milenar, assim como foi abordado no artigo anterior desta série sobre a China.
É interessante como a formação do Japão se deu por meio da formação de pequenos reinados que com passar dos séculos, foram sendo unificados em um só reino.
Além deste acontecimento, houve uma influência muito importante da parte continental da Ásia, como a própria China, que trouxe inspiração para a criação de um novo sistema de escrita baseada em ideogramas únicos que são a base da língua japonesa e que evoluiu para a sua forma atual. Sendo assim, o idioma continua sendo singular e especial.
Nos séculos que se seguiam, o Japão viu várias transformações sociais, além da sua modernização anos antes da Segunda Guerra Mundial. Naturalmente, o Japão passou a fazer parte do início da globalização.
Uns dos momentos mais marcantes na história do Japão, foram os ataques por bombas atômicas que atingiram as cidades de Nagasaki e Hiroshima, trazendo uma destruição e uma marca histórica muito dolorosa para o Japão.
Anos após a Segunda Guerra Mundial, o Japão começou a recuperar-se como país, assim como as regiões atingidas pelas duas bombas atômicas.
Desde a década de 1960 até hoje, os produtos eletrônicos produzidos no Japão foram sendo sinônimo de excelência em qualidade, assim também começou a surgir grandes marcas multinacionais japonesas, como TDK e a Sony.
Na parte cultural, o povo japonês traz uma tradição de respeito aos seus ancestrais e aos pais, assim como trazem um nível de educação muito exemplar que é sempre notada em grandes eventos, como jogos olímpicos e em outros grandes eventos, onde ao final dos eventos, limpam o local onde estavam, assim mostrando como é importante o reconhecimento ao evento em que estiveram e pelas pessoas que o organizaram.
Até hoje, o Japão carrega uma herança monárquica, que hoje é representativa. O sistema governamental japonês se classifica como sendo uma monarquia constitucional com um regime parlamentar democrático.
Na arte japonesa, encontramos uma rica diversidade de elementos de arte que expressam uma forma muito singular de viver a arte de forma mesclada à vida. Podemos encontrar este exemplo na forma como há uma vasta composição de arranjos de jardins com os bonsais e de obras de arte baseadas dobraduras de papel, os origamis. A busca pelos detalhes e pela sintonia com os elementos da natureza, traz uma rica e abrangente abordagem artística que se nota em vários aspectos. No Japão, houve vários períodos artísticos que começam com o surgimento da modelagem da argila e foram evoluindo para as mais diversas áreas de manifestação artística. Uns dos principais movimentos que ocorreram durante a história do Japão foram: Ukiyo-e e o Nihonga.
O surgimento de novas formas de expressão artísticas trouxe uma forma de expressão de retratação dos vários contextos sociais, assim como a representação do estado de espírito do artista. O estilo Ukiyo-e trouxe por meio de ilustrações e desenhos feitos em técnicas de xilogravura e pintura em tecido, uma forma única de ver o mundo e retratar a sociedade forma geral.
Eram retratados muitos temas ligados ao cotidiano dos japoneses dos séculos XVII e XIX. O estilo Ukiyo-e teve seu auge ao final do século XVII e entre os temas mais populares que eram retratados, se destaca a ênfase na beleza feminina, em cenas históricas que transmitiam grandes acontecimentos descritos em livros da época, o teatro tradicional japonês, também conhecido como Kabuki, além de ilustrações relacionadas com paisagens naturais e com a fauna e flora.
Entre os destaques dentro do estilo, se destaca uma das obras que levam ao mundo ocidental a arte tradicional japonesa, que é conhecida por carregar a alma do estilo, conhecido como “A Grande Onda de Kanagawa” que é datada de 1831. A obra do artista Hokusai, mostra muitos traços marcantes que são as principais características do estilo Ukiyo-e, como as linhas e as cores marcantes, revelando características do estilo artístico. As ilustrações eram usadas em cartazes e sendo mais tarde levando para os cartões postais e comemorativos, se tornado famosos e tradicionais da cultura japonesa.
A influência do Ukiyo-e vai muito além das terras japonesas e até mesmo do próprio tempo. Seus conceitos tiveram influência em nomes consagrados do Impressionismo e Pós-Impressionismo na Europa, como Edgar Degas e Édouard Manet.
Já no século XX até período contemporâneo, seus conceitos de colorização e aplicação de tingimento são usados para a criação artística, como nos métodos de água-forte, serigrafia e do mezzo tinto.
[ 1 ]
A Grande Onda de Kanagawa, do artista Katsushika Hokusai, é a obra mais emblemática do estilo artístico Ukiyo-e.
[ 2 ]
Famosos Dez Lugares de Edo - O Brilho da Noite em Takanawa de Harunobu Suzuki.
A busca pela essência primordial japonesa teve grande ênfase na abordagem artística Nihonga. O termo, a princípio, abrange as técnicas artísticas e as artes tradicionais japonesas, buscando a essência e as características tradicionais que fazem da arte japonesa única. Seu surgimento data da década início do século XXI.
Abordagem artística Nihonga teve importantes nomes no início do século XX que promoveram o ideal Nihonga, como de professores e artistas tradicionais japoneses, como também por críticos de arte.
Essa movimentação social pelas classes ligadas à arte tradicional, tiveram como motivação o resgatar da verdadeira identidade japonesa nas artes tradicionais como também nos métodos e materiais tradicionais de confecção das pinturas japonesas, opondo-se à arte europeia e para as suas novas técnicas de pintura, como a aquarela e a pintura a óleo.
O vanguardismo do estilo Nihonga teve como aliado o momento histórico de transição governamental nipônico, no início do reinado Meiji, que era contra a influência europeia, e em especial, a influência inglesa sobre o Japão.
Os temas populares retratados nas artes Nihonga se caracterizam pela retratação de locais, histórias, religião, e a beleza natural, também conhecido pelo termo Kacho Fugetsu. Também é muito comum as ilustrações artísticas terem ideogramas japoneses que representam frases que trazem reflexão sobre vida.
Hoje o estilo Nihonga é uns dos conceitos artísticos mais importantes das artes tradicionais asiáticas e japonesas, assim como representa um importante período da história e inovação artística, como o conceito Mangá.
[ 3 ]
Na ilustração O Pássaro e a Borboleta de Ohara Koson, percebe-se os traços mais suaves e a serenidade dos elementos que compõem a pintura.
Como vimos ao longo desta série de artigos, Índia, China e Japão, trazem muitas preciosidades em suas histórias e culturas milenares. Apesar dos períodos em que tiveram grandes transformações sociais e políticas, conservaram muito de seus conceitos históricos que são uns dos grandes pilares das nações desses países e que influenciam a sociedade mundial de muitas formas.
O futuro para esses três países reserva grandes oportunidades para que possam situar no mundo contemporâneo, assim como em inovações tecnológica e na área da medicina. Um exemplo, são os avanços que a China fez ao ter vacinas sendo produzidas em tempo recorde contra a COVID-19.
---------------------------------------
Imagens:
[ 1 ] WikiMedia
[ 2 ] Ukiyo-e Gallery
[ 3 ] Museu Nacional Rijksmuseum, Países Baixos
------------------------------------
Redação e Idealização:
Jonatas I.
____________________________________
[Parte 2]
Na publicação anterior sobre a série "A Diversidade Cultural e a Arte na Ásia", vimos alguns aspectos que marcaram a Índia e como sua cultura e arte se desenvolveram ao longo dos séculos e como teve um grande papel na sua atual sociedade que conhecemos hoje.
Agora nesta segunda parte da série, você irá acompanhar um pouco mais sobre a diversidade cultural e artística da China e como ela influencia hoje, a evolução tecnológica do mundo no século XXI.
A China, desde sua formação, passou por diversas fases e períodos históricos que foram importantes para a sua atual construção social que conhecemos hoje. Muitas vezes são muito antigas e descrevem povos e reinos que datam do séculos antes de Cristo.
Os primeiros povos a conquistar as terras da atual China, foram os Mongóis. Este povo étnico era conhecido por conquista grandes territórios. Foram responsáveis por trazerem grande transformações nas áreas pelas quais eles dominavam, como em leis, régimes e negociações estratégicas com cidades invadidas.
Uns dos pontos mais importantes que marcaram a trajetória histórica da China, foram as dinastias, muitas delas marcadas pela invenções e inovações, mas também houve dinastias que simplesmente caíram por causa da invasão invasão de povos que estavam dispostos a conquistar a China.
Ao longo dos anos, a China trouxe muitas novidades e invenções que influênciam até hoje nossos dias:
Bússola
Papel
Papel Higiênico
Macarrão
Pólvora
Pepel-Moeda
Garfo
Sinos
Carrinho de Mão
Pipa
Sismógrafo [versão rudimentar]
Tinta
E outras invenções.
Foram através destes avanços que muitas das coisas que vemos hoje no dia-a-dia, conseguimos realizar grandes descobertas como nas áreas da ciência e também no desenvolvimento social do mundo.
A Arte na China tem suas próprias características. Em muitos documentos e registros de época, mostrava muitas ilustrações em que era comum retratar os imperadores, membros do reino e também pessoas comuns.
Muitas vezes, os desenhos contiam inscrições em mandarim na parte superior.
A cerâmica e a arte de pintar em vasos era algo muito comum na antiga China, muitas retratando paisagens naturais e também o ícone da china, o dragão.
Acompanhe a seguir um pouco mais das ilustrações e manifestações artísticas chinesas:
Nesta ilustração chinesa, a obra foi originalmente feita sobre a seda.
Nesta outra ilustração acima, podemos ver a representação de um imperador que vê sua filha andar sobre as águas razas de um rio, como se fosse abençoada pelos deuses ou dua origem não fosse daqui da Terra, mas de um reino de uma outra dimensão.
Nesta peça, os detalhes trabalhados na cerâmica, mostram vários detalhes e aspectos rudimentares, que apesar de antigo, traz uma riqueza cultura e artística importante.
Hoje, a China se destaca como uma grande potência tecnológica e as novidades nessa área são diversas, desde da criação de serviços virtuais famosos no mundo todo, até a formação de tecnologias para infraestrutura de rede e Internet. Mostrando que hoje a China ainda se inova e traz um novo olhar para o futuro, assim como os antepassados que construiram a China.
*********************************************
Na nossa próxima e última parte da série “A Diversidade Cultural e a Arte na Ásia”, iremos ver um pouco sobre a história e arte de um país singular e tão especial quanto a China, o Japão.
-----------------------------------------------
Imagens:
Wikipédia e Coleções Chinesas
Idealização e Curadoria
Jonatas I.
-----------------------------------------------
Lorsque notre nourriture, nos vêtements, nos toits ne seront plus que le fruit exclusif de la production standardisée, ce sera le tour de notre pensée. Toute idée non conforme au gabarit devra être éliminée.
John Steinbeck - A l'Est d’Éden - 1952
Quis fazer um quadro romântico. Será que acertei?