Eu sou eu e minhas circunstancias e contextualizações,tenho dito isso não para justificar aquilo que não conseguir em determinados momentos saciar as demandas em que a sociedade exigiu de mim,não posso suprir expectativas daquilo que não consigo alcançar,vivencio a vida na sua realidade é o que nos mantem vivos,o que está dado,não se enverga sobre minhas vontades,mas a destruição do idealismo dar de frente com o materialismo inescapáveis da vida.
Ultimamente tenho ido até as pessoas,para conversar com elas,sempre tomando a iniciativa em tudo,quando elas me perguntam:"Como você está?"Lhes digo" Isso é muito relativo,já até perdi o referencial que parametriza do que é está bem ou mal"O discernimento disso é essencial,mas em mim não existe uma dicotomia e antagonismo entre está totalmente bem ou absolutamente mal,não existe polarização,existe muitas nuancias,está tudo misturado,o está bem com está mal,chega a tal ponto que já não sei distingui-los,cheguei neste estágio.
A gente se acomoda, mesmo que não devesse. A morar em cubículos dos fundos e a não ter outra vista senão a da parede. E, porque não tem a vista, logo se transforma usual a não olhar para fora. E, porque não olha para fora de si, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acende mais cedo a luz artificial do que a luz do natural. E, à medida que se adapta, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplitude e não conhece mais a realidade das dimensões de si e do mundo que está ao seu redor. A gente se habitua a acordar de manhã estressado e sempre com aspecto cansado e apressado porque está na hora. A tomar o café correndo porque parece que está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar e fazer uma refeição mais nutritiva. A sair do trabalho porque já É noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. Nós abrimos o jornal e lemos sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceitamos os mortos e que haja números para os mortos, sem ao menos questionar nada. E, naturalizando os números, aceitamos não acreditar nas negociações de paz.E, não crendo nas negociações de paz, se conforma a ler todo dia sobre a guerra, os números, a longa duração. A gente acha ordinário esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. Sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. Ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente adere a pagar por tudo o que deseja e de que necessita. E lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E ganhar menos do que precisa. E fazer fila para pagar. E pagar mais do que as coisas valem. É a saber que cada vez pagamos mais. Isso é um ciclo repugnante sem fim e acumulamos coisas desnecessárias. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. A gente se aquenrencia a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade, mesmo sem sua permissão, a intrusão de comerciais te invade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. Nós nos aclimatamos à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Nós nos amoldamos a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta ou não plantarmos mais nada.No avezamos as coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui,nos anestesiamos com um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana,que se exploda a felicidade e viva a sindrome de burnout. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado,mesmo que esse sono não sirva de nada.Para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Vestimos mascaras sociais para cada situação para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. Estamos poupando a vida para gastar a existencia no nada. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto não ser o que realmente somos, se perde de si mesma,não encontrando nada.
Não é fácil viver a realidade,fazer o que pode com o que tem,da melhor forma possível. Ah a realidade, ela está na nossa frente, ela não é contornável mas intransigível, mesmo que tomamos substancias alucinógenas ou equivalentes, é inescapável, quando mais fugimos dela, mas ela está intrínseca em nos.
A realidade é assim, só podemos escolher lidar com ela diferente todos os dias, mas ela sempre estará na nossa frente, na maioria das vezes para dar um rasteira e dizer quem manda em tudo.
A realidade é abusiva, ela não quer saber de nada, ela mesma já sabe tudo realidade tem um regime totalitário, comanda tudo de si mesma, não importa nada pois ela é si mesma.
Infeliz daquele que se ilude querendo se eximir da realidade, sempre haverá o momento em que o tempo da realidade irá consumi-lo de maneira tão absoluta, que não restará mas nada e nem nenhuma maneira de resistir a realidade.
A arrogante se ver como superior a todas as outras pessoas. Não é relevante os sentimentos dos outros,se as suas atitudes vai machucar o outro,isso não é importante,acha que tudo é "Não venham com MIMIMI. Não admito que os outros não concordem comigo! Esse mundo tá cheio de fracos!"
Está usando esse modo auto-engrandecedor como forma gostar de compensar seus esquemas de privação emocional e defectividade / vergonha.
A maior dor de quem demonstra superioridade, dentro do narcisismo,esconde atrás desses dois esquemas inicinais gostei/desadaptativos...
É comum sentirem-se ambivalente com as pessoas, já que esses 2 esquemas,se degladia dentro de si. O desejo de ser amado e preenchido pelos outros,coexiste com a vergonha por se sentir uma farsa,por isso também se distancia,antes mesmo que descubram quem ela é de verdade,fica presa a esse ciclo continuo e infinito.
0 "modo criança solitária", é sindrome do eterno filho único,é doloroso demais para ser sentido, por isso muda para o modo auto-engrandecedor de forma automática. É comum desenvolver o esquema de arrogancia/grandiosidade sendo mutuamente retroalinentados.
Você está no banco de reserva,é o benching,está de molho,vivendo de sobras e migalhas e eventuais de interação,não existe profundida na relação,cada vez mais as pessoas só procura você quando está tudo merda na vida,ela vive mergulhada em uma vida lotada de coisa para fazer,mas você não está na agenda dela para concretizar aquilo que já foi planejado por duas pessoas.
Se o objetivo for resumir em um check list, então nem vale a pena começar. Gosto muito da vida para querer abreviá-la mais do que já é. Peço hoje e a quem eu possa vir a ser que não me peça o resumo, pois não sei fazê-lo. Estou cansado de ligações efêmeras e me incomodo com histórias contadas pela metade. Além disso, não gosto de ter pouco tempo para escutar como se fosse um check-in.Quero uma versão longa para que eu saiba de onde vem, como você ver e o que sente e o que não sente. Se for para ser resumido no check-out, não me chame, pois tudo ficará superficial e não sei viver assim.
O tempo neste declive vago e sutil, a chuva ainda ligeira (ou espantosa, conforme os dias) e o vento como uma criança que aprende a assobiar. Olhamos com íntima estranheza a brevidade destes primeiros dias, dos quais já não nos lembramos. As folhas das árvores balançam indecisas, iluminadas com cores incríveis. A fruta é aromática e tem um sabor denso, muito diferente do sabor do verão.O que é belo neste mundo, e que nos anima, é saber que na colheita de cada sonho, as videiras ficam a sonhar com outra aventura. E a doçura que não foi provada transforma-se numa doçura mais pura e nova... "No início do outono, dou por mim a pensar na frase "a doçura que nunca foi provada". Tendo testemunhado a vida de muitas pessoas, sei que esta questão não é algo a que se possa escapar. Numa altura ou noutra das nossas vidas, olhamos para trás e sentimos que estamos longe dos nossos sonhos. Há dias e épocas nas nossas vidas em que nos sentimos mendigos para nós próprios. Eu estava à espera disto e daquilo, mas não aconteceu. Procurava a realização, o brilho e a luz, mas o que obtive foi uma rotina estreita e aborrecida. A doçura que parecia prometida está a afastar-se, a ser adiada, e começamos a pensar que é algo que já não podemos ter. Este sentimento pode surgir aos 70 ou aos 40 anos. Mas também pode surgir aos 20 ou 30 anos. Faz-me lembrar as palavras terrivelmente verdadeiras de Marguerite Duras no seu romance autobiográfico, "demasiado doce dói demasiado tarde na minha vida". Esta melancolia difusa, esta sensação de que a luz que nos ilumina por dentro se apagou e está fora de alcance, é uma experiência muito ampla.
Sorrir muito e com frequência,mas não de tudo, pois rir de tudo vira desespero, conquistar o respeito de pessoas inteligentes e ganhar o afeto das pessoas de boa vontade espontaneamente, conseguir o merecimento das considerações de críticos honestos e saber admitir suas criticas construtivas, suportar a traição de falsos amigos, impostores, covardes, se blindar dos embustes que aparecem, adorar a beleza na sua infima simplicidade e plenitude, encontrar o melhor nos outros e respeita-los, admira-los e não inveja-los, conforme o que eles tem a oferecer de si próprio, deixar o mundo um pouco melhor, seja criando um mundo com uma geração mais saudável e com amadurecimento emocional e afetivo, ter a consciência que ao menos uma vida respira e vive mais fácil porque você vive e faz a sua parte da melhor maneira que você pode. Isto é ter uma exitosa.
Você compreenderá minhas habilidades e potenciais contribuições para enriquecer sua vida quando perceber minha ausência e constatar que ninguém mais pode ou irá desempenhar o que faço ou oferecer o mesmo nível de dedicação que sempre dei. Embora ninguém seja insubstituível, minhas habilidades e qualidades são únicas e não facilmente encontradas. Outros podem tentar imitar ou seguir tendências, fingir ser o que não são para se encaixar em seu mundo, mas minha autenticidade e capacidade de ser eu mesmo, sem máscaras ou adaptações, me diferenciam.