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Procure querer para os outros o que você deseja para si mesmo, tentando se parecer com o Cristo, e não com um cristão; com Maomé, e não com um muçulmano; com Buda, e não com um budista.
Dr. Wayne W. Dyer. A força da intenção.
Preste atenção a seus pensamentos. Eles vão se tornar atos. Preste atenção a seus atos. Eles vão se tornar hábitos. Preste atenção a seus hábitos. Eles vão moldar seu caráter. Preste atenção a seu caráter. Ele construirá seu destino.
Margaret Thatcher (via stoalin)
Na primeira doação perdi o chão. Na segunda o coração. Na terceira perdi a cabeça. E depois de perder tudo, aprendi que era preciso eu fazer mais por mim, muito mais... Então mudei o padrão. A minha atenção é para mim, o meu amor sou eu e o meu amigo é Deus. Com essa atitude, voltei a ter chão para pisar, recuperei o coração e a cabeça estraçalhados. Hoje, só tenho uma certeza: morro de amores por mim. Amo-me incondicionalmente. Aceito-me, incentivo-me. Cuido do meu corpo e do meu espírito. Aprendi a integridade, o amor de verdade e o valor de dedicar-me a mim mesma. Com isso, um novo horizonte se abriu à minha frente. Hoje não espero nada de ninguém. Amor é para quem tem. Curto estar sozinha, na minha companhia. Respiro fundo e em paz na minha presença. Nunca mais serei ausente de mim, não importa às circunstâncias. Fidelidade à alma é o segredo.
Aline Rafaela
No começo minhas demonstrações eram constantes queria conquistá-la, e queria que você conquistasse-me. Buscávamos paixão! Fui feliz nos pequenos toques, nos passeios, no primeiro beijo, ainda que naquele tempo a dúvida dos problemas jogasse contra, e mais forte, questões maternas... Estivemos juntos em turbulência. Aprendi logo cedo sua pior característica, a menina é volúvel, e sob muitas mentiras, escondeu muitas verdades, algo que me machucou até o fim, mas o que diminuiu para ela, passou para mim. Ao lado dos bons momentos haviam os ruins, embora os últimos me deixassem confuso, não me fizeram deixar de gostar de ti, apenas diminuir as demonstrações de afeto, pois sempre fui de remoer, enquanto você de esquecer! Nos momentos que me pedia beijos apaixonados, respondia com beijos anestesiados, porque a dúvida havia agora passado por dentro de mim. Gostaria que você tivesse sido minha primeira namorada, a primeira a que pudesse nomear com tal palavras, gostaria que tivesse sido a primeira mulher da minha vida. Ainda assim feliz! Por ser a primeira por quem me apaixonei, a primeira a quem amei, a única a quem entreguei tais palavras, e a única à quem no meu coração aconcheguei. Se algum dia me apaixonar novamente, claro, só poderá ser diferente. Embora por comparação infantil, espere igualá-la atipicamente, ou talvez não mais apaixone-me, e as que passarem, deixarão poucas marcas, rasamente. Machucou escutar: Tudo têm um fim, não há como permanecer eternamente... Dito ao léu... Eu teria ficado para sempre contigo, se me pedisse sorrindo...
Autor desconhecido.
O apreço pela jornada é uma questão de sobrevivência. É preciso gostar do eu, topar se arrepender, ver orgulho na caminhada por si só. Sabe, não dá pra ter tristeza muito longa, nem alegria de mentira. Há tempo e há vida.
MAGALHÃES, Mallu. Documentário Turnê Vem. 2017-2018.
O clamor por alguém traz sempre qualquer pessoa errada, pela qual jamais nos apaixonaríamos se estivéssemos sãos, tranquilos e felizes conosco, não pedindo pela aventura ou pelo veneno. Quando se tem equilíbrio não nos apaixonamos. O veneno anti-tédio, anti-marasmo, anti-morte, anti-infelicidade é falso. A paixão é vista como o antídoto para a morte em vida.
MATA, Vanessa da. A filha das flores. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 84
“Confie em quem vê três coisas em você: a tristeza por trás de seu sorriso, o amor por trás de sua raiva e a razão por trás do seu silêncio.”
— Caio Fernando Abreu. (via alentador)
Não há razão para fugir dos aprendizados. Tem épocas na vida que precisamos saber esperar. São os chamados momentos propícios para contemplação e não para a ação. A hora certa de agir vai chegar, quando o copo tiver cheio, quando as asas já estiverem curadas, quando as pernas pedirem movimento. Tudo em seu tempo. Se hoje você se encontra em algum lugar distante de você, do que você é, aprenda com ele. Talvez você precise aprender mais com as pessoas desse lugar do que elas com você. Paciência e Fé. As coisas não estão um turbilhão só dentro de você. A natureza humana é feita de turbilhões. Se ficarmos quietinhos e em silêncio, pode ser que conseguimos arrumar a bagunça dentro de nós. Mas basta uma brisa para desarrumar. E isso é constante. A maturidade é aprender a lidar com as coisas humanas. Nossos sentimentos em desarranjos, nossas memórias cheias de energia, nosso passado, presente e futuro, nosso desejo de ser completo sempre, como se isso fosse possível. É tudo muito desarranjado e desafinado mesmo. Para equilibrar essa dispersão de coisas acontecendo dentro da gente, temos o outro, temos a música, temos a arte, temos a natureza, temos deuses e deusas. Tem aquelas pessoas por quem os sinos dobram, tem o trabalho, tem a dança, tem a voz, o trem, a montanha, a esperança, a estrada, os irmãos de alma, a criança. Então, quando tiver passando por momentos em que a vida parece estar indo na direção contrária ao que você é, aceite, aprenda com as adversidades e acalma o coração. Tudo é crescimento. Dê uma pausa, respira fundo, contempla as estrelas no céu e saiba que mais importante que a velocidade, é a direção. Construa o seu futuro com calma. A vida está mesmo, é te ensinando a fazer escolhas.
Aline Rafaela Lelis
Sossega, coração!
“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
John Donne
jump your bones
by Leslie Kirchhoff
Carta Capital: O que é ser mulher negra pra você? Luedji Luna: Sabe aquele conceito que a gente aprende na escola na aula de Biologia? Que existem seres vivos, os autotróficos, capazes de produzir o próprio alimento, como as plantas, por exemplo. Para mim, ser mulher negra é isso: ter a capacidade de tirar força de si mesma, de ser sua própria fonte de energia, de cura e de amor. É solitário, mas é potente também...
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/luedji-luna-do-cabula-para-o-mundo
Tião é Sebastião. Herdou o nome do pai, homem trabalhador, cor de mel, nascido em Minas Gerais em 1930. Do pai herdou o nome e a tristeza, que para essa gente preta e pobre do interior é inata. Os olhos de Tião são dispersos, viajam longe, como se ele nunca estivesse no presente. A simplicidade vem nos gestos, no jeito manso de se expressar, incapaz de fazer mal para alguém. As palavras são ditas com certa insegurança. Tião é homem de pouca informação, mas muita imaginação. Sua voz é rouca, seus cabelos e barbas brancas, revelam a idade. Um homem que cresceu em meio as violências domésticas e da vida. Violência é a palavra que define sua trajetória. Violências das mais diversas, físicas e psicológicas. Uma vez Tião me confessou que quando criança adorava matemática, mas logo depois completou dizendo manso e paciente: “mas naquela época gente pobre não estudava”. Tião não casou, não teve filhos, e ainda mora na casa que os pais deixou, há cerca de quarenta anos ou mais. Ele mora com os irmãos e uma irmã, que assim como ele tiveram uma vida sofrida. Outro dia Tião foi encontrado na rua, bêbado, sem condições de sustentar o próprio corpo. Uma sobrinha o viu naquela situação e buscou ajuda. Pensou que estivesse sofrendo um ataque cardíaco, um infarto ou derrame. Mas Tião, que tem pressão alta, bebeu dois copos de pinga no dia do seu pagamento, e a bebida subiu de tal jeito que ele não suportou. Poucos dias depois do ocorrido Tião procurou a sobrinha para se desculpar, sinal de humildade inconfundível, disse a ela que ele sentia muito pela vergonha que a fez passar e que havia tomado dois copos de pinga para ver se a dor passava, porque há anos se sente angustiado. Tião é chamado pelos familiares e conhecidos de Tiãozinho. Tião é muito sozinho. Olhos carregados de tristeza e frustrações. Olhos que olhamos em estado de contemplação e reflexão. Olhos que nos transporta para dimensões outras da vida, uma dimensão onde não há materialidade. Os olhos dele é mar e é rio. Há pessoas cujos olhos estão sempre marejados, como os do Tião, que parecem estar sempre segurando o choro, porque sabe que se deixar rolar as lágrimas podem nunca cessar e molhar todo o corpo ferido, das pernas ao coração. Quando Tião se desculpou com a sobrinha, deixou uma lágrima escapar, não que ele quisesse. Foi apenas uma lágrima teimosa que insistiu em escapar. Como Tião, há milhares dessas pessoas no mundo. E eu sempre me pergunto onde a humanidade foi parar. Sempre que olho nos olhos das pessoas é possível encontrar a verdade delas, e foram poucas as vezes que eu consegui enxergar pessoas em estado de plenitude.
P.S. “Tião não sabe, mas eu o amo!”
Aline Rafaela Lelis
Vejo o mundo inteiro Numa espécie tosca de carrossel Cada lugar um bicho Corrida maluca pra pagar o aluguelNesse consumismo Plastificado o rosto, amor, religião Carregando status Num mundo invisível angustiado cidadãoParem esse mundo que eu quero descer Tudo é dinheiro, o amor pra onde vai? Quero um abraço dos meus bons amigos Pois nenhum dinheiro compra um verdadeiroMestre de luz, saúde e proteção Seus pensamentos são a sua condição Se você não acredita num mundo invisível Como é que explica se te toca a minha vozSe a minha voz te toca?Quando se está cansado Repare que tudo acontece pra te testar Sua dignidade Mantém a sua inteligência, caráter, persistênciaMestre de luz Conduzindo cada um de nós Dessa nossa vida Levaremos apenas nossa poesiaParem esse mundo que eu quero descer Tudo é dinheiro e o amor pra onde vai? Quero um abraço dos meus bons amigos Pois nenhum dinheiro compra um verdadeiroMestre de luz, saúde e proteção Seus pensamentos são a sua condição Se você não acredita num mundo invisível Como é que explica se te toca a minha vozSe a minha voz te toca Se a minha voz te toca Toca, amor, raiva, ódio, tudo Vírus, prótons, nêutrons, física quântica Milagres, milagres, milagres Como você explica os milagres
Somos sujeitos com tantos desejos. Dos mais sublimes aos mais vis. Meus desejos são nobres (a maioria das vezes). Desejo de viagem, de conhecer o mundo. Ásia, África, América do Norte. Também desejo ser doutora, atriz, modelo e cantora. De vez em quando minha intenção de bondade entra em colapso. Questiono Deus, me falta a fé, chuto o balde. Mas são momentos apenas, passam e em instantes eu me reformulo novamente e tomo o caminho estreito, a estrada direita. Com o passar dos anos vou compreendendo que a vida é sofrimento e, aprender a viver é aprender a sofrer. Só quando aprendemos a lidar com a dor é que alcançamos a felicidade.
Tanto desejo às vezes causa desgaste. A avidez para vivê-los é a causa das nossas ansiedades. Queremos que tudo aconteça agora, casa, carro, filhos, casamento, família, sucesso e dinheiro. O reino da terra faz a gente criar muitas ilusões, faz a gente se perder de nós mesmos, distanciar dos nossos propósitos mais elevados, nos faz perder a trilha do bem para entrar na corrida dos vícios mais vulgares. Uma corrida maluca para o inferno. Inferno que fazemos em nós mesmos e à nossa volta.
Aline Rafaela Lelis
O amor que eu acreditei ser um atalho, era um desvio planejado, obra do acaso, escolha imatura de uma juventude que se diz adulta, mas que quer mesmo é viver fantasias alimentadas na adolescência, sem nenhuma clemência pela razão sufocada no peso da existência não explicada e desacreditada. Atalhos e desvios fazem parte de uma só jornada, e não importa a idade, sempre haverá sensações de busca, de perda, abandono, lugar errado e vivências pela metade.
Aline Rafaela
Uma mulher com uma dor é muito mais elegante. Ela tem um andar soberbo e instigante. Ela está disposta a fazer justiça. Por meios legais, a mudança atiça. Por meios sobrenaturais, ela enfeitiça. Uma mulher com uma dor é muito mais elegante. Perdeu a paciência para romance. Mergulhou fundo na natureza selvagem. Compreendeu os mistérios mais ocultos. Reformulou sua imagem. Se transformou em bicho. Passou a farejar o perigo. Buscou harmonia na natureza. Priorizou outros encantos e belezas. Uma mulher com uma dor é muito mais elegante. Se metamorfoseia na noite. Esquece prisões e açoites. Voa livre pela mata. Ela não mais acata. Ela ganhou asas. Resiste em qualquer lugar. Floresta, rio, montanha e mar. A mulher com uma dor. É aquela que o homem teme aproximar. É aquela que se despiu de tudo que a condicionava e passou a viver como imaginava, livre dos medos, da solidão e da carência.Ela passou a viver com a alma. Ela jurou amor e fidelidade à própria alma. E mais ninguém.
Aline Rafaela
Quando a minha alma se afastou de mim, perdi-me em labirintos de pensamentos confusos e sem fim. Meu corpo se enfraqueceu e todo o senso de proteção que eu tinha se foi. Passei a viver desprotegida como se eu fosse uma tartaruga sem casco, que diante do perigo, não pudesse se esconder. Fiquei durante anos assim, nua, enfrentando o inverno gelado despida de dignidade.
Para os xamãs, quando isso acontece, quer dizer que a nossa alma tomou um susto. E era exatamente assim que eu me sentia, assustada, porém, sem reação.
No caminho encontrei muitas pessoas dispostas a sangrar as feridas ainda expostas. E elas cutucaram cada lesão num tom sádico, sem compaixão ou misericórdia. É incrível como as pessoas diante da fraqueza das outras, constroem suas fortalezas. Pura vaidade, e de certa maneira a pior fraqueza de todas.
Encontrar a minha alma-essência, que hoje não está mais perdida, mas sim escondida, é o que tem lentamente me movimentado. Sinto o meu coração bater de modo automático, assim como a minha respiração, que inspira qualquer coisa parecida com ar. Os meus olhos há muito tempo não veem nada de novo. Meu tato já não sabe mais o que é desejo, ou prazer, vive com medo do porvir. Estou em estado de flor, aquela florzinha murcha que precisa de cuidados para não morrer.
Todos nós viemos ao mundo despreparados. Para o espetáculo que é a vida não há ensaio. A peça se desenrola sem uma passada de roteiro breve, quando nascemos, já caímos no palco como personagens principais, diante de uma plateia que nos aguarda ansiosas.
Culpei-me muito por não saber como reagir diante de um público desconhecido. Eu sorria sem graça me perguntando lá no fundo se havia agradado aqueles expectadores.
Agradar é um verbo perigoso. Quando era criança fui ensinada a não dizer o que eu penso para agradar as pessoas. Aprendi também, que mulheres devem ser polidas, bem comportadas, cozinhar bem e principalmente agradar o sexo oposto.
Na infância a gente aprende subliminarmente tanta coisa inútil! Nessa época já começamos a nos distanciar de nós para tornarmos quem não somos. Eu resisti muito, resisti anos para não me perder, mas chegou um tempo que a minha fé era pouca, e eu fiquei feito louca, perdida na multidão. Hoje em dia penso que sou digna de sentir meu coração vivo novamente. Sou merecedora de amor e de pessoas caridosas e cheias de luz à minha volta.
Para me encontrar não meço esforços. Distancio-me aos poucos de tudo aquilo que não sou. Gradativamente consigo adentrar a minha floresta sagrada. E é lá o lugar de reencontros. Topar de frente comigo mesma é questão de tempo. E, quando isso acontecer, quero abraçar-me demoradamente e tocar cada pedacinho de mim, me sentir amada e desejada. Feliz e lisonjeada com tanta auto dedicação.
Há pessoas que também se sentem flores, mas ficam à mercê dos outros para serem regadas e cuidadas. Eu estou cuidando do meu jardim já faz um tempo, observo tranquila e orgulhosa cada sementinha que cresce lenta. Sigo paciente (na maioria das vezes), certa de que não vai demorar para o meu jardim florir todo. Então, muitas flores irão me enfeitar, e meu perfume vai se espalhar pelos quatro cantos. Perfume de dor e pranto, mas também perfume superação, de amor próprio, de amadurecimento e de felicidade transbordante.
De tempos em tempos, precisamos parar para cuidar de nós mesmos e nos ver mais como terra, como água, como luz e como vento. Deixar que os mistérios tomem conta do coração e entender que viver ultrapassa todo o entendimento.
Aline Rafaela
Acho que, com os anos, as nossas energias de observação diminuem, junto com o olfato, o tato, a visão e a energia vital, e a nossa percepção vai se apagando na distração e nos afazeres. Perdemos a amplitude da infância, que nos faz perceber os detalhes puros e a enormidade das coisas.
Mata, Vanessa da. A filha das flores. São paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 13.
às vezes, a gente fica sem palavras pro futuro - pra o que é desejo e o que é certeiro. tem pedra, tem profundidade, tem horizonte, tem vida. tem hora para maré baixa, tempo para maré alta. tem paisagem que parece miragem, tem retrato de dias bons para enfrentar os dias ruins. tem silêncios: por falta de opinião, de entendimento, por confusão ou simples sabedoria. a gente fica sem palavras e olha, admira, anseia eternidades, pede descanso e aprende a ter esperança. {} Karol Coelho
A gente custa a morrer,
mas quando nascemos,
é subitamente lindo.
A gente só se pergunta por que demorou tanto.
Aline Rafaela
Quando na teoria pregamos o solidariedade entre nós mulheres, mas na prática, pregamos mesmo é nosso umbigo no centro do mundo.
Aline Rafaela
Uma partida sem adeus, é como morte sem sepultamento.
Lembranças de ti me vêem a mente
E me assombram de tempos em tempos.
Na incerteza e imprevisibilidade dos caminhos,
Sigo dando o melhor de mim,
Às vezes lamento o tempo perdido,
Outras vezes revolto-me com os desfechos.
Mas peço a Deus em oração, para que tudo volte aos eixos.
Minha vida de menina se foi,
E junto com ela a minha ingenuidade.
Vivo o tempo do porvir,
Porque desaprendi a momentaneidade.
No entanto, estou sempre atenta aos movimentos,
Aprendi a refletir, ponderar e observar,
Respiro fundo antes de qualquer ação,
Para não me precipitar.
Como dizia Allende “o primeiro amor deixa marcas indeléveis”.
A intensidade dos primeiros encontros
Se choca com a inexperiência da juventude fugaz.
Laços interrompidos bruscamente,
Livramentos que só reconhecemos com o tempo.
Hoje sou mulher em transição,
E vejo que muita coisa ficou para trás,
As promessas de amor eterno,
Que nunca vão se realizar.
Os sonhos de uma vida a dois,
Dois que nunca serão par
Graças à sorte e não ao azar.
Neste estado de transição em que vivo,
Quase tudo é dor.
Dor de preparação,
Que antecede o amadurecimento do todo.
Desconstruindo tudo,
Para depois construir tudo de novo.
O novo é a vida florindo novamente,
É o olhar-se no espelho contente,
Sentir no corpo as marcas de cada aprendizado.
Tornar-se leve com as feridas cicatrizadas
E deixar-se criar asas ao vento da liberdade.
O fim que acreditei ser digna,
Nunca se concretizou.
Você me virou às costas em tempos de horror.
No entanto eu mesma fiz seu sepultamento
Levei flores àquela estação de trem,
E finquei uma cruz onde tudo começou.
Varri as lembranças ruins,
E joguei fora as lembranças que restou.
Não espero que erga um túmulo para mim,
Mas se um dia isso se passar por sua cabeça,
Saiba que os meus restos já terão se dissipado ao vento.
De mim não sobrará um sopro
Você jamais irá me alcançar,
Não deixarei um rastro sequer,
Que é para você não me encontrar.
Aline Rafaela Lelis
A fortuna suprema do homem é a paz da consciência pelo dever cumprido.
Emmanuel (Espírito). Paulo e Estevão: episódios históricos do cristianismo primitivo: romance/ ditado pelo espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 40. Ed. - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2004. p. 674
Do solo brota muito alimento, mas, apenas para o corpo; para a nutrição do espírito é necessário abrir as possibilidades de nossa alma para o Alto e contar com o amparo divino.
Emmanuel (Espírito). Paulo e Estevão: episódios históricos do cristianismo primitivo: romance/ ditado pelo espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 40. Ed. - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2004. p. 512