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Me aparta orações de covas E covas de corpos-buquês Que meu orgulho não barganhe Mais nenhuma vitória
Que essa boca evite beber dos abismos Que esqueça as perfumarias eletromagnéticas Que apontarão pecados passionais Que arquitetarão novas nebulosas pelo corpo
Roçar Narcisos como se fossem rinhas Extinguir pêssegos eletrificados A cada mordida tenra que se exibe Um epítome para o público
Evita tal desgaste, tê-lo cabeça de porco Dissecando sujeitos e signos Empalhando atrações do circo Esta aniquilação é íntima no sangue
Periga carapuça, réplica de futuro Alinhado a aparatos de Duchamp Pequeno arqueiro despistando a noite Em seu aroma de barro e aclamação
Evocar deuses em descrições indiretas Prescrever um diálogo entre bulas e iconoclastias A ficção que caberá no alto das marquises De um teatro ou na ambiguidade de um mosh pit
Reclusa clavícula se esconde dos domínios do voyeurismo Modificar os aparatos subjetivos que traduziriam territórios Em teus olhos derramando fogo enquanto afago-me Dentro de enunciados castrados e fotogênicos
Ele está me reivindicando Para afastar tal fluidez buscada Meu arbítrio lhe escolheu A vingança o expõe entre espadas
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Eu fiz o possível e o impossível por nós dois e não me arrependo, fiz o racional e o irracional e não me arrependo. Eu pedi, chorei, só não implorei por conta do meu orgulho. Me senti humilhado por ter tentado de todas as formas, mas mesmo assim faria tudo de novo. Eu fui embora com a certeza que eu tinha tentado de tudo e mesmo que doesse um dia, iria passar, vai passar. Acho que só não aguentaria viver com a incerteza de que eu poderia ter feito um pouco mais, porque pior do que tentar de todas as formas é não tentar de forma nenhuma.
“E com uma letra bem pequena, lá estava escrito no seu epitáfio: Tentou ser, não conseguiu; tentou ter, não possuiu; tentou continuar, não prosseguiu; e nessa vida de expectativas frustradas tentou até amar… Pois bem, não conseguiu, e aqui está.”
— Dom Casmurro.
Onde me coube? Em todos esses anos qual lugar ocupei na sua vida? Ou melhor, no seu coração? Onde é que eu tava e porque eu não estava enxergando nada? Falávamos a mesma língua? Hoje talvez, eu não caiba na sua realidade…tampouco você na minha…
Prazer, Bia!
“Sempre gostei mais do silêncio do que do barulho. Sempre gostei de estar só com pessoas queridas do que no meio da multidão. Sempre gostei mais do amor do que da paixão. Sempre gostei de fazer aquilo que quero e não o que querem que eu faça. Sempre gostei de ser eu, sem me preocupar com o pensamento dos outros. Quem gosta se aproxima, quem não gosta critica.”
— Caio Augusto Leite.
“Muita gente acredita que o pensamento positivo produz uma vida mais feliz e mais saudável. Quando somos crianças, nos mandam sorrir, ficar alegres e fazer cara de felicidade. Como adultos, nos mandam olhar tudo pelo lado bom. Mas às vezes a realidade interfere na nossa capacidade de fingir felicidade. Sua saúde pode falhar, namorados podem trair. Amigos podem desapontar. Nesses momentos você só quer ser honesta. Parar de atuar e ser o que é. Pergunte à maioria das pessoas o que querem da vida, e a resposta é simples : ser feliz. Mas talvez seja essa expectativa, o desejo de ser feliz, que nos impede de chegar lá. Talvez quanto mais nós tentamos forçar nossa felicidade, mais confusos ficamos. A ponto de não conseguirmos mais nos reconhecer. Ou então continuamos sorrindo. Tentando como loucos ser as pessoas felizes que gostaríamos de ser. Até que eventualmente nos damos conta. De que a felicidade estava lá o tempo todo. Não nos nossos sonhos ou esperanças, mas no que é conhecido, confortável e familiar.”
— Grey’s Anatomy.
“Você é uma carga poética e tanto. Não pela beleza que te compõe ou pelos músculos que te carregam, mas por todos os sentimentos que você aflora. Por todo significado que você deu àquelas frases clichês e, por tantas outras coisas que só fizeram sentido com você. Você foi capaz de despertar coragem em um coração medroso e cansado, deu razão para arriscar no novo e esperança de que tudo ficaria bem. Você tocou no íntimo além da pele, mesmo quando feriu. Você foi levado pelo momento enquanto um momento ao seu lado me levou por longas semanas. Você é carga poética, porque desperta palavras em minha mente que eu não sei como ligá-las umas às outras para escrever corretamente. É poesia pura, porque entrelaça as mãos enquanto meu coração se entrega pelos seus olhares e seu toque apressado em minha pele não me faz querer pensar direito, só me faz deixar rolar. Me faz escrever linhas e mais linhas de uma relação que nunca existiu, compõe escritos de um sentimento que não quis lidar, de um cativo que não se responsabilizou e, embora eu sempre te veja como algo bom, só o tempo para provar o quanto erro por te descrever assim. Você foi momento e eu te eternizei. Você foi passageiro e eu te tornei uma longa jornada. Eu te disse, você é uma carga poética e tanto, você apenas riu.”
— Assim, até eu consigo esquecer.