o rap tem sido meu tipo de literatura favorita nos últimos meses e por conversar comigo de um jeito que os grandes autores nunca puderam, de um jeito que você nunca fez, ele me toca bem mais que as suas metáforas, bem mais que os países da Ásia, bem mais que as poesias matematicamente pensadas por homens em apartamentos com janelas grandes, mulheres chorando por partidas num filme francês, pessoas contando pessoas na esquina de ruas chiques, bares badalados. o rap conta a história da minha vizinha, do meu pai, do tio afastado da família e por ser uma reza de coragem no meio de toda a covardia, ele tem sido minha única fé. não que ele seja a única salvação, mas tem sido a única poesia que segura minhas pontas quando todo o resto não.
encontre alguém que ande na mesma frequência que você.
(leia isso quantas vezes for necessário.)
“As festas me deixavam doente. Detestava as falsas aparências, os jogos sujos, os namoricos, os bêbados amadores e os chatos. Como solitário, eu não suportava invasões. Isto não tinha nada a ver com ciúmes, simplesmente não gostava de pessoas, multidões, onde quer que fosse, exceto nas minhas leituras. As pessoas diminuíam-me e deixavam-me sem ar.”
— Bukowski.
“Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.”
—
Clarice Lispector.
“Eu não quero ser a paixonite de ninguém. Se alguém gosta de mim, eu quero que goste de mim de verdade, e não pelo que pensam que eu sou. E não quero que carreguem isso preso por dentro. Quero que mostrem para mim, para que eu possa sentir também.”
— As vantagens de ser invisível
“É que eu sempre fui assim, corri antes de aprender a andar e acabei atropelando tudo. Tenho essa mania chata de querer o que não posso ter e de oferecer tudo que eu tenho pra dar e é por isso que na maioria das vezes, eu termino aos cacos. E ainda me dou o trabalho de ajuntar todos os pedacinhos, não por pensar em mim, mas por mais uma vez pensar nos outros, para ninguém pisar e acabar se machucando.”
— Bianca Menezes.
Eu quero mesmo é alguém que faça meu corpo querer companhia nos momentos em que minha mente insiste pela solidão.
Caio Fernando de Abreu (via recitarpoesias)
Batalhas perdidas
Não sou um simples William, tem algo a mais aqui, lá no fundo, pena que a grande maioria enxerga apenas o superficial.