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Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito A outra metade é silêncio Que a música que ouço ao longe Seja linda ainda que tristeza Que a mulher que amo seja pra sempre amada Mesmo que distante Pois metade de mim é partida A outra metade é saudade Que as palavras que falo Não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor Apenas respeitadas como a única coisa Que resta a um homem inundado de sentimentos Pois metade de mim é o que ouço A outra metade é o que calo Que a minha vontade de ir embora Se transforme na calma e na paz que mereço Que a tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada Porque metade de mim é o que penso A outra metade um vulcão Que o medo da solidão se afaste E o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso Que me lembro ter dado na infância Pois metade de mim é a lembrança do que fui A outra metade não sei Que não seja preciso mais do que uma simples alegria Pra me fazer aquietar o espírito E que o seu silêncio me fale cada vez mais Pois metade de mim é abrigo A outra metade é cansaço Que a arte me aponte uma resposta Mesmo que ela mesma não saiba E que ninguém a tente complicar Pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer Pois metade de mim é plateia A outra metade é canção Que a minha loucura seja perdoada Pois metade de mim é amor E a outra metade também
Oswaldo Montenegro
A prisão é menos recente do que se diz quando se faz datar seu nascimento dos novos códigos. A forma-prisão preexiste à sua utilização sistemática nas leis penais. Ela constituiu fora do aparelho judiciário, quando se elaboram, por todo o corpo social, os processos para repartir os indivíduos, fixá-los e distribuí-los espacialmente, classificá-los, tirar deles o máximo de tempo e o máximo de forças, treinar seus corpos, codificar seu comportamento contínuo, mantê-los numa visibilidade sem lacuna, formar em torno deles um aparelho completo de observação, registro e notações, constituir sobre eles um saber que se acumula e se centraliza. A forma geral de uma aparelhagem para tornar indivíduos dóceis e úteis, por meio de um trabalho preciso sobre seu corpo, criou a instituição-prisão, antes que a lei a definisse como a pena por excelência.
Vigiar e punir - Michel Foucault
“Se você está no caminho errado, voltar atrás significa progresso.”
— C.S. Lewis
@motoshima
“Viver é um rasgar-se e remendar-se.”
— Guimarães Rosa.
“Não se engane comigo, é na bagunça que eu me arrumo.”
— Caio Fernando Abreu.
Lembre o seus infinitos que o amor é diário.
John and blues
Em 1952
Essa folha é de um passaporte de uma MULHER ADULTA
Vejam que seu marido precisava autorizar a saída e a volta dela. Que bom que os tempos mudaram! Surreal minha gente! Vamos refletir em qual mundo queremos viver, foram muitos anos lutando por liberdade e igualdade. Ainda falta muito pra conquistar, regredir jamais!
(Texto copiado do original)
“Você diz que me ama com todas as suas forças. Eu te amo até com as minhas fraquezas.”
— Morena
É terça ainda amor mas eu acordei com esse doce na boca essa sinfonia sem nota Uma vontade de me afogar no seu corpo e reviver buscando o fôlego da tua boca.
Nanda Marques.
“Você tem todo o direito de estar com raiva, mas não tem o direito de ser cruel.”
— William Shakespeare
“Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Porque metade de mim é o que eu penso, mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Porque metade de mim é amor e a outra metade também.”
— Oswaldo Montenegro.