You cannot disagree
eu vendo que a europa tá roubando o enzo dos latinos:
masterlist da fic
Avisos: Menção a guerra, sangue e morte, como a fic é "medieval" tem umas noções bem machistas e coisas do tipo mas deixo claro que eu NÃO COMPACTUO com essa visão, apenas tentei adequar a escrita a época que eu tinha em mente. é também a primeira vez que eu escrevo algo assim então peço perdão se não estiver tão bomkkkkk
Notas: Oie! e veio aí, minha segunda fic e essa eu to SUPER animada. finalmente prince!enzo aparecendo nesse perfil. já adianto que os capítulos vão sair beeem devagarinho então peço muita paciência. to bem ansiosa e feliz com esse projeto e espero que vocês gostem muito!
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O dia do xeque-mate. O nome surgiu como piadinha entre todos da nobreza, dia este que é tradicional durante anos, tornando a piada antiga. Hoje era o grande dia que o príncipe escolheria sua esposa, algo que era comum e era na verdade um dos eventos mais aguardados da realeza sempre que surgia um novo príncipe, afinal, é graças ao dia do xeque-mate que surgia todas as novas fofocas. Ninguém nunca pensou que o dia do xeque-mate do Príncipe Vogrincic chegaria, apesar de ser o sucessor do trono, muitos acreditavam que ele não teria uma rainha. Mas algo mudou, ninguém sabe o que e isso que tornava o dia do xeque-mate mais interessante ainda. Toda a nobreza queria saber o que fez o príncipe mudar de ideia, foi o rei que mandou? Foi o próprio príncipe que decidiu sair da vida de bordéis e finalmente sossegar em um casamento? Ou é apenas um casamento qualquer apenas para gerar um herdeiro? Será que tudo não passava de uma jogada política? Ou será que o príncipe já tinha alguém em mente e o dia do xeque-mate era apenas para disfarçar o fato de que ele já fez sua escolha? As perguntas não tinham respostas, mas talvez o dia de hoje mudaria tudo. No dia do xeque-mate, diversas filhas de duques, marqueses, condes e até mesmo de antigos guerreiros do reino eram selecionadas a dedo pela rainha. Todas as filhas eram convidadas a ir até o palácio real se apresentar ao rei e a rainha e logo em seguida ter um jantar com o príncipe. Apenas o príncipe e todas as suas pretedentes, e, se passado 24 horas após o jantar, o príncipe não tivesse feito sua escolha, a rainha, sua mãe, o faria. É por isso também que o dia do xeque-mate é tão importante, pois marca o início de uma nova dinastia, o início de uma nova era, além de que todo o povo adora um casamento real.
Você é filha de um ex guerreiro do reino, seu pai por muitos anos comandou as tropas das batalhas de uma das guerras mais importantes da história: a Guerra dos Amantes, entre o reino Vogrincic e o reino Kukuriczka. Segundo a história, como contava seu pai todas as noites antes de te colocar para dormir, O rei Kukuriczka se casou escondido com a filha do antigo rei Vogrincic, irmã do atual rei, e aparentemente isso foi suficiente para se iniciar uma guerra. Você sempre achou a história esquisita, achava que um casamento deveria unir os dois reinos e não os fazer entrar em guerra, mas como sua mãe dizia: homens são bobos e entram em guerra por qualquer motivo. Apesar de, graças ao seu pai, o reino Vogrincic ter vencido a guerra, os reinos permanecem inimigos até hoje. Não lembra muito da guerra em si pois era muito nova, mas lembra quando seu pai teve que ir pessoalmente em uma batalha. Geralmente seu pai ficava só no comando, montando estratégias de guerra, mas conforme os soldados iam morrendo, ele precisou participar da briga sangrenta. Isso infelizmente causou a morte dele.
Por seu pai ter sido uma figura importante na guerra, você e sua mãe sempre foram consideradas nobreza, moravam em um castelo, tinham uma quantidade considerável de riquezas e claro, mantinham o status social. Sua mãe nunca se casou novamente, além de nunca ter amado nenhum homem além do seu pai, sempre deixou claro que nunca botaria um homem dentro de casa para que ele pudesse controlar toda a vida dela. Sempre viu sua mãe como um modelo a ser seguido, não só por ela ser uma mulher independente e que comandava tudo no castelo, sempre sendo uma figura forte até mesmo quando seu pai era vivo, mas por tudo o que ela fez por você: Naquela época, mulheres não podiam estudar, leitura só se for de romances, romances estes escritos por homens, visto que mulheres nem sequer sabiam escrever. Mulheres deveriam ser comportadas, recatadas, deviam saber como administrar uma casa, costurar, tocar o piano, ter a mão delicada para as artes e ir para as missas de domingo. Você sabia de tudo isso, cresceu aprendendo tudo sobre postura, sobre como organizar jantares, sobre como bordar decorações de mesas lindas, sobre como tocar as mais complexas músicas não só no piano, mas também no violino, sobre como pintar os quadros mais belos, além de ser bastante dedicada a sua religião. Mas além disso, sua mãe fez questão que você estudasse: Sabia ler os mais diversos livros de filósofos, cientistas e sacerdotes, sabia caçar, sabia técnicas de guerra, golpes de autodefesa, basicamente, sabia como sobreviver em qualquer lugar, sabia como pensar, como falar, como se portar, como impressionar as pessoas certas. Você sabe como ser esperta em mais sentidos do que as pessoas imaginam.
Em seu lar, era você, sua mãe e seu tio, irmão de sua mãe. Precisavam de um homem para comandar as finanças, já que sua mãe era viúva, mas seu tio estava ali simples e puramente de fachada, afinal, sua mãe que tomava conta de tudo. Administração do lar, do dinheiro, da educação, tudo era sob o controle da mulher mais velha. Sua mãe também recebeu uma educação diferenciada e ela sabe o quanto isso foi importante para vida dela, por isso quis te fornecer o mesmo, e graças a Deus por isso. No entanto, nenhuma educação no mundo permitiria que ela impedisse o inevitável: Você precisava se casar. Não há horror maior na alta sociedade do que uma mulher sem marido, afinal, uma mulher só era algo quando vinha acompanhada de algum homem. Ela tentava amenizar as coisas para você, claro, nunca te forçaria a casar, mas rezava todas as noites que você achasse um amor genuíno da mesma forma que ela achou com seu pai e você pudesse satisfazer as demandas sociais sem sofrimento.
Por ser filha de um ex guerreiro, nova e solteira, foi convocada para o dia do xeque-mate. Achava tudo aquilo uma grande besteira, mas não tinha escolha. Não tinha esperança nenhuma para tal dia, mesmo que estivesse usando seu melhor vestido (e só o usava pois sua mãe o demandou). Sabia que havia muitas outras mulheres desesperadas pelo posto de princesa e futura rainha e estava mais do que feliz em ceder lugar a elas. Compareceria, se apresentaria ao rei e a rainha, jantaria com o príncipe e depois voltaria a sua vida normal, esse era o plano.
"Ouvi dizer que o príncipe anda estressado." Sua amiga Erica diz conforme atravessam o jardim, se encaminhando para dentro do castelo real. "Talvez eu possa ser a que vai ajudar ele a desestressar." Ela dá uma piscadinha na sua direção, te arrancando um risinho.
Erica é sua amiga de infância, seus pais lutaram juntos na Guerra dos Amantes, mas infelizmente o pai de Erica voltou sozinho. Erica também foi convocada para o dia do xeque-mate e você admite que era reconfortante ver pelo menos um rosto famíliar. Diferente de você, Erica estava muito animada com o dia do xeque-mate. Enquanto você nunca sequer se preocupou em arrumar um marido, Erica sempre dizia que o dia do casamento e o dia que concebesse o primeiro filho seriam os dias mais felizes da vida dela. Naturalmente e de acordo com seus sonhos, Erica tinha grandes expectativas para o xeque-mate e realmente acha que a melhor coisa que poderia acontecer com ela seria ser nomeada como a mais nova princesa do reino Vogrincic. Erica é graciosa, é tudo o que você não é, mas isso não é motivo de inveja ou ciúmes, na verdade, era o contraste entre vocês duas que tornava a amizade tão interessante.
"Você é tão indecente." Você brinca, um sorrisinho travesso no rosto.
"O que foi? Vai me dizer que sua mãe nunca te contou sobre as noites de núpcias?" Ela diz, provocando de volta.
"Sim... mas não com detalhes." Você diz, Erica te lança um olhar. "Quê?"
"Nada. Só acho que você está perdendo a melhor parte." Ela dá uma piscadinha. Erica pode ser bela, recatada e do lar, mas por dentro ela é uma garotinha bastante travessa.
Quando entram no castelo, são encaminhadas para uma sala e ao invés de entrarem em forma desordenada, são colocadas em fila pelos funcionários do castelo. Fica logo atrás de Erica, que te lança um olhar como quem diz "A coisa é séria." que só faz te revirar o olho, sabe o quanto ela está amando tudo aquilo. As mulheres entram aos poucos, mas você nunca as vê saindo, talvez estivessem sido encaminhada para uma outra sala. Não sabe exatamente o motivo, mas se sente meio ansiosa e precisa limpar as mãos suadas na saia do vestido mesmo que estas estejam cobertas por uma luva branca delicada. Quando Erica entra, você sussurra um "boa sorte" e o sorriso no rosto dela é tão majestoso que você não consegue evitar em pensar que o príncipe seria doido se não a escolhesse.
Pouco tempo depois, o guarda permite sua entrada e você dá o seu máximo para dar seu melhor sorriso. Não é porque não estava interessada que não precisava jogar conforme o jogo, certo? Mas seu sorriso se desmancha assim que entra. Há dois tronos no final da sala, nos quais o rei e a rainha estão sentados, mas algo está esquisito. O rei tem um balde perto do rosto, tosse de forma bruta e a rainha tenta o confortar ao passar a mão pelas costas dele. Pensa que é apenas uma gripe, mas quando o rei se afasta do balde e limpa a boca com um pano, consegue ver o rastro de sangue manchando o pedaço de tecido branco. Assim que o rei devolve o balde e os dois monarcas retomam sua postura, seu sorriso volta ao seu rosto, age como se não tivesse visto nada.
"Peço perdão, Milady." A rainha diz.
"Vossa Majestade." Cumprimenta primeiro o rei, se curvando lentamente e logo em seguida cumprimenta a rainha.
"Qual seu nome, minha jovem?" O rei pergunta, dando mais algumas tosses, cobrindo a boca com o pano ao fazer.
"Sou Lady Belfort, filha de..."
"Alexander Belfort." O rei te interrompe, você dá um sorriso simpático e concorda. "Eu lembro dele, um dos guerreiros mais nobres do reino." Ele diz, olhando pra rainha, que mantém um sorriso no rosto. "Seu pai era um grande homem, querida."
"Obrigada, Vossa Majestade."
"É uma honra ter a filha de um homem tão bom se apresentando hoje." O rei diz. "Seu pai estaria muito orgulhoso." Ele diz, você sorri e não consegue evitar de abaixar o olhar, a saudades do pai atingindo seu peito com um forte golpe.
"Agradecemos por ter aceitado o convite." A rainha diz.
Não é como se eu tivesse escolha né... pensa.
"Agradeço pelo convite, Vossa Majestade. Boa noite." Diz e os cumprimenta novamente, deixando que um guarda real te guie para a próxima sala.
É encaminhada para uma porta diferente da que entrou, e assim que passa, sente que pode respirar novamente, relaxar a postura e as bochechas que forçavam um sorriso. Não evita de dar um suspiro, que é cortado ao ser levada para uma sala com todas as mulheres que se apresentaram antes de você. O guarda te deixa por conta própria e volta para a sala principal, fechando as grandes portas atrás de você. Tenta olhar pela sala a procura de Erica e dá um sorriso aliviado ao encontrar a amiga no canto, olhando pela sala desinteressada. Vai diretamente em direção a ela, levantando um pouco o vestido no processo para poder andar mais rápido. Erica sorri ao te ver indo na direção dela.
"Como foi?" Ela pergunta logo de cara.
"Muito esquisito." Você diz, Erica dá risada. "É sério!"
"Você acha tudo esquisito, principalmente quando se trata da realeza." Ela diz. "Eu acho que eles gostaram de mim, agora só preciso conquistar o coraçãozinho do nosso querido príncipe."
"Não, Erica, você não ta entendendo, eu vi uma coisa esquisita." Você diz e apenas isso é necessário para Erica te dar atenção.
Antes que você pudesse abrir a boca, todas as damas que estavam na sala vazia são chamadas para o jantar. Você sabe que não poderia contar o que queria para Erica em qualquer lugar, afinal, se tal informação fosse vazada, poderia causar um caos. Lança um olhar para a amiga como quem diz "depois a gente conversa", a deixando curiosa. Se encaminham para a sala de jantar, mas conforme anda, não consegue tirar a imagem do rei tossindo da sua cabeça.
Normalmente veria isto como uma cena comum, afinal, o reino estava passando por uma série de gripes, mas a imagem do sangue no pano não abandona sua memória. Tinha lido sobre aquilo em algum lugar, uma doença com um nome esquisito que por algum motivo você não consegue lembrar agora, mas lembra que é mortal. Sua cabeça dá voltas e voltas. Todos do reino estavam curiosos para saber o motivo do xeque-mate repentino, e talvez você tenha o achado sem nem mesmo o ter procurado. Mas não poderia ser só isso, certo? Quer dizer, reis morrem a todo momento e apenas isso não sustentaria o desespero do príncipe de achar uma esposa. Começa a pensar o que poderia haver por trás disso, talvez uma esposa apenas para dar ao trono um herdeiro? Mas pra que a pressa se ainda temos um príncipe perfeitamente saudável para assumir o trono? Por mais esperta que você seja, esse é um enigma que você não consegue resolver. Pensa nisso durante todos os seus movimentos, quando um funcionário indica seu lugar e puxa a cadeira para você, quando você se ajeita no assento equanto coloca as mãos por cima da mesa, estava tão imersa em pensamento que nem sequer nota os olhares que Erica te lança do outro lado da mesa. A única coisa que te tira de dentro da própria mente é quando a porta principal é aberta bruscamente, causando um barulho tão alto que você chega a dar um pulinho na cadeira devido ao susto.
Quando olha em direção ao barulho, vê um príncipe afobado andando em direção a mesa, se posicionando perto da cadeira na ponta da mesa. Havia um homem do lado dele que segurava um livro pesado, conversavam entre si algo que você não conseguia entender, mesmo que os sussurros ecoassem pela grande sala de jantar. Olha para o príncipe atentamente, já havia o visto anteriormente, em bailes da nobreza, mas hoje ele parecia diferente, menos posturado. Enquanto nos bailes ele sempre era visto com uma vestimenta extravagante que exibia algumas poucas medalhas, hoje ele estava mais casual, o cabelo levemente bagunçado, provavelmente por ele tanto passar a mão, como fazia enquanto conversava com o homem do seu lado, jogando as madeixas negras para que saíssem do seu campo de visão. Enzo Vogrincic era um dos príncipes mais belos da história do reino, mas também o menos acessível. Quer dizer, pelo menos quando ele se encontra no castelo ou em bailes reais, mas você facilmente poderia o achar em tavernas ou em bordéis do reino, vivendo o melhor que a vida poderia oferecer a um homem. Enzo era muito mal olhado por pessoas mais velhas da nobreza, achavam que o rapaz não tinha culhões para ser o sucessor. Mas outros, inclusive você, sabe que ele está prometido para ser um dos melhores reis que esse reino já teve. Ele pode ter seus momentos irresponsáveis, claro, mas a empatia que ele tem pelo seu povo e sua inteligência são únicas. Enzo termina de cochichar com o homem e ajeita sua postura, assim como seu companheiro, que fecha o livro e se ajeita. Todas tomam como uma deixa para se levantar, típico da etiqueta real.
"Peço perdão pela minha entrada afobada, Senhoritas." O Príncipe começa. "Acredito que todas aqui me conheçam, mas ainda sim vou me apresentar, afinal, o rei odiaria saber que criou um homem mal educado." Ele brinca e dá um sorriso tão charmoso que você consegue ouvir alguns suspiros apaixonados pelo ambiente. "Sou o Príncipe Vogrincic, mas vocês podem me chamar somente de Enzo. Eu não faço nenhuma questão de toda essa baboseira de Vossa Alteza, mas podem me chamar do que for conveniente e confortável para cada uma." Ele diz e olha pro homem do lado dele. "Esse é meu fiel escudeiro, Soldado Pardella, se as senhoritas não se incomodarem, ele se juntará a nós essa noite pois estamos tratando de... assuntos importantes para a coroa." Enzo diz, Pardella concorda. "Creio que a presença do nosso soldado não irá interferir no objetivo dessa noite." Enzo sorri. "Então... Vamos jantar?"
Todos se sentam e no mesmo instante os empregados chegam com os pratos, posicionando-os perfeitamente na frente de cada um que se encontra a mesa. A comida cheirava de forma deliciosa e o visual era tão bonito que você sente sua boca salivar.
"Espero que gostem da comida, é meu prato preferido." Enzo diz, você sobre o olhar do seu prato para ele e já o encontra te olhando, se sente esquisita por uns segundos e por isso desvia o olhar rapidamente.
Começa a comer sua comida junto com todos e as conversas começam a acontecer. Mulheres conversando entre si enquanto o príncipe divide sua atenção entre seu guarda e algumas pretendentes que puxam assunto com ele. Você olha para Erica, que estava tão vidrada no príncipe que você precisa tampar sua boca com o guardanapo para não rir, faz a nota mental de a zoar posteriormente por isso. O jantar é tranquilo, muita comida é ofertada e você sente seu espartilho te apertar cada vez mais. Tenta conversar com as mulheres que estão sentadas do seu lado, mas não consegue se aprofundar muito em assuntos que não sejam o príncipe, casamento e filhos. Bem, a situação é apropriada, mas não torna tudo menos entediante. Desvia o olhar para o príncipe novamente, o vê concentrado conversando com seu guarda, o cenho franzido conforme o guarda explica algo. O Príncipe não diz nada, apenas escuta atentamente e você não consegue deixar de notar como ele parece intimidador na posição que está: levemente inclinado na cadeira, uma mão no queixo na típica posição reflexiva e o olhar tão concentrado em um ponto fixo que ele poderia atear fogo em algo com apenas o poder da visão.
"Príncipe Enzo." Uma das mulheres na mesa o chama, estava consideravelmente longe do príncipe então a atenção de todos são voltadas a ela. "Se Vossa Alteza não se importa que eu pergunte... Eu não pude conter minha curiosidade e gostaria de saber o que você e o Soldado Pardella tanto discutem." Ela diz, o silêncio na sala é mortal e os olhares desviam entre ela e o príncipe.
Todos achavam que o príncipe iria dar alguma resposta grosseira, afinal, era o momento propício para isso. Esperava tudo, que ele dissesse algo como "Temo não ser do seu interesse" ou até mesmo um "Isso é um assunto real e, portanto, confidencial", mas o que Enzo faz pega todos de surpresa. O Príncipe toma um gole de seu vinho, limpa a boca com o guardanapo rapidamente e abre um sorriso.
"Estamos discutindo estratégias de guerra." Ele simplesmente responde.
"Estamos em guerra?" Uma outra pergunta.
"Não, de forma alguma." Ele sorri. "Não há motivo para pânico, podem ficar em paz." Ele garante, arrancando um suspiro de alívio de todas. "Mas o reino anda tendo algumas dificuldades com o reino vizinho. Os Kukuriczka." Ele explica. "E temo que se tais dificuldades não forem resolvidas, teremos que nos preparar para mais uma guerra. Mas não se preocupem, podemos dar conta."
Você não segura a risadinha que te escapa, mas, para ser justa, achava que haveria um bafafá e os sussurros fossem fazer com que sua risada passasse despercebida. Nada disso acontece. Você ri enquanto olha para sua taça, sem notar que agora a atenção está em você. Só nota quando percebe o silêncio fatal que se instala no salão e quando levanta o olhar, se depara com todos te olhando, inclusive o príncipe.
"Perdão." É rápida em pedir desculpa.
"Algo sobre uma possível guerra soa engraçado para você, Lady...?"
"Belfort. Lady Belfort."
"Belfort?" O Príncipe pergunta, um sorrisinho sacana em seu rosto. "Bem, estou surpreso que de todas logo você acha graça em um assunto tão sério, visto que você, mais do que qualquer outra mulher dessa sala, sabe as consequências que esta pode causar a uma família." O clima era péssimo, você desvia o olhar rapidamente para Erica, que te olha apreensiva, mas logo volta a olhar para o príncipe.
"Sim, Vossa Alteza." Responde. "De forma alguma eu estava rindo de algo tão..."
"Então do que você estava rindo?" Ele te interrompe.
Você olha em volta, incerta se deveria responder. Todos estão esperando, inclusive o príncipe. Poderia facilmente dar uma desculpa qualquer e prosseguir com o jantar, mas não o faz.
"Eu ri pois achei engraçado a forma como Vossa Alteza fala de uma guerra com os Kukuriczka de modo tão confiante." Responde. Todas as mulheres te olham como se você fosse louca, mas o príncipe está interessado no que você tem a dizer.
"Não acha que eu devo ficar confiante? Nós vencemos eles uma vez."
"Mas talvez não podemos vencer novamente." Diz. "Os Kukuriczka tiveram um desenvolvimento significante após a Guerra dos Amantes."
"Eles se afogaram em dívidas, seu povo passava fome." O Príncipe argumenta.
"Passava... Há talvez anos atrás." Diz. "Eles tiveram tempo o suficiente para se recuperar e, permita-me dizer, o fizeram de forma majestosa."
"Está dizendo que eles são melhores que nós?"
"De forma alguma." Nega rapidamente. "Mas é inegável que eles têm mais preparo para uma próxima guerra, caso esta aconteça." Diz e olha em volta, o olhar medroso e julgador das outras não te acanha. "Eles já perderam a primeira vez, não se dariam a desonra de perder novamente. Eles vão se aproveitar dos nossos sentimentos de triunfo e confiança para nos atacar." Respira fundo. "Temos a vitória, o poder, mas até mesmo nestes podemos encontrar a vulnerabilidade."
O Príncipe te olha por um momento, reflexivo, analisa seu rosto, repara em você. Nota a forma como seu cabelo está preso, alguns fios rebeldes se desprendendo do penteado que foi feito com tanta delicadeza. Nota como não há nenhum sinal de nervosismo na sua expressão facial, não há hesitação. Sua postura o deixa dividido se ele a ama ou odeia, por um lado, admira sua coragem, por outro, acha um absurdo sua petulância.
"E o que você acha?" Ele pergunta.
"O que eu acho?"
"É."
"Eu acho que iniciar uma guerra seria muita burrice da sua parte." Solta sem querer e na mesma hora suspiros de horror são ecoados pelas outras mulheres da sala.
Você mesma fica horrorizada com o que te escapa. Como você ousa falar com um príncipe dessa forma? Mas mesmo assim, não perde a postura, falou besteira e agora precisa arcar com as consequências, como uma mulher justa e virtuosa. Pardella olha para você e logo em seguida para Enzo, mas o príncipe não desvia o olhar de você. A expressão dele é inelegível. Não sabe se ele está se divertindo com a situação ou se está irritado, pois ao mesmo tempo que seu cenho está franzido, um pequeno sorriso é formado no canto da sua boca.
"Obrigado por nos fornecer seu ponto de vista, Lady Belfort..." Abre a boca para pedir desculpas, mas antes que pudesse emitir qualquer som, o príncipe continua. "Mas eu acho que o jantar chegou ao fim para você."
Sua expressão cai, se sente envergonhada, e por mais que Pardella te ofereça um sorriso empático, não consegue evitar a humilhação que te domina. Se levanta lentamente da cadeira, deixa o guardanapo que antes estava posicionado em seu colo na mesa e dá um último cumprimento ao príncipe antes de um funcionário te guiar para fora do salão. Não tem coragem de olhar para trás e assim que sai do castelo e o vento gelado da noite te atinge, se permite chorar. Chora durante toda a viagem de carruagem, mas antes de chegar em casa tenta se recompor. Não ligava para o xeque-mate, mas também não queria que sua família soubesse do mico que você pagou em cima do nome dela. Só queria poder esquecer e sabe que provavelmente todas àquelas mulheres esqueceriam, afinal, a notícia do novo casório abafaria qualquer outro escândalo. Mas também sabe que a vergonha que te domina voltará em outros momentos, talvez quando estivesse em um baile e visse o príncipe, ou antes de dormir, quando estivesse pensando demais. Era uma situação péssima e seu pai, independente de onde esteja agora, com certeza está muito decepcionado com você.
"Voltou cedo." Sua mãe te pega de surpresa pelos corredores assim que você volta para casa. "Como foi?"
"Bem. Mas sinto em dizer que eu muito possivelmente não serei a próxima princesa." Diz, um sorrisinho fraco em seu rosto.
"Você sabe que eu não ligo pra isso." Ela diz e te puxa para um abraço, você relaxa nos braços de sua mãe. "Pelo menos se divertiu?" Ela rompe o abraço, te segurando pelos ombros, olhando bem para o seu rosto
"Acho que sim." Dá de ombros.
"Isso que importa."
★ I miss 2018 bts like a mf
“If you’re struggling and your people are just sitting there watching you struggle, they’re not your people.”
— Unknown
“When you love someone, when you care for someone, you have to do it through the good and the bad. Not just when you’re happy and it’s easy.”
— Lauren Olivier
This is the beginning of loving yourself. Welcome home.
year 1 of collecting R&B albums 📀
Theodore Nott
Theodore freezes, his book forgotten in his lap. A frown creases his brow, but it's laced with worry, not anger.
"Love," he murmurs, his voice a low rumble. "Is everything alright? Did someone force you into that?"
He sets his book down and approaches you slowly, his eyes searching yours for any sign of distress. His possessiveness manifests as a need to protect you, to understand why you'd wear another house's colors.
2-Mattheo riddle
Matteo's eyes narrow the moment you enter the common room. A dark scowl creases his handsome face as he takes in the (not-green) uniform. His possessiveness flares.
He stalks closer, ignoring the curious stares from other Slytherins , his hand reaching out to grip your arm. "Tell me this is some elaborate prank. A way to test my devotion perhaps?" A twisted smile plays on his lips, a dangerous glint in his eyes.
"What. Is. This? Those colors are an insult to your beauty. Only Slytherin green complements you, darling,Change back, darling, before I rip it off you myself .."
Lorenzo Berkshire
Lorenzo's jaw clenches as he sees you. Possessiveness explodes in his eyes.
"What are you doing in those colors?" he he asks, his voice low and husky .
"Get those damn robes off you darling " he demands, his voice rough with desire and possessiveness. "Slytherin green is the only color allowed on this gorgeous body of yours, and I intend to remind you of that fact very thoroughly."