kim jiwon, xx, music shop attendant & dog f*ckin' lover. help me polarize, help me down those stairs is where i'll be h i d i n g all my problems. help me polarize, help me out. my friends and i, we got a lot of problems. you know where i'm coming from though ( i a m r u n n i n g ) to you all i feel is deny.
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❝ rows of houses sound asleep, only s t r e e t lights notice me. i am desperate if nothing else in a holding pattern to find m y s e l f. i talk in circles, i watch for signals for a clue. how to feel different? how to feel new? like s c i e n c e fiction bending truth, no one can u n r i n g this bell. u n s o u n d this alarm, unbreak my heart new. god knows, i am d i s s o n a n c e. waiting to be swiftly pulled into tune, i’ll go a n y w h e r e you want. ❞
◟ ·゚✧ aquele dia era definitivamente o mais difícil do ano, tanto por causa da ressaca incurável que fazia a jornalista grunhir a cada minuto. o pior de tudo era que ainda tinha aula naquele dia, então depois de estar devidamente acordada, ou quase, yerin se pôs a sair do lugar que considerava casa, dez minutos antes da aula começar. nem é preciso dizer que levou um esporro pelo horário, ainda mais porque parou para comer algo no caminho, mas aquilo a deixou com um mau humor dos infernos. no fim de tudo, tinha terminado com uma essay para fazer pro dia seguinte, de mil e quinhentas palavras, sobre o motivo de hospitais serem processados hoje em dia. pelo menos aquilo ela saberia desenvolver. quando passou por um restaurante e sentiu o cheiro de samgyetang, ela decidiu na hora que aquilo seria sua salvação do dia. mas não era apenas ela que estava de ressaca, yerin lembrou-se e pediu que a dona cortasse o frango e dividisse em vinte porções iguais. aquilo a rendeu um olhar atravessado ao qual ela respondeu com um de seus sorrisos habituais, sagaz e sem nenhum pingo de arrependimento, e logo voltou a caminhar para casa. distribuiu cada porção para os amigos, deixando um beijo na testa de soyeon quando entregou a porção dela e saiu atrás de jiwon, o único que não tinha encontrado até agora. —— ❝ jiwonnie, onde você está? ❞ —— yerin se perguntou em voz alta enquanto caminhava até a segunda casa, mas antes de chegar lá, viu uma silhueta no jardim, e voilà. aproximou-se do garoto e acariciou os fios de cabelo do garoto que parecia estar tirando uma soneca ali mesmo. —— ❝ ei bobinho, você pode pegar um resfriado aqui fora. vamos entrar, hm? ❞ —— colocou a sopa na frente dele e ergueu as sobrancelhas, sorrindo para o rosto sonolento que a respondeu. —— ❝ como está sua ressaca? eu trouxe algo que pode ajudar. ❞ —— yerin cutucou a bochecha do garoto para que ele acordasse de vez.
Era mais do que óbvio que Jiwon evitava o interior da casa, principalmente porque depois de vários remédios a dor de cabeça parecia não passar. A maioria dos outros sintomas já havia desaparecido, mas a dor de cabeça não e isso lhe irritava a ponto de querer ficar sozinho. Talvez fosse por isso que estivesse estirado no jardim, cochilando após ter passado longos minutos observando as estrelas e o que conseguia captar da beleza delas. ❝ —— Hm...? ❞ ser acordado não era algo que gostava e até demonstrava isso com a demora para responder ou para abrir os olhos, mas se deu por vencido quando viu que provavelmente a outra pessoa não desistiria. ❝ —— … Não podemos comer aqui, noona? ❞ só então se permitiu sentar sobre o gramado, usando ambas as mãos para esfregar o rosto em uma tentativa inútil de despertar de vez antes de encarar a mulher. Mais segundos do que estava acostumado eram necessários para formular uma resposta, qualquer uma. Pensar com dor era horrível. ❝ —— Que horas são? Achei que ainda tivesse na universidade.❞
@1198-yjae made this heart shake and earned one starter!!
O sono não deixava Jiwon pensar direito, e nem se conseguisse, queria. O coreano mais parecia um zumbi do que uma pessoa, já que andava pela casa com os olhos fechados. Por vezes esbarrava nas coisas e reclamava sozinho por isso, mas nem assim a preguiça lhe deixava abrir os olhos. ❝ —— Woah, tá fazendo vitamina? ❞ logo que entrou na cozinha, era possível reconhecer quem e o que estava fazendo. Querendo ou não, ninguém que morava naquela casa era tão alto quanto ou Youngjae ou Minseok. Havia passado tanto tempo observando o mais velho nadar que, inconscientemente, lhe reconhecia as costas e não pensava duas vezes antes de abraçar. ❝ —— Qual é essa? A gostosa ou a que tem gosto de morte? ❞ apoiou o queixo pelo ombro do outro rapaz, só então percebendo que finalmente seus olhos estavam abertos, mas para tentar identificar qual das duas vitaminas ele fazia. ❝ —— Se for a gostosa, eu quero. Se for a que tem gosto de morte, boa sorte. Espero que você não morra tomando ela. ❞
@1198-subin made this heart shake and earned one starter!!
Não havia sido um dia fácil. Quanto mais as horas passavam, mais Jiwon queria que acabasse de uma vez porque acreditava fielmente que nada de bom poderia acontecer pra salvá-lo. Não deixaria de tentar, mas ainda assim não estava muito esperançoso. Por causa da sede que não parecia nunca lhe deixar em paz, lá ia o coreano em busca de água novamente, só não esperava encontrar Subin cabisbaixa no caminho. ❝ —— Ayo, noona! ❞ os lábios se curvaram em um sorriso e os olhos seguiram a deixa, assim como sempre acontecia quando via a mais velha, mas mesmo que tenha recebido um sorriso de volta, sentia que algo parecia diferente. ❝ —— Mhm... Como você está hoje? ❞ decidiu não perguntar diretamente o que estava acontecendo por não querer ser invasivo, mas passou um dos braços pelos ombros da menor e tratou de sorrir novamente. Leve, mas o sorriso estava ali. Àquela altura, já havia se esquecido da água. Não era tão importante quanto Subin. ❝ —— Quer conversar? ❞
Levou alguns segundos para raciocinar as palavras dele, visto que Sejun estava com 110% da atenção focada na faca em suas mãos que cortava rapidamente os vegetais para sua sopa. O moreno suspirou, a indecisão de como proceder frente aquela situação lhe conturbava a mente. Sabia que o certo a fazer seria não deixar Jiwon mexer em nada da cozinha - para sua própria segurança - mas não conseguiria vê-lo com aquela cara emburrada por muito mais tempo. — Ok, você me convenceu. — Limpou as mãos em uma toalha de prato antes de seguir até a geladeira e tirar vários sacos plásticos de dentro. — Façamos assim, você lava essas folhas e se conseguir não inundar a cozinha ou se machucar eu te deixo tentar mexer no fogão, pode ser? Ou você pode fazer uma massagem em mim enquanto eu cozinho, é mais seguro na verdade.
Logo que teve a atenção do outro em si, fez o que melhor sabia fazer quando queria ganhar alguma coisa e não tinha tanta certeza da resposta que teria em troca: sorrir. Quem visse aquele sorriso quase infantil que refletia até na meia lua dos olhos nem imaginaria que há segundos estava com a expressão de quem poderia matar alguém se isso lhe fosse divertido. ❝ —— É, eu sou bom nisso. ❞ brincou, ainda entretido com o caminho até a geladeira que o mais velho fazia. Quando viu o tanto de folhas, sua expressão mudou drasticamente. Estava surpreso. ❝ —— A gente vai fazer o quê? Alimentar coelhos? Impossível um ser humano comer tanta folha. ❞ ergueu as mangas do moletom e em um suspiro, se levantou de onde estava. Pelo menos aquilo poderia fazer, mas nada lhe impedia de brincar um pouco com a situação. ❝ —— Tá dizendo que não consigo lavar isso? ❞ semicerrou os olhos em sua melhor expressão falsa de chateação, mas abriu a torneira e começou a lavar os alimentos. Os movimentos de início eram um tanto agressivos, como sempre, mas os foi modulando aos poucos porque sempre que fazia algo errado, ganhava gotas de água aleatórias contra o rosto. ❝ —— Acho melhor eu só lavar as folhas, né? Vai que eu te faça uma massagem e sem querer quebre um osso seu. ❞
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O mesmo Jiwon que havia amanhecido o dia reclamando da luz do sol agora estava deitado no jardim, em contato direto com ela. Se questionado, agora que sua cabeça doía mais que antes, não saberia explicar o porquê de uma ideia tão idiota, mas não conseguia levantar por pura preguiça. A luz do sol poderia lhe irritar, mas estar em contato com o restante da natureza lhe era confortante. ❝ —— Um dia me disseram que quando algo incomoda, você deve encarar de frente. ❞ comentou avulso, apenas porque percebeu alguém se aproximar pela sombra que a pessoa fazia. Seus olhos estavam abertos, mas não poderia dizer que enxergava muita coisa além de formas aleatórias feitas de claridade. ❝ —— ... Me lembra de nunca mais fazer isso, acho que tô cego. ❞
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Sua expressão entediada demonstrava o quanto estava odiando apenas observar. Jiwon se encontrava quase que deitado sobre um dos balcões da cozinha enquanto seguia Sejun com os olhos, o observava fazer sabe-se lá o que com panela e fogo, provavelmente o café da manhã. ❝ —— Me dá alguma coisa pra fazer antes que eu morra de tédio. ❞ certo, o coreano não era bom na cozinha e por isso evitava o local enquanto cozinhavam porque nunca queria que sobrasse pra ele - até porque, quem em sã consciência o deixaria entrar em contato com fogo? Quase queimou a cozinha inteira da última vez. ❝ —— É sério, prometo que não vou queimar nada. Nem a cozinha, nem você e nem a mim mesmo. ❞
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A cara amarrada que Jiwon trazia consigo tinha nome: ressaca. Os olhos estavam ainda mais sensíveis a luz, a cabeça doía, sentia sede de dois em dois minutos e, de quebra, seu corpo estava dolorido por ter dormido em um sofá que comparado ao seu tamanho era minúsculo. ❝ —— Hyung, eu-- Argh. Luz. ❞ até se aproximou para falar com Minseok, mas notar a janela aberta e a luz do sol praticamente queimar os olhos, fez com que dois passos fossem dados para trás e precisasse puxar o capuz do moletom para se cobrir mais do que já estava coberto. ❝ —— Tô sentindo como se eu fosse roubar um banco, ou como se eu estivesse me transformando em um vampiro. Tá foda. ❞ reclamou mais sozinho do que para o outro, semicerrando então os olhos para que pudesse falar o que queria ao procurá-lo sem que incomodasse tanto para isso. ❝ —— Tem algum remédio pra dor aí? Pode ser qualquer um, tudo dói mesmo. ❞ a primeira reação de Jiwon seria chutar alguma coisa, mas após procurar algo por alguns segundos, desistiu em um crispar de lábios. Sem chute, menos uma parte do corpo dolorida, afinal.
Com a ponta dos dedos tocou o próprio joelho após notar o rubor na área afetada. Área esta que não estava pior que as suas bochechas, pois as mesmas, agora, possuiam um tom quase escarlate de tanta vergonha. Lutou consigo mesma para manter o resto da dignidade que lhe sobrara, buscando não demonstrar o absoluto incômodo que sentia naquele exato momento. Queria cavar um buraco e se enterrar viva, mas ninguém precisava saber disso, afinal. ‘ Não posso falar nada a respeito sem antes ver o estado do meu cabelo no espelho. ‘ passou os dedos entre os longos fios, rindo leve. Ria de nervoso, para tentar mascarar a confusão de pensamentos que sua cabeça se encontrava. ‘ A-ah não foi nada. E-eu só… Estranhei o fato de estar o usando o peito de alguém como travesseiro. Nada demais. ‘ deu de ombros em uma falsa indiferença.
Aquela não era a situação mais casual entre Jiwon e Joohee, mas ainda assim, o rapaz se mostrava confortável. Tanto com a ideia de terem dormido juntos quanto com a ideia de ter acontecido no sofá da sala, mesmo sem saber como e porque logo ali. Não se questionava, não sabendo o tanto que tinha bebido na noite anterior. ❝ —— Um passarinho poderia morar nele fácil. ❞ brincou, finalmente se sentando no móvel para que pudesse esfregar tanto o rosto quanto o cabelo em uma forma inútil de tentar despertar de uma vez. ❝ —— Até tentaria explicar, mas não lembro. ❞ naquele caso o melhor era ser sincero, então só foi. O olhar que direcionou a ela, por outro lado, não durou tanto quanto deveria já que uma das mãos foi levada até a própria nuca na intenção de massagear o local. Estava dolorido, não era pra menos. ❝ —— Se te ajudou a dormir melhor, não me incomodo de ter sido um travesseiro. ❞
Ainda bastante sonolenta piscou devagar, conforme tentava se acostumar com a pouco claridade do ambiente. Jurou ter ouvido alguns murmúrios do seu lado, mas demorou um certo tempo até que pudesse assimilar exatamente o que acontecia. ‘ Hm... ‘ praticamente ronronou ao ter os fios do cabelo acariciados, fazendo com que sequer questionasse, apenas se deixasse levar à proporção que apoiava a cabeça sobre o corpo alheio mais uma vez. Aos poucos reconheceu a voz, mas tudo que fizera fora reclamar baixo. Ergueu o pulso, vendo as horas no relógio de ponteiro no braço esquerdo. ‘ Jiwon, vai dar onze horas. ‘ passou as mãos sobre o rosto amassado tentando despertar. Porém, só depois de pensar no que havia dito, se dera conta do que verdadeiramente saiu por sua boca. E assim, acabou por levar mais um susto. Este que a fizera praticamente pular do sofá, batendo um dos joelhos na primeira coisa que encontrou pela frente, reclamando de dor. ‘ Jiwon ?! Aigoo, por que estamos dormindo aqui ? ‘
❝ —— E...? Isso ainda é madrugada pra mim. ❞ nem precisou pensar para responder, apesar de se questionar o motivo de ninguém ter acordado os dois já que era tão tarde e ambos estavam dormindo no sofá. Então um suspiro escapou dos lábios e finalmente Jiwon se permitiu abrir os olhos, mas se arrependeu segundos depois por causa da luz. Mesmo sendo pouca, incomodava. ❝ —— Ugh. ❞ a reclamação era quase muda, mas foi estímulo suficiente para pegar uma almofada qualquer e cobrir o rosto com a mesma. A ação até duraria mais tempo, quem sabe até fecharem as cortinas, mas afastou o objeto do rosto assim que a sentiu se afastar de supetão porque riu. Leve, mas riu. ❝ —— Por que ficou tão assustada do nada? Não devo acordar tão feio assim. ❞
‘ Acordei, acordei ! ‘ assustada, abriu os olhos e ergueu o tronco; sentindo-se até mesmo um pouco enjoada por tê-lo feito tão rápido. Alicerçou-se no sofá, notando que o barulho que escutara não provinha de algo que emanava perigo, respirando aliviada logo em seguida. ‘ Omo, que susto. ‘ pôs as mãos sobre o peito, levando-as até os fios escuros que, certamente, estavam bagunçados agora. Estava com uma dor de cabeça quase que insuportável. ‘ Ah, está tudo bem. Eu não deveria ter pego no sono aqui. ‘
Jiwon ainda não sabia se estava ou não confortável naquele sofá, não conseguia pensar em nada que não fosse a cabeça doendo. Se questionado, não faria ideia de como foi adormecer logo ali, mas também não fazia a mínima questão de se levantar e ir para o quarto. Talvez pela preguiça, mas talvez pelo peso extra da mulher que dormia em cima de seu corpo. ❝ —— Shh... Dorme. ❞ murmurou, sem nem abrir os olhos direito para isso. No lugar, levou uma das mãos até os fios negros da coreana e os acariciou preguiçosamente ao puxá-la de volta para o peito. ❝ —— Deve ser de madrugada ainda. ❞
Por favor, fale mais baixo….
❝ Antes gritar e calar a boca de todo mundo de uma vez do que falar baixo e repetir mais vinte vezes sem ter resultado. Ao menos agora paz vamos ter, desde que você diminua o volume da TV. ❞
❝ wanted to fight this war without weapons and i wanted it, i wanted it bad but there were so many red flags… now another one bites the dust. let’s be clear, i’ll trust no one. you did not break me. [ … ] well, i’ve got thick skin and an elastic heart but your blade it might be too sharp, i’m like a rubber band until you pull too hard. i may snap and i move fast but you won’t see me fall apart 'cause i’ve got an elastic heart. ❞
❝— Uma garrafa de C1 Blue Soju? Ou um pouco mais que isso?❞ tentou lembrar a quantidade de álcool que tinha ingerido, olhando para cima. Pensava ter comprado o soju característico de Busan com maior teor alcóolico, mas não fazia ideia se isso era de fato verdade ou se estava criando isso na própria mente, visto que a ideia não ficava clara em sua cabeça. Por algum motivo ficou absorta o suficiente em seus pensamentos sobre a bebida para não perceber que estava em posição de dança de salão até sentir seu corpo ser levemente puxado pelo mais velho. Voltou a atenção a tempo de não perder o equilíbrio e, de quebra, conseguir escutar a última sentença de outrem. Começou a dançar sem estar certa se estava fazendo direito ou não, apenas seguindo a guia de Jiwon. ❝— Eu não sei fazer na-…❞ Teve que interromper sua fala, pois não queria soar auto-depreciativa. Talvez no dia-a-dia acabasse soltando algo daquele tipo, mas não era esse o seu perfil enquanto alcoolizada. ❝— Hmm, digo, eu não sei dançar então eu não tenho nada para mostrar.❞
Havia sido uma pergunta que não precisava de resposta, mas acabou rindo ao perceber que ela se esforçava para pensar em alguma coisa. Não atrapalhou o pensamento, apenas porque estava concentrado demais juntando toda a coordenação motora que sabia que tinha enquanto estava completamente sóbrio porque não queria pisar nos pés dela conforme se movia. ❝ —— Dança lenta não deve ser tão difícil. ❞ as palavras foram bem colocadas. “Não deve”. Jiwon também não fazia ideia de como dançar aquilo, mas poderiam aprender juntos, por que não? Então, em um suspiro, tentou buscar na mente alguma coisa que pudesse guiar seus passos e acabar guiando os dela também. ❝ —— Só não vamos fazer aquele lance de rodar porque não queremos vomitar, certo? Certo. ❞ seguia o básico que sempre diziam na hora de dançar: um passo pra cá e um pra lá, por vezes até intercalava os movimentos com um passo para trás e um para frente porque lhe era mais divertido assim. ❝ —— Olha só, parece que alguém leva jeito pra isso. ❞
❝—— Não pensei por esse lado…❞ o encarou sério, mas não conseguiu segurar-se naquela expressão por muito tempo, pois logo desmanchou-se em risadas. Era incrível como seus momentos com Jiwon eram tão naturais, até mesmo suas brigas fictícias - já que nunca se imaginava brigando com Jiwon na realidade. ❝—— Porra, ninguém me dá valor mesmo. Morrer é uma opção? Porra..❞ assentiu com a cabeça enquanto o bico anterior voltava aos seus lábios. Antes que pudesse continuar sua cena, sentiu os dedos de Jiwon em sua cintura, o fazendo uma das coisas que mais temia: cócegas. Se tinha uma pessoa que não conseguia lidar com cócegas, essa pessoa é Minho, e demonstrava bem isso enquanto soltava risadas cada vez mais altas, debatendo-se contra as mãos do amigo. Assim que conseguiu se livrar, legou o indicador até os olhos para limpar as lágrimas que desceram por conta de sua curta crise de risos. ❝—— Ah, eu odeio quando você faz isso! E isso mesmo, eu pretendo ficar perto de alguém hoje, preciso estar bonito.❞
❝ —— Morrer... De amores por você. ❞ era como se pensasse em voz alta, tanto que quando percebeu o que dizia, Jiwon apenas riu e complementou com um coração feio com dois de seus dedos como se tudo houvesse sido planejado antes. ❝ —— Desde que não me jogue de janela nenhuma, porque aí vou voltar só pra fazer da sua vida um inferno. ❞ deixou com que sua melhor risada de vilão se fizesse presente, ainda mais porque os dedos ainda brincavam pela cintura do outro. Apenas parou o que fazia porque tinha as mãos seguradas, mas ainda assim ria porque sempre adorava aquela reação. ❝ —— Eu amo fazer isso! ❞ ameaçou se soltar sem uma real intenção de fazê-lo, respirando fundo algumas vezes para que pudesse parar de rir finalmente. Tentava ler na expressão do outro se aquilo havia sido uma verdade ou só mais uma das incontáveis brincadeiras. ❝ —— Alguém tem roubado esse coração, é? Como sempre sou o último a saber, não tô vendo mais vantagem nessa amizade. ❞
A verdade é que Jaehyun poderia ter se segurado, se quisesse, mas que diversão havia nisso? Ao invés de tal coisa ele só aproveito o empurram do outro outro em seu ombro e se deixou ir, caindo para trás e ficando ali, no chão e rindo do que ouvia. “Yah, claro que deveria, ou pelo menos fazer a coisa zoada, não como se você fosse um gogoboy de verdade.” Brincou, tentando olhar para o outro e ver suas feições para o que dizia, mas sendo bem mais simples só ver o teto mesmo e rir do que imaginava que o outro fazia. “Aigoo, não ri de mim Jinna, que tudo que sei, eu aprendi do que você me deixava ler nos seus textos que trocava com as meninas no telefone, oh” O que talvez era meia verdade, mas se Jaehyun havia mesmo vivido parte da vida social que queria através de Jiwon por um tempo? Maybe. E se isso fez o maior dar risadinhas para a memória? Claro “Yah, quem disse que eu estou bêbado?” Se um bico se formou em seus rosto, Jaehyun não percebeu, até porque, ele logo se desfez para dar lugar a um sorriso. “Além do que, eu posso elogiar suas pernas, como é que eles falam, no homo?” As feições confusas do moreno tentando lembrar a fala, só meio tendo noção do que estava falando.
❝ —— Você achou que aquilo era eu dançando de verdade? ❞ perguntou até um tanto incrédulo, deixando com que uma gargalhada lhe fugisse da garganta antes mesmo de ter uma resposta porque por mais que não soubesse dançar tão bem assim, conseguia se virar melhor do que tinha mostrado. ❝ —— Um dia a gente para pra dançar junto, aí me diz se aquilo foi zoado ou não. ❞ piscou sem uma real necessidade enquanto usava dois dois dedos para fazer um coração na direção do melhor amigo, até complementando a graça quando o jogava um beijo. ❝ —— Aish, então tá na hora de atualizar você porque antes eu não pegava nem resfriado. ❞ a risada continuou, dessa vez pelo clima nostálgico que se instalou entre os dois. Jiwon sempre foi o tipo de pessoa que conseguia as outras por meio do humor, mas precisava admitir que suas piadinhas eram horríveis e só de lembrar das mesmas sentia certa vergonha alheia de si mesmo. ❝ —— Sua voz te denuncia. ❞ para que Jaehyun tivesse uma ideia, Jiwon fez questão de imitar o tom arrastado e alegre que o outro usava para falar, mas logo desistiu porque não poderia dizer que o tom combinava tanto consigo quanto combinava com ele. ❝ —— Minhas pernas estão sempre aqui pra serem elogiadas por você. Não malho elas pra nada, né? Então por favor, sendo no homo ou não, tô aceitando. ❞
O mais velho apenas ofereceu-lhe uma piscadela, como quem confirmava de que se fosse necessário ele o ajudaria de novo a escapar daquelas situações. Obviamente não admitiria que só parara com tudo porque sua bateria chegara ao fim, deixaria que Jiwon achasse que havia sido puramente seu coração bondoso que o ajudara a parar de passar vergonha. — Pode contar comigo meu caro amigo, precisando dos meus serviços de DJ eu estarei aqui por você. — Sorriu, bagunçando os cabelos negros. — É, exatamente. O que você imaginava que era meu segredo, academia? Claro que não, é puro pole dance. Nunca te contei da época que eu trabalhava em um clube de striptease? Tsc tsc, tem tanto sobre mim que você não sabe Jiwon-ah… — Embora tom de voz fosse puramente brincadeira uma parte não era de todo mentira: ele realmente fizera aulas (4 para ser mais exato) de pole dance, tudo a pedido de sua noiva que o desafiara a ir com ela. Mas nunca deixaria que ninguém soubesse disso.
❝ —— Consegui sentir o tiro que o Minho-ah quis me dar depois dessa ❞ brincou, ainda que os olhos fossem fechados assim que sentiu o toque pelos fios. Mesmo que a intenção fosse só bagunçá-los, ironicamente Jiwon se sentia mais relaxado sempre que tocavam a região com a calma que Sejun fazia. ❝ —— Não tô surpreso, você tem cara de stripper mesmo. ❞ agora foi a sua vez de bagunçar os fios alheios em uma visível brincadeira, mas não se demorava muito na ação. ❝ —— Preciso comentar que o seu desafio foi um dos melhores. Finalmente descobri algo em que você não é bom. ❞
Soltou uma risada com a imagem do outro amigo já dando pt, negando de leve para não sentir nenhuma tontura. “Não olhe pra mim, não vejo o dois terços tem tempo também.” Fez uma careta, mas logo suavizando a expressão. “Eu tenho né? Ai vendo você e o Minho. A Minji também, aquela mulher me mata. Só assim pra eu acreditar em Deus mesmo.” Gargalhou junto a ele, arqueando as sobrancelhas quando sentiu o toque ligeiramente gelado em suas mãos. “Omo, nosso Jiwonie está com frio? E vai se esquentar justo na anã magrela?” Brincou com ele, gentilmente pegando a sua palma para aquecê-lo, afinal, dentro de todas as brincadeiras, Daiyu se importava demais com o mais novo - mas fazendo a ação de sua maneira bêbada, claro. “Own, que bonitinho? Usou essa com o Jaehyunie também?” Piscou, fazendo um pequeno bico, entretendo-se com o fato dos dois serem bem unidos. Observou-o e ouviu sua pergunta, bebendo um gole do seu soju antes de limpar a boca com a costa da mão e respondê-lo. “Podia sonhar em eu lambendo outra coisa já que eu faço isso.” Murmurou, fazendo mais uma careta engraçada do que uma expressão sexy, mostrando a língua para ele em movimentos nada atraentes. “Era pra eu dizer do que eu tenho medo mas ia ficar muito sem graça, eu nem tenho medo direito. Foram fracos comigo esse ano, quero recontagem!” Levou o punho, como se realmente se sentisse injustiçada. “Menos de palhaços mas isso é quase a população da China inteira.”
❝ —— Até deixo você me alugar, mas vender não. Me respeita. ❞ reclamou com o tom de voz quase ofendido, como se tivessem discutindo mesmo um plano real de trabalho, mas quando Jiwon percebeu, apenas riu e negativou com o rosto - se arrependendo logo depois porque precisou passar alguns segundos a mais com os olhos fechados. ❝ —— Tô com preguiça de pegar um moletom mais quente, então digamos que sim. A anã magrela vai me ser muito útil. ❞ permitiu que ela pegasse a mão e até retribuiu o toque por alguns segundos, mas cessou o que fazia de forma abrupta quando ouviu onde Jaehyun era encaixado porque havia se surpreendido com o dito. ❝ —— Hyuni? Ele é minha criança. ❞ arqueou uma das sobrancelhas com a ideia de ter alguém naquela casa que não sabia do que havia terminado de dizer, mas a expressão logo foi suavizada porque sabia que não passava de brincadeira. Ao menos esperava que sim. ❝ —— Se eu apertar seu bico, a cor dele não vai sair todo na minha mão não, né? ❞ se referia ao batom, mesmo que não se importasse com a ideia de acabar se sujando com ele. Não seria a primeira vez. Tanto que não demorou a fazê-lo, só a soltou porque percebeu que ela levaria a garrafa até a boca. ❝ —— Agora com certeza tenho motivos pra ter pesadelos. ❞ gargalhou um pouco mais alto por causa daquele teatro e então permitiu que o braço voltasse a ser passado pelo ombro da mesma, assim poderia se manter próximo mesmo enquanto os olhos tentavam enxergar alguma coisa naquele breu. Sentia falta da energia e do vídeo game. ❝ —— “Nem tenho medo direito”, chegou a mulher maravilha. ❞ o tom de voz até mudava pra tentar imitá-la, mas acabou cessando pela metade porque bocejou. ❝ —— Ah, qual é. Impossível que seja só isso, não tem medo de mais nada? Nada mesmo? ❞
Piscou algumas vezes, suave e lentamente. Não esperava escutar o que escutou, tampouco que aquilo a deixaria completamente anestesiada. Eram raras as ocasiões onde ficava sem fala ou que até mesmo não demonstrava seus sentimentos em expressões de pânico ou surpresa. Joohee era péssima em esconder as coisas, ainda que sempre tentasse de todas as formas encobrir tudo que se permitia sentir. Seu rosto ardia desagradavelmente, e agora tinha total certeza de que não era somente por causa da bebida. ‘ V-você acha ? ‘ com os lábios trêmulos, indagou; crispando-os por conseguinte. Os dedos dos pés travavam uma intensa batalha uns contra os outros dentro de seu sapato vermelho predileto, assim também como a palma da mão progressivamente começava a suar. Um toque fora suficiente para fazê-la sentir uma pequena descarga elétrica atravessar seu pescoço e reverberar por toda a extensão de seu corpo. Ver-se pela perspectiva de Jiwon a fez fez sentir-se como uma mulher diferente, possuindo agora uma conotação totalmente positiva a palavra. Equiparando-se até mesmo a imagem da tal “alma antiga” a qual ele referia-se, pois outrora jamais haviam a visto de tal maneira. Os olhos fecharam-se à medida que os lábios entreabriram-se em surpresa, logo pôde sentir as pontas dos dedos alheios deslizando sobre uma região que era demasiada sensível para si; portanto, não fora espanto algum o arrepiar aflito que a circundou em seguida. Já encontrava-se vulnerável por completo, buscando saborear a intensidade alcoolizada e até então, desconhecida. Palavra por palavra adentrava seus ouvidos com ternura. Era a situação mais improvável para escutar aquele tipo de coisa, ainda assim, não deixava de ser cativante. Sem perceber sorriu de canto, substituindo a expressão de espanto por outra que beirava o fascínio. Joohee estava verdadeiramente tocada com todas aquelas palavras, ainda que soubesse que grande parte do que ouvia, possivelmente, vinha da parte mais embriagada de Jiwon. ‘ Essa é a coisa mais adorável que um bêbado já me disse. ‘ riu divertida, deixando se levar sem sequer pensar em se opor, ou até mesmo se afastar. Estava bêbada, mas não havia perdido sua razão completamente, apenas uma parte desta. Guiou-se pela mão que a puxou para mais perto de repente, apoiando-se em um dos braços do rapaz; apertando-lhe o tecido da camisa. O respirar ficara mais denso, tanto que podia sentir a respiração misturando-se com a dele. Acabou por gelar por completo ao ouvir a sentença alheia. Atraente. Joohee não se considerava uma garota atraente, principalmente quando todas as suas características estavam longe de ser consideradas atrativas para alguém. ‘ Jiwon… ‘ a voz saira mais baixo, Joohee tentou dizer algo, porém um sussurro adentrou seus ouvidos lentamente, tal qual o toque se fez perceptível no minuto seguinte. O roçar do nariz contra a sua bochecha arrepiou-lhe a pele, no entanto, mais intenso que isso, fora o contato dos lábios nos seus. Obrigando-a a mover a uma das mãos até a nuca alheia; tocando-o com a ponta dos dedo sutilmente.
Tudo o que era dito, Jiwon escutava, mas nenhuma palavra a mais saía de sua boca porque estava entretido demais encarando a alheia. Não se culpava, não com toda aquela proximidade e o jogo de reações que tinha enquanto, aos poucos, ganhava terreno junto aos toques que deixava pelo corpo menor. Nem por isso deixava de responder as indagações, fosse com um balançar lento de cabeça ou com risadas inaudíveis se mesclando às de Joohee, mas que não ousavam afastar ambos porque se acontecesse, o coreano fazia questão de se aproximar de novo. Por outro lado, quando ouviu o nome ser chamado tão baixo, tão perto, Jiwon sentiu como se os pelos da nuca se eriçassem gradativamente, lhe fazendo suspirar até mesmo sem perceber que o fazia. E como perceberia? Estava ocupado demais sentindo a textura dos lábios macios contra os seus, percebendo o quanto o encaixe das bocas era bom e o quanto o gosto de álcool se tornava apenas um bônus quando, alguns segundos depois, acariciou a língua alheia com a sua. Era como se com aquele beijo pudesse concluir que toda a sua teoria sobre não ter um simples detalhe em Joohee que fosse desagradável estivesse certa, mesmo que o coreano desejasse que fosse só a sua parte alcoolizada falando mais alto. O beijo era tão lento quanto os toques pelas unhas curtas que exploravam os fios, mas tão intenso quanto a firmeza com que mantivera a cintura próxima ao corpo. A ideia de rompê-lo não existia. Tanto que quando sentiu precisar de fôlego, Jiwon apenas deu uma pausa no que fazia com um mordiscar pelo lábio inferior da mulher, fazendo questão de puxá-lo lentamente para si e deixá-lo se soltar por conta própria. Não precisava dizer nada, o sorriso que era desenhado pelo canto dos lábios deixava claro que queria continuar com aquilo, que queria lhe beijar um pouco mais. E foi com o mesmo pensamento que juntou a boca na dela novamente.
Novamente naquela noite as bochechas de Soyeon assumiam a coloração escarlate. Já estavam meio rosadas graças ao álcool no sangue, mas naquele momento, com as mãos de Jiwon segurando-a as bochechas e o beijo estalado na própria testa fizeram com que todo o sangue do corpo da pequena subisse para o rosto, fazendo-a assemelhar-se com um pimentão. Por fim, focou-se na fala do rapaz, e deixou com que uma risada levemente nervosa escapasse dos lábios; — Claro que sim, Jiwonnie! Eu tenho até uma dancinha, quer ver? — E começou a torcer pelo rapaz, totalmente constrangida e risonha.
A forma que Jiwon reagia a tudo aquilo se assemelhava muito a forma que reagia quando via algum filhote de animal de perto, principalmente cachorros. Era adorável, tanto que queria apertar até deixar a garota mais velha do que já estava, mas não faria isso porque se já era ruim medindo força enquanto estava sóbrio, era um desastre bêbado. ❝ —— Você é tão fofa, como que pode um negócio desses? ❞ meio confessava, meio se questionava, então acabou por rir sozinho da própria reflexão. ❝ —— Deveria ensinar um pouco desse aegyo pro Sejun hyung, ele é péssimo nisso. ❞
◟ ·゚✧ o estado em que yerin se encontrava nem a permitia se incomodar com a falta de respeito da brincadeira do mais novo, nem mesmo quando jiwon bagunçou seus cabeços, arrancando um bico de yerin que decidiu devolver o favor, mas de forma um pouco mais agressiva, como era costumeiro seu. seus dedos se entranharam nos fios de cabelo do outro, a jornalista puxando-os com um pouco mais de força que o normal e até mesmo fazendo-o inclinar sua cabeça apenas um pouco. —— ❝ olha eu discordo, daiyu é um amor por ter concordado e… ❞ —— ela desceu o olhar para as coxas do outro de maneira óbvia e voltou a encará-lo. —— ❝ se não fosse por suas coxas, eu diria que era um show perdido. ❞ —— comentou na maior inocência, ou talvez não, já que provocação era algo que yerin e jiwon pareciam amar fazer um com o outro, mas claro nunca passando disso. ela o empurrou levemente assim que ouviu seu comentário e riu divertida. —— ❝ yah, não fale da minha sexiness, eu sou a pessoa mais sexy do mundo, tá no sangue. ❞ —— e piscou para ele como se aquilo realmente fizesse sentido.
O fechar dos olhos foi automático ao ter os fios bagunçados, ainda mais com o “yah!” que escapou dos lábios junto a ação, mas Jiwon não movia um músculo sequer para que os fios voltassem para o lugar. Não importava já que não ia ver, e provavelmente, as outras pessoas também não por estar tudo escuro então pra quê? Poupar a energia que gastaria arrumando o cabelo era o mais certo a fazer, mas talvez direcioná-la a arranhões pela cintura coberta da coreana não fosse tão certo assim. Sabia que teria a mão afastada, no mínimo, mas precisava descontar a frustração que era ter os fios puxados daquela forma pra nada então apertou a região. Não a ponto de machucar, mas a ponto de trazer pra perto. ❝ —— Ela é um amor por ter concordado e por ter apertado a minha bunda, eu sei. Digo isso pra ela todos os dias. ❞ ironizou sem um real motivo, soltando a menor nesse meio tempo para que pudesse rir do que vinha após. A conversa tendia a ficar cada vez melhor. ❝ —— Minhas coxas? Vai querer apertar elas também ou o quê? ❞ semicerrou os olhos como se analisasse as reações que teria com a pergunta, mas não esperou por uma resposta, apenas procurou pela garrafa de soju que havia deixado por perto antes de ir cumprir o desafio. ❝ —— Não sei onde você viu isso... ❞ assim que achou o que procurava, precisou dar um belo gole no líquido para que pudesse mentir sem que sua voz se alterasse por isso. ❝ —— ... Mas não é sexy. Você é meio fofa. Agressiva, mas fofa. Sexy não. ❞
‘proveitoso? na verdade, eu acho que ela queria alguém para colar na prova de matemática, porque depois da prova e depois de não conseguir nada, ela parou.’
❝ Wow, ok, retiro o que disse. Acho que essa é a hora em que eu digo que algo assim não se faz, mas já troquei um álbum autografado por um beijo também então a quem eu quero enganar, né? Mas me diz que você teve beijos melhores depois desse, hyung. ❞
O que, você tá brincando, certo? Ele lembra?! Ok, é isso, eu nunca mais passo na frente daquela escola, vou ter que mudar a rota pra ir pro estágio, na verdade, vou mudar de estágio. Será que ainda rola tempo de mudar de curso?
❝ Achou que tinha esquecido? Que ingênuo. Acha que eu sei os detalhes como? Ele que me contou com a cara mais vermelha impossível. Parece até uma versão mais velha de você. E que vai mudar o que, tem que continuar indo pelo mesmo caminho, como vou olhar pra cara dele e rir se a gente não se bater mais? ❞
Continuou com sua expressão fechada e dramática que adorava fazer para Jiwon em momentos como aquele até mesmo quando o amigo o envolveu em um abraço, não o retribuindo. Ao se soltarem, o rapaz cruzou os braços e passou a encará-lo novamente, como se aquilo fosse uma verdadeira discussão de relacionamento. ❝ —— Vamos mesmo? E se você encontrar alguém melhor do que eu? Que saiba cozinhar e tudo mais.❞ sua falsa voz de choro era quase uma marca registrada sua naquela altura, pois sempre a fazia, principalmente com seus amigos mais próximos. Segurou o riso que insistia em aparecer quando Jiwon pegou sua mão e levou até o peito, tentando ao máximo manter-se em seu papel até mesmo em uma situação cômica como aquela. ❝ —— Promete? Eu vou te embebedar tanto, Jiwon, que se não ganhar uma dancinha sua hoje, eu te jogo da janela. ❞ riu, levando a destra até o próprio lábio e o tampando, na tentativa de evitar a ameaça anterior do amigo.❝—— Nem pense em morder esse belo rosto, ele tem que continuar lindo até o final da noite.❞
Por mais estranho que pudesse parecer assumir isso em voz alta, Jiwon adorava aquele jogo de interpretação que tinha com Minho sempre que resolviam “discutir” por alguma coisa. Tanto que precisava se controlar pra não rir no meio de uma expressão que deveria ser séria e sabia que ele passava pela mesma porque um Minho segurando o riso era igual a um Minho avermelhado. ❝ —— Por que eu te trocaria por alguém que sabe cozinhar se a gente poderia só pedir delivery e ficar jogando vídeo game? ❞ segurou os braços do amigo que estavam cruzados em frente ao peito do mesmo e então os puxou, apenas para que pudesse fingir que estava sendo abraçado de volta. ❝ —— Ou eu danço pra você ou eu morro? As duas alternativas são muito interessante, vou precisar de um tempo pra escolher. Talvez mais uma garrafa de soju. Quem sabe duas. ❞ brincou, rindo junto a ele no processo. Mas quando soltou os braços do menor, fez questão de levas as mãos e seus dedos ágeis até a cintura do mesmo, onde passou a fazer cócegas. Um ato infantil, apenas porque queria ouvi-lo rir um pouco mais. ❝ —— Nem tem luz suficiente pro povo reparar no seu rosto, hyung. A menos que vá ficar muito perto de alguém. ❞
Jisoo jamais conseguiria se visualizar na posição de Daiyu, que havia se voluntariado para ajudar Jiwon a cumprir o desafio proposto na brincadeira que começara devido a falta de luz repentina, se estivesse sóbria. Mas esse não era o caso, visto que tinha bebido soju o suficiente para deixa-la um pouco alterada. Assistiu a pequena apresentação de dança que o garoto performava na outra sem desprender atenção a nenhum instante, batendo palmas no final. ❝— Que apresentação fabulosa❞ soltou, depois de soltar o tipíco k arrastado de garganta dos coreanos, também conhecido como korean clearing throat sound. Em seguida, levantou-se e andou em direção ao mais velho, empurrando seu ombro esquerdo com o dedo. ❝— Você dança bem, oppa~~❞
Não havia feito nada daquela apresentação de maneira séria, então era comum que recebesse risada em troca de seus atos porque era o que esperava mesmo. Jiwon só não contou que seria elogiado, tanto que a recepção ao dito da mulher foi uma expressão de surpresa óbvia junto a uma risada incrédula e até um pouco sem jeito. ❝ —— O quanto você bebeu, dongsaeng? ❞ por mais que parecesse não aceitar o elogio de primeira, um “obrigado” foi murmurado junto aos segurar do dedo que lhe empurrava, mas que sequer lhe fazia sair do lugar. Jisoo era adorável. ❝ —— Ser uma pessoa visual e passar um tempo assistindo vídeo da dança deve ter me ajudado com isso. ❞ a canhota foi certeira na cintura alheia enquanto a mão que segurava o dedo agora segurava a mão da menor, assim, mesmo sem aviso prévio, começou a mover o corpo como se a guiasse em uma dança lenta. ❝ —— Mas não vamos falar de mim, me mostra o que sabe fazer que quero te elogiar também. ❞
❝ -—— ✶ ・˙ ˖ eu vou estar bem atras de você, jiwon, não se preocupe.” não era difícil ter o coração esquentado pelo garoto, mesmo que palavras atuais se colocavam em hipótese inusual, subin queria que entendesse a veracidade daquelas em qualquer situação. não tinha certeza de quanto seu ser era importante ao kim, mas queria que o mesmo soubesse que sempre teria alguém. a morena esticou os dígitos quentes ao cabelo de jiwon, lhe fazendo um rápido afago enquanto passava os dedos sobre os fios uma única vez. o mais novo era ser especial e certamente complexo, por mais que as vezes demonstrasse simplicidade ou era tomado como um adulto a alguns, esse não era o caso a subin, que teimava em vê-lo com uma aura quase juvenil, ainda que respeito pela vivência e até maturidade do coração do mesmo fosse gigante. ❝ -—— ah, não.” a mesma voltou o olhar para baixo apresentando uma risada desacreditada enquanto a destra fazia o trabalho de tapar o rosto ❝ -—— jiwon-ah, da próxima vez, no âmbito de talentos escondidos, irei te ensinar a como abrir uma fechadura sema chave, tudo bem?.” voltou a olhar para o rapaz em riso. não estava realmente envergonhada, na verdade fazia certo tempo qual não presenciava sensação. sentir vergonha sobre atos bobos e pequenos como aqueles eram somente desgastes. ❝ -—— eu o faria justamente só pra poder dizer isso, you know, you gotta from your mom.” apesar de não exteriorizar, o fato de ser vista como figura materna aos mais novos era extremamente importante a si, já que tinham aqueles tão próximo ao coração, e de alguma maneira sentia que todo o esforço que já fizera valia a pena
Os olhos foram fechados de imediato quando sentiu os dedos pelos fios de cabelo porque aquele carinho em especial era seu ponto fraco, tanto que permitiu um sorriso de ser desenhado pelos lábios quando procurou pelos olhos da outra. Geralmente, Jiwon se sentia desconfortável com contato visual prolongado porque jurava que seus olhos conseguiam ser mais expressivos que suas palavras ou suas ações, mas acabou que com Subin conversar olhando nos olhos era uma das coisas mais rotineiras que fazia. ❝ —— O que foi? ❞ mesmo sem saber qual era a graça ainda, o coreano precisou rir junto a ela porque, pela reação, a mulher havia ficado sem jeito. ❝ —— Então, noona... Como eu vou dizer que isso já sei fazer? Aprendi junto com ligar carro sem a chave. Nunca se sabe quando vamos precisar dessas habilidades, né. ❞ crispou os lábios ao dar de ombros, como se fazer ambas as coisas fosse algo obrigatório para qualquer ser humano - pelo menos para os que tinham muitas coisas contra carros, assim como Jiwon. Quanto mais conhecia sobre eles, mais pensava que sua ansiedade de estar em um passaria, mas de nada adiantava. Tanto que com o tempo acabou desistindo. ❝ —— Quem precisa de PSY quando se tem Subin? ❞ comentou aleatoriamente por ter lembrado da música com a situação da mulher, mas riu uma última vez e deixou um selar leve pela testa da mais velha, mais como um ato de carinho. ❝ —— Sempre vou estar por aqui também, ok? Mesmo um pouco bêbado, como tô agora, ainda posso ser útil. Não sei em que, mas descubro. ❞
*makes eye contact with security cameras to assert dominance*
Em silêncio, deslizou a pequena destra por baixo das madeixas de um preto tão escuro quanto a noite, para que, por conseguinte, pudesse raspar as longas unhas tingidas de vermelho na nuca, desajeitada. ‘ Sinceramente ? Eu não sei o que pareço, só sei que tenho uma aura velha demais para uma garota de só vinte e três anos. ‘ riu sem humor, usando de sua sinceridade totalmente alcoolizada pra formular sua sentença. Sabia que grande parte de toda aquela seriedade derivava do fato de que desde sempre fora o alicerce de sua mãe. E que outrora não tivera tempo em se desprender da adulta presa naquela criança solitária. Mas era certo que ninguém saberia de tal fato, mesmo assim, sentia-se bem em saber que alguns não tinham a visão errada da pessoa que ela era de fato. Sorriu de canto, sabia que lá no fundo o que o outro dizia deveria ser algo bom, ainda que assimilar qualquer coisa naquele momento estivesse sendo praticamente impossível. ‘ Eu não sei dançar como você, mas se me ensinar, você pode meu pole dance humano. Só acho que vou precisar usar um salto enorme. Já viu o seu tamanho comparado ao meu ? ‘ riu baixo; passando os dedos entre os fios da franja longa, jogando-a para trás. Falar de sua altura era complicado, principalmente com pessoas que a faziam sentir-se minúscula quando estava por perto. ‘ É uma boa colocação, mas acho que se eu fosse fazer tudo o que quero fazer, seria perigoso. ‘ deixou subentendido o significado de suas palavras, sem se importar muito com o que Jiwon pensaria a respeito. Joohee queria sim ter mais coragem, ser a garota audaciosa que diz o que quer ou fala sobre o que sente. Porque na verdade, ela estava longe de ser essa pessoa. Era medrosa demais para revelar suas reais intenções em suas ações, ou até mesmo se abrir. E às vezes, isso era sufocante. Paralisou com a aproximação alheia, movendo somente as pálpebras conforme piscava mais devagar. Já não sabia mais se as bochechas estavam vermelhas pelo teor altíssimo de álcool em seu sangue ou a instantânea vergonha que lhe tomou a cara. ‘ Se me prometerem que vão deixar a maionese longe de mim dessa vez, eu quero. ‘
A partir da confirmação, o toque da parte de Jiwon se tornou essencial. Estava alterado por conta do álcool, mas nada que fosse suficiente para fazê-lo quebrar um traço forte em sua personalidade: era imprevisível. Poderia apenas se aproximar mais e tocar os lábios aos dela de uma vez como qualquer um esperaria que acontecesse, mas ao invés disso, preferiu continuar a conversa ainda que falasse bem perto do rosto da outra, vez ou outra lhe tirando uma mecha rebelde de cabelo que voltava para frente de seu rosto. ❝ —— Acho adorável. ❞ simplista, Jiwon sorriu com a confissão. Explicar não era uma obrigação, mas decidiu fazê-lo enquanto a mão que antes lhe tocava os cabelos era deslizada para o pescoço, onde também afastava os fios e acariciava a pele quente. ❝ —— Talvez você só seja uma alma antiga. Escutei sobre uma vez. Essa teoria vem de pessoas que acreditam que uma alma pode voltar à Terra pra buscar evolução e perfeição. ❞ só então encaixou a canhota pela região da nuca, deixando com que a ponta dos dedos massageassem calmamente o couro cabeludo como em um cafuné enquanto o polegar lhe acariciava a orelha. ❝ —— Acreditam que essa alma antiga já passou por cinco mais idades, então acaba tendo uma percepção mais aguçada, mais sensibilidade, mais experiência, maturidade, inteligência... ❞ a situação se tornava até um pouco cômica na mente do coreano, porque nunca havia se visto compartilhando suas opiniões sobre Joohee diretamente com a mulher. Não poderia dizer que se arrependia, mas talvez devesse escolher um momento melhor já que a probabilidade de tudo ser esquecido no dia seguinte era grande. ❝ —— ... E eu gosto, me é atraente. ❞ a mão livre então a puxou para mais perto pela região da cintura, apenas para que pudesse envolvê-la em um pseudo abraço por ali ao que seu rosto se aproximava mais, mas para selar as bochechas. O fazia de propósito, sem qualquer pressa, a ponto de roçar os lábios nos dela sempre que trocava de lado porque, querendo ou não, sentir as maçãs do rosto quentes lhe davam certo prazer. ❝ —— Você me é atraente. ❞ concluiu o pensamento em uma espécie de sussurro ao selar o canto dos lábios à frente, fazendo com que os fios ainda embrenhados em seus dedos fossem puxados gentilmente para que o rosto alheio se elevasse e assim pudesse só terminar onde aquele assunto começou: um beijo.