Outrora diria que participar de um treinamento prático como líder de uma das equipe de táticas de guerra era seu sonho. A atenção e respeito dedicado para alguém nesse posto seria tudo o que queria, porém nunca tinha recebido essa oportunidade, pelo menos até agora. A ideia de realizar a aula nos jardins era para ser divertida e descontraída uma vez que parte dos outros alunos ainda se encontravam cumprindo suspensão, não havia a necessidade de nada muito elaborado. Aletheia inflada por seu novo ego conseguira ser indicada para liderar seu time, obviamente o fato de ter muito mais garotos votando ao seu favor agora era o real motivo para aquilo, mas uma vida acreditando no que Emily, a patinho feio, sempre diase a levara a adotar a frase de sua mãe como filosofia de vida. “Para quê se é bonita se você não pode tirar nenhuma vantagem disso?” Não sentia nenhuma inibição em ser a capitã de um time onde havia tantas pessoas mais preparadas que ela.
Seus poderes eram limitados. Dependia exclusivamente da estratégia usada pela equipe, uma vez que a metamorfose poderia ser decisiva para infiltração, mas nenbum pouco útil para um ataque. Porém, seria muito mais útil se a patinha conseguisse dominar inteiramente seu dom, todavia não era capaz de fazer nada muito além que alterar a cor dos cabelos e detalhes pequenos, salvo quando estava inserida em uma situação de perigo real, algo que necessitaria de muito esforço para acontecer. Se assim fosse yeria sido capaz de assumir a forma de um dos seus concorrentes e a missão de invadir a área designada como comando do grupo adversário seria fácil executada. Parte do grupo estava servindo de distração, todavia não fora o necessário para que roubassem a atenção de uma sentinela, este que avançou na direção daquela com os fios caríssimos como o sol, sua intenção e empolgação não era a de alguém que estava apenas brincando. A espada fora erguida e e tão rápido quando fora brandida na direção da capitã os fios loiros se tornaram lilás. Dois passos para trás foram dados enquanto os braços tiveram o trabalho de proteger a face da garota.
“ Rowenna sempre o deixava exausto, independente do tempo que passava ao lado dela. Naquele dia não poderia ser diferente. A mais nova era curiosa, e King precisou — ou melhor colocado: foi obrigado — a visitar os principais lugares do instituto e descrever a partir de escalas o quanto cada local era importante para si e o motivo. O jardim, que era um dos seus lugares favoritos, foi a última parada da longa caminhada que os Fitzherbert fizeram nas últimas horas. Não encontrava respostas boas o suficiente para articular e listar o quão admirável conseguia ser o ambiente, além de transferir calma quando o garoto estava passando por algum dia ruim. Rowan logo terminou as anotações em um caderninho que tinha em mãos e saiu pulando pelos corredores, deixando Kingsley curioso para saber que fins teria a tal pesquisa.
Uma equipe que estava treinando suas táticas de guerra encontrava-se do lado oposto que Kingsley permanecia sentado, e ao perceber a presença de Aletheia no grupo, logo fez questão de aproximar-se mais para ver como seria o desempenho da loira diante ao cenário proposto. Estranhou que ela tivera tomado a frente da facção, assimilando que a mesma teria a liderança. Pessoalmente, não achava ser a melhor alternativa, Theia tinha aptidão para ser uma infiltrada devido ao seu poder de metamorfose, e não a comodante. Por mais que acreditasse no potencial de Dalgaard, ela estava como o alvo principal, e as distrações não estavam funcionando pelo que os olhos de King puderam perceber. Captou de longe uma sentinela que após retirar sua distração do caminho, partia em direção aos fios dourados de Theia. Balançou os braços no alto para que a outra o enxergasse, mas a tentativa foi falha. Visto que ninguém da equipe a ajudaria, Kingsley saltou do banco em que localizava-se sentado e correu até a menina, que estava com os braços protegendo o rosto enquanto uma espada ia de encontro a ela. O Fitzherbert ficou furioso por a sentinela não suspender o ataque e essa raiva o ajudou quando tomou a frente da loira e projetou o campo de força ao seu redor. O seu poder promeveu a proteção como se fosse uma armadura, e o impacto contra a espada fez com que o corpo da sentinela desse um impacto para trás, deixando-o com uma leve tontura. – Deu pra você, meu amigão. – falou em tom irônico, não dando mais importância para o outro. Virou-se para Aletheia, sentou-se no chão e preencheu os espaços entre os dedos dela com os seus próprios. – Como você está, patinha? ”
( fairystime )
A pele da fada chegou a mudar de clara para um tom estranhamente avermelhado. Não que fosse do tipo ‘santinha’, não era. Mas a loira costumava se irritar muito facilmente…. Infelizmente, fadas eram conhecidas por sentirem apenas um sentimento de cada vez e agora, tudo o que ela podia sentir era raiva. Ela pegou o livro, batendo na cabeça do outro com toda força que tinha… ainda que isso significasse quase força nenhuma. “— Isso não tem graça, está bem?” O biquinho consternado apareceu em sua face avermelhada. “— Então você talvez devesse mudar suas piadas.” Ela cruzou os braços irritadamente, como uma criança de três anos faria. “— Ridículo.”
“ Qual é, era necessário? – ergueu uma das sobrancelhas, não esperava que a garota fosse ficar tão irritada a ponto de bater nele, por mais que não tivesse doído nada. Quem convivia com o menino, sabia que não podia levar tudo o que ele dizia a sério, ou iriam acabar tendo uma discussão nova a cada minuto. – Certo, se acalma, qual o seu nome? Posso te chamar de esquentadinha? Ou é um apelido muito íntimo para a realeza? – Kingsley não queria demonstrar o quanto estava se divertido, mas para evitar o estresse da outra parte, achou melhor conter sua risada e piadas. Conversar com a loira era semelhante a discutir com sua irmã de sete anos. – Você tem razão, não é uma pervertida. Na verdade, tem o rosto angelical e os olhos queimam como o fogo do inferno.”
( nclvkaterina )
Ela não conseguiu evitar deixar escapar um riso depois do comentário do rapaz, que a deixou um pouco encabulada pelo seu toque, não era comum para ela uma aproximação alheia tão natural e ela gostava disso. “Foi engraçado, mas é claro, porque não foi comigo.” explicou, levantando as mãos em um gesto de rendição. “Porque você anda por ai com uma coisa dessas?” perguntou se referindo ao livro, com um sorriso pairando nos lábios.
“ Então a senhorita gosta de ver o caos acontecendo, contanto que não esteja envolvida? Isso soa como uma aprendiz de vilã para mim. – kingsley apreciava deixar as pessoas constrangidas, mesmo que na maioria das vezes fosse em um bom sentido. Olhou de relance para o livro quando o mesmo foi citado e negou com a cabeça. – Mas ele realmente não é meu, eu estou tendo a boa vontade de procurar o dono. Mas acho que o ou a pervertida não irá se desmascarar agora que sabemos dos seus gostos peculiares. Você não acha, sunshine?”
( allxyh )
A sua sorte é que decidiu fazer a brincadeira com ela e não comigo. — comentou, direcionando o olhar ao garoto enquanto arqueava uma sobrancelha. Ouvir a conversa alheia não era um gesto aceitável para uma princesa, entretanto, era praticamente impossível não o fazer quando duas pessoas conversavam tão próximas a si. — Você não tem piadinhas melhores para fazer? Essa foi tão infantil que chega a ser decepcionante… Se bem que eu não espero muito dessa sua mente limitada.
“ Qual seria a graça de fazer qualquer brincadeira com você? Eu já sei o final da história. – ficou encarando a morena por certo tempo, não contendo a risada e revirar de olhos. Já estava acostumado a ter que lidar com o temperamento da princesa. – Além do mais, você sequer deve ter ouvido falar desse livro, ninguém tem interesse de apresentá-lo para uma menina com tamanha grosseria. E me responda uma coisa, você virou algum tipo de espiã ou segurança real do Kingsley? Porque ouvindo minhas conversas e me perseguindo, é o que aparenta.”
( rxwenna )
Ao retornar para Ethereal, notara a diferença do ambiente. Muitos de seus amigos não estavam mais na academia, fazendo-a procurar por todos os lugares e perceber que estava sozinha. Em sua Casa, pessoas essenciais não estavam vivendo mais ali. Apenas durante a hora do almoço é que lhe fora revelado o motivo: todos estavam na ilha dos vilões! Rowenna acreditou que eles estavam atrasados para o dia, afinal, a ilha ficava muito longe, mas briu os olhos para a verdade e quando seu irmão começou a falar, compreendendo que eles não voltariam. A frase “peguem seus celulares e falem com seus pais” fez a grota pegar o próprio, ligando para sua mãe naquele exato instante. Com o burburinho, ela precisou se afastar um pouco e, então, começou a enxurrada de reclamações com a mulher. Tudo começou com: ❛ Mamãe a senhora é uma pessoa muito horrível! E desleal! Você mandou todos os meus amigos irem embora e eu odeio você e o papai! ❜ Dolores estava com raiva, afinal, descobrira que sua mãe fora a responsável por trancafiar seus amigos. Em prantos, a garotinha correu para os braços de King que terminara de falar para os outros. Também ignorou algumas pessoas que estavam tentando cumprimentá-lo. Ela queria atenção, fazer o quê. ❛ Mamãe mandou todo mundo embora! Eu não gosto mais da mamãe ou do papai. ❜ Disse com sua voz baixinha e soluços incontroláveis.
“ King não pensou que a sua manifestação faria de fato com que outros estudante fosse debater o assunto com ele; alguns apoiando Fitzherbert e outros defendendo a causa. Precisava que os pais dos alunos que ainda se encontravam Ethereal percebessem que estavam errados ao mandar as proles dos vilões de volta para Forsaken. No meio de uma conversa, foi interrompido por um abraço inesperado vindo de Rowenna. Agachou-se para que suas mãos percorressem pelas costas da irmã. – Ei, ei, Pumpkin, não diga isso. – por mais que também estivesse bravo com os pais no momento, não poderia deixar que a pequena tivesse aquele pensamento sobre os mais velhos. – Você ama eles, apenas está chateada por seus amigos não estarem aqui e nossos pais terem certa influência sobre isso. – levantou o queixo de Row com seu dedo indicador, querendo ter os olhos fixados aos dela. – Tudo irá ser resolvido, pode confiar no maninho, eu te prometo! De mindinho, se preferir. O que é importante para você, também é para mim, e tenho certeza que para eles similarmente.”
( rxwenna )
Como toda criança, Rowenna tinha certeza acerca dos seus sentimentos. Passaria a nutrir amor pelos pais quando eles resolvessem que aquela ideia era absurda e que não deveria banir as pessoas. Claro que Dolores possuía interesses e, caso um ou dois daqueles que eram mais próximos retornassem, ela não sentiria tanto. ❛ Não amo não! Eles são pessoas ruins que fizeram coisas ruins. O professor Guido disse que tem muitas pessoas que sofrem na ilha e que a ilha é horrível! E o Dommie disse que lá acontece coisas horríveis com eles! ❜ Afastou-se para encarar a face de seu irmão com as lágrimas ainda rolando por sua face vermelhinha. Apenas ao forçar a si mesma a chorar, era capaz de derramar quase um litro de lágrimas, imagina então se ao experimentar uma pontinha de tristeza, Fitzherbert não seria capaz de derramar mais do que o habitual litro. O dorso de suas mãozinhas tentaram limpar a água salgada e, entre soluços, buscou alguma informação que fosse apaziguar o que sentia dentro de si. ❛ Por que a mamãe fez isso? Eu vi a história da mamãe e ela ficou presa na torre! Por que ela quer as pessoas presas nos lugares se ela ficou presa na torre, King? ❜ Era verdade que ela amava seus pais, mas também era verdade que sentia-se decepcionada por eles simplesmente terem tomado tais decisões sem ao menos questionar aos seus filhos se do outro lado possuíam amigos. Era uma verdade, também, que Rapunzel passara a vida enclausurada em uma torre. Por que faria algo assim com outro alguém? ❛ Você promete? ❜ Dolores levou dois de seus dedos aos lábios e os beijou, colocando-os à frente de King. Ainda com uma tenra idade, aprendera que aquela promessa era tão forte quanto qualquer frase que terminaria com “eu juro”. Poderia não ter o mesmo significado para o restante da família real, entretanto, para sempre seria de grande importância para Rowenna. Significava que o que fora dito, não seria quebrado; que aquilo que existia entre os filhos e filhas de Rapunzel e Flynn não poderia, também, ser tomado de cada um, pois estavam ligados para sempre naquele juramento. Poderia possuir uma língua maior do que sua boca, mas diante daquele ato, ela sabia que jamais seria capaz de falar o que não lhe fora permitido. Era visto, também, como um aviso: não prometa aquilo que não se pode cumprir.
“ Kingsley não conseguia controlar a todo momento o que era dito para a sua irmã, então o que a mais nova aprendera com os outros sempre o deixava surpreso. As informações eram captadas rapidamente por Rowenna e constantemente ela arrumava uma maneira de acrescentar os mais novos conhecimentos em uma conversa casual. Certos assuntos que lhe era ensinado o deixava um tanto quanto irritado por acreditar que não era daquele jeito que ele o faria, e depois de colocado uma ideia na cabeça da mais nova Fitzherbert, dificilmente a tiraria. – Rowenna, não é bem assim. É tudo confuso, são realidades diferentes e você não entenderia. Nem sequer o seu irmão mais velho entende. Mas o ódio não é a resposta, só vão tornar as coisas mais difíceis e eu não quero isso, você quer, peaches? – ele não duvidava da capacidade da irmã de forma alguma, mas era um assunto delicado para conversar com uma criança de sete anos, não era uma preocupação que ela deveria ter. O rosto da menor foi tomado por lágrimas e aquilo partia seu coração. Tentou ajudá-la a limpar, mas suas palmas eram similares a face da outra e ela parecia conseguir fazer o trabalho sozinha. – Por mais que o papai e a mamãe mudem de opinião, Row, eles não podem tomar uma decisão por todos os outros responsáveis. Ela é amante da liberdade, sei que não quer que ninguém fique aprisionado em um lugar como aquele, e é por isso que irei conversar para que ela nos ajude a trazer seus amigos de volta. – não considerava uma tarefa difícil; Rapunzel sabia como era a sensação de estar engaiolada, a diferença é que a torre era ainda mais segura que a ilha de Forsaken. – Eu prometo! – beijou a ponta do dedo indicador e o existente do seu lado esquerdo. Kingsley estava ciente da promessa que havia feito e ele não a descumpriria. ”
“ Ethereal estava em plena atividade, e por mais que Kingsley não gostasse de cumprir obrigações, fazia questão de realizar a tarefa que fora encarregado. Era o dia programado para o grupo de estudos e a partir deles que as duplas dos trabalhos semanais eram escolhidas. Felizmente, o par sorteado de Fitzherbert foi Davina, sua ex-namorada, e sabia que na visão dela, essa era a pior notícia que podia receber. – Não tem como fugir dessa vez, cabelo de fogo. – sempre que podia, encaixava apelidos no final de frases quando conversava com a garota, na maioria das vezes tinham relação aos seus fios ruivos. – Te encontro na sala de estudos daqui duas horas. – para evitar qualquer interferência, ele apenas piscou para ela com um sorriso canteiro nos lábios e saiu da sala. Deixou planejado sua parte do trabalho e informações extras, caso Hatter precisasse de ajuda com o conteúdo que seria trabalhado. Dez minutos antes do horário combinado, Kingsley saiu de seu aposento e direcionou-se até o lugar que por ele foi escolhido, e para sua surpresa, a ruiva já estava no seu aguardo. – Você não consegue controlar a sua ansiedade quando se trata de ter um encontro comigo, uh, strawberry? – a melhor parte de conviver diariamente com a ex-namorada, era que podia irritá-la grande parte do tempo. Mesmo que ela fugisse constantemente do moreno, continuava sendo o seu passatempo favorito dentro do instituto. Percebeu que Hatter estava levantando-se da cadeira e antes que pudesse questionar o motivo, viu-se correndo atrás da garota pelo corredor. – Não me diga que você quer estudar em outro lugar apenas para não ser vista em público na minha companhia. Todos já sabem o que ‘tá rolando aqui. ”
❛ the truth is, the s t a r s are (( falling )) and I’d never ever thought that i would say i'm afraid of the life that i’ve made. ❜
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