Quando você se foi
O mundo se tornou um lugar vazio
Esse mundo era eu
Por que você era o único que habitava em mim
E agora sou apenas um lugar frio, obscuro
Com galhos secos e rosas brancas transbordando espinhos
– Rayanne
Por que essa banalização com a dor interior? As pessoas acham que só o físico é passível de dor e desespero. As pessoas dão atestado e te mandam repousar por gripe, dengue, mas ninguém te deixa de repouso por coração remendado, mente insana ou suicida. A verdade é que ninguém se preocupa com o que está do lado de dentro, ninguém se preocupa se seu coração está mais remendado que aquela roupa velha ou se a sua cabeça gira a mil e tenta te matar… O que importa é seu sorriso impecável que você sempre mantêm no rosto angelical, o que importa é responder sempre “tudo bem” pra qualquer pergunta feita e fingir que não ouve cada coisa que bate no teu peito e te fere como uma lança em chamas… Eu sei o que é estar remendada, aos pedaços e não ser vista, eu sei o que é ser feita de cacos de mim e mesmo assim continuar respirando só pra dizer que está viva, não tem um motivo, não tem um porquê, eu apenas continuo…
- Ele Arier
“Aos 17 anos todo mundo é poeta, junto com as espinhas da cara, todo mundo faz poesia. Homem, mulher, todo mundo têm seu caderninho lá dentro da gaveta, e têm os seus versinhos que depois ele joga fora ou guarda como mera curiosidade. Ser poeta aos 17 anos é fácil, eu quero ver alguém continuar acreditando em poesia aos 22 anos, aos 25 anos, aos 28 anos, aos 32 anos, aos 35 anos, aos 40 anos, eu estou com 41, aos 45 anos, aos 50, aos 60 anos, até você encontrar um poeta, por exemplo, como Drummond ou como o admirável Mário Quintana que são poetas que estão fazendo poesia há mais de 60 anos e há mais de 60 anos que a poesia é o assunto deles. Então eu acho que 90%, mais! 99% dos poetas que estão fazendo poesia hoje, daqui a dez anos eles vão estar fazendo outra coisa, porque vem a vida, vem os filhos, vem preocupações com dinheiro, vem as ambições do consumo, vem a necessidade de comprar isso, comprar aquilo, de adquirir uma casa na praia e tal, e tudo começa a se tornar mais importante do que a poesia. A poesia é uma espécie de heroísmo, você continuar ao longo dos anos acreditando nessa coisa inútil que é a pura beleza da linguagem, que é a poesia, é um heroísmo, é uma modalidade quase, às vezes eu gostaria de acreditar, de santidade. É uma espécie de santidade da linguagem. Porque a poesia não vai te fazer rico de jeito nenhum, é muito mais fácil você abrir uma banquinha e vender banana do que fazer poesia. Quer dizer, para você continuar acreditando em poesia é preciso muita santidade.”
— Paulo Leminski
“Sou intenso demais. Amo sem medidas, me entrego por inteiro, me jogo de cabeça, mesmo que eu saiba que vou me quebrar por completo. Sou muito, e ás vezes, um nada. Alimento meu coração de esperanças e permito que ele caia no meu amontoado de ilusões. É … Não consigo fazer rodeios quando se trata da minha felicidade.”
— Jhonata Riscovisk.
“Doença é Adolf Hitler Donald Trump e Jair Messias Bolsonaro. Doença é Benito Mussolini Eduardo Cunha e toda aquela cúpula de salafrários. Doença é o cinza nos muros de São Paulo e João Doria com a sua cara de quem engana sorrindo descaradamente em um programa de TV. Doença é ônibus lotado e gozo no ombro da pessoa ao lado. É a impunidade aos governantes do nosso Estado. Doença é Fome na África. Pastor Waldomiro Santiago. É ser negro e pobre e por isso ser sempre enquadrado nos padrões fracos que inventaram. Doença é encher as meias e cuecas de dinheiro e a reforma da previdência. Doença é querer curar amor.”
— Sobre “Cura Gay”
“Por mais pessoas que tenham coragem de chegar e falar na cara tudo o que pensa. Que não se esconde em diretas, em anonimato, em fofocas, em grupinhos. Seja uma pessoa madura, com personalidade e caráter, é mais bonito. Vai por mim, é mais digno de atenção aquele que vem de cara limpa do que aquele que só borbulha mas não move nada.”
— Escriturias
No nosso quintal parsa! Sair da toca é preciso kkkk (em O Quintal Cultural) https://www.instagram.com/p/Bxy6Ol0APk2/?igshid=q9c4rxej6omq
Astrofísico, biológico, psicopata, fã de Hannibal Lecter, professor, amante de HQ, fã de John Constantine, pacífico, e estressado, um mundo em colisão, o caos em pessoa
“Eles se amam, todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz.”
— Caio Fernando Abreu.