“Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você.”
— Tati Bernardi.
“Desculpa se não sou quem você espera. Eu tenho falhas e fico me criticando o tempo todo, me punindo, não me permitindo saborear pequenas doses de felicidade. Isso me bagunça, me agita e aterroriza. Sei que todo mundo tem seus demônios, mas ultimamente os meus andam me espetando a cada segundo. E isso tem me doído. Não entendo porque não consigo mais ser como as outras pessoas e desfrutar os pequenos momentos felizes. Não entendo porque agora tudo parece conturbado, distante, abstrato.”
— Clarissa Corrêa.
“Uma vez li no Tumblr: “Reciprocidade não se cobra.”, de um autor desconhecido. Essa mesma frase sempre estava aparecendo para mim, como se me seguisse. Aonde eu estava, ela também estava. Como um sinal completamente ignorado por mim. Sempre que lia essa mesma frase não a entendia com completo entendimento, aquele que vem do coração mesmo, mas agora eu a entendo completamente. Você não pode querer a reciprocidade de volta, ela apenas tem que acontecer como o destino. Apesar de saber disso, também não há como deixar que nada unilateral afete sua vida, não deixe que um sentimento envolto em solidão seja tudo na sua vida e que ele dite as regras do teu coração. Amor é uma química do cérebro e ninguém de fato é capaz de entendê-lo mas o amor não afeta somente sua mente mas também todo o seu corpo, ele te adoece. O amor, amizade, carinho, zelo, companheirismo precisa ser regado todos os dias para não adoecer e para continuar crescendo forte e bonito. Um amor unilateral é regado por quem? Apenas por si próprio? Não, para que ele cresça é preciso que haja reciprocidade. É doloroso, desgastante e complicado mas não deixe que essa falta de reciprocidade consuma todos os teus atos bons, não dê todos teus melhores sorrisos, trejeitos e demonstrações por um amor solo. Voar sozinho não é bom, e é sempre melhor ter uma companhia com você. Se for para entrar naquele avião que seja com alguém ao seu lado e segurando a sua mão.”
— Anna Paula Varella.
“Somos obrigados a viver com sentimentos e pensamentos conflitantes, incontroláveis e às vezes sem sentido, vivemos rodeados de pessoas falsas e sem coração, digamos que a vida é como um jogo, aparentemente é provável que apenas alguns estejam seguindo as regras, cansei de trapaceiros, eles mentem, iludem, abandonam. Arranquei meu coração do peite, aliás, o que resta dele e decidi levantar e prosseguir, mesmo sem ninguém, mesmo que no meio desta tempestade eu não possa enxergar muito além, me vou, vou à incerteza que tudo pode acontecer, vou à certeza de que quase nada de tudo que eu sonhei vai acontecer, perdoe-me pela negatividade, é que me machucaram com gravidade. Criei novas regras, as minhas regras, nada de expectativas, elas foram feitas para serem quebradas, nada de sonhos, eles foram feitos para se frustrar um passo de cada vez, nada de pulos, o tombo pode ser grande, e lendo o que escrevo talvez você pense que eu seja uma pessoa completamente amarga, porém, não é essa a ideia que tenho de mim mesmo, ou talvez seja esse estereótipo utópico de completa frieza que eu queria transparecer para as pessoas, força, concentração eu sei da verdade, e a carrego comigo, não existem possibilidades de uma vida sem sentimentos, apesar desta ser o desejo de muitos, sei de meus sonhos, medos e inseguranças, a grande verdade é que pessoas fortes são fracas, pessoas sorridentes demais choram sempre antes de dormir mais como sempre ninguém desconfia de seus sorrisos falsos, o sonho de toda pessoas sozinha é encontrar alguém, ter alguém que se importe com você de verdade e que esteja do seu lado pra sempre, te dando carinho, afeto e principalmente amor, enfim. Sobreviver à vida, pois na maioria das vezes ela não é justa, viver a vida é surtos, espasmos, duram um piscar de olhos, tendenciosamente, temos que nos habituar com os curtos momentos de felicidade, e aprender a sorrir até mesmo quando tudo parece torcer contra a nossa felicidade, a vida por si só é um jogo extremamente difícil, e o que somos? Jogadores? Marionetes? Às vezes, tenho a impressão de que somos como folha seca jogada ao vento, outrora, sinto que cheguei onde deveria chegar. Sobre viver, às vezes, é como morrer diariamente, porém, a esperança, que parece ser tão frágil, sobrevive e habita dentro de nós, e de alguma forma, nos dá força para prosseguir, lutar pelos nossos sonhos, por mais impossível que eles pareçam ser. Não posso me iludir, sinto saudade do que um dia eu fui, mas parte da essência permaneceu, aquela que ainda me faz acreditar em mim, nas pessoas, na possibilidade de serem felizes e apesar de machucado, e com os pés todos machucados, não posso parar, a última pessoa que ficou no meio do caminho foi atropelado pela vida, ela não espera, ela não tem pena, ela não poupa ninguém.”
— Jhennifer Werneck
“Muita gente acredita que o pensamento positivo produz uma vida mais feliz e mais saudável. Quando somos crianças, nos mandam sorrir, ficar alegres e fazer cara de felicidade. Como adultos, nos mandam olhar tudo pelo lado bom. Mas às vezes a realidade interfere na nossa capacidade de fingir felicidade. Sua saúde pode falhar, namorados podem trair. Amigos podem desapontar. Nesses momentos você só quer ser honesta. Parar de atuar e ser o que é. Pergunte à maioria das pessoas o que querem da vida, e a resposta é simples : ser feliz. Mas talvez seja essa expectativa, o desejo de ser feliz, que nos impede de chegar lá. Talvez quanto mais nós tentamos forçar nossa felicidade, mais confusos ficamos. A ponto de não conseguirmos mais nos reconhecer. Ou então continuamos sorrindo. Tentando como loucos ser as pessoas felizes que gostaríamos de ser. Até que eventualmente nos damos conta. De que a felicidade estava lá o tempo todo. Não nos nossos sonhos ou esperanças, mas no que é conhecido, confortável e familiar.”
— Grey’s Anatomy.
Ergo-me do túmulo
Se sentia como o deserto após uma tempestade de areia, não havia resquícios de que algo residiu por ali. Tudo estava diferente, mesmo que essencialmente ainda fosse o mesmo. Era um novo vazio, vasto e desconhecido.
Suas mãos pálidas apertaram o tecido sobre o qual se deitava, precisava se segurar a algo, puxar-se de volta a realidade amarga e estranhamente necessária.
Pelas horas constatou que já era dia, mas ao levantar-se e livrar sua visão externa do tecido grosso da cortina notou o luto no céu. O sol havia morrido e a noite clara se perdurava, sem estrelas, sem brilho, apenas um escuro sensível e acinzentado reivindicava àquela vastidão.
O gélido ar o trouxe de volta, mas não por completo, sabia que seria sempre escravo de seu deserto, estava preso ao vazio, livre de amarras e de fugas.
Aprender a aceitar a sua realidade interna era tão difícil. Parecia um asmático tentando puxar o ar para seus pulmões, era inútil, porém insistia em tentar, sem de fato acreditar em uma motivação que o levava á isso.
O desejo animalesco e irracional de viver era o que fazia o ar entrar de fato pelos pulmões. Arrastando-lhe para a miséria da existência, que não precedia nada além de um satisfatório sofrimento, que conquistava corações masoquistas, provocando sorrisos banhados à lágrimas.
- Daten-shii