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Lute por você, porque ninguém mais vai. Não importa o quanto as pessoas se importem contigo, é sua responsabilidade se fazer feliz, e não delas.
abismoadois
Tirando minha família, eu sou extremamente solitário, e muitas vezes por opção, eu gosto das pessoas, mas sinto uma vontade voraz de me afastar delas.
Saudade é âncora ou bússola? Te apoia ou te guia? Saudade é direção ou fuga? Te mostra o caminho ou te afasta da realidade? Saudade é dispersão ou refúgio? Te separa ou te acolhe? Saudade é arrependimento ou satisfação? Te trás remorso ou prazer? Saudade é memória ou dor? Você senti necessidade ou desespero? Saudade é emoção ou compreensão? Você é ego ou desejo?
“Você não faz ideia de como seu silêncio me dói, de como é difícil te ver longe. De não poder estar contigo nesse momento, tão complicado e incerto. Não deixei de te amar por um segundo, posso te afirmar, sei que no fundo sabe disso. Sabe do meu esforço e vontade em ter você de volta. Ainda tenho esperança, sempre tive. Por favor, não mate elas, não irei sobreviver muito tempo depois disso.”
— Ilusões de Esther.
O problema é que você se apaixonou pelas minhas flores, não pelas minhas raízes. Então, quando chegou o outono, você não soube o que fazer.
— Autor desconhecido.
Talvez seja um bom dia, talvez não seja, mas ao fim do mesmo eu terei feito o meu melhor.
eu sou muito cansativo, sabe? Quando me empolgo com um assunto começo a falar sobre ele e entedio a pessoa. A questão é que ninguém vai olhar pra mim com os olhos brilhantes, dizendo que me adora ouvir falar ou algo assim, e olha que eu nem falo tanto — só ás vezes — e olhe lá. E essa indiferença por parte das pessoas em me deixar falando sozinho faz com que eu me feche mais, é quase instintivo.
Eu sei que sou uma pessoa entediante, vejo isso nas expressões das pessoas todos os dias, não quero ser assim, mas não sei o que fazer pra mudar isso.
Talvez seja meu karma, sou um pecador e minha punição é passar a vida inteira querendo ser ouvido — mas sempre ser ignorado. Quem sabe em uma outra vida, talvez eu seja purificado — talvez não.
— rocco-o
Esta é a rede social dos desabafos, dos poetas e poetizas, das pessoas mais afortunadas, e que não sabem disso, dos chamados "amaldiçoados pela sabedoria", das declarações nunca ditas em voz alta, das confissões nunca explicitadas, dos pedidos de perdão nunca pedidos, enfim, Tumblr é o refúgio dos renegados.
Às vezes, a estrada parece tão íngreme que até as tentativas se vestem de cansaço, como folhas pesadas arrastadas pelo vento da incerteza.
Chama da paixão
Tudo em você me encanta de uma forma inexplicável, cada detalhe seu me deixa sem reação. Você é como o fogo hipnotizante, que me atrai de forma irresistível. No entanto, confesso que também sinto medo de me aproximar tanto, como se pudesse me queimar.
Talvez seja perigoso me deixar envolver completamente por você, pois suas chamas são intensas, ardentes e ao mesmo tempo assustadoras. Existe sempre o receio de me machucar, de me perder na intensidade desse amor.
Porém, mesmo quando tento me afastar, as suas chamas continuam a me chamar, a chamar por mim. É como se houvesse uma conexão tão forte entre nós que é impossível resistir. Vou me aproximando cada vez mais, deixando-me levar pelo desejo que arde dentro do meu peito.
Às vezes, penso que a minha sanidade está em jogo, que estou enlouquecendo ao aceitar essa entrega total a você. Mas, no fundo, eu entendo que é o meu destino sucumbir ao seu amor. Mesmo que isso signifique me queimar, me entregar inteiramente, eu aceito.
Deixe-me entrar nas suas chamas, deixe-me me render a essa paixão avassaladora. O seu amor me consome por completo, e mesmo que haja riscos, eu estou disposto a enfrentá-los. Pois, no fim das contas, é no calor do seu abraço que encontro a minha tranquilidade.
Day Elias
“Você não tem que aceitar o que te machuca só por existir amor.”
— Maria Clara Nogueira.
talvez eu seja o culpado de tudo. porque o problema está em mim. meus sentimentos já não conversam mais com meu coração. o amar ficou ainda mais complicado. depois de tantas tentativas que me despedaçaram em pedaços que já não se juntam mais. o amor não se estabelece; não queima, não arde, não floresce, não brilha. simplesmente não acontece como deveria. e isso não é culpa sua, as incertezas são muitas para quem não sabe o que quer. o desapego pessoal já se transformou em insegurança por qualquer compromisso que se sonhava ter. se me achar passageiro não é culpa sua não é porque eu desisti de você. na verdade foi eu que desisti de mim há muito tempo.
-es.
o seu cheiro me embriaga.
“Aos 17 anos todo mundo é poeta, junto com as espinhas da cara, todo mundo faz poesia. Homem, mulher, todo mundo têm seu caderninho lá dentro da gaveta, e têm os seus versinhos que depois ele joga fora ou guarda como mera curiosidade. Ser poeta aos 17 anos é fácil, eu quero ver alguém continuar acreditando em poesia aos 22 anos, aos 25 anos, aos 28 anos, aos 32 anos, aos 35 anos, aos 40 anos, eu estou com 41, aos 45 anos, aos 50, aos 60 anos, até você encontrar um poeta, por exemplo, como Drummond ou como o admirável Mário Quintana que são poetas que estão fazendo poesia há mais de 60 anos e há mais de 60 anos que a poesia é o assunto deles. Então eu acho que 90%, mais! 99% dos poetas que estão fazendo poesia hoje, daqui a dez anos eles vão estar fazendo outra coisa, porque vem a vida, vem os filhos, vem preocupações com dinheiro, vem as ambições do consumo, vem a necessidade de comprar isso, comprar aquilo, de adquirir uma casa na praia e tal, e tudo começa a se tornar mais importante do que a poesia. A poesia é uma espécie de heroísmo, você continuar ao longo dos anos acreditando nessa coisa inútil que é a pura beleza da linguagem, que é a poesia, é um heroísmo, é uma modalidade quase, às vezes eu gostaria de acreditar, de santidade. É uma espécie de santidade da linguagem. Porque a poesia não vai te fazer rico de jeito nenhum, é muito mais fácil você abrir uma banquinha e vender banana do que fazer poesia. Quer dizer, para você continuar acreditando em poesia é preciso muita santidade.”
— Paulo Leminski
Meus demônios são testemunhas que, a escuridão emik nunca foi uma opção!
Às vezes eu fico pensando... será que realmente existem coisas pelo qual, devemos lutar?
Ou a luta em si te atrai para continuar tentando, mesmo sendo inútil?
Será que existe mesmo uma vida sem lutas? Ou a gente investaria uma, só pela subexistência...
van goth disse que
a visão das estrelas
o fazia sonhar, se ele
tivesse a oportunidade de
te enxergar pelos meus olhos,
entenderia que você é a galáxia
mais linda do universo.
- ls.
Oi, meu querido eu.
Como tem passado? Você tem se cuidado devidamente? Você tem se priorizado? Ou continua a sacrificar-se pelos outros? Bondade é um ato sublime mas deve ser usado em equilíbrio. Sim, até mesmo os bons sentimentos devem estar equilibrados. Todo extremo é oposto da paz que você busca.
Você já se permitiu descansar? Relaxar um pouco? Abrir aquele vinho que tanto gosta e se permitir sentir o prazer da sua própria companhia? Já notou o quão prazerosa ela é?
Já se olhou no espelho com olhos amorosos e notou o quanto seus traços são únicos? O quanto o brilho desses olhos podem irradiar luz àqueles a sua volta? O quanto a sua risada é música aos ouvidos daqueles que te amam?
Essas cobranças desnecessárias em seus ombros só tornam mais pesado o fluir do rio que te leva ao oceano da vida. Descarte todos essas cargas, elas não te levarão a lugar nenhum.
Você saiu para ver o por-do-sol nesses últimos dias? Ouvir o canto dos pássaros, contemplar as estrelas e seus mistérios? Quantas coisas você fez que te fazem se sentir plenamente vivo? Ou continua no piloto automático?
Quantas vezes essa semana fechou seus olhos em silêncio e sentiu a sua presença? Conectou-se ao Todo e agradeceu? Esses singelos momentos podem mudar todo o seu dia. Quiça, sua vida.
Permita-se. Sinta. Viva.
Com amor,
Seu eu.
@cartasparaviolet
My baby
O que eu fui, já não me veste mais...
Éramos milhares e fomos reduzidos a menos da metade, éramos livres, mas fomos vítimas da leviandade, tínhamos dignidade, hombridade, e respeito, mas fomos tratados como mercadoria, dentro de um navio negreiro, assim como o povo escravo no Egito, nos fizeram um animal a ser perseguido. E essa é a maldição da metrópole, que exalta o malfeitor maldito, mata o guerreiro de alma nobre. Dos quilombos, nos restaram as favelas e da escravidão, uma falsa liberdade, um racismo disfarçado, cruel e covarde, um passado de opressão, a ingratidão da nação, à disparidade.
Estamos às margens da sociedade, tratados como escória, onde está a tão discutida igualdade? Por que somos obrigados a viver de esmolas?
Isso que fizeram com a nossa liberdade, ainda somos escravos nessa selva de pedra, padecemos de fome, de sede e de frio, destruíram nossa religião, nossa cultura, se apropriaram de nossa identidade, e de nossos corpos, e nos vendem seu deus, seus credos, os mesmos que legitimaram nosso massacre. A voz da África ecoa dentro do navio.
Prenderam os indígenas e os negros, jogaram os pobres nos guetos;
Os inocentes na cela trocaram a paz pela guerra;
Desembarcaram as caravelas do terror e do medo, trouxeram suas bagagens, seu ódio e seu preconceito;
Negros, no navio negreiro se espremiam, mama África, Luanda, Angola, aonde estão seus filhos?
No oceano bravil, sem lenço, sem documento, escravos da maldade, reféns do sofrimento, lamento;
No canto do guerreiro, de forma hostil, preso no peito no cativeiro;
Lágrimas de sangue, sentimento de revolta, homens, crianças, mulheres mortos pelas costas; julgados à revelia, só a morte por sentença, caçados como bichos entre as matas das aldeias.
Sem defesa, subjulgados pela natureza, ferimento à flor da pele põe à prova a resistência;
No corte do chicote, tirania, covardia, o amargo das lembranças, saudades da família. Repúdio à existência, presos no próprio pensamento, a alma sufocada dilacera o entendimento; castiga, maltrata, bate, judia, se não fosse a traição, os negros aqui, não estariam. Diziam os guerreiros no momento de amargura: - Sunsê pode me prender, mas a minha alma, nunca! Na fria madrugada eu vi negro chorar, e os corpos de nossos irmãos a correnteza levar, no vai-e-vem das ondas agitadas pelo vento, naufragaram os sonhos e os mais nobres sentimentos, lamentos, inexpremíveis gemidos, e nossos ancestrais sobrevivendo à beira do martírio. O imperativo desabou, num lual desconhecido, a voz da África ecoava dentro de um navio!