Quero voltar a escrever e a tirar fotografias. Essas são coisas que me davam prazer outrora e eu sentia que era bom nisso, mas cujas habilidades sinto que perdi ao longo do tempo. Estarei realizado se conseguir retornar à prática e à paixão de escrever e fotografar.
Se você pudesse ouvir apenas 1 música pelo o resto da sua vida, qual seria? E porque?
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Para ser sincero, se eu pudesse ouvir uma única música pelo restante de minha vida, essa música seria "Simple Man", do Lynyrd Skynyrd.
Não é a que mais escuto e não é nem de perto a de melhor melodia para meus ouvidos. No entanto, por ser a única música a tocar, deveria ser também a trilha sonora de minha vivência neste mundo.
"Simple Man" é a música que eu escolheria porque me recorda de tudo o que quero ser: um homem simples, que trabalha no que gosta e ama a sua família.
A música começa com: "Mamãe me disse,/quando eu era jovem/Sente aqui do meu lado, meu único filho/ E ouça atentamente o que eu digo/ E se você escutar, isso vai te ajudar em algum belo dia", o que sempre me recordaria, ao ouvir, que devo manter a humildade e escutar os outros - que sempre poderão ter algo a me ensinar.
Além disso, a música me recordaria que eu não devo ter pressa e que "Problemas virão e passarão".
Há uma passagem na música que é a seguinte: "Esqueça seu desejo pelo ouro do homem rico/Tudo aquilo que você precisa está em sua alma/E você pode fazer isso, oh, querido, se tentar/Tudo que eu quero para você, meu filho/É que esteja satisfeito". Mais adiante o cantor canta o seguinte: "Menino, não se preocupe, você se encontrará/Siga seu coração e nada mais". Para mim, essa passagem representa o ápice da mensagem e sempre que eu fosse ouvi-la ao longo da vida, me aconselharia a olhar para dentro de mim e não para os bens materiais do próximo; me recordaria de que eu não preciso de muito para sentir-me realizado e motivado; não é na observação da vida alheia que deverei buscar inspiração, mas refletindo sobre o meu eu interior.
É uma canção que fala de ser um homem simples, buscando aquilo se sacia meu coração, meu espírito e minha alma. E ela será saciada com essa melodia, com doces palavras da mulher amada e com o abraço e as risadas reconfortantes do filhos queridos; e também com o encontro com os poucos (mas bons) amigos. E se eu estiver descontente no meu trabalho, a música me motivará a dar um primeiro passo para encontrar outro que poderá me despertar novamente. E, acima de tudo, a música me recordará que há Alguém lá em cima que me ama e me entende.
"Simple Man", essa música eu ouviria pelo resto da minha vida.
Às vezes eu olho em volta e parece que todo mundo sabe viver, menos eu. Como se existisse um manual que eu não recebi. As pessoas se encaixam, se entendem, seguem em frente. E eu tô aqui, tentando não parecer tão perdido. Eu respondo, apareço, rio quando é esperado, mas por dentro parece que tô sempre meio longe, como se existisse um vidro entre eu e o resto. E não é drama, nem vontade de ser diferente. É só essa sensação estranha de não pertencer totalmente a lugar nenhum — e de não saber se o problema sou eu ou se todo mundo só aprendeu a fingir melhor.
- Beco Escuro.
Meu período de férias do trabalho já está encerrando e há um relato interessante que eu gostaria de relatar. Eis o que ocorreu: nessas férias, pela primeira vez, estive com todas as redes sociais desativadas ou paradas (com excessão do Tumblr, mas utilizei pouco). Pela primeira vez não senti a necessidade de mostrar a minha rotina para as outras pessoas e nem de tentar agradar aqueles que iriam me acompanhar no Instagram ou no Facebook. Pela primeira vez, apenas vivi um dia de cada vez sem me preocupar se deveria postar X ou que iriam achar se eu postar Y. De fato, me libertei de algo que imaginei ser quase impossível: do anseio que querer mostrar uma vida perfeita que não existe. Nessas férias, senti-me livre e... Vivo. Um dia de cada vez, o trabalho apenas pelo prazer de movimentar o corpo e a mente, o estudo pela necessidade de me aperfeiçoar na área de atuação, a companhia de meus pais e irmão, esse foi o meu período de férias. E se eu tivesse viajado para Dubai? E se eu tivesse comprado com carro novo? Bem, isso poderia ocorrer, mas somente Deus, minha família e eu saberíamos.
É libertador quando conseguimos escapar dessa ideia de que todos devem saber todo instante o que estamos fazendo ou pensando. Não ser escravo do ciclo de Dopamina que infectou a sociedade pós-moderna, isso é um troféu de vitória de valor inestimável.
March 20, 1923 Journals of Anais Nin 1923-1927 [volume 3]
Às vezes eu acho que todo mundo só quer a mesma coisa, mas tem vergonha de admitir. A gente sente falta de pessoas leves. Pessoas que mandam mensagem só pra dizer que pensaram na gente. Que aparecem sem cobrar nada. Que ficam. Tipo aquelas tardes em que o céu fica meio laranja e por um tempo tudo parece simples. Eu sinto falta disso. E acho que o mundo também sente. Mas finge que não.
- Beco Escuro.
Tem 28 anos de idade. Gosta de ler, de tomar chimarrão e de observar o céu estrelado.
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