Suave, Ophélia. Não há pecado em querer tua companhia em meus dias, tampouco permanecer quando você me pede para ir embora. Me deixa fazer isso, Ophélia. Você não precisa ficar, mas eu fico se você deixar.
Sou ampla e pesada. E você, pequeno. Em mim há uma profundeza e nela possui uma bagagem e tanto. E você, raso, aparentemente forte, mas fraco. Talvez me aguente transbordando por mais alguns dias, ou minutos. Mas não por uma vida inteira.
com a mesma urgência em que se busca por oxigênio após uma longa noite de transa intensa. Case-se comigo, para que eu possa apreciar uma eternidade de amores contigo, atravessando a meninice de uma adolescente apaixonada até uma senhorinha aguardando o deleite da morte após viver um amor que só você é capaz de me servir. Case-se comigo e façamos a tola promessa de nos encontrarmos nesta e nas próximas vidas, porque o clichê de te amar em apenas uma é realista demais para que eu o contemple em apenas alguns malditos e restantes anos desse século. Case-se comigo e me deixe gentilmente e dedicadamente ser o que você precisa que eu seja para além de sua.
— b.m
Eu mal sabia que minha última tentativa, antes de, por fim desistir, por concluir tamanha estupidez e ridicularidade, esta minhas mesmas palavras o fariam ver-me como uma farsa, tal qual nunca fui, não com você. O único.
Seria possível? Isto fazia de mim uma tola? Por fantasiar tantas coisas, todas elas onde você se encontraria ao meu lado, independente do que quer que estivesse fazendo. Inicialmente cogitei ser egoísmo, mas depois me aliviei da ideia de que se o fosse, pagaria qualquer preço para que eu obtivesse nem que fosse o mínimo, o mínimo sorriso, o mínimo oi, o mínimo vislumbre de andar e olhar, o mínimo de existência que eu pudesse presenciar de você que me mantinha assim, viva e tão certa de que eu respirava para contemplar outra força da natureza qual sobrepunha a minha própria. Engraçado pensar que, bem antes mesmo de declarar inverdades sobre mim, eu mesma já havia cedido sem o conhecimento de que isso fosse possível. — b.m
Clarice nunca esteve mais certa ao contemplar em uma única frase o que eu ansiei para nós: decifra-me ou devoro-te; com uma pequena margem de erro existente na dualidade de que fui decifrada tão lentamente e intimamente que o memorizar dos seus dedos percorrendo as entrelinhas de minhas curvas rasga-me um grito não digerido que, declara-me vencida. Eu me deixaria ser devorada silenciosamente por seus olhos, seus lábios e seus toques precisos, que ditam com uma fineza absoluta o saber do que esta fazendo. És detentor de todas as minhas sensações, todas elas são para você, sempre foram para você.
— b.m
Oh, you fill my head with pieces of a song I can't get out!
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