Se soubesse ser uma lobisomem tudo seria mais fácil mas quem lhe ensinaria as manhas de ser um submundano? Quem a ajudaria a lidar com a luta dentro de si? Estava sozinha, lutando pra ser uma sobrevivente e no meio de toda a confusão havia dito o que não devia. Se Petya descobrisse que mentira sobre estar trabalhando no Mercado das Sombras, que na verdade estava no território dos vampiros por acaso e que era uma novata por isso não sentiu o cheiro do sangue, seria seu fim.
- Pelo inferno, você é louca - resmungava Aylla pra si mesma apresando os passos, esperando que tudo desse certo, tinha que dar. Assim que via o lugar seu coração acelerava, tinha a leve impressão que ele saltaria de seu peito a qualquer momento, o medo era tanto que as mãos se fechavam com força e as unhas machucavam mas era melhor do que perceberem que na verdade eram garras e que estava fora de controle.
Passos rápidos até a primeira pessoa que podia lhe atender. - Com quem posso falar para conseguir trabalho aqui? - despejou para seja lá quem fosse sem qualquer reação ou sentimento, mesmo que estivesse em um ataque de nervos. - Acho que a Morrigan está aqui, ela pode lhe aju... ah alí! - as orbes verdes seguiam pra onde a mão indicava (@xblessedxbe) indo em direção da bela mulher de cabelos longos e castanhos. - Morga? Mago? Morriga? Não espera eu vou acertar, Morrigan, isso! - fazia um movimento estranho com o braço em certa comemoração pelo acerto - Pelo anjo preciso que me ajude, tem alguma chance de eu conseguir uma vaga de emprego mesmo sendo loba? - terminava puxando o ar com força para os pulmões.
leonid-zherdev:
Leo riu um pouco para dentro com a atitude da ruiva e via logo o policial atrás da mesma coçando um pouco a cabeça, meio confuso ainda, mas deixando o assunto pra lá, voltando a se concentrar nas suas notas - Disponha… Bom, sei que com qualquer pessoa já é assim, o olfato é o sentido humano com melhor memória… Mas consigo imaginar o quanto deve ser mais forte para vocês e não, não é que eu não queria que me visse, só estava tentando não te atrapalhar, se não me visse agora, iria te achar a atenção, apesar que duvido que seria necessário - dizia com um pequeno sorriso e uma piscadela, confiava nas habilidades de loba da amiga - Me acompanhe, sim? - dizia antes de desencostar da parede e começar a caminhar na direção do seu carro, desativando a runa que o ocultava assim que saiam do perímetro policial ( se certificando que ninguém o veria aparecendo do nada também, menos por Aylla, é claro ) - Isso é um ponto interessante, um juiz faz vários inimigos ocultos, que para ele nem são inimigos… Um caso a mais para ele, para o réu, mais um inimigo. Estudei um pouco de lei shadowhunter e acredite, é a mesma coisa em Idris… Ou no Japão, de acordo com Musashi-sensei - o tom de Leo era calmo, porém um pouco apressado, ele sabia muito bem o que fazia, não era a primeira investigação dele, mas era a primeira sob aquelas circunstancias com um demônio maior a solta - Pare com isso, você não cheira a cachorro molhado, é um absurdo que falar por terem inveja que você pode caminhar pelo sol - dizia levianamente, enquanto chegavam ao seu carro - Isso é interessante, pois eu tenho certeza que isso é um Downworlder e é um modus operanti completamente diferente de qualquer lobisomem que eu já cacei… Não gosto de generalizar as coisas, mas… Normalmente são mais ferozes mas menos brutais que isso… Golpes no corpo inteiro, mas não… Morder o pescoço de alguém até decapitar - dizia num tom um pouco irritado com aquela situação, podia pressentir o trabalho que aquilo tudo iria lhe dar - Eu tenho uma ideia, sei que você é nova, mas existem mais criaturas dentro do mundo das sombras, mais “fadas” se preferir… Entre no carro, precisamos ir para o instituto, tenho alguns livros que podem nos ajudar - Leo abria a porta do carro e começava a entrar no carro, mas voltava, se lembrando de falar algo - Alias, definitivamente não é Cachorro molhado, você cheira como… Hm… Morangos…? - dizia tentando decidir qual fruta remetia o perfume, antes de entrar no carro e fechar a porta
Aylla não estava certa que seu colega tinha acreditado totalmente em sua encenação mas parecia ter aceitado então relaxou um pouco os ombros. - Não é que seja mais forte é que todos os nosso sentidos são mais ampliados que os de um mundano, eu por ser novata ainda não consigo lidar muito bem com isso - encolheu os ombros, havia muita coisa diferente com seu corpo mas agora ela não se importava tanto, até gostava daquela intensidade nos sentidos. - Não séria - assentiu com a cabeça em um sorriso seguindo o mesmo, observava o mesmo passar a estela sobre a runa um tanto fascinada, ela sabia o que ele tinha feito mas ainda mantinha os olhos no perímetro em que se encontravam pra que ninguém visse alguém surgir do nada, de qualquer forma ele parecia seguro em meio a toda a situação e isso acalmava um pouco a ruiva. - Quem é Musashi-sensei? - fez uma careta, ela não conhecia tanto assim de Leonid mas esperava mudar isso com o tempo. - Levando em consideração a minha pele pálida eu acho que andar no sol não é tão vantajoso - riu baixo, as vezes ficava furiosa quando lhe chamavam de cachorro molhado mas se quisesse ficar viva teria que se acostumar mas de certa forma era bom saber que nem todos sentiam aquele cheiro. - Tudo bem, espécies tem seus padrões, quando um lobisomem ataca normalmente ele está descontrolado e as marcas de mordida não são bem como as que temos - disse um pouco mais calma, mas isso poderia mudar em segundos, um calafrio percorria o corpo da ruiva só de imagina a cena e a dor que o juiz tinha sentido. - Mais? Interessante - tentava não demostrar medo na fala mas ela não gostava de estar em um terreno totalmente desconhecido. - Livros? - mordia o lábio um tanto curiosa pra ver o que Leo mostraria a ela, quem sabe pudesse aprender um pouco mais e se ele se disponibilizasse poderia ler aqueles dais livros mais vezes. Entrava rápido no carro, fechando a porta e colocando o cinto, não podendo evitar rir com o comentário do amigo. - Morangos? Isso é bem diferente de cachorro molhado mas é definitivamente bem melhor, é bom saber que meu cheiro é agradável a alguém e eu amo morangos então obrigada - exibiu um sorriso um pouco maior não o reprovando pela comparação com a fruta, já tinha tinha sido elogiada pelo seu perfume mas apenas porque pediu então não sabia se valia. - Eu acho que você cheira a baunilha, é muito bom mas me da fome - tentou conter a risada mas foi impossível, que tipo de pessoas falavam aquilo?
v-forvioletta:
Violetta deixou o irmão na mesa que compartilhavam e caminhou para o banheiro nos fundos do bar. Estava cheio o bar e quando alcançou o banheiro estava tão distraída que esbarrou em alguém na porta. “Me desculpe.” Falou recuperando o equilíbrio e olhando para a ruiva a sua frente, um pouco menor e mais nova que si. “Não te machuquei, machuquei?” Mas via que ela estava bem.
Não podia dizer que não tinha levado um susto com o encontro do corpo da outra no seu, as coisas estavam tão intensas ultimamente que Aylla riu um pouco da situação, sua vida não tinha mudado tanto aparentemente. Assim que conseguiu equilíbrio analisou a morena, era uma shadowhunter, esperava que fosse uma das amigáveis como Leonid. - Tá tudo bem, não quebrei nada, talvez só ganhe um galo - deu uma piscadela divertida levando uma das mãos a cabeça que havia batido em algo, não era nada comparado as dores que já havia sentido durante toda a vida como detetive. - Mas e você? Eu sei que não parecê mas sou bem forte - sinalizou pro próprio corpo, se bem analisando parecia tão delicado que a tornava quase inofensiva aos olhos mas isso estava longe de ser verdade. - Mas vem cá, me diz uma coisa, você é sempre desastrada assim? - o sorriso não sai dos lábios, sentia que nada nem ninguém conseguiria tira-lo aquela noite.
leonid-zherdev:
Leo não podia acreditar no que estava vendo… era Aylla, uma lobisomem… vestida de chapeuzinho vermelho macabra, ela parecia ser um imã de problemas - Ai ai… Aylla? - dizia com uma mão no quadril e levando a outra a testa - Eu não tenho problema com sustos e brincadeiras… Mas pelo que elas falaram, foi real, vocês sabem sobre não se revelarem para mundanos - Leo parecia irritado, mas claramente não era com os dois submundanos, o dia havia sido estressante, precisava respirar um pouco e tudo só parecia conspirar quanto a eles - Tomem mais cuidado, vou deixar passar dessa vez, mas pelo Anjo, sem ferimentos, mortes ou um mundano sequer apavorado pro resto da vida, entenderam?
Era só impressão ou o shadowhunter sempre aprecia quando a ruiva está prestes a cometer alguma besteira? - A mesma! Sera que eu nunca vou conseguir um disfarce digno? Acho que é culpa desse cabelo - bufou enrolando uma mexa, ter herdado aquela característica não era tão vantajoso quando não queria se notada. - Não parece tão feliz em me ver - não tinham se conhecido da melhor forma mas havia algo além, apesar da mais nova estar esbanjando energia, como quase todo lobo novato, o outro a sua frente parecia seu completo oposto. - Sabemos! - os dois submundanos diziam sincronizadamente fazendo uma continência, Aylla olhava para o colega, os olhos dos dois brilharam e ele saia deixando o local. - Sabe pros mundanos Halloween é uma época de diversão e você está bemmm longe disso, posso ajudar de alguma forma? - perguntou puxando o mesmo pra andar, tinha que manter os olhos nas ruas aquela noite, depois do que Kaspar lhe disse talvez nem dormiria.
A dona das madeixas cor de fogo estava em seu melhor humor, era Hallowen afinal, era uma das comemorações mas ridículas do ano e ela decidiu que iria aproveitar aquela noite, estava cansada de pensar demais e andar pra baixo, iria esquecer os problemas e tentar ser só a Aylla que sempre era. Estava pronta pra saltar dos arbustos e assustar algumas crianças quando na verdade alguém surgia por trás pegando sua oportunidade. - A qual é? Eles eram meus! - bufou antes de ter os pés no chão. - Acabou de estragar minha noite, como vai reverter isso? - cruzou os braços abaixo do busto encarando a pessoa a sua frente com um tom de humor em meio as palavras indagadas com raiva.
katrinexvampire:
Suas mãos rodearam o tronco do humano o puxando para si enquanto sentia o cheira da ruiva, o perfume que ela usava, um sorriso brilhante em seu rosto antes de se afastar e pegar os dados em seu bolso. “Eu vou ser generosa com você. Não diga a ninguém. Isso vai arruinar minha reputação. Yatzee é um jogo de dados, jogamos cinco deles, e o objetivo é conseguir o maior resultado, a melhor soma. Quem perde em cada rodada paga uma prenda. ” Ela riu para si mesma, seu sorriso mais brilhante. “Diga-me, o que você fez hoje, meu doce cisne? Não se preocupe com isso, sou uma mulher controlada e se eu quisesse seu sangue já tinha tomado, não deixe um vampiro chegar muito perto se não pretende ser mordida e não digo só do pescoço, alguns preferem outras partes." ela esperava que ela não fosse sempre tão aberta assim. “ Garota esperta. Isso acontece mais do que imagina, principalmente com as mulheres, no mundo humano as vezes somos mais frágeis, mais influenciáveis, não digo em termos de força, mas por que somos mais bobas, acreditamos em sentimentos por isso somos enganadas de forma fácil. Não deixe que sentimentos nublem seu julgamento nunca entendeu? Já que quer ser forte, isso é o que deve fazer em primeiro lugar.” ela rolou os olhos, era exatamente disso que estava falando. “ Sim, mas deixa eu te contar uma coisa, nem sempre funciona assim, a eternidade cansa, ninguém fica com outra pessoa por uma eternidade, é chato, depois do primeiro seculo você não está aguentando mais a outra pessoa, acredite não é tão maravilhoso quanto os sentimentos humanos fazem parecer.” ela deixou o ar entediado das coisas sérias que falavam anteriormente quando escorregou os dados para ela a incentivando a jogar. “ Por enquanto sim, por que isso te incomoda? Veja pelo lado positivo, estou sendo sincera.” ela deu de ombros de maneira displicente, com o tempo havia os momentos de ser sincera e os momentos de dissimular, enganar, não precisava fazer isso com a ruiva a sua frente. “ Segundo ponto para se observar, seja sempre cuidadosa principalmente com seelies, é a pior especie que existe, não se deixe enganar pela aparência maravilhosa que eles tem, vampiros são predadores mas as vezes você consegue escapar, seelies nunca deixam uma presa escapar.” ela não sabia por que estava dando dicas para ela, talvez por que de certa forma a menina lembrava um pouco ela mesma no inicio. “ Veja pelo lado positivo, eu evolui então você também com certeza vai.” era a realidade, a lei da sobrevivência naquele mundo onde estavam inseridas. “ É muito difícil gostar quando te aprisionam e te escravizam, assim que fui transformada passando meu período de adaptação fui escravizada em um bordel de vampiras. Sim isso existe na França. Então eu odiava, tanto ser uma vampira quanto as coisas que era obrigada a fazer.”
(flashback)
O puxão fez o corpo da ruiva se arrepiar e um suspiro escapar por entre os dentes, o que aquela mulher estava fazendo? Ela tenha um brilho estranho nos olhos e Aylla sentia que estava correndo perigo, mas porque não fugia? “Obrigada. Não vou falar a ninguém, apesar de não entender porque esconder. Mas que reputação? Achei que nem tivesse uma. Gostei, vamos jogar, apesar de achar que estou perdida se você ganhar.” Deixou um sorriso escapar mantendo o bom humor na voz. “Seu doce cisne? Bom o clássico, assustar criancinhas, fazer a noite de algumas pessoas melhor, proteger minha cidade. E você? Abordou mais alguém para te entreter essa noite?” Deu de ombros com um sorriso travesso nos lábios. “Que bom, eu já não posso dizer o mesmo de mim mesma. Eu deixei você, isso foi um erro? E que outras partes se refere? Pulsos?” Disse se mantendo curiosa como sempre, queria conhecer mais daquele mundo é daquelas espécies. “Sentimentos sempre são o pior inimigo de alguém não é? Mas a vida seria muito mais cinza sem eles.” A forma como a outra falava lhe fascinava um pouco e podia ter uma ideia de como ela era agora, tinha se machucado e isso a mudou pra que não acontecesse de novo. “Entendi.” Não era novidade que haviam dois tipos de pessoas a quem sentem e se machucam e as que não sentem e machucam, ela já sabia mas sempre era bom reforçar. “Então de pudesse você gostaria de voltar a ser humana novamente?.” ela se sentia um pouco sortuda por não ter se tornado um submundo imortal, talvez essa fosse a pior maldição demoníaca. “Não, nem um pouco. Prefiro que seja sincera, polpa meu trabalho de investigação.” Fitou os dados na mão da outra, ela parecia mais interessada em seguir com o jogo do que manter uma conversa séria. “Eu vi uma seelie hoje, ela parecia interessada em me mostrar minha natureza animal. E eu não gostei nada, muito menos da cultura deles com os mundanos, o instituto deveria fazer algo mais eficiente para combater isso.” negou com a cabeça se lembrando da loira, seu sangue fervia só de pensar naqueles seres roubando crianças. Assentiu as palavras seguintes, querendo ou não aprenderia a lidar com aquele universo. “Eu, eu sinto muito.” Aylla sentia repúdio só de pensar nos monstros que fizeram aquilo com a outra. Não sabia como poderia ajudar então se aproximou com cautela e a envolveu em seus braços, com certo medo de ser rejeitada então logo se afastou. “Olha as vezes coisas ruins acontece mas temos que tirar o melhor e pelo que vejo você se tornou mais forte. Eu gostaria de poderia fazer algo pra ajudar, me desculpe por entrar nesse assunto delicado” Deslizou as mãos pelos braços alheios, talvez fosse um pouco boba e ingênua por sentir tão fácil, por ser tão apática, mas ela queria muito saber quem fez aquilo com a ruiva e os fazer pagar. “Espero que ainda queira minha companhia, ainda posso fazer algo bom por você, o que quiser.” Disse um pouco insegura sobre a proposta afinal ainda lidava com uma vampira.
leonid-zherdev:
Leo ligava o carro imediatamente após Aylla entrar no veículo, não podiam perder tempo, havia muito o que se fazer ali, aquele caso não era comum - Eu… Cheiro… baunilha? - comentava distraído, antes de balançar a cabeça voltando a se concentrar no assunto - Bom, Musashi-sensei foi quem me treinou, acho que não te contei muita coisa sobre mim, não é? - dizia com um pequeno sorriso embaraçado, as vezes parecia que a conhecia mais tempo do que realmente a conhecia - Eu cresci não treinado pelo meu pai ou qualquer outro Shadowhunter, mas por um Warlock chamado Miyamoto Musashi, ele costumava ser um samurai no período feudal do japão, além de um incrível espadachim, um pouco doido… mas incrível - dizia rindo levemente, falando com carinho daquele que ele considerava o seu pai adotivo, por mais que isso nunca tivesse sido declarado ou oficializado - Sei lutar com duas espadas por causa dele, sem falar da minha filosofia e tudo mais… Por isso que não sou um Shadowhunter babaca e racista como o meu irmão mais velho era - a voz de Leo murchava um pouco a falar de Orel, havia parado de falar do mesmo a um tempo, na verdade talvez só fossem que os problemas atuais só pareciam maiores do que os anteriores, ainda sim, prefiriria seguir em frente do que ser assombrado pelo irmão o resto da vida, ter matado-o talvez tenha sido a melhor coisa que ele fez em sua vida inteira até então -Acho que vampiros queimam um pouquinho mais rápido que você - dizia tentando segurar a risada, que parecia querer sair com um pouco mais de intensidade que o normal, talvez fosse por estar tenso, mas cada pouco de humor que ele presenciava parecia lhe dar mais vontade de rir - Voltando ao nosso assunto… Bom… Basicamente há mais do que simplesmente Vampiros, Lobisomens, Warlocks, Seelies e Shadowhunters. Dentro da corte dos seelies temos o Fairyfolk, tecnicamente são fadas, mas de acordo com o Kaspar para os mundanos são figuras mitológicas completamente diferentes - por mais que explicasse para Aylla com detalhes, sua atenção na estrada era constante, quase estavam á, não demoraria muito até a chegada no instituto - Goblins, Ogros, Unicórnios, Pixies, Elfos… ele falou algo como “Tudo isso que você encontra em Harry Powder” ou coisa do tipo - queria dizer “Harry Potter” mas nunca teve tempo de cair de cabeça na literatura mundana, alias, o quão estranho poderia ser um livro escrito por mundanos sobre um warlock? - E eu tenho alguns livros que eu guardo, foram dados para Musashi-sensei por um Shadowhunter alemão e ele me passou, “Alguma-coisa-Grimm”, não me lembro.. Nicholas? Sei lá… - dizia balançando a cabeça novamente voltando ao ponto - Enfim, ele tem um catálogo inteiro sobre fairyfolk, precisamos encontrar um deles que tenha força o suficiente para fazer o que foi feito
- Eu não sei, não vou te cheira pra descobrir - sacudiu a cabeça em afirmação, escutando a história do mesmo. - Não, acho que nunca falamos muito sobre nós mesmos - deu de ombros, não era assim tão incomum até porque quanto menos soubesse menos se apegaria - E onde está esse tal de Musashi agora? - ela percebia o carinho no tom de voz de Leo e entendia muito bem aquele sentimento, entendia tão bem que sua feição se tornou triste aí se lembrar dos pais. - Seu irmão era o Orel, não é? Ouvir falar dele, era o líder antes de você e... então seria o tipo de cara que me odiaria? - como pessoas tão diferentes poderiam ser considerada irmãos? - Pelo que vejo você não se dava bem com ele, eu não sei bem como é crescer com alguém mas eu não acho que sangue define algo, chamar alguém de irmão é mais que só por parentesco pra mim - curvou um pouco mais os lábios ao se lembrar de Kaspar, talvez se ele fosse seu irmão de sangue não se dessem tão bem mas não conseguia imaginar isso. - Olha isso é algo pra se analisar - riu fraco, devia ser o bom humor de estar de volta. - Então tem mais criaturas pra eu me preocupar? - ela tentava aceitar aquela ideia com um certo medo, era uma tola por achar que estava tudo bem, que podia lidar com tudo aquilo e se... não, não faria aquilo de novo, enfrentaria o que tivesse que enfrentar e se precisasse leria todos aqueles livros que Leonid tinha e aprenderia o máximo possível. - Unicórnios? - gaguejou em uma careta. - Harry Potter - corrigiu rindo - Desculpa eu gosto muito dessa saga, um dia você poderia ver - sugeriu, talvez não fosse possivel afinal shadowhunters eram muito ocupados. - Não conheço, Grimm pra mim são os irmãos escritores das historias infantis pra crianças, minha mãe linha pra mim, agora elas parecem bem mais reais e assustadoras - jogou a cabeça contra o banco e fitou a janela. - Temos que fazer isso logo, quero esse monstro nas grades ou morto. - ela não sabia se desejar aquilo a tornava igual a ele mas não ligava.
shcxwolf:
nikxivanovitch:
“ Incomodada com o uso da runa Elaena? É o costume.” ele examinou as feições da loira, expressavam o total cansaço e ele já imaginava o porque, stress excessivo e ter que lidar com uma matilha enquanto o líder estava ausente e a incerteza sobre o que tinha acontecido. “ Como quiser. Seremos apenas nós dois ou a outra moça está presente também? Perguntando por que não a vejo. “ele disse secamente, franzindo a testa fazendo o caminho ao lado da loira, apesar de já ter visto Elaena outras vezes, nunca tinham conversado e agora ele a estava interrogando. ” Sim, como já foi informada a você, estamos preocupados e descontentes com esses desaparecimentos e esperamos que juntos possamos conseguir resolver todos esses problemas e punir oc culpados conforme preve os Acordos. “ele explicou de forma a não haver qualquer dúvida sobre as suas intenções. Sabia que a loira colaboraria estava tão insatisfeita quanto ele com aquela situação.
”Sente-se senhorita Xerazade. Então podemos começar. Fomos informados de vários desaparecimentos nos ultimos meses,no inicio se tratavam de Ifrites não levamos muito em consideração, eram casos isolados mas nessa ultima semana desapareceram uma criança seelie, uma bruxa, um vampiro que já retornou ao seu clã e o seu líder. Essa mudança nos deixou muito intrigados. “ ele fez uma pausa procurando as palavras certas para usar , não queria ofender ninguém, muito menos mexer naquela paz que a eles era algo muito frágil. ” Sumir não é do feitio de Hector.“ ele pegou algumas fotografias do bolso e colocou sobre a mesa. ” Sobre o dia em que Hector sumiu, sabem de alguma coisa, algum compromisso que ele tinha do outro lado da cidade? As fotos são de uma camera de segurança em vários dias diferentes. “Ele encolhe os ombros. ” Ele comentou sobre algum problema que estivesse tendo?“
🐺 - Só não precisa, você é bem vindo aqui, não temos nada o que esconder. - Falou calma, apesar de estar exausta, a jovem de cabelos loiros estava sendo sincera e conseguia manter sua expressão neutra, séria, como se estivesse tudo perfeitamente bem, mesmo que na verdade sentisse que tudo a sua volta estava desmoronando. - Eu quero ajudar com tudo o que puder, Hector é um grande amigo, eu sou o braço direito dele desde sempre e eu não quero nem pensar que algo ruim possa ter acontecido. - Falou sincera, viu a outra moça entrar e deu um sorriso de apoio para a outra loba.
🐺 - A nós também. - Falou dando um suspiro cansado. - Espero que logo esses problemas sejam resolvidos e que o Hector volte pra casa. - Elaena falou sincera, enquanto observava o homem. - Eu sei disso, ele é como um segundo pai pra mim, foi quem me ajudou depois de que meus pais morreram. - A loira falou, passando uma mão pelo cabelo.- Ele me falou que tinha negócios a resolver, mas disse que era pessoal, que não tinha nada a ver com a matilha e que eu não precisava me preocupar, eu tentei que ele falasse algo, mas não adiantou. - Elaena falou desviando o olhar por um tempo, antes de erguer novamente os olhos. - Foi só isso que ele me falou, mas ele tinha sempre coisas dele que mantinha apenas para si. - Explicou.
Aylla se sentava como pedido escutando com a atenção cada palavra tentando se certificar do que deveria contar, o que poderia ajudar, passando os olhos pelas fotos sobre a mesa. As novas informações a deixavam ainda mais preocupada, sera que estavam em perigo? Talvez a unica coisa que lhe acalmasse fora o pequeno sorriso que recebia da outra loba. - Acho que posso dizer o mesmo, Hector foi quem me ajudou em minha primeira transformação e me integrou nesse mundo, ele se tornou uma grande base pra mim - Suspirava um tanto triste, já tinha perdido os pais não queria perder mais ninguém importante, não conseguia nem imaginar o que faria se algo ruim tivesse acontecido.
As ideias se juntavam em sua cabeça, se Hector estava com negócios talvez soubesse algo sobre isso, não exatamente porque devia mas tinha escutado uma conversa sem querer. - Bom... não estou a tanto tempo na matilha, não sei se posso ser mais útil que Elaena, porém se é pra dizer tudo que sei - Tentava repassar a cena na cabeça e não alterar nenhum fato - Ouvi algo naquele dia, pela manhã um pouco antes dele sumir, Hector estava dando ordens como sempre a um dos lobos e disse algo sobre um tal de Kremlin, tudo que sei é que ele enviou esse membro da matilha pra esse lugar - Disse calma esperando que aquilo pudesse ajudar a achar seu líder. - Não sei o que está acontecendo, tudo que quero é que seja resolvido logo - Conclui tentando controlar os sentimentos que tinha sobre o assunto.
@nikxivanovitch
Aquela é KATHERINE MCNAMARA? Não, acho que se enganou. O nome dela é AYLLA XERAZADE, tem 25 ANOS e é uma LOBISOMEM. Dizem que ele é CARISMÁTICA e ALTRUÍSTA mas também é TEIMOSA e INCONSEQUENTE. Atualmente encontra-se indisponível.
Em uma das noites de inverno em Moscou nascia a pequena Xerazade, as ruas interditadas pela neve dificultou o parto e a Sheth tinha que fazer o trabalho mais difícil de sua vida, conceber sua filha. A pele tão pálida quanto os flocos que caiam do lado de fora da casa, os fios tão vibrantes como o sol e os olhos esses ele reconheceria em qualquer lugar, eram os olhos de Juliette, o amor de sua vida. O nome escolhido com cuidado, significa “luz da lua” pois a mesma nascera a madrugada e aquela noite a lua não brilhavam no céu e era como se Aylla fosse agora o ser que iluminava suas vidas, se eles soubessem que aquela escolha se encaixaria perfeitamente com a mesma em alguns anos, infelizmente não da melhor forma.
A garota crescia sem irmãos, Juliette tinha problemas pra engravidar e ter tido a ruiva já tinha sido um grande sonho pra mesma. O amor era presente em tudo naquela família, mesmo com todas as ocupações dos pais no trabalho como médicos, Aylla achava fantástico como os dois salvavam vidas pelo menos até um suposto massacre no Moscow Hospitalization Service onde os mesmos trabalhavam. A historia contada era que um dos pacientes surtara e acabou matando algumas das pessoas presentes no local, mas a mulher nunca aceitou aquela versão.
Anos dedicados a ingressar na policia como detetive, no começo pra descobrir a verdade sobre os casos mas acabou se apaixonando pelo trabalho. Mas neste conto finais felizes não existem, em um dos últimos turnos pra achar um assassino ela achara junto aquele que matara seus pais e sua moral era afetada, ela o queria morto, queria que pagasse mas não esperava que este se tornasse um monstro, um lobo gigante e mesmo que seus passos fosse rápidos ele a alcançara causando um aranham profundo em sua barriga, uma cicatriz que nunca sumiria. Um tiro e o mesmo caia ao seu lado, poderia ter morrido aquela noite, não só pela falta de sangue mas por hipotermia, por algum milagre seu corpo se recuperou rapidamente mas com isso veio consequências.
Primeiro os olhos, as vezes eles brilhavam em um tom verde cintilante, machucados cicatrizavam em segundos e tudo se agravou quando na noite de lua cheia, garras e dentes sugiram, estava em desespero quando o líder da matilha de lobisomens a encontrou e a salvou de cometer vários assassinatos, ainda sem o controle de seus poderes. Para o bem de todos pediu licença no trabalho e passou a ficar no Burguer Heroes para poder se sustentar, além de passar a morar no quartel dos lobos e se dedicar a descobrir tudo por esse mundo novo que ela pertencia, era louca mas estava fascinada.
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Aylla Xerazade 25 eyers werewolf I'M DO WHAT I WANT, SAY WHAT YOU SAY.
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