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˗ˏˋ The Journalist ⟶ ❛ Threads ❜ - Blog Posts

1 month ago

Ainda havia algo de honesto no som do mundo natural. Bem diferente das vozes na cabana, cada vez mais carregadas de tensão e medo. Ali era só ela, os sons da água e o cheiro de terra molhada. Fechou os olhos por um instante, pensando se deveria ou não tirar o caderno das suas coisas. Tinha tanta coisa presa na cabeça que talvez fosse melhor organizar no papel... Mas também estava começando a se cansar de tentar entender tudo. De traduzir o caos como se fosse parte de um documentário. Foi quando ouviu passos leves se aproximando. Angelina abriu os olhos, mas não se virou de imediato. Vão pensar que estou maluca falando sozinha... Pensou, só então virando o rosto devagar. Angelina manteve-se em silêncio por um segundo, observando. Havia algo na sinceridade solta de Denver que a pegou de surpresa. — Tudo bem é um conceito meio elástico por aqui, né? — Respondeu por fim. — Tipo… se ninguém morreu nas últimas horas, a gente tá bem. Mas se você quer saber se eu tô prestes a surtar, aí… acho que não. Pelo menos não agora. — Deu um leve sorriso, o canto da boca subindo, mas os olhos permaneciam atentos. O silêncio do riacho preencheu os segundos seguintes. Angel pegou uma pedrinha úmida do chão e a girou entre os dedos. — Eu venho aqui quando tô cansada de pensar. — confessou. — Ou quando tô pensando tanto que preciso de um lugar onde ninguém vá pedir respostas. Meio contraditório, eu sei.

Ainda Havia Algo De Honesto No Som Do Mundo Natural. Bem Diferente Das Vozes Na Cabana, Cada Vez Mais

não   se   orgulhava   em   admitir   que   estava   fugindo   .   não   era   de   seu   feitio   fugir   de   suas   obrigações   ,   mas   as   vezes   até   ela   precisava   da   tão   sonhada   paz   .   os   últimos   dias   haviam   sido   caóticos  ,   ela   sabia   —   mas   nada   se   comparava   com   o   desespero   em   ter   alguém   desmaiado   em   seus   braços   .   denver   deita   a   beira   do   riacho   ,   não   se   importando   tanto   com   as   vestes   molhadas   pela   umidade   que   rondava   o   local   .   seus   olhos   fecham   ,   sentido   o   cheiro   da   terra   e   da   grama   ,   um   momento   silencioso   onde   tudo   que   ela   esperava   ouvir   era   o   som   da   natureza   a   sua   volta   ,   não   uma   pessoa   .   os   olhos   de   denver   procuram   a   sua   volta   ,   tentando   achar   alguém   até   que   se   foque   em   angelina   .   orsett   considera   permanecer   sentada   ,   em   sua   própria   calmaria   quando   ouve   as   frases   ditas   ao   ar   .   será   que   ela   falava   consigo   ou   apenas   despejava   um   monólogo   solitário   ?   os   olhos   a   seguem   ,   levantando   pouco   a   pouco   ,   tentando   compreender   o   ponto   de   tudo   aquilo   .   ⸺   está   tudo   bem   ?   é   a   primeira   coisa   que   diz   ,   mostrando   a   outrem   que   não   estava   sozinha   .   quiçá   ,   nem   tudo   que   ela   dizia   tenha   sido   direcionado   a   todos   .   ⸺   bem   ,   acho   que   as   coisas   não   estão   fáceis   para   ninguém   ,   não   é   ?

Não   Se   Orgulhava   Em   Admitir   Que   Estava   Fugindo   .   Não   Era   De   Seu

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1 month ago

Angelina já estava acostumada a ver Eliza no modo comando. A maneira como a amiga se movia, o tom certeiro da voz, os olhos que mal piscavam. Era como ver alguém tentando manter o mundo inteiro colado com fita adesiva e fazendo um bom trabalho, mesmo que tudo estivesse prestes a desmoronar. Só que, ao mencionar as observações comportamentais que vinha fazendo em seu caderno, Angel notou a mudança imediata na postura da outra. Ela ficaria do mesmo jeito. Angelina inclinou levemente a cabeça, sem responder de imediato. — Fica tranquila, não é nada invasivo. Só percepções soltas, sabe? — Sorriu com leveza, tentando dissipar a tensão. Angel deu um sorriso enviesado. — Com um índice de confiança desse, acho que você deveria ser contratada por um hospital quando a gente sair daqui. — Angelina a olhou por um segundo mais longo. Não sabia como Eliza fazia isso de continuar prometendo coisas como se fosse a única responsável por manter todos inteiros. Mas algo dentro dela admirava profundamente aquela coragem. A estudante estendeu a mão, pousando de leve sobre o joelho da amiga. — Sua promessa vale muito pra mim, mas você não precisa prometer o tempo todo. Tá tudo bem. — Angelina deu uma risadinha, apesar de tudo. — Eu meio que odeio essa ideia e ao mesmo tempo, parte de mim quer ver como vai ser. Tipo, que tipo de gente dança no meio do fim do mundo? — Ergueu as sobrancelhas, encarando Eliza com uma expressão curiosa, como se estivesse convidando a amiga a rir com ela da tragédia.

Angelina Já Estava Acostumada A Ver Eliza No Modo Comando. A Maneira Como A Amiga Se Movia, O Tom Certeiro
A Ideia De Angel Estava Fazendo Completo Sentido Na Mente De Eliza Até Que A Colega Completou Sua Explicação

A ideia de Angel estava fazendo completo sentido na mente de Eliza até que a colega completou sua explicação com algo que a deixou em alerta. "Observações sobre comportamento? Como seria esse processo exatamente?" Por um segundo, seu corpo enrijeceu com a possibilidade de que Angel tivesse presenciado o momento em que sua ficha finalmente caiu quanto ao resgate. Não queria que aquilo se espalhasse. Não gostaria que todos ficassem sabendo sobre suas crises e que ela não era tão pé no chão quanto imaginavam. "Consigo entender completamente. Também faço isso, mas estava anotando tudo em caixas mentais. Isso aqui é muito mais seguro. Posso provar, ponto por ponto, para cada um dos que não estão fazendo o que eu pedi." Um tanto controladora demais da sua parte, mas não tinha quem tirasse da mente de Liz que só conseguiriam se manter vivos por mais tempo ali se seguissem suas ordens corretamente. A sobrevivência dependia de estrutura. Por isso que também não podia mais correr o risco de sair do eixo novamente. Perder a estrutura poderia colocar todo mundo em risco. "Noventa e seis por cento de certeza. Eu já li muito sobre essas folhas que encontrei e consegui reconhecer as similaridades com as descrições dos estudos. O formato, a textura, o cheiro. Tudo bate! Elas tem propriedades que são cicatrizantes, antissépticas e ajudam a conter hemorragias leves. Só preciso fazer o remédio com água quente e vão ajudar." Ao ouvir o nome do manual sugerido pela amiga, Liz conseguiu abrir um pequeno sorriso e agradeceu com bom humor por ter a certeza que seu nome estaria nos créditos. "Vai funcionar, Angel. Não sei como vamos sair daqui, mas enquanto eu puder fazer alguma coisa, vamos sobreviver. Prometo para você. E eu acho que minha promessa precisa valer de alguma coisa, porque não me lembro de ter falhado nenhuma vez." Talvez tivesse, sim. Uma ou duas vezes. Mas não era o tipo de coisa que ela estava disposta a admitir para alguém. "Ah, e também vou precisar do seu caderno e anotações para organizar o tal baile essa semana." Rolou os olhos, já deixando claro para a amiga como nada fazia sentido aos seus olhos. "Como se aquele jogo idiota já não tivesse dado problema o suficiente."


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1 month ago

O céu ainda estava acinzentado, a floresta exalava aquela umidade constante, e o clima parecia conspirar para deixar todos mais cansados, mais no limite. Não era novidade. O que foi novidade mesmo foi ouvir a voz de Hunter vindo logo atrás dela. Ela virou o rosto devagar, como quem hesita entre responder ou simplesmente fingir que não ouviu. — Bom dia pra você também, Hunter. — Murmurou, meio irônica, sem sequer olhar pra ele. Angelina encostou o queixo na mão fechada, os olhos semicerrados. — Você tem raiva de quem tá com medo ou tem medo de ficar com raiva? — perguntou de repente, num tom calmo, curioso até. — E óbvio que não acredito nisso. — Ela virou o rosto pra ele, o olhar sério. — Eu acho que tem gente surtando, sim. Tem gente no limite, mas não precisa ser um idiota sobre isso. — Angelina não sabia exatamente o que se passava dentro dele e talvez nem quisesse saber, mas reconhecia um pavio curto quando via um. O dele parecia estar em chamas desde que nasceu. — Ter um coração vez ou outra não vai te fazer menos macho, Hunter. E você deveria agradecer que sou uma das únicas te tolerando aqui porque estão querendo te matar lá dentro.

O Céu Ainda Estava Acinzentado, A Floresta Exalava Aquela Umidade Constante, E O Clima Parecia Conspirar

hunter pouco acreditava naquela bobagem que havia acontecido noites passadas. espíritos eram coisas que adolescentes acreditavam, não adultos funcionais. ainda achava que aquele cara tinha fingido tudo por atenção. é o mínimo que parecia diante toda a situação. estavam presos a tempo o bastante para que alguns sentissem falta da mamãe e do papai e causassem todo aquele show para serem paparicados. idiotas dos completos. ❛ você não vai acreditar nessa palhaçada, não é? ❜ a cara é franzida ao que ouve tais falas, se ouvisse alguém mais dar razão aquela história preferia acabar na selva sozinho do que se manter naquela casa. ❛ estava na cara que era fingimento e não obra de espíritos vingativos. ❜ revira os olhos porque mais idiota que um baile, era acreditar que um espírito vivia no sótão só porque acharam um corpo lá. hunter não estava nem um pouco preparado para viver com pessoas tão inocentes assim. ❛ quando eu sair daqui eu vou contar a todos como algumas pessoas se fizeram de doidas só porque era conveniente. a gente só tá preso no caralho de uma floresta, não em um filme de terror. ❜

Hunter Pouco Acreditava Naquela Bobagem Que Havia Acontecido Noites Passadas. Espíritos Eram Coisas

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1 month ago

Angelina já estava sentada há algum tempo, encarando o nada. Só pensava. Tentava organizar o caos da noite em algo que fizesse sentido, mas a verdade é que nem sua mente lógica conseguia dar conta daquilo. Tudo parecia ter saído de um roteiro barato de terror, e ainda assim, uma parte dela dizia que havia sido real. Angelina soltou um riso discreto, balançando a cabeça quando notou que não estava sozinha. Agradeceu mentalmente por ser Finnegan porque ele a entendia e não a chamaria de louca por estar falando sozinha. — Você quer dizer o nosso maravilhoso resort cinco estrelas no meio do mato? — Respondeu, ainda sem olhar diretamente pra ele, os olhos seguindo uma folha que tremia ao vento. — Com direito a cardápio rotativo de carne de cervo e chá de plantas suspeitas? — Era uma piada, mas as palavras carregavam um cansaço verdadeiro. Finn comentou que não acreditava em nada daquilo, e ela finalmente virou o rosto para encará-lo. — Eu também não acredito. — Murmurou. — Quer dizer, não do jeito que estão dizendo. Espíritos, maldição, essas coisas. — Angelina apreciava a presença dele. — Claro, é estranho uma pessoa morando no meio de uma cabana no nada, mas espíritos é demais. — Ela suspirou porque odiava ter perdido a conta dos dias. Aquilo sim era sinal de surto. — Perdi a conta no décimo quinto. — Respondeu, encostando a cabeça nos joelhos abraçados. — Eu tô tentando entender como é que a gente chegou nesse ponto. Como é que uma brincadeira virou um símbolo de desespero. — Ela disse, olhando para o horizonte, onde o céu começava a abrir.

Angelina Já Estava Sentada Há Algum Tempo, Encarando O Nada. Só Pensava. Tentava Organizar O Caos

Não conseguia acreditar em tudo aquilo que rolou na noite anterior, já era difícil cair em pegadinhas envolvendo espíritos e para Finn tudo aquilo foi uma mera coincidência junto a algum engraçadinho se aproveitando do pavor para instaurar mais pânico. Não sabia quem, mas passaria a observar melhor os outros sobreviventes e, no primeiro indício de que estariam causando de propósito, os jogaria na roda. Tinha o costume de sair cedo, isso quando não dormia, para caminhar e organizar os próprios pensamentos. Ele precisava ser lógico, ignorar qualquer crença, rituais ou histórias que os outros estavam espalhando para se aproveitar das mentes mais frágeis. Se perguntava quando o regaste viria, se é que viriam em algum momento, mas torcia para que fosse antes de um surto coletivo generalizado. Ele preferia morrer do que entrar na onda dos outros e só se imaginar crendo em fantasmas já o tira a do sério. Angelina era uma das poucas que pensava assim como ele, tanto que na maior parte do tempo, quando não estava ocupado com seus afazeres envolvendo a melhoria daquela cabana e a busca por alimentos, Finnegan sempre se encontrava com a garota para conversarem. Não disse nada quando se aproximou, apenas ouviu tudo o que ela tinha a dizer ciente que, colocar para fora era melhor do que guardar para si. — Vou adorar ler tudo o que você escrever a respeito da nossa incrível experiência nesse lugar. — Comentou em meio ao riso divertido com a menção do cardápio. — Não acredito em nada do que aconteceu, mas estou tentando respeitar quem está surtando e se agarrando a uma justificativa para o que houve. — Tomou a liberdade de se sentar próximo a pedra onde Angelina estava. — É complicado... Estamos aqui já faz quantos dias? Nem lembro mais. — Finnegan parou de contar depois da primeira semana, para ele fazia mais sentido não fixar seus pensamentos nos dias que passavam para não piorar ainda mais sua ansiedade.

Não Conseguia Acreditar Em Tudo Aquilo Que Rolou Na Noite Anterior, Já Era Difícil Cair Em Pegadinhas

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1 month ago

open starter, timeline passada.

Angelina saiu ainda era cedinho da cabana. O céu parecia um pouco menos fechado, o que, para Angelina, já era uma vitória. Sentou-se em uma pedra úmida próxima ao lago, onde a névoa ainda se agarrava às bordas da floresta. Olhou ao redor antes suspirar. — Tá... então agora fantasmas e espíritos brincalhões fazem parte do cronograma. — Murmurou para si, com um meio sorriso que era mais cansaço do que sarcasmo. — A gente tá há dias sem comer direito, dormindo mal no meio de uma cabana podre e a explicação mais lógica que as pessoas encontram é espírito brincalhão. — Ela sabia que todos estavam se agarrando ao que podiam: distrações, rituais, teorias malucas. O ar estava mais denso mesmo, ela não podia negar. Mas ainda assim, sua mente gritava por lógica. Aquilo era trauma, medo coletivo. Uma brincadeira mal colocada no meio do cansaço e da fome. Por isso nem percebeu quando MUSE se aproximou, a ouvindo falar sozinha enquanto tentava encontrar um pouco de razão naquela loucura. — Eu juro que vou escrever um artigo sobre histeria coletiva se a gente sair dessa, mas até lá vou anotar o cardápio. Entrada: berries da floresta. Prato principal: urso flambado ao desespero. E sobremesa: teorias conspiratórias. — Ela riu de leve, não zombando, mas tentando aliviar o peso. Sabia que zombar da dor dos outros não adiantava, mas às vezes o humor duvidoso era a única âncora possível e até então achava que estava sozinha.

Open Starter, Timeline Passada.

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1 month ago

Angelina não costumava chamar Eliza sem propósito. Mas aquele momento parecia oportuno, talvez até necessário. Enquanto a organização da cabana caminhava de forma surpreendentemente funcional. Era como se o ato de anotar e catalogar fosse a única maneira de se manter inteira. Liz era uma das poucas pessoas ali que realmente entendia a importância de manter algum tipo de estrutura física ou mental. Assim que ela comentou sobre o caderno, Angel abriu um sorriso pequeno, mas genuíno. — Sim, tem tudo aqui. Grupos, tarefas, o que conseguimos por dia… Até algumas observações sobre comportamento, mas isso é a parte. Sou jornalista, afinal. Faz parte documentar até o que não querem. — Era como estar de volta a alguma sala de aula, dividindo ideias para um projeto final. Só que, agora, o projeto era sobreviver. — Acho que é uma forma de manter a cabeça ocupada e de não esquecer nada importante. — Havia um humor leve em sua voz, mas também tinha a resignação. A realidade estava muito distante da viagem ecológica que imaginara. Quando Eliza mencionou os remédios naturais, ela observou com uma curiosidade genuína. — Tem gente que não fala, mas tá sentindo dor o tempo todo. E manter todo mundo de pé ajuda a manter a calma geral. Espero que ajude mesmo. Tem certeza que as folhas são seguras? — Fez uma pausa, coçando a testa com o cabo do lápis. Depois, olhou para o caderno nas mãos da amiga, com um sorrisinho. — Se eu conseguir sair daqui viva, esse manual já tem até nome. ‘Sobrevivendo com Estilo: Guia de Crise da Floresta’. E claro, seu nome vai estar nos créditos. — Brincou, ainda que no fundo houvesse algo verdadeiro no comentário. A ideia de documentar tudo parecia algo magnifico, mesmo que nunca fosse contar em voz alta isso para alguém além de Liz. Sabia não poderia ser bem recebido registrar todo aquele sofrimento. — Se nada mais funcionar… Bom, pelo menos vamos deixar uma história organizada para alguém encontrar.

Angelina Não Costumava Chamar Eliza Sem Propósito. Mas Aquele Momento Parecia Oportuno, Talvez Até

Ao que tudo indicava, Eliza estava satisfeita com o que haviam conseguido até ali. A cabana estava ajeitada da melhor forma possível, dentro das limitações que tinham, e os grupos seguiam funcionando como o planejado, realizando suas tarefas. Estavam mantendo a ordem e para Liz, isso significava manter também um pouco de sanidade. Haviam sim alguns que insistiam em dizer que ouviam vozes vindas do segundo andar da cabana, mas Eliza sempre tratava de encerrar o assunto rapidamente. Afirmava que o vento entre as frestas da janela improvisada ou algum pássaro desconhecido poderiam ser confundidos com vozes. E que, portanto, não havia razão para se alarmarem. Quando foi chamada por Angelina, estava a caminho do lugar onde havia encontrado folhas para remédios naturais, mas não viu problema em atrasar um pouco para ouvi-la.

Já tinha visto aquele caderno utilizado por Angel antes. Havia até se identificado com a ideia da amiga, pois apesar das motivações diferentes, Liz tinha o mesmo desejo por informação que ela e também gostava de organizar tudo que tinha descoberto nos livros. "É mesmo?!" Arqueou as sobrancelhas em surpresa e se animou em deixar a tarefa anterior de lado para poder ver a maneira como Angel estava organizando tudo. "Isso é perfeito. Assim vamos ter uma noção exata do que podemos usar por dia e quanto precisamos repor." Pegou o caderno da estudante sem pedir e começou a folheá-lo. "Vamos fazer isso com a comida também! E com os remédios que eu vou fazer. Encontrei algumas folhas que funcionam para remédios naturais e vai ajudar na cicatrização dos machucados mais sérios. Não dá para fazer milagres, então ossos quebrados não se juntarão de uma hora para outra, mas acho que consigo evitar que sofram com uma inflamação grave até o resgate chegar." Explicou, conforme folheava o caderno para ver o que mais Angelina tinha documentado. A ideia e técnicas de organização eram ótimas e estava orgulhosa dela. "Você vai querer publicar o manual depois que sairmos daqui? Espero ganhar meus créditos." Acompanhou o humor da amiga, mesmo sabendo que não havia nada de realmente engraçado no motivo para estarem fazendo tudo isso.

Ao Que Tudo Indicava, Eliza Estava Satisfeita Com O Que Haviam Conseguido Até Ali. A Cabana Estava Ajeitada

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1 month ago

Angelina escutou as palavras de Juno com atenção, sem interromper. Os olhos repousavam nela, atentos, mas sem invadir. Era como se estivesse entrevistando alguém para uma matéria que jamais seria publicada. Deixou o galho que segurava cair no chão e limpou as mãos nas laterais da calça suja. Não respondeu de imediato. Seu instinto era questionar e o que exatamente significava sobreviver, em termos práticos, racionais? Mas havia algo no jeito como Juno falava que a fez frear. — Talvez seja isso mesmo. — Murmurou, depois de alguns segundos. — Mas às vezes... eu fico pensando se a gente realmente sabe o que precisa. Ou se só estamos nos convencendo disso pra continuar andando. — Não havia crítica na fala. Era só o jeito que ela pensava. O olhar foi parar no lago, na superfície calma demais. — Você fala do tempo como se ele fosse o vilão. Talvez seja. Mas também pode ser só testemunha. Ele tá aqui, observando a gente enlouquecer, ou não. — Angelina riu de leve não com humor, mas com uma ironia cansada. Ela virou o rosto de volta para Juno, os olhos curiosos, mas sem julgamento. — Mas se sua criatividade tá voltando, mesmo que no pior cenário possível... Talvez seja algo bom, né? — Fez uma pausa, pensativa. Se abaixou para recolher outro pedaço de galho, antes de finalizar, de forma mais leve, quase um sorriso nos lábios. — Só cuidado com o que você alimenta. Tem histórias que a gente conta pra sobreviver, mas que depois acabam comendo a gente por dentro. E, olha, se um dia você resolver escrever um livro de mistério, coloca meu nome nos agradecimentos. Só não me mata logo no primeiro capítulo, por favor. — Ela soltou uma risadinha.

Angelina Escutou As Palavras De Juno Com Atenção, Sem Interromper. Os Olhos Repousavam Nela, Atentos,

* existia uma parte que queria muito acreditar no que angelina dizia. na verdade, ainda sentia aquele resquício da antiga juno benítez lutando para sobreviver, respirando por aparelhos. essa era a resposta que daria para si mesma. só que a consciência da fragilidade daquele pensamento não lhe era mais estranha; sabia que precisava de mais do que aquilo, mais do que sobreviver. sobreviver consiste em quê, no fim das contas? comer quando precisa e não morrer de frio não parecia o suficiente. — acho que cada um sabe o que precisa para sobreviver. e acho que em algum momento só comer e acordar pode não ser suficiente. o tempo é uma coisa engraçada, algumas coisas caem por terra. e nem demora tanto. — foi o comentário que fez, quase em sussurro. falava de uma experiência humana geral, mas que tinha comprovação agora. oito dias não era nada em termos de tempo, e olha só onde ela estava. já abraçando todas as teorias que um dia rechaçou. — mas é, talvez seja o tédio. eu realmente sempre gostei de livros de mistérios. minha mãe sempre me disse que eu tinha imaginação fértil e que bloqueei ela com o passar dos anos. que acessar ia ser fácil. — "se eu soubesse que tudo o que bastava para voltar a ser criativa era uma queda de avião!", riu em silêncio, dolorosamente. / ♡

* Existia Uma Parte Que Queria Muito Acreditar No Que Angelina Dizia. Na Verdade, Ainda Sentia Aquele

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1 month ago

Ela não queria ser grossa. Só estava cansada. E sabia que, naquele lugar, qualquer fagulha podia virar incêndio. Quando a farpa foi retirada, Angelina sentiu o alívio imediato, não tanto pela dor, mas por ter sido tirada, por poder se concentrar em qualquer coisa que não envolvesse cadáveres ou silêncio demais. Angelina arqueou uma sobrancelha, os cantos dos lábios finalmente se curvando em um esboço de sorriso. — Tocava direto... 'Here Comes the Sun', eu acho. Meio irônico agora, né? — Comentou, deixando o sarcasmo leve escapar, mas sem qualquer intenção venenosa. Começaram a andar juntas, e Angelina soltou uma risadinha nasal, curta. — Se curtia, deveria ter dado no pé antes da trilha sonora virar silêncio mortal. — Ela olhou para a lateral da cabana, onde pilhas de lenha improvisadas estavam mal empilhadas. Parte de si só queria voltar pra dentro e fingir que nada existia, mas a outra parte, a que sabia que sobrevivência envolvia trabalho, sempre ganhava. Quando a sugestão veio, ela assentiu com a cabeça, relaxando um pouco. A verdade é que, naquele mundo novo e sufocante, qualquer conversa normal, qualquer lembrança boba sobre música ou rádio, era bem-vinda. — Sabe… às vezes eu me pego pensando no primeiro dia de aula na faculdade. Naquela palestra insuportável sobre ética, eu só queria estar em outro lugar, qualquer lugar. Pois é. — Ela riu baixo, abafado, como se estivesse contando uma piada para si mesma. — Devia ter sido mais específica no pedido.

Ela Não Queria Ser Grossa. Só Estava Cansada. E Sabia Que, Naquele Lugar, Qualquer Fagulha Podia Virar
                                Não  se  intima  com  a  nuança  ríspida  que
                                Não  se  intima  com  a  nuança  ríspida  que

                                não  se  intima  com  a  nuança  ríspida  que  oscilou  dos  lábios  de  angelina  .  ora  ,  ninguém  ali  está  em  pleno  juízo  !   as  emoções  oscilam  e  são  razoáveis  de  serem  explicadas  ;  a  própria  está  abalada  e  volúvel  a  maior  parte  do  tempo  .    como  você  preferir  .     replicou  com  suavidade  diante  à  primeira  negativa  ,  os  ombros  se  elevam  e  depois  relaxam  quando  expele  a  tensão  contida  na  caixa  torácica  .      lembrei  de  uma  coisa  aleatória  .  não   demora   mais   do   que   três   segundos   para   que   retire   a   farpa   .   um   ínfimo   instante   para   que   pense   —  quase   que   falhamente   —     em   outra   coisa   que   não   seja   o   cadáver   no   andar   de   cima   .     não  tinha  uma  música  na  rádio  da  faculdade  ?  era  beatles  ?    a  sentença  é  mais  para  distrai-la  do  incômodo  momentâneo  ,    onde  se  põe  a  caminhar  ao  lado  dela  diante  à  sugestão  .      será  que  quem  morava  aqui  curtia  esse  tipo  de  música  ?        estalou  a  língua  no  céu  da  boca  ,  entretida  ,  quando  se  ofereceu  indiretamente  para  ajudá-la  .    aposto  que  a  gente  consegue  carregar  mais  lenha  juntas  .

                                Não  se  intima  com  a  nuança  ríspida  que
                                Não  se  intima  com  a  nuança  ríspida  que

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1 month ago

O caderno que deveria estar cheio de impressões sobre paisagens espanholas, descrições de comidas e piadas internas com os amigos, agora estava repleto de anotações frias sobre sobrevivência. Angeline estava sentada em um canto da cabana, o caderno apoiado no colo, os dedos manchados de tinta. O espaço ao seu redor estava coberto de folhas soltas e páginas preenchidas com listas detalhadas: tarefas, suprimentos. Angel ergueu os olhos rapidamente para ver @ssquirrzl passando por ali. — Psiu. — Riu pelo nariz enquanto a chamava, fechando o caderno por um momento e passando os dedos pela capa já um pouco desgastada. — Já que você insiste em manter tudo em ordem... Estou documentando até a quantidade de lenha que a gente pegou ontem. — Ela gesticulou ao redor. — Já tem um título pronto: ‘O Manual Definitivo de Como Não Morrer na Floresta’." — O tom dela era meio cansado, mas carregava um toque de humor. — Felizmente trouxe dois cadernos. Eu tinha planejado registrar a viagem de uma maneira completamente diferente, agora é praticamente um guia de sobrevivência.

O Caderno Que Deveria Estar Cheio De Impressões Sobre Paisagens Espanholas, Descrições De Comidas

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1 month ago

Havia algo no jeito que a outra falava que incomodava Angelina, talvez a necessidade insistente de encontrar um significado oculto, mas era diferente para ela. Ela queria dizer algo reconfortante, mas também não via sentido em alimentar uma ideia que, para ela, era besteira. — O que aconteceu foi um desastre. Acidentes acontecem, sobreviventes aparecem às vezes. Como aquele avião que caiu nos Andes. Foi uma sequência de eventos infelizes que nos trouxe até aqui, e agora a única coisa que importa é o que a gente faz pra continuar viva. — Angel fechou os olhos por um breve segundo. Ela sabia. Sabia dos números. Sabia que, depois de um tempo, as manchetes perdiam força, que novos desastres surgiam para tomar o lugar delas. — Acho que ninguém mais aqui espera otimismo, pra ser sincera. — Deu um meio sorriso, cansado. — Eu sei que é difícil aceitar que algumas coisas simplesmente acontecem. Mas a gente não tá em um livro de mistério. Não tem resposta escondida em algum canto dessa floresta. Só tem a gente, e o que a gente faz pra sobreviver. — E, para Angelina, isso era o suficiente.

Havia Algo No Jeito Que A Outra Falava Que Incomodava Angelina, Talvez A Necessidade Insistente De Encontrar

* juno sabia que metade das coisas que falava podia ser sentido. céus, ela mal se reconhecia. nove dias atrás, teria rido se encontrasse alguém repetindo as mesmas coisas que ela fala. então sim, ela sabia o que parecia para os demais. talvez devesse ir arrumar a cabana, procurar comida ou achar outra coisa útil para fazer. só conseguiu pensar na sua mãe. "existem coisas mais ou tão úteis quanto ser produtiva ou lógica. sonhar é tão importante quanto ocupar as mãos". só que não estava sonhando; se estivesse, seria um pesadelo. jamais se imaginou nessa posição. — pode ser. — disse, sem carisma algum, chutando uma pedra no lago. estava um pouco exausta também, como se precisasse sempre lembrar a todos que não era maluca. — mas as estatísticas também dizem que a porcentagem de queda de avião é mínima. que é tão seguro quanto andar de carro. sem contar que após oito dias de desaparecimento de um avião... algumas pessoas param de procurar. — compartilhou. sabia que não era legal ouvir aquilo. mas se as pessoas não queriam falar com ela sobre os significados das coisas, então talvez pudesse tentar mostrar como nem tudo era lógico. na verdade, não tinha nenhuma lógica no que estavam vivendo. — desculpa pelo tom pessimista. mas é que sinto que as pessoas querem ignorar as coisas. mas uma hora ou outra, a gente vai precisar lidar com certas verdades. / ♡

* Juno Sabia Que Metade Das Coisas Que Falava Podia Ser Sentido. Céus, Ela Mal Se Reconhecia. Nove Dias

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2 months ago

A voz de Theresa cortou o ar pesado dentro da cabana e Angelina, sentada em um canto, ergueu os olhos do pedaço de madeira que segurava e arqueou uma sobrancelha. Angeline trocou um olhar rápido com os outros, mas ninguém disse nada. O silêncio que se seguiu dizia tudo. Ninguém gostava do andar de cima por causa de um esqueleto. — Hmm, sério? — Ela perguntou, sua voz curiosa, mais leve do que cínica. — Você vai dormir lá em cima só para provar que não tem fantasma? Não seria mais fácil... sei lá, ignorar? — No fundo, todos estavam tentando dar algum sentido a tudo o que estavam vivendo. — Tá bom. Vou com você. — Não esperou a resposta da outra e decidiu que iria provar junto com ela que não havia nada demais naquele lugar.

A Voz De Theresa Cortou O Ar Pesado Dentro Da Cabana E Angelina, Sentada Em Um Canto, Ergueu Os Olhos

timeline passada dentro da cabana

"Tanta rumores sobre o andar de cima, vou provar que não tem nada disso!" Anunciou Theresa. Estava cansada dos rumores que o andar de cima estava amaldiçoado quando sabia muito bem que isso não existia, a unica coisa que poderia ser chamada de sobrenatural era o seu amado Deus e Jesus Cristo. "Eu vou, a partir de agora, dormir no andar de cima e provar que nada de mal se passa. É apenas uma cabana velha." Um enorme suspiro saiu dos seus lábios enquanto ela arrumava os cobertores e almofadas que levaria para o andar de cima.

Timeline Passada Dentro Da Cabana

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2 months ago

Angelina escutou Juno em silêncio, observando-a com atenção enquanto ela hesitava nas palavras. Inclinou levemente a cabeça, esperando que ela terminasse, mas não terminou. A frase ficou suspensa no ar, e ela percebeu que a outra garota não tinha coragem de dar nome ao pensamento. Ela entendia. Às vezes, as palavras faziam os horrores parecerem mais reais. — Eu acho que alguém esteve aqui por muito tempo. E acho que ninguém constrói uma cabana no meio do nada sem um motivo. — Angel soltou um suspiro e passou a mão pelos cabelos, jogando-os para trás. — Pode ser só uma cabana velha e um esqueleto de um caçador azarado. — Sua voz carregava um tom prático, mas não exatamente duro. Era simplesmente lógica. — Pessoas morrem na floresta o tempo todo, Juno. Especialmente se estão sozinhas. Você já leu as estatísticas? Eu acho que a gente está exausta, faminta e, pra ser bem sincera, desesperada para encontrar um sentido em qualquer coisa. Mas isso não significa que tenha um mistério aqui.

Angelina Escutou Juno Em Silêncio, Observando-a Com Atenção Enquanto Ela Hesitava Nas Palavras. Inclinou

onde: beira do lago, fora da cabana

quando: 2010, oitavo dia (timeline passada)

quem: juno & open

* — eu... já disse tudo que aconteceu. estava lá, parado... com a espingarda... como se... — "esperasse alguma coisa" era o complemento. mas juno se manteve quieta; já era ruim o suficiente ter sido ela quem encontrou aquilo, como se estivesse amaldiçoada. com certeza as suas observações e sentimentos eram estranhos e malucos o suficiente só na cabeça dela; dizer em voz alta seria absurdo demais. colocou os pés no lago. o clima ameno já estava dando as caras e ela finalmente sentia o humor melhorando um pouco. seria melhor lidar com esqueletos e assombrações com um pouco mais de calor. — só achei estranho porque esse lugar parece no meio do nada. provavelmente por isso que ainda não nos acharam. mas... tinha alguém aqui em algum momento. pode ser que... ainda tenha... — "se não alguém, talvez algo", esse complemento ela guardou. — o que você acha disso? da cabana, do esqueleto...? — perguntou à MUSE. ia ser bom ter perspectivas externas. talvez a ancorasse mais no momento, enquanto se sentia cada vez mais flutuando para outro plano. / ♡

Onde: Beira Do Lago, Fora Da Cabana

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2 months ago

Seus dedos se fecharam ao redor do ferimento, como se pudesse simplesmente ignorá-lo até desaparecer. Ela manteve os dedos fechados sobre a palma machucada, sentindo a pontada incômoda da farpa de madeira presa à pele. Nada comparado ao resto do que estavam passando. — Não precisa. — Sua resposta saiu automática, curta demais, quase ríspida. — Já vai sair sozinha. — Feridas pequenas, coisas palpáveis, essas eram fáceis de lidar. O silêncio se alongou. Cassandra não desistiu, e isso foi o suficiente para fazê-la soltar um suspiro. Com relutância, Angelina estendeu a mão, mas desviou o olhar, como se aquilo não significasse nada. — Na verdade, não. Mas agora estou pensando seriamente em buscar lenha, só pra parecer mais útil. — Ela brincou, um sorriso de canto surgindo enquanto observava a outra trabalhar na remoção da farpa. — Estava cuidando da limpeza e tudo aqui parece que não foi tocado há décadas.

Seus Dedos Se Fecharam Ao Redor Do Ferimento, Como Se Pudesse Simplesmente Ignorá-lo Até Desaparecer.
                                        Quanta   Teimosia   !     não  

                                        quanta   teimosia   !     não   se   surpreende   com   a   resistência   alheia   ,   afinal   é   como   um   bônus   ser   a   irmã   mais   velha   de   uma   família   grande   cheia   de   garotos   .    desenvolveu   a   paciência   como   um   super   poder      —   ou   ,   quiçá   ,   apenas   esteja   particularmente   zen   .       me   deixe   ver   sua   mão   !     quem   vê   pensa   que   vai   ler   as   linhas   da   vida   de   muse   ,   porém   ,   apenas   quer   ajudá-lx   a   retirar   a   maldita   farpa   de   madeira   .   você   estava   buscando   lenha   ?      inqueriu   ,   cuidadosa   ,   quando   tenta   espiar   a   mão   com   certa   cautela   .     é   estratégia   ,   porém   ,   em   fazer   um   grande   caso   para   desfocar   a   tensão   sobre   o   cadáver   no   andar   de   cima   .   

                                        Quanta   Teimosia   !     não  
                                        Quanta   Teimosia   !     não  

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