Cheryspirit - 𝒇𝒂𝒓𝒆𝒘𝒆𝒍𝒍 Angelina

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2 months ago

Angelina escutou Juno em silêncio, observando-a com atenção enquanto ela hesitava nas palavras. Inclinou levemente a cabeça, esperando que ela terminasse, mas não terminou. A frase ficou suspensa no ar, e ela percebeu que a outra garota não tinha coragem de dar nome ao pensamento. Ela entendia. Às vezes, as palavras faziam os horrores parecerem mais reais. — Eu acho que alguém esteve aqui por muito tempo. E acho que ninguém constrói uma cabana no meio do nada sem um motivo. — Angel soltou um suspiro e passou a mão pelos cabelos, jogando-os para trás. — Pode ser só uma cabana velha e um esqueleto de um caçador azarado. — Sua voz carregava um tom prático, mas não exatamente duro. Era simplesmente lógica. — Pessoas morrem na floresta o tempo todo, Juno. Especialmente se estão sozinhas. Você já leu as estatísticas? Eu acho que a gente está exausta, faminta e, pra ser bem sincera, desesperada para encontrar um sentido em qualquer coisa. Mas isso não significa que tenha um mistério aqui.

Angelina Escutou Juno Em Silêncio, Observando-a Com Atenção Enquanto Ela Hesitava Nas Palavras. Inclinou

onde: beira do lago, fora da cabana

quando: 2010, oitavo dia (timeline passada)

quem: juno & open

* — eu... já disse tudo que aconteceu. estava lá, parado... com a espingarda... como se... — "esperasse alguma coisa" era o complemento. mas juno se manteve quieta; já era ruim o suficiente ter sido ela quem encontrou aquilo, como se estivesse amaldiçoada. com certeza as suas observações e sentimentos eram estranhos e malucos o suficiente só na cabeça dela; dizer em voz alta seria absurdo demais. colocou os pés no lago. o clima ameno já estava dando as caras e ela finalmente sentia o humor melhorando um pouco. seria melhor lidar com esqueletos e assombrações com um pouco mais de calor. — só achei estranho porque esse lugar parece no meio do nada. provavelmente por isso que ainda não nos acharam. mas... tinha alguém aqui em algum momento. pode ser que... ainda tenha... — "se não alguém, talvez algo", esse complemento ela guardou. — o que você acha disso? da cabana, do esqueleto...? — perguntou à MUSE. ia ser bom ter perspectivas externas. talvez a ancorasse mais no momento, enquanto se sentia cada vez mais flutuando para outro plano. / ♡

Onde: Beira Do Lago, Fora Da Cabana

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1 month ago

❛  i really, really don't like this.  ❜

Angelina já havia aprendido a confiar na própria intuição. E naquele instante, enquanto observava Basil à distância, estava agachada perto da fogueira como se estivesse tentando convencer a própria mente de que aquele era só mais um dia qualquer, algo nela acendeu em alerta. A floresta parecia ter prendido o fôlego. Não havia som de vento, nem o farfalhar das folhas como de costume. Olhou ao redor confusa e ouviu o dito dele. Angel não respondeu de imediato. Só passou a mão pelo cabelo, exalando uma inquietação crua que parecia não caber naquele corpo tão habituado à rigidez. Angelina engoliu em seco. Ela queria continuar cética, queria manter o foco no que podia ser explicado e racionalizado. Mas tudo estava saindo do controle. Até Basil estava e isso a deixava sem chão. — Você acha que a gente devia cancelar o baile, banquete, sei lá? — Ela perguntou, quase esperando um sim, esperando que ele dissesse que era besteira e que o grupo estava pirando. Os olhos estavam fixos em algum ponto que ela não conseguia enxergar. — Talvez... Não sei. Como tem se sentido? Nos deu um susto. — Tentou voltar ao seu ceticismo.

❛  i Really, Really Don't Like This.  ❜

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1 month ago

Angelina já estava sentada há algum tempo, encarando o nada. Só pensava. Tentava organizar o caos da noite em algo que fizesse sentido, mas a verdade é que nem sua mente lógica conseguia dar conta daquilo. Tudo parecia ter saído de um roteiro barato de terror, e ainda assim, uma parte dela dizia que havia sido real. Angelina soltou um riso discreto, balançando a cabeça quando notou que não estava sozinha. Agradeceu mentalmente por ser Finnegan porque ele a entendia e não a chamaria de louca por estar falando sozinha. — Você quer dizer o nosso maravilhoso resort cinco estrelas no meio do mato? — Respondeu, ainda sem olhar diretamente pra ele, os olhos seguindo uma folha que tremia ao vento. — Com direito a cardápio rotativo de carne de cervo e chá de plantas suspeitas? — Era uma piada, mas as palavras carregavam um cansaço verdadeiro. Finn comentou que não acreditava em nada daquilo, e ela finalmente virou o rosto para encará-lo. — Eu também não acredito. — Murmurou. — Quer dizer, não do jeito que estão dizendo. Espíritos, maldição, essas coisas. — Angelina apreciava a presença dele. — Claro, é estranho uma pessoa morando no meio de uma cabana no nada, mas espíritos é demais. — Ela suspirou porque odiava ter perdido a conta dos dias. Aquilo sim era sinal de surto. — Perdi a conta no décimo quinto. — Respondeu, encostando a cabeça nos joelhos abraçados. — Eu tô tentando entender como é que a gente chegou nesse ponto. Como é que uma brincadeira virou um símbolo de desespero. — Ela disse, olhando para o horizonte, onde o céu começava a abrir.

Angelina Já Estava Sentada Há Algum Tempo, Encarando O Nada. Só Pensava. Tentava Organizar O Caos

Não conseguia acreditar em tudo aquilo que rolou na noite anterior, já era difícil cair em pegadinhas envolvendo espíritos e para Finn tudo aquilo foi uma mera coincidência junto a algum engraçadinho se aproveitando do pavor para instaurar mais pânico. Não sabia quem, mas passaria a observar melhor os outros sobreviventes e, no primeiro indício de que estariam causando de propósito, os jogaria na roda. Tinha o costume de sair cedo, isso quando não dormia, para caminhar e organizar os próprios pensamentos. Ele precisava ser lógico, ignorar qualquer crença, rituais ou histórias que os outros estavam espalhando para se aproveitar das mentes mais frágeis. Se perguntava quando o regaste viria, se é que viriam em algum momento, mas torcia para que fosse antes de um surto coletivo generalizado. Ele preferia morrer do que entrar na onda dos outros e só se imaginar crendo em fantasmas já o tira a do sério. Angelina era uma das poucas que pensava assim como ele, tanto que na maior parte do tempo, quando não estava ocupado com seus afazeres envolvendo a melhoria daquela cabana e a busca por alimentos, Finnegan sempre se encontrava com a garota para conversarem. Não disse nada quando se aproximou, apenas ouviu tudo o que ela tinha a dizer ciente que, colocar para fora era melhor do que guardar para si. — Vou adorar ler tudo o que você escrever a respeito da nossa incrível experiência nesse lugar. — Comentou em meio ao riso divertido com a menção do cardápio. — Não acredito em nada do que aconteceu, mas estou tentando respeitar quem está surtando e se agarrando a uma justificativa para o que houve. — Tomou a liberdade de se sentar próximo a pedra onde Angelina estava. — É complicado... Estamos aqui já faz quantos dias? Nem lembro mais. — Finnegan parou de contar depois da primeira semana, para ele fazia mais sentido não fixar seus pensamentos nos dias que passavam para não piorar ainda mais sua ansiedade.

Não Conseguia Acreditar Em Tudo Aquilo Que Rolou Na Noite Anterior, Já Era Difícil Cair Em Pegadinhas

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2 months ago

Havia algo no jeito que a outra falava que incomodava Angelina, talvez a necessidade insistente de encontrar um significado oculto, mas era diferente para ela. Ela queria dizer algo reconfortante, mas também não via sentido em alimentar uma ideia que, para ela, era besteira. — O que aconteceu foi um desastre. Acidentes acontecem, sobreviventes aparecem às vezes. Como aquele avião que caiu nos Andes. Foi uma sequência de eventos infelizes que nos trouxe até aqui, e agora a única coisa que importa é o que a gente faz pra continuar viva. — Angel fechou os olhos por um breve segundo. Ela sabia. Sabia dos números. Sabia que, depois de um tempo, as manchetes perdiam força, que novos desastres surgiam para tomar o lugar delas. — Acho que ninguém mais aqui espera otimismo, pra ser sincera. — Deu um meio sorriso, cansado. — Eu sei que é difícil aceitar que algumas coisas simplesmente acontecem. Mas a gente não tá em um livro de mistério. Não tem resposta escondida em algum canto dessa floresta. Só tem a gente, e o que a gente faz pra sobreviver. — E, para Angelina, isso era o suficiente.

Havia Algo No Jeito Que A Outra Falava Que Incomodava Angelina, Talvez A Necessidade Insistente De Encontrar

* juno sabia que metade das coisas que falava podia ser sentido. céus, ela mal se reconhecia. nove dias atrás, teria rido se encontrasse alguém repetindo as mesmas coisas que ela fala. então sim, ela sabia o que parecia para os demais. talvez devesse ir arrumar a cabana, procurar comida ou achar outra coisa útil para fazer. só conseguiu pensar na sua mãe. "existem coisas mais ou tão úteis quanto ser produtiva ou lógica. sonhar é tão importante quanto ocupar as mãos". só que não estava sonhando; se estivesse, seria um pesadelo. jamais se imaginou nessa posição. — pode ser. — disse, sem carisma algum, chutando uma pedra no lago. estava um pouco exausta também, como se precisasse sempre lembrar a todos que não era maluca. — mas as estatísticas também dizem que a porcentagem de queda de avião é mínima. que é tão seguro quanto andar de carro. sem contar que após oito dias de desaparecimento de um avião... algumas pessoas param de procurar. — compartilhou. sabia que não era legal ouvir aquilo. mas se as pessoas não queriam falar com ela sobre os significados das coisas, então talvez pudesse tentar mostrar como nem tudo era lógico. na verdade, não tinha nenhuma lógica no que estavam vivendo. — desculpa pelo tom pessimista. mas é que sinto que as pessoas querem ignorar as coisas. mas uma hora ou outra, a gente vai precisar lidar com certas verdades. / ♡

* Juno Sabia Que Metade Das Coisas Que Falava Podia Ser Sentido. Céus, Ela Mal Se Reconhecia. Nove Dias

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1 month ago

O céu ainda estava acinzentado, a floresta exalava aquela umidade constante, e o clima parecia conspirar para deixar todos mais cansados, mais no limite. Não era novidade. O que foi novidade mesmo foi ouvir a voz de Hunter vindo logo atrás dela. Ela virou o rosto devagar, como quem hesita entre responder ou simplesmente fingir que não ouviu. — Bom dia pra você também, Hunter. — Murmurou, meio irônica, sem sequer olhar pra ele. Angelina encostou o queixo na mão fechada, os olhos semicerrados. — Você tem raiva de quem tá com medo ou tem medo de ficar com raiva? — perguntou de repente, num tom calmo, curioso até. — E óbvio que não acredito nisso. — Ela virou o rosto pra ele, o olhar sério. — Eu acho que tem gente surtando, sim. Tem gente no limite, mas não precisa ser um idiota sobre isso. — Angelina não sabia exatamente o que se passava dentro dele e talvez nem quisesse saber, mas reconhecia um pavio curto quando via um. O dele parecia estar em chamas desde que nasceu. — Ter um coração vez ou outra não vai te fazer menos macho, Hunter. E você deveria agradecer que sou uma das únicas te tolerando aqui porque estão querendo te matar lá dentro.

O Céu Ainda Estava Acinzentado, A Floresta Exalava Aquela Umidade Constante, E O Clima Parecia Conspirar

hunter pouco acreditava naquela bobagem que havia acontecido noites passadas. espíritos eram coisas que adolescentes acreditavam, não adultos funcionais. ainda achava que aquele cara tinha fingido tudo por atenção. é o mínimo que parecia diante toda a situação. estavam presos a tempo o bastante para que alguns sentissem falta da mamãe e do papai e causassem todo aquele show para serem paparicados. idiotas dos completos. ❛ você não vai acreditar nessa palhaçada, não é? ❜ a cara é franzida ao que ouve tais falas, se ouvisse alguém mais dar razão aquela história preferia acabar na selva sozinho do que se manter naquela casa. ❛ estava na cara que era fingimento e não obra de espíritos vingativos. ❜ revira os olhos porque mais idiota que um baile, era acreditar que um espírito vivia no sótão só porque acharam um corpo lá. hunter não estava nem um pouco preparado para viver com pessoas tão inocentes assim. ❛ quando eu sair daqui eu vou contar a todos como algumas pessoas se fizeram de doidas só porque era conveniente. a gente só tá preso no caralho de uma floresta, não em um filme de terror. ❜

Hunter Pouco Acreditava Naquela Bobagem Que Havia Acontecido Noites Passadas. Espíritos Eram Coisas

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1 month ago

Angelina não costumava chamar Eliza sem propósito. Mas aquele momento parecia oportuno, talvez até necessário. Enquanto a organização da cabana caminhava de forma surpreendentemente funcional. Era como se o ato de anotar e catalogar fosse a única maneira de se manter inteira. Liz era uma das poucas pessoas ali que realmente entendia a importância de manter algum tipo de estrutura física ou mental. Assim que ela comentou sobre o caderno, Angel abriu um sorriso pequeno, mas genuíno. — Sim, tem tudo aqui. Grupos, tarefas, o que conseguimos por dia… Até algumas observações sobre comportamento, mas isso é a parte. Sou jornalista, afinal. Faz parte documentar até o que não querem. — Era como estar de volta a alguma sala de aula, dividindo ideias para um projeto final. Só que, agora, o projeto era sobreviver. — Acho que é uma forma de manter a cabeça ocupada e de não esquecer nada importante. — Havia um humor leve em sua voz, mas também tinha a resignação. A realidade estava muito distante da viagem ecológica que imaginara. Quando Eliza mencionou os remédios naturais, ela observou com uma curiosidade genuína. — Tem gente que não fala, mas tá sentindo dor o tempo todo. E manter todo mundo de pé ajuda a manter a calma geral. Espero que ajude mesmo. Tem certeza que as folhas são seguras? — Fez uma pausa, coçando a testa com o cabo do lápis. Depois, olhou para o caderno nas mãos da amiga, com um sorrisinho. — Se eu conseguir sair daqui viva, esse manual já tem até nome. ‘Sobrevivendo com Estilo: Guia de Crise da Floresta’. E claro, seu nome vai estar nos créditos. — Brincou, ainda que no fundo houvesse algo verdadeiro no comentário. A ideia de documentar tudo parecia algo magnifico, mesmo que nunca fosse contar em voz alta isso para alguém além de Liz. Sabia não poderia ser bem recebido registrar todo aquele sofrimento. — Se nada mais funcionar… Bom, pelo menos vamos deixar uma história organizada para alguém encontrar.

Angelina Não Costumava Chamar Eliza Sem Propósito. Mas Aquele Momento Parecia Oportuno, Talvez Até

Ao que tudo indicava, Eliza estava satisfeita com o que haviam conseguido até ali. A cabana estava ajeitada da melhor forma possível, dentro das limitações que tinham, e os grupos seguiam funcionando como o planejado, realizando suas tarefas. Estavam mantendo a ordem e para Liz, isso significava manter também um pouco de sanidade. Haviam sim alguns que insistiam em dizer que ouviam vozes vindas do segundo andar da cabana, mas Eliza sempre tratava de encerrar o assunto rapidamente. Afirmava que o vento entre as frestas da janela improvisada ou algum pássaro desconhecido poderiam ser confundidos com vozes. E que, portanto, não havia razão para se alarmarem. Quando foi chamada por Angelina, estava a caminho do lugar onde havia encontrado folhas para remédios naturais, mas não viu problema em atrasar um pouco para ouvi-la.

Já tinha visto aquele caderno utilizado por Angel antes. Havia até se identificado com a ideia da amiga, pois apesar das motivações diferentes, Liz tinha o mesmo desejo por informação que ela e também gostava de organizar tudo que tinha descoberto nos livros. "É mesmo?!" Arqueou as sobrancelhas em surpresa e se animou em deixar a tarefa anterior de lado para poder ver a maneira como Angel estava organizando tudo. "Isso é perfeito. Assim vamos ter uma noção exata do que podemos usar por dia e quanto precisamos repor." Pegou o caderno da estudante sem pedir e começou a folheá-lo. "Vamos fazer isso com a comida também! E com os remédios que eu vou fazer. Encontrei algumas folhas que funcionam para remédios naturais e vai ajudar na cicatrização dos machucados mais sérios. Não dá para fazer milagres, então ossos quebrados não se juntarão de uma hora para outra, mas acho que consigo evitar que sofram com uma inflamação grave até o resgate chegar." Explicou, conforme folheava o caderno para ver o que mais Angelina tinha documentado. A ideia e técnicas de organização eram ótimas e estava orgulhosa dela. "Você vai querer publicar o manual depois que sairmos daqui? Espero ganhar meus créditos." Acompanhou o humor da amiga, mesmo sabendo que não havia nada de realmente engraçado no motivo para estarem fazendo tudo isso.

Ao Que Tudo Indicava, Eliza Estava Satisfeita Com O Que Haviam Conseguido Até Ali. A Cabana Estava Ajeitada

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1 month ago

❛  i don't like where this is going.  ❜

Estava organizando velas em pequenos potes improvisados com o fundo de garrafas cortadas. Parou por um segundo, o maxilar travado, o olhar fixo em uma vela ainda apagada. Então, inspirou fundo. — Não me diga que também está entrando na ideia de que tem alguma coisa assombrando a cabana. — Angelina arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços. — Não pode ser que metade das pessoas aqui esteja tendo alucinações ao mesmo tempo. Isso tem nome, se chama histeria coletiva, trauma coletivo. Algo assim. — Houve um silêncio entre elas. Não era um silêncio hostil, mas carregado de preocupação. Ela ainda segurava uma das velas, agora tremendo levemente nas mãos. Tentava manter a compostura, mas o medo já estava infiltrado nas frestas da lógica porque ela também não conseguia dormir a noite por ter pesadelos. — Só me promete uma coisa. — Pediu, em voz baixa. — Que se tudo isso… continuar a piorar, você vai continuar falando comigo. Mesmo que eu diga que não quero ouvir.

❛  i Don't Like Where This Is Going.  ❜

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2 months ago
KRISTINE FROSETH IN THE BUCCANEERS
KRISTINE FROSETH IN THE BUCCANEERS
KRISTINE FROSETH IN THE BUCCANEERS
KRISTINE FROSETH IN THE BUCCANEERS

KRISTINE FROSETH IN THE BUCCANEERS


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2 months ago

O caderno que deveria estar cheio de impressões sobre paisagens espanholas, descrições de comidas e piadas internas com os amigos, agora estava repleto de anotações frias sobre sobrevivência. Angeline estava sentada em um canto da cabana, o caderno apoiado no colo, os dedos manchados de tinta. O espaço ao seu redor estava coberto de folhas soltas e páginas preenchidas com listas detalhadas: tarefas, suprimentos. Angel ergueu os olhos rapidamente para ver @ssquirrzl passando por ali. — Psiu. — Riu pelo nariz enquanto a chamava, fechando o caderno por um momento e passando os dedos pela capa já um pouco desgastada. — Já que você insiste em manter tudo em ordem... Estou documentando até a quantidade de lenha que a gente pegou ontem. — Ela gesticulou ao redor. — Já tem um título pronto: ‘O Manual Definitivo de Como Não Morrer na Floresta’." — O tom dela era meio cansado, mas carregava um toque de humor. — Felizmente trouxe dois cadernos. Eu tinha planejado registrar a viagem de uma maneira completamente diferente, agora é praticamente um guia de sobrevivência.

O Caderno Que Deveria Estar Cheio De Impressões Sobre Paisagens Espanholas, Descrições De Comidas

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1 month ago

Angelina escutou as palavras de Juno com atenção, sem interromper. Os olhos repousavam nela, atentos, mas sem invadir. Era como se estivesse entrevistando alguém para uma matéria que jamais seria publicada. Deixou o galho que segurava cair no chão e limpou as mãos nas laterais da calça suja. Não respondeu de imediato. Seu instinto era questionar e o que exatamente significava sobreviver, em termos práticos, racionais? Mas havia algo no jeito como Juno falava que a fez frear. — Talvez seja isso mesmo. — Murmurou, depois de alguns segundos. — Mas às vezes... eu fico pensando se a gente realmente sabe o que precisa. Ou se só estamos nos convencendo disso pra continuar andando. — Não havia crítica na fala. Era só o jeito que ela pensava. O olhar foi parar no lago, na superfície calma demais. — Você fala do tempo como se ele fosse o vilão. Talvez seja. Mas também pode ser só testemunha. Ele tá aqui, observando a gente enlouquecer, ou não. — Angelina riu de leve não com humor, mas com uma ironia cansada. Ela virou o rosto de volta para Juno, os olhos curiosos, mas sem julgamento. — Mas se sua criatividade tá voltando, mesmo que no pior cenário possível... Talvez seja algo bom, né? — Fez uma pausa, pensativa. Se abaixou para recolher outro pedaço de galho, antes de finalizar, de forma mais leve, quase um sorriso nos lábios. — Só cuidado com o que você alimenta. Tem histórias que a gente conta pra sobreviver, mas que depois acabam comendo a gente por dentro. E, olha, se um dia você resolver escrever um livro de mistério, coloca meu nome nos agradecimentos. Só não me mata logo no primeiro capítulo, por favor. — Ela soltou uma risadinha.

Angelina Escutou As Palavras De Juno Com Atenção, Sem Interromper. Os Olhos Repousavam Nela, Atentos,

* existia uma parte que queria muito acreditar no que angelina dizia. na verdade, ainda sentia aquele resquício da antiga juno benítez lutando para sobreviver, respirando por aparelhos. essa era a resposta que daria para si mesma. só que a consciência da fragilidade daquele pensamento não lhe era mais estranha; sabia que precisava de mais do que aquilo, mais do que sobreviver. sobreviver consiste em quê, no fim das contas? comer quando precisa e não morrer de frio não parecia o suficiente. — acho que cada um sabe o que precisa para sobreviver. e acho que em algum momento só comer e acordar pode não ser suficiente. o tempo é uma coisa engraçada, algumas coisas caem por terra. e nem demora tanto. — foi o comentário que fez, quase em sussurro. falava de uma experiência humana geral, mas que tinha comprovação agora. oito dias não era nada em termos de tempo, e olha só onde ela estava. já abraçando todas as teorias que um dia rechaçou. — mas é, talvez seja o tédio. eu realmente sempre gostei de livros de mistérios. minha mãe sempre me disse que eu tinha imaginação fértil e que bloqueei ela com o passar dos anos. que acessar ia ser fácil. — "se eu soubesse que tudo o que bastava para voltar a ser criativa era uma queda de avião!", riu em silêncio, dolorosamente. / ♡

* Existia Uma Parte Que Queria Muito Acreditar No Que Angelina Dizia. Na Verdade, Ainda Sentia Aquele

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𝒇𝒂𝒓𝒆𝒘𝒆𝒍𝒍 angelina

angelina donovan, eternamente com 23 anos, estudante de jornalismo.

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