Aylla não gostava de estar naquele lugar, se sentia desconfortável e uma parte sua sentia pena daquelas pessoas, ela sabia que nem todas estavam alí por que queriam mas era tão ruim, tão ruim que ela não entendia como alguém poderia viver daquela forma, sinceramente ela tinha sorte, sim não foi uma vida fácil e não seria mas não se tratava disso realmente, ela teve pais que a amava, teve carinho, todo o apoio do mundo e amigos que poderia levar pro resto da vida, em sua memória pelo menos. - Sem sentimentos, por favor, só desligue - Murmurava pra si mesmo e então podia abrir os olhos novamente, ela não gostava de apagar sua humanidade mas tornaria o trabalho mais fácil.
Deixou que Leonid entrasse e fizesse o que tinha que fazer, ela estava mais como um suporte, era nova em casos de submundanos então preferia que fosse assim. - Eu vou dar uma olhada lá em cima - Sussurou quase apenas movendo os lábios, em passos calmos e lentos para não fazer barulho, afinal a escada estava tão decadente que rangia mesmo com todo cuidado que tinha. Sem demorar muito chegava ao corredor, erguia a arma na altura do ombro e apontava para a primeira porta, por sorte ou não, não havia ninguém, respirou fundo sentido o peso do nervosismo apertar seu coração. Não havia nada alí de interessante, o quarto tinha vários entulhos e... um grito escapou dos lábios da mesma ainda que abafado pela mão livre, do nada sair algumas ratazanas e não que fosse fresca mas ela estava com muita adrenalina e qualquer barulho a perturbava. Esperava que Leo não tivesse escutado ou até mesmo o Ogro. Tratou de ir aos outros quarto, neste tinha um mural, cheio de fotos e era até um pouco impressionante para toda a bagunça alí, a ruiva chegava mais perto e podia ver que eram fotos do juíz, alguns jornais e documentos de um caso. Pressionou os lábios antes de descer o mais rápido possível para falar com o shadowhunter, se esbarrando com o mesmo. - Desculpa, bom eu achei algumas coisas estranhas lá em cima, pode nós dar pista do que está acontecendo, o motivo do assassinato apesar de eu não achar que isso vá mudar algo - Encolheu os ombros a feição se tornando um tanto horrorizada, ela não conseguia entender porque tanto ódio, porque ser tão monstruoso. - Eu... eu preciso de um tempo - Balbuciou se afastando, ela sentia que ia vomitar e provavelmente o faria, se não tivesse escutado um barulho vindo do segundo andar. - Temos... temos que subir eu não olhei tudo - Murmurou tentando se recompor.
xyllxxd:
Aylla tentava conter a risada levando a mão a boca, não achava que o amigo ficaria tão embaraçado, ela tinha que parar de fazer isso… até parece, estava no sangue, era alguém livre demais e não podia deixar de ressaltar que gostava de causar aqueles efeitos, fazia tempo que não conhecia alguém assim, algo que parecia despertar algum tipo de cuidado com o outro, Leo precisava aprender um pouco mais sobre a vida, não precisa ser tão cauteloso com ela. - Não tem problema olhar, não vou te bater - Movia as pernas de forma descontraída, as vezes era melhor ser assim do que a polícia seria, aqueles casos eram exaustantes e nada melhor que algum tipo de “distração” não prejudicial. - Que bom, não gostaria de te ver machucado por minha causa - Dizia com um certo pequeno sorriso, havia um peso em suas palavras, odiava ser a causa de algo ruim e não estava acostumada a ter aquela atenção, proteção, tinha passado a vida tendo que se cuidar sozinha, tinha se acostumado a ser assim e agora com Leonid a ajudando, bom teria que se acostumar. Sacudia a cabeça distraída com os pensamentos e então pegava a calça com um sorriso sem graça, a vida na alcatéia estava a deixando desacostumada, até porque as outras espécies não aceitavam tão fácil toda aquela liberdade e vida mais “selvagem” e descontraída, lobos eram intensos de todas as formas então as vezes eram um pouco desajeitados quando se tratava de controle, não sabiam a hora de parar. De qualquer forma Ay tinha entendido o recado silencioso do outro e assim que o mesmo virava vestia a outra peça de roupa, arrumando o resto dos acessórios como a arma que voltava a ficar no suporte em sua coxa. - O que tá olhando? - Resmugava semicerrando os olhos e rosnando pro feiticeiro, certo gostava de olhos sobre si mas não quando estes tinha algum tipo de repúdio, não conseguia entender aquele tipo de pessoa, o pior era que aquilo havia em seus dois mundos, os do mundanos e os da sombras, era horrível saber que o preconceito estava tão presente nos humanos daquela forma, a vida se tratava de mais do que apenas rótulos, pelo menos para a ruiva.
De fundo era possível escutar algumas tosses, aquela insinuação foi um tanto inesperada e a detetive havia se engasgado com o próprio ar. - Como é? - o tom fora um pouco mais alto, incrédula com o warlock, talvez passar aquele tempo com Leonid a fez esquecer dos preconceitos que havia até mesmo nos submundanos, qual era o problema de um shadowhunter andar com uma loba? Ela estava um pouco embaraçada pelo simples motivo de que não tinha boas recordações de quando era chamada daquela forma por alguém mas pior ainda por alguém achar que era errado ela se envolver com alguém que não era da sua espécie, por acaso a existência do amor implicava com um DNA? Porque ela tinha sangue de demônio e ele de anjo? Aylla podia explodir de raiva como de costume, suas respiração estava acelerada junto com os batimentos e ela segurou com toda a força os punhos para não mata aquele desgraçado, provavelmente a única coisa que a acalmou foi a risada de Leo, ela sentia um alívio tremendo por ele ter levado aquilo de alguma forma como uma brincadeirinha. - Namorada? Acho que ele não é tão sortudo assim - Relaxava o corpo se jogando contra a parede com cuidado, ela era cabeça quente e sorte que o amigo não tinha perdido o juízo também, afinal porque levar as coisas tão a sério? Aquilo nunca aconteceria mesmo, não exatamente porque Leonid não poderia lhe conquistar de alguma forma, ele era muitas coisas que ela gostava mas relacionamentos tão fortes não era algo que ela queria agora, Aylla se entregava de corpo e alma aquelas coisas e agora como lobo podia ser bem pior. Respirou fundo apenas observando a cena a sua frente com um pouco de animação, Leonid sabia ameaçar alguém fácil, ela por outro lado precisava de um pouco mais, afinal ela conseguiu por medo em alguém? Riu fraco com os próprios pensamentos antes de sentir o celular vibrar no bolso e verificar que era um dos parceiros de polícia. - Eu vou deixar os dois homens resolverem isso, se precisar só chamar amorzinho - Ela dava dois tapinhas no ombro do shadowhunter e ria brincando com a ideia absurda do feiticeiro então ia para fora, atendendo a chamada para saber se tinham novidades, nada que ela já não soubesse.
Assim que Leo saia da loja ela pegava o papel com o endereço escrito, um sorriso de deboche se formando em seus lábios porque era bem a cara de um Ogro viver em um lugar tão ruim como aquele, ela sentia o estômago protestar só de lembrar do cheiro que o homem tinha. - Sei exatamente onde é mas… - Ela se afastava um pouco com certa malícia e balançava a chave que havia pego sem permissão do mesmo, as mãos eram delicadas o bastante para passarem despercebidas pelo toque, bom pelo menos quando controlava a temperatura quente que tinha. - Eu dirijo - Deu de ombros, esperando que o outro não ficasse irritado e se ficasse bom seria só uma vez. Em poucos minutos, talvez por dirigir mais rápido do que devia, era uma ótima motorista e sabia disso mas as vezes precisava ser precisa e rápida em perseguições. Assim que chegavam ao local, parava um pouco distante, poderiam ter uma boa visão do local e tinham a vantagem de pegar o assassino de surpresa. - Precisamos verificar o perímetro, vamos nos separar, se precisar de ajuda tenta me chamar - Dizia não como uma ordem mas uma aviso então saindo do carro, a mão no revólver e os olhos mais fixos em qualquer movimento, precisaria se concentrar um pouco mais daquela vez, deixar seus instintos a frente. Ela ia na frente parando na porta e sussurava apontando pra Leo entrar. - Primeiro as damas. -
Leo ria, negando com a cabeça quando Aylla pegava as suas chaves, de fato não havia percebido, estava intenso demais depois da ação que havia ocorrido dentro do Baú do Caçador, mas também, não protestou de nenhuma maneira, se ela sabia como chegar no local é o que importava, afinal o carro era do instituto e não seu - Sem problemas, sem problemas - dizia com uma risada leve, entrando logo no carro e aguardando para ser guiado ao local pela policial.
Os dois podiam observar, conforme o veículo cruzava as ruas de Moscow, a paisagem ia se alterando, a cidade antiga ficava para trás e partiam para as periferias, o que cresceu em volta, mais aberto mais espaçado e muitas vezes, mais sujo. Os minutos se passaram, as rodas rodaram e a dupla havia chegado em seu destino, um dos piores bairros para se viver em Moscow inteira, Golyanovo. Descendo do veículo já viam mendigos, prostitutas, drogados, basicamente o pior tipo de gente da cidade, eram mundanos e Downworlders, em plena luz do dia, numa cena surreal. Os dois ignoravam as figuras, assim como essas pareciam ignora-los, mesmo em se tratar de uma ruiva com cachos em fogo e um caçador da sombras coberto de Runas
-Pensei que nunca ia dizer - respondia sorrindo para Aylla, entrando na brincadeira, enquanto desenhava uma runa na mão, “Anti-Fogo” e então “Fogo”, as ativando nessa ordem, fazendo com que a mão direita se tornasse uma bola de fogo. Tocando a maçaneta, ele derretia o trinco da porta e a abria lentamente, entrando logo em seguida. Punho fechado, instintos a postos, ele passava pela sala. A casa do ogro parecia realmente um pântano, por fora, no jardim, havia um vazamento do esgoto, deixando o gramado molhado e fedorento, a cara em si, de madeira velha e carcomida parecia quase metade de um tronco de árvore deformada no meio da vizinhança e dentro dela, se por fora já não fosse bonito, era pior ainda, com um cheiro podrido, as janelas velhas cobertas por cortinas sujas e rasgadas, os móveis cobertos de poeira, resto de comida e outras substâncias não identificáveis a primeira vista. Leo continuava a andar, olhando atentamente, após a sala, a cozinha estava vazia também, havia uma pilha de ossos num canto, de tantas formas e tamanho que pareciam até ser humanos ou de qualquer animal, restos de carne podre, lixo e muitas moscas por todos os cantos. O seguinte comodo que ele passava parecia ser uma oficina completa com instrumentos primitivos, como se tivessem sido feitos alí mesmo de madeira e pedras lascadas, além de dentes de animais, inclusive sobre a bancada havia algo esférico sobre um pedestal, iluminando com a mão em chamas Leo identificava o objeto, era a cabeça do Juiz,coma expressão de desespero e dor ainda estampado no rosto sujo de sangue e outras impurezas que lembravam as que haviam no local. No pedestal havia apenas uma palavra “inimigo”, um claro sinal do que poderia acontecer se falhassem. Leo deu meia volta, passou pelos outros dois cômodos que haviam ali, ao menos no primeiro andar e estavam sem nada, se não alguns caixotes e outros moveis sujos e um banheiro imundo e nojento demais para se descrever com palavras. Leo se aproximava de Aylla novamente -Primeiro andar limpo, mas achei a cabeça do Juiz. Ele…empalhou ela - dizia desconfortável
leonid-zherdev:
Leo observava a lobisomem e reconhecendo os mesmos sinais animalescos que um Lobo faria, viu logo que a amiga estava bem, a deixando ir de seus braços em direção as roupas. Sabendo exatamente o que aquilo significava, ele olhava para o lado e cobria a visão da região de onde Aylla estava com a palma da mão, um pouco embaraçado, só ouvindo os sons da transformação retrocedendo. Quando ele ouvia a pergunta de Aylla, ele olhava para mesma, para se deparar com a ruiva ainda só de camiseta, ficando instantaneamente corado - Si… Sim, estou… - dizia olhando para o lado, tentando, sem sucesso, parecer descontraído. Ele aceitava o auxilio dela se levantando, tentando evitar olhar para as pernas, muito brancas, da policial, com medo de ser rude. Era quase como instinto, ele alcançava a calça da amiga jogada e entregava para a mesma com um sorriso um pouco sem graça, sem falar nada, antes de se virar para o Warlock que estava guardando a seção restrita, pigarreando para voltar a soar sério - Muito bem, posso saber quem era aquele cliente? - dizia em um tom um pouco impaciente -Ele é procurado por matar u–
-Aqui não somos delatores, caçador! - cortava o Warlock de forma ríspida, expressão de nojo ao rosto - Que você e a sua namorada lobisomem se virem com os seus problemas em outro lugar!
Leo levantava as sobrancelhas com uma expressão formada de incrédulo com as palavras do Warlock. Ele olhava do feiticeiro para Aylla, com a mesma expressão, começando a rir - É mole? - ele continuava a rir, olhando de volta para o Warlock e então se virava, ainda rindo, na direção de Aylla, rindo até que ele percebia que o Warlock estava achando aquela situação muito embaraçosa. Aproveitando-se da oportunidade, Leo virava violentamente, ainda se valendo da runa de velocidade, levantando o feiticeiro com o colarinho e o empurrando até a parede mais próxima, fazendo as costas do mesmo bater com força -Escute aqui, amigo, não estamos aqui para resolver nenhum problema nosso, mas de todo mundo aqui - A voz de Leo era firme, tinha um tom de ameaça, mas não chegava a ser um grito, era possível ver a presença e a autoridade do mesmo em seu ato - Aquele que acabou de destruir a sua droga de loja é um ser procurado pela polícia mundana… Quer mundanos se enfiando na sua loja?
O Warlock havia ficado estarrecido com o ato de Leo e agora estava quase em choque, olhos arregalados, em completo silêncio, perdido, sorte do mesmo, Leo não era do tipo normal de Shadowhunter, o tipo normal já teria enfiado uma lâmina serafim na barriga daquele downworlder, mas ele havia mexido onde não devia, o feiticeiro não estava auxiliando em algo contra o unseelie Ogro que havia acabado de machucar Aylla e ainda estava criticando os dois de forma racista… Leo havia ficado nervoso.
-E… Eu… - tentava responder algo o Warlock, balbuciando em terror
-”E… Eu…” - parodiou Leo, antes de jogar o feiticeiro em cima de uma das prateleiras viradas pelo Ogro e afundava a cara deste no conteúdo de um frasco, que havia quebrado, tendo é claro a certeza que não havia nenhum caco de vidro ali, mas só o conteúdo - Como vai explicar pra polícia mundana essas coisas? Ahn? Acha que eles sabem o que raios é “Bile de Leopardo”? “Fígado de baleia”? Vai falar o que, que isso aqui é a droga de uma loja de especiarias!? - Leo virava o feiticeiro para cima, para que olhasse para ele, se deparando com o mesmo em pleno pavor… E… urinando em sua calça
-Ok… eu… Eu Falo! - dizia quase chorando o feiticeiro que momentos antes estava agindo daquela forma egocêntrica
Leo e Aylla saiam da loja um tempo depois, um papel com um endereço anotado por Leo, ele entregava para a lobisomem - Muito bem… reconhece esse endereço? De acordo com o nosso amigo ai - dizia apontando para a loja - É a casa do nosso “homem”
Aylla tentava conter a risada levando a mão a boca, não achava que o amigo ficaria tão embaraçado, ela tinha que parar de fazer isso… até parece, estava no sangue, era alguém livre demais e não podia deixar de ressaltar que gostava de causar aqueles efeitos, fazia tempo que não conhecia alguém assim, algo que parecia despertar algum tipo de cuidado com o outro, Leo precisava aprender um pouco mais sobre a vida, não precisa ser tão cauteloso com ela. - Não tem problema olhar, não vou te bater - Movia as pernas de forma descontraída, as vezes era melhor ser assim do que a polícia seria, aqueles casos eram exaustantes e nada melhor que algum tipo de “distração” não prejudicial. - Que bom, não gostaria de te ver machucado por minha causa - Dizia com um certo pequeno sorriso, havia um peso em suas palavras, odiava ser a causa de algo ruim e não estava acostumada a ter aquela atenção, proteção, tinha passado a vida tendo que se cuidar sozinha, tinha se acostumado a ser assim e agora com Leonid a ajudando, bom teria que se acostumar. Sacudia a cabeça distraída com os pensamentos e então pegava a calça com um sorriso sem graça, a vida na alcatéia estava a deixando desacostumada, até porque as outras espécies não aceitavam tão fácil toda aquela liberdade e vida mais “selvagem” e descontraída, lobos eram intensos de todas as formas então as vezes eram um pouco desajeitados quando se tratava de controle, não sabiam a hora de parar. De qualquer forma Ay tinha entendido o recado silencioso do outro e assim que o mesmo virava vestia a outra peça de roupa, arrumando o resto dos acessórios como a arma que voltava a ficar no suporte em sua coxa. - O que tá olhando? - Resmugava semicerrando os olhos e rosnando pro feiticeiro, certo gostava de olhos sobre si mas não quando estes tinha algum tipo de repúdio, não conseguia entender aquele tipo de pessoa, o pior era que aquilo havia em seus dois mundos, os do mundanos e os da sombras, era horrível saber que o preconceito estava tão presente nos humanos daquela forma, a vida se tratava de mais do que apenas rótulos, pelo menos para a ruiva.
De fundo era possível escutar algumas tosses, aquela insinuação foi um tanto inesperada e a detetive havia se engasgado com o próprio ar. - Como é? - o tom fora um pouco mais alto, incrédula com o warlock, talvez passar aquele tempo com Leonid a fez esquecer dos preconceitos que havia até mesmo nos submundanos, qual era o problema de um shadowhunter andar com uma loba? Ela estava um pouco embaraçada pelo simples motivo de que não tinha boas recordações de quando era chamada daquela forma por alguém mas pior ainda por alguém achar que era errado ela se envolver com alguém que não era da sua espécie, por acaso a existência do amor implicava com um DNA? Porque ela tinha sangue de demônio e ele de anjo? Aylla podia explodir de raiva como de costume, suas respiração estava acelerada junto com os batimentos e ela segurou com toda a força os punhos para não mata aquele desgraçado, provavelmente a única coisa que a acalmou foi a risada de Leo, ela sentia um alívio tremendo por ele ter levado aquilo de alguma forma como uma brincadeirinha. - Namorada? Acho que ele não é tão sortudo assim - Relaxava o corpo se jogando contra a parede com cuidado, ela era cabeça quente e sorte que o amigo não tinha perdido o juízo também, afinal porque levar as coisas tão a sério? Aquilo nunca aconteceria mesmo, não exatamente porque Leonid não poderia lhe conquistar de alguma forma, ele era muitas coisas que ela gostava mas relacionamentos tão fortes não era algo que ela queria agora, Aylla se entregava de corpo e alma aquelas coisas e agora como lobo podia ser bem pior. Respirou fundo apenas observando a cena a sua frente com um pouco de animação, Leonid sabia ameaçar alguém fácil, ela por outro lado precisava de um pouco mais, afinal ela conseguiu por medo em alguém? Riu fraco com os próprios pensamentos antes de sentir o celular vibrar no bolso e verificar que era um dos parceiros de polícia. - Eu vou deixar os dois homens resolverem isso, se precisar só chamar amorzinho - Ela dava dois tapinhas no ombro do shadowhunter e ria brincando com a ideia absurda do feiticeiro então ia para fora, atendendo a chamada para saber se tinham novidades, nada que ela já não soubesse.
Assim que Leo saia da loja ela pegava o papel com o endereço escrito, um sorriso de deboche se formando em seus lábios porque era bem a cara de um Ogro viver em um lugar tão ruim como aquele, ela sentia o estômago protestar só de lembrar do cheiro que o homem tinha. - Sei exatamente onde é mas… - Ela se afastava um pouco com certa malícia e balançava a chave que havia pego sem permissão do mesmo, as mãos eram delicadas o bastante para passarem despercebidas pelo toque, bom pelo menos quando controlava a temperatura quente que tinha. - Eu dirijo - Deu de ombros, esperando que o outro não ficasse irritado e se ficasse bom seria só uma vez. Em poucos minutos, talvez por dirigir mais rápido do que devia, era uma ótima motorista e sabia disso mas as vezes precisava ser precisa e rápida em perseguições. Assim que chegavam ao local, parava um pouco distante, poderiam ter uma boa visão do local e tinham a vantagem de pegar o assassino de surpresa. - Precisamos verificar o perímetro, vamos nos separar, se precisar de ajuda tenta me chamar - Dizia não como uma ordem mas uma aviso então saindo do carro, a mão no revólver e os olhos mais fixos em qualquer movimento, precisaria se concentrar um pouco mais daquela vez, deixar seus instintos a frente. Ela ia na frente parando na porta e sussurava apontando pra Leo entrar. - Primeiro as damas. -
xblessedxbe:
leonid-zherdev:
-Vovô! Vovô! - dizia um garoto que corria pela pequena e rustica, mas aconchegante cabana, em direção ao seu avô, um senhor de cabelos brancos e óculos redondos
-Meu pequeno Bóris, o que foi? - dizia alcançando o garoto e o pegando no colo com um sorriso que só um amável avô poderia ter
-O senhor me prometeu ler uma história de natal! - protestava o pequeno, apesar que não aparentava estar chateado, estava muito mais animado pela história que seria contada pelo seu avô
-Prometi, não foi? Melhor eu cumprir então - respondia o avô, mantendo o mesmo sorriso, deixando de lado o trabalho de marcenaria que ele realizava, para levar o seu neto até a sala daquela casa, a sua casa.
A sala, pequena, ainda conseguia comportar uma lareira, acesa para aquecer aqueles russos no tempo de frio que fazia, assim como uma árvore de natal decorada atenciosamente com enfeites de vidro e madeira, além de luzes que brilhavam como pequenas estrelas coloridas. O Avô se sentava numa poltrona, deixando o neto permanecer sentado em sua coxa, enquanto alcançava um livro do lado do seu acento, era um livro velho, daqueles que tem as páginas costuradas, capa marrom de couro e paginas amareladas pela idade
-Hoje vou te contar uma história de natal muito mais do que especial, Bóris
Os olhos do garoto brilhavam ao ouvir aquilo, estava muito ancioso
-Hoje vou te contar como um Shadowhunter, uma Warlock ( @xblessedxbe ) e uma Lobisomem ( @xyllxxd ) salvaram o natal - dizia abrindo o livro, começando a ler
Era uma manha fria na véspera de natal em Moscou. Havia nevado na noite anterior, então mais uma vez seria um natal branco. As crianças da cidade inteira estavam ansiosas pela data,pelos… Presentes, afinal, que criança não gosta de ganhar algo? Havia por acaso alguma criança que não ganhava algo? Bom, havia uma, mas que havia deixado de ser uma criança por muito tempo, mas que de sua família, nunca havia ganhado presente algum, alguém cuja as memórias de festas foram todas com aquele que ele chamou de mestre por anos. Leonid estava sentado na beirada da cobertura de um dos prédios de Moscow, tomava um copo de café de uma dessas lojas que vendia para viagem, enquanto olhava lá para baixo, para um pequeno parque público, para as crianças que jogavam bolas de neve umas nas outras, construíam bonecos, faziam anjos da neve, elas nem imaginavam o que acontecia na cidade, faziam meses, mas Lilith ainda estava a solta e ninguém havia conseguido uma pista sequer sobre o paradeiro da mesma, pelo menos até ali. Leo se sentia não só culpado, como angustiado, sedento por justiça e atividade, mas não sabia mais o que fazer. Leo terminava o café e amassava o copo na mão, ainda sério, continuava a pensar nos seus problemas
Infelizmente, ele não estava a vendo, mas entre as árvores do parque onde as crianças brincavam, um par de olhos brilhavam laranja como brasas, enquanto observava as crianças sem ser notado somente esperando uma chance, uma oportunidade de fazer aquilo que queria fazer
As coisas estavam mais calmas em Moscou mas isso não significava que tudo estava tranquilo de fato, só por que não viam não queria dizer que tudo ia ser mais simples e fácil. Lilith ainda estava solta e desde o Halloween nada sabiam dela, o que deixava Morrigan bem mais agitadas do que o normal. Embora a viagem com Guilhermo para o Caribe tivesse a relaxado e a reconectado com uma parte dela que estava voltando a tona agora, havia muito tempo que ela não ia a sua casa original e ter feito isso em uma viagem a deixou em paz, embora não soubesse o motivo de não ter feito isso antes. Agora já era natal e ela apesar de estar inquieta, havia uma aura de paz em seu interior que antes não tinha acesso, ela preparou então dois presentes um para Aylla que havia aparecido em sua vida de repente e ela havia acolhido e outro para Leonid um amigo que havia aparecido em sua vida depois de algo muito ruim que havia acontecido com ela e com o coven. Havia pedido que ambos a encontrassem no parque, a cidade estava completamente enfeitada e colorida, havia neve caindo ao chão, logo tudo estaria coberto e perfeito, embora já estivesse acostumado ao clima frio da Russia, agora sentia falta do calor de seu povo, mas precisavam mais dela ali do que em Nassau e ela sabia bem disso. Não demorou a chegar ao local que havia combinado com eles.
Havia crianças ao redor brincando e não pode deixar de reparar na felicidade de todos. Avistou Leo mas não via Aylla ainda mas se aproximou mesmo assim. - Feliz natal Leo.- disse se aproximando e tirando o presente da sacola e estendendo para ele.- A Aylla ainda não apareceu?
Não era apenas a data, era tudo que ela representava, as vezes era difícil mas Aylla sentia que precisava tentar, tentar apenas aproveitar o momento e tirar o melhor dele, só porque as coisas eram diferentes do seu passado não significava que eram ruins. Dessa vez ela sentia algum tipo de calmaria em seu mar turbulento talvez pelo convite que tinha recebido da sua feiticeira favorita, Morrigan havia sido mais do que ela poderia imaginar, um súplica de ajuda concedida e agora se não fosse ela não conheceria tanto do Mundo das Sombras, sem ela não teria voltado a vida normal tão rápido, mas claro outras pessoas tiveram o mesmo papel importante, Leonid era uma dessas, desde a primeira vez que se falaram, ela sabia que teria alguém com quem contar e agora ela sabia que era para qualquer coisa, desde os trabalhos a dar algumas risadas, era sempre ela que tentava ajudar e alegrar as pessoas com ele era o oposto. Então é, aquele Natal seria melhor por ter aquelas duas pessoas ao seu lado, porque agora era seus amigos e ela tinha parado de temer tanto chama-los de uma possível família, com todos os prós e contras, isso queria dizer que ela nunca os abandonaria ou esqueceria.
Tinha se atrasado alguns minutos, além de ter arrumado o quarto de Kaspar com as decorações natalinas teve que passar na delegacia, mas agora já estava apresentável. As orbes esverdeadas procuravam os dois parceiros aquela noite enquanto caminhava pelas ruas cobertas por neve e se sua pele não estivesse um pouco rodada era quase de se confundir, ela realmente queria que eles não a vissem para pegá-los de surpresa mas era um pouco difícil com aquela cabeleireira. Os lábios enfim se curvando ao avistar Mor e Leo, acelerando os passos. - Feliz Natal! - Ela dizia com um sorriso radiante dando um abraço em cada um antes de se afastar e ajeitar o vestido. - Não demorei muito né? Os policiais me prenderam na delegacia mas então… o que estão aprontando?
leonid-zherdev:
Leo ria com simpatia pela ruiva - Não sou fantastico, isso deveria ser mais comum… Inacreditável é a existência de racismos hoje em dia… Mas ao menos, eu sei que não sou o único aqui, tenho amigos que vêm isso da mesma forma… Nikolai, Violleta, Anya… Deve ter conhecido algum deles ao menos
Leo havia ido conversar com a Warlock que estava no caixa da loja, o Shadowhunter se aproximou sorridente e simpático tentando uma abordagem mais amigável, um pouco diferente do que ela deveria estar acostumada a receber, pela expressão que havia em seu rosto. as perguntas eram feitas como uma conversa, ao menos ele sabia como lidar com os assuntos profissionais como o esperado e parecia estar recebendo informações até interessantes da feiticeira, ele estava completamente imerso em seu questionamento e não percebia as ações de Aylla até que seu nome era chamado pela policial. O Shadowhunter se virava rapidamente na direção de onde o grito vinha e saia correndo para lá, para a área de ingredientes restritos, a feiticeira atrás do balcão aproveitando a situação para se abaixar atrás do mesmo. Chegando lá, Leo pisava sem querer na camiseta de Aylla, jogada no chão e ele, acompanhando a trilha de roupas com o olhar, via a lobisomem transformada, rosnando para uma figura grande e cheia, usando um sobretudo marrom surrado e sujo, tão sujo que parecia ter substâncias como sangue ou vômito seco espalhado por sua extensão. -Aylla! Calma! O que está acontecendo a–
Era tarde demais, a figura monstruosa já estava reagindo, assim que Leo havia entrado. Ele avançava contra os dois , como se fosse passar por cima de Aylla, mas no ultimo instante conseguia a segurar pelo foucinho e a jogar novamente contra a parede
-NÃO! - gritava Leo, rapidamente reagindo, sacando a sua estele e ativando uma runa de Velocidade, conseguindo assim alcançar e segurar Aylla ainda no ar, amortecendo a queda da mesma, mesmo que isso significasse ele bater as costas na parede
Aproveitando a situação, a figura saia correndo da loja, podendo ser ouvido do lado de fora da área de ingredientes restritos as prateleiras sendo tombadas e a porta fechada com força, era claro, ele havia fugido, mas ao menos estavam no rastro certo.
Resmungando um pouco da Dor, Leo ainda estava abraçado com a forma lupina de Aylla, tentando se recompor - Nossa… Você está bem? - perguntava para a loba. Involuntariamente, Leo havia mexido nos pelos e não tinha como deixar de notar o quanto eram macios, de uma certa forma, até tinha vontade de fazer carinho atrás da orelha de Aylla, mas não entendeu o porque - Ele nos pegou de jeito… Droga… Consegue andar?
Aylla via o Ogro avançar, ela sabia que atacaria Leo então tentou para-lo avançando no calcanhar mas não conseguiu, apenas se tornou alvo do mesmo que a segurava pelo focinho tão forte que doía então com êxito mordeu a mão do mesmo mas isso não impedia de ser jogada no ar, uivava em resposta ao grito de Leo e sabia que aquilo iria doer e muito… mas não aconteceu, os olhos da loba abria assim que sentia os braços a segurar, Leonid devia ser louco mas a mesma admirava isso, era o que se fazia por amigos não é? Se fosse ele em seu lugar não pensaria duas vezes também. Infelizmente tal atitude altruísta havia deixado o criminoso escapar e a ruiva rosna por não poder fazer nada, não podia deixar Leonid alí caído, teriam que achar uma forma de encontrar o outro submundano novamente.
Não sabia dizer se era possível mas Aylla sorria mesmo transformada, talvez por achar graça dele querer conversar com ela daquele jeito. Movia as orelhas e um som manhoso escapava de seus lábios quando as mãos tocavam seu pelo, era um tanto reconfortante e não conseguiu evitar parecer gostar, aquilo era novo pra ela de qualquer modo então tentou não achar tão estranho quanto parecia. Mexia a cabeça em resposta se reerguendo de quatro, se certificando que não tinha deixado algo escapar e então tentando verificar se o amigo estava inteiro também, usando o focinho para sentir se havia se machucado e estava sangrando. Ela estão se afastava em direção as roupas e se colocava em baixo da blusa que usava para então voltar aos poucos a forma normal se cobrindo o mais rápido possível. - Precisamos ir atrás dele - Dizia com um pouco de raiva enquanto fechava a camiseta, sorte que está conseguia cobrir o necessário, pelo menos por enquanto que não colocava o resto. - Você está bem? - Estendia a mão com um pequeno sorriso. - Obrigada por pular e me segurar, acho que não estaria tão inteira sem isso. - Movia o maxilar com uma das mãos para estralar já que doía um pouco.
katrinexvampire:
Apenas uma bebida. Famosas últimas palavras para Katrine. Ela as disse mil e uma vezes. Mil vezes, ela bebia mais do que um copo. E fazia mais. A maioria dos maiores erros de Katrine foi feita sob a influência do álcool. Mas Katrine nunca se arrependeu. Não, não fazia nada que ela não quisesse de fato. Katrine estava com saudades de uma noitada. Era adorável ser uma vampira. Ela tinha liberdade que ela não poderia ter obtido enquanto ainda humana. Mas ela havia crescido e modificado da criança de olhos arregalados e ingênuos para a mulher que ela era hoje. Talvezo contato humano evitasse o frio sentimento dentro de seu coração. A doença em seu estômago.
Tinha sido adorável ver os rostos daqueles que ainda eram humanos. Entre eles, havia uma submundana. Uma conhecida por seus encantos e boa aparência. Ambos Katrine encontrou-se vítima de não importa o quão difícil ela tentou não se sentir atraida. Então, quando ela lhe ofereceu se verem novamente, ela disse que sim.
Apenas uma bebida. Desta vez, ela quis dizer apenas uma bebida.
Era só mais uma noite, Aylla esperava não ter um chamado, as ruas de Moscow estavam mais agitadas ultimamente e a detetive não gostava muito disso, sim era seu trabalho mas se sentia uma pouco falha com toda aquela insegurança, não se tratava somente de prender monstros se tratava de não deixar eles existirem. Vestia algo um pouco melhor, um de seus vestidos que caia perfeitamente em seu corpo e então ia a um dos bares que tão gostava, sentada em uma mesa e uma cerveja na mão e… mas só isso era tão entediante, precisava de uma noite de diversão não tinha tido uma nem mesmo quando tinha tirado “férias” afinal estava preocupada em aprender a se controlar, mas agora bom isso não era um problema. Então sua opção era chamar alguém que soubesse exatamente como entreter alguém, uma certa outra ruiva e agora Aylla a espera.
Estava distraída enrolando os fios ruivos entre os dedos e deixou um sorriso brotar em seus lábios assim que avistou a mesma. - Katrine - Se levantou para comprimenta-la, os olhos percorrendo todo o corpo alheio um tanto satisfeitos, e sim, ela tinha investigado e descoberto o nome da mesma mais fácil do que esperava. - Eu realmente espero que você saiba como não deixar essa noite chata - Confessou.
leonid-zherdev:
-Na verdade quer dizer “Banho de Sangue” em alemão… - dizia leo sorrindo um pouco sem graça, tirando lentamente o livro da mão da amiga - Diferente de mim, acho que Nick Grimm não tinha uma mente tão aberta… Mas não se preocupe, você não é uma monstra Ay, nenhum dos submundanos são, não é porque a visão limitada de alguém diz isso que faz ser verdade… Você - Leo apontava para Aylla - E eu - Leo apontava para si - Somos iguais, somos humanos, somos pessoas e quem te falar diferente disso, está ridiculamente errado… Ok?
-Bo….Bom… E… eu - Leo pigarreava encarando o sorriso da ruiva tentando se manter firme, mas era difícil, Leo era simplesmente inocente demais, a vida que levou até aquele momento como Shadowhunter, apenas focada em treinamento e estudos não o permitiu ter tempo para romances ou relações, para ser sincero, Leo tinha sorte de ter beijado alguém em seu passado, mas sob os olhares da sociedade mundana, infelizmente não passava disso e somente a imagem de uma garota nua, principalmente uma atraente como a lobisomem, o desestabilizava -Eu eu não quero, digo, não que eu não quero, digo… eu– - Leo parava de falar quando a via rindo, com toda certeza estava brincando em ele, o caçador procedia a rir junto da mesma, tentando deixar de lado o embaraço que ele sentia internamente - Não consigo imaginar que atacar um Ogro será fácil, mesmo com os nossos poderes, mas sem duvida, será útil - Disse voltando a si, mais sério e determinado com a tarefa que tinham a frente.
Um tempo depois, chegavam ao local, uma loja bem conhecida entre aqueles que viviam no mundo das sombras, a loja fornecia não só items para submundanos, como caçadores das sombras, dirigido por Warlocks, tinha items de toda a extensão imaginável para auxiliar as diversas situações em que alguém poderia se meter .Leo entrava primeiro na loja, rosto fechado, falando de lado para Aylla - Vou fazer algumas perguntas para a caixa, ela pode suspeitar em ver um caçador com uma Lobisomem, então… dá uma olhada na loja enquanto isso, ok? - dizia levantando as sobrancelhas antes de se virar para a direção da caixa e caminhar até ela. Se Aylla caminhasse entre as prateleiras talvez ela começaria a sentir o cheiro de alguém, um cheiro muito familiar com aquele da cena do crime de hoje mais cedo
- É, nada agradável - A ruiva pressionava os lábios, o pior era que a tradução não estava errada, ela já ouvirá histórias de lobos que matavam por prazer ou descontrole e ela quase chegou a mata alguém em sua primeira transformação. - Okay - Murmurava tentando aceitar as palavras do outro como uma verdade sua - Você é fantástico sabia? Ainda bem que é o líder do Instituto, acho que se não fosse tão mente aberta assim já teria me matado na primeira noite que nós conhecemos - Negava com a cabeça só de pensar naquelas hipótese.
- Você é uma figura Leo - Aylla tentava respirar, as bochechas vermelhas de tanto rir, o amigo ficava adorável todo sem jeito, ela por outro lado tinha aprendido a lidar com isso é era bem difícil a ver ser graça com algo. Ela então voltava a um expressão neutra e assentia as palavras do mesmo, um trabalho fácil demais não tinha graça então estava disposta a dar tudo de si naquela nova experiência.
Assim que chegam na loja a ruiva observava aos poucos tudo que tinha alí, respondendo Leo apenas com um olhar e uma pequena curvatura em seus lábios, logo se afastando do mesmo, as mãos da polícia ia entre as prateleiras e mexiam com cuidado em alguns frascos, fazendo algumas carretas com o cheiro forte de alguns, estava tentando se concentrar e achar algo que os ajudasse, talvez o Ogro tivesse usado algum ingrediente, poção ou quem sabe… não, não era possível, por um segundo a ruiva sentia os pés ficarem no chão como se tivesse congelado alí, precisava ter certeza, não podia errar então fechou os olhos e se concentrar o máximo que podia, quando os abriu novamente eles não possuíam mais as mesmas cores, eram sombrios e brilhantes como se tivesse algum tipo de energia neles. - Desgraçado! - Aylla resmungava com a voz um pouco diferente, parecia mais grave, em passos rápidos ela se dirigia a uma área que provavelmente devia ser restrita pois escutou resmungos de algum feiticeiro mas não deu ouvidos, pulou nas costas de seja lá quem fosse e atacou o mesmo com a boca tentando machuca-lo no pescoço mas logo foi jogada com força contra parede. - LEO! - gritava se reerguendo e então movia a cabeça para o lado, podia se ouvir os ossos estralando a medida que ela caminhava e tirava a roupa, era melhor do que acabar rasgando as mesmas, mas não era possível ver mais do que seu corpo agora repleto de pelo animal, um uivo escapando de seus lábios quando finalmente a tortura da dor da transformação acabava. Agora como loba rosnava para o assassino esperando algum sinal ou comando de Leonid.
shcxwolf:
- Obrigada por falar essas coisas. - A loira falou um pouco envergonhada por pensar daquele modo, sentia-se realmente culpada e não conseguia tirar aquilo da cabeça - É difícil sabe? - Falou calma, enquanto dava um longo suspiro. - Eu sinto que se eu não estivesse na vida dele, ele teria seguido bem, achado uma garota tido família e tudo isso. - Suspirou meio cansada só de falar aquilo para alguém, sorriu de leve para a ruiva e levou uma mão a dela. - Obrigada pela ajuda, mesmo, você é uma ótima garota Aylla. - A loira disse sincera. - E eu spero sinceramente que se sinta em casa aqui e possamos ser cada vez mais próximas. - Elaena sorriu sincera, suas palavras eram verdadeiras.
- As vezes só precisamos de alguém pra dizer o que precisamos ouvir, e gosto de ser essa pessoa - A ruiva deu uma piscadela assim que as mão se encontravam ela puxava a mais baixa pra um abraço. - Sei, mas você vai ter que enfrentar isso, está bem? Estou aqui. - Ela depositava um beijo nos cabelos loiros e se afastava, se sentia agora como sua mãe e isso fez um sorriso crescer em seus lábios. - Olha, quando eu virei loba o Kaspar se sentia culpado, porque o lobisomem na verdade estava atrás dele mas levando em conta tudo que vivemos e o quanto ele é importante pra mim, eu nunca mudaria o que aconteceu, algumas coisas valem a pena o risco, você o ama não é? Sei que faria de tudo para ele ser feliz mas talvez você só tenha que aceitar que o que faz ele feliz é estar com você - Deu de ombros, havia uma propriedade em sua fala como e já conhecesse aquele sentimento, mas nunca passou de observações, a policial realmente queria poder sentir algo como o que Elaena e Isaac. - De nada, bom aí é eu sou incrível mesmo, ou tento pelo menos - Aylla jogou os longos cabelos para o lado fazendo uma pose e gargalhando em seguida, era quase inacreditável como conseguia ser tão calma em alguns momentos e tão explosiva em outros. - Acredite também espero, eu nunca vivi em uma casa com tanta gente mas até que estou gostando, agora essa matilha é minha família e quando eu percebi isso tornou toda minha recuperação mais fácil - Confessou se lembrando de tudo que tinha passado e sabendo que viria muito ainda pra viver. - Eu gostaria de te ter como uma irmã que nunca tive - Ela riu um pouco com aquela ideia, mas não era nada ruim.
leonid-zherdev:
-É… existem… mas é um pouco complicado… E na verdade esse tal de Blutbad é exatamente como você! - Leo apontava para a pagina e a virava, mostrando um lobisomem completamente transformado - É apenas como ele chamava os Lobisomens e desenhou uma transformação intermediária e… - Leo olhava para o lado quando Aylla comentava sobre ficar sem roupas com a transformação, para falar a verdade, havia completamente se esquecido desse detalhe dos pobres lobisomens, virou o rosto para o outro lado porém, voltando a se concentrar no livro, tentando afastar os pensamento e imaginações que as palavras haviam o levado a ter. Ele ria junto de Aylla, negando com a cabeça, a ruiva era simplesmente muito espontânea. Lendo as informações no livro sobre o ogro, tentava identificar o que poderia causar a mudança na aparência, mas ainda ouvia as palavras da policial - Acho que quanto mais conseguirmos, não sabemos o quanto vamos precisar… Nunca lutei com um ogro antes, mas…. - ele continuava a ler a pagina tentando procurar informações importantes, as lendo em voz alta - Sensibilidade na nuca… Lâminas serafim são efetivas… Ataq– - ele decidia ler a ultima parte mais alto - “Ataques por outros Submundanos são efetivos também”! Ouviu isso, Ay? Agora só precisamos descobrir como ele se esconde… Eu chuto… Hmmm… - A ideia vinha na cabeça do caçador, o fazendo estalar os dedos, antes de fechar o livro e o depositar na mesa - esquece a espingarda, Podemos com ele com os nossos próprios ataques. Vamos ao Baú do Caçador, precisamos de um removedor de ilusão, tenho certeza que ele está usando uma receita que Musashi-sensei usava para se fingir de mais velho quando ele ainda estava “vivo” para os mundanos - dizia se virando para a porta e a abrindo, aguardando a atitude da ruiva
- Acho mais melhor ser chamada de Blutbad, afinal não só totalmente um lobo minha consciência é humana mesmo transformada, Blutbad soa como um meio termo entre humano e animal, é alemão? - Aylla observa a figura, os dedos passando pela folha formando o contorno do lobo alí desenhado.- Eu nunca me vi se transformado, tipo de frente a um espelho, é um pouco assustador, afinal sou uma espécie em um livro de monstros - Ela não gostava muito daquela ideia e agora ela pensava na ironia que era estar sentada com um homem que poderia lhe mantar, ele tinha livros que diziam todos seus pontos fracos e ainda assim estavam juntos para pegar outro submundano, o quanto aquilo era extraordinário? - Obrigada por me trazer aqui - Segurava brevemente a mão do mesmo - Me deixa mais segura saber que mesmo sendo uma... blutbad isso não implica em quem eu realmente sou, é como aquela historia da fera não é, ainda a uma pessoa lá dentro então mesmo quando estiver com garras ainda vai ser eu, só menos bonita - Ela ria então percebendo que o mesmo não a olhava. - Tudo bem? Parece desconfortável e eu não acho que deveria, sou eu que acabo sendo flagrada nua não você, mas isso não seria ruim também, pra quem ver - Dizia em tom brincalhão, esperando que o amigo não reprovasse seu jeito de levar as coisas, não ligava realmente se causar pensamentos ou tê-los em sua cabeça, em sua opinião não era uma imagem ruim. Ela ouvia as palavras atentamente tentando decora-las em sua cabeça, precisariam daquilo mais do que tudo. - Então eu vou ser mais útil do que pensei, sinceramente não imaginei que usaria a licantropia em meu trabalho - Seu tom era um tanto animado, bom suas emoções eram confusas e intensas então era normal. Franzia o cenho ao perceber que o outro tinha tido uma ideia, ela não fazia ideia da onde era o tal Baú do Caçador mas sabia alí teria o que precisavam então se levantou e se aproximou do shadowhunter. - Bom... me guie - Disse esperando o mesmo abrir o caminho para que o seguisse.
katrinexvampire:
(flashback)
“ Que bom que pensa assim, saber que estes são seus pensamentos me elevam os espirito.” Ela sorriu, os olhos treinados no rosto de Aylla logo desceram fazendo uma varredura no corpo da ruiva. Um suspiro suave escapou de seus lábios. Ela precisava ir antes que sua necessidade por alimentação aumentasse de maneira quase que incontrolável. “Por favor preciso ver isso. Vou deixar um cartão com você, caso queira me ver durante o dia, eu fico sempre neste lugar. “ puxou o cartão do próprio bolso e esticou para ela. A viu rebolar as orbes verdes tal qual costumava fazer em sua juventude. Ela cruzou os braços em volta do corpo. “ Se pensar em tudo que é ou não adequado na vida, vai deixar de fazer muitas coisas, mon cher.” era um conselho que ela mesmo não seguia nos seus primeiros anos depois de transformada mas com o tempo aprendeu a separar o que valia ou não a pena viver e o que deixar para lá. “ Sim, é claro se eu quiser consigo te encontrar, tenho muitos contatos importantes nesse meio, quer dizer no nosso meio. Não seria difícil afinal quantas lobas ruivas existem na sua alcateia?” a proximidade com a ruiva era seu novo vicio e o cheiro da outra já não era tão incomodo assim. “ E faz bem em se focar em uma coisa de cada vez, assim dá o seu melhor em cada uma delas e quando estiver cem por cento com suas nova realidade, vai conseguir retomar suas atividades de forma plena.” admirava essa força de vontade da outra de prosseguir com sua vida de maneira normal, bem isso dava certo com os lobos mas jamais funcionaria com vampiros. “ Ainda bem que sabe disso pois tudo vai ser elevado a um grau muito maior a partir de agora em sua vida e você tem sorte de não ser uma vampira. Ainda pode perambular de dia normalmente, eu sinto falta do sol.” não era algo que ela admitia sempre já que no momento amava sua condição limitada de vampira, mesmo tendo aberto mão do dia havia ganhado outras coisas em troca que tornavam tudo muito mais interessante. “ Não vejo problema em te ver de novo, alias adoraria que isso acontecesse minha cara. Acredite essa cidade é pequena não faltaram oportunidades para isso então fique tranquila, além do que realmente preciso ir me alimentar, não queremos uma vampira descontrolada por aqui, não é mesmo?” a proximidade agora infligida era maior que a anterior tanto que podia sentir a respiração da outra se misturar com a sua, a distância sendo totalmente quebrada e ela fez o que deveria ser feito, o que ambas realmente queriam, era algo que estava tão claro quando o dia, os lábios se tocaram em um beijo nada calmo, havia um desejo contido na forma como penetrou a boca alheia com sua língua a explorando de forma lenta e ritmada por um tempo antes de enfim correr as mãos pelo corpo alheio.
“Se soubesse de todos meus pensamentos gostaria ainda mais” Os lábios vermelhos se curvaram enquanto a outra lhe olhava, sinceramente Aylla gostava, estava mais segura sobre seu corpo desde que havia se transformado. “Quando achar um tempo prometo passar por lá“ A ruiva pegou o cartão, o guardando. “Talvez, mas não estou pensando nisso agora.” Sim, tinha seus conceitos e sabia que se prender a eles a deixaria segura mas talvez estivesse cansada dessa segurança, precisava de alguma emoção em sua vida. “Bom até agora sou a única, não tem tantas ruivas com cabelos que parecem chamas na cidade” Deu uma pequena risada, o sangue pulsando rápido pelo nervosismo, estava tão carente assim? “É o que espero, lidar com tudo isso foi um pouco complicado e acho que vai demorar pra eu me tornar totalmente segura sobre minha maldição mas não posso deixar isso me domar totalmente.” Ela agora percebia o quanto tinha sorte, se tivesse se tornado vampira não poderia mais seguir com a mesma vida, nunca mais ver o sol seria terrível. “ Acredite eu sei, a cada dia que passa eu apenas posso confirmar o quanto tudo é intenso e que ainda assim poderia ser pior então não posso reclamar.” Dava um sorriso, não era tão ruim realmente, podia ser errado mas ter uma vida humana nem sempre era tão atrativo, mas talvez a questão fosse saber aproveitar o que tinha. Sua pele ardia como brasa e sua respiração acelerava um pouco, ela quase soltava um suspiro de alívio ao sentir os lábios se selarem, uma das mãos indo até o rosto da outra como se pudesse aprofundar o beijo com tal ato, era quase uma luta para se manter controlada e não deixar seu coração bater mais do que deveria, não seria nada gostoso acabar se tornando um animal. Aylla não podia conter o beijo e havia quase uma necessidade de ter um pouco mais, algo que ela sabia que não teria, não agora, o toque das mãos alheias por mais simples arrepiava todo seu corpo como se ela pudesse apenas com um movimento atingir cada célula da loba. Ela provavelmente desistiria de ir embora se finalmente o ar lhe faltasse os pulmões, aos poucos diminuía o ritmo caloroso do beijo e finalizava com um mordida no lábio inferior da outra, ela deixaria aquela vontade de querer mais para depois e faria valer a pena. “Até breve.” Murmurou antes de se afastar e sair do bar com um sorriso nos lábios, até que a noite tinha sido mais interessante do que pensava.
leonid-zherdev:
“Como sabe que é verdade?” dificil não ser, a lobisomem já havia se mostrado sincera e espontânea, aquilo tudo que ela havia falado soava como verdade para Leo, ele não tinha nem como discutir, se não rir um pouco com a amiga
-É simples dizer isso, que eu não posso me odiar, mas de uma forma ou outra, era o meu irmão… Eu deveria ter tratado as coisas com mais cautela e…. Bom… esquece... - Leo levava a mão a têmpora, aquele assunto sempre o deixava perplexo e quanto mais falava daquilo, mais complexo ficava, decidiu deixar aquilo para trás, chega de Orel, chega de memórias ruins, continuou o assunto para os parabatais - As vezes esqueço que você é a parceira do Kaspar… Queria poder fazer mais por ele, o cara sempre mereceu mais reconhecimento, mais do que muito caçador que eu conheço, tem um aqui que se acha o campeão do mundo, mas é só um racista que… Bom, deixa pra lá, é o que mais tem entre caçadores, sorte que temos uma equipe boa… E eu como lider, posso evitar injustiças - Leo terminava de ouvir as palavras de Aylla, abrindo um pequeno sorriso - Essas coisas… você não está se tornando, você já é, só está se revelando… as pessoas não mudam assim e isso é bom, é só a sua verdadeira natureza
-Deixe-me ver - dizia se aproximando de Aylla, sentando-se mais perto para poder ler a pagina, imediatamente apontando quando via a primeira indicação da ruiva - Não, veja, o Wildermann é o que os mundanos conhecem como Pé-Grande, são bem pacíficos na verdade, gostam de ficar em florestas sem serem incomodados, podemos descartar - Mas então ele ouvia a segunda sugestão e fechava o livro que ele mesmo estava a usar para procurar informações, a ruiva havia ido na mosca
- Siegbarste… Grimm era alemão, é assim que ele chamava… São basicamente ogros… guardam muito ressentimentos, mas… Estranho - ele pegava o livro, se aproximando para ler o texto, por sua sorte, Musashi havia tido tempo para ensina-lo outras linguagens, entre elas, alemão e japonês. Lendo a pagina ele chegava a uma falta de informação que conflitava para ele - Mas eles… Não conseguem esconder a identidade, não é como se eles mudassem o corpo para parecerem mundanos… Tem algo a mais aqui… Mas uma coisa é certo - Leo fechava o livro - Precisamos de armas. Pesadas. Podemos usar umas do instituto, mas talvez algumas armas mundanas mais pesadas possam nos ajudar… Kaspar me mostrou uma certa vez… Shotgun?
-Eu sei o que é ser impulsivo, esqueceu? Não que eu me orgulhe disso - Dava de ombros, já estava acostumada e sabia que não tinha como mudar isso. - Ah não é oficial, apenas somos bons juntos, resolvemos os casos mais rápidos mas nem sempre somos parceiros, quando eu era mundana ele as vezes me excluía agora eu sei o porque mas a tentativas dele me proteger não funcionaram - Não o culpava pelo ocorrido, o assassino que a transformou queria matar Kaspar e se ela foi o motivo de ele não o conseguir ela ficava feliz. - Sempre a pessoas ruins no mundo é, o que podemos fazer é não nos tornamos como elas - Suspirou abrindo um pequeno sorriso - Na verdade eu acredito que as pessoas mudam sim, eu acho que os acontecimentos nos levam a modificar nosso interior, pra melhor ou pior, sei lá, no começo eu não reconhecia a garota na frente do espelho mesmo que ela tivesse minha cara, mas isso não torna sua frase errada, algumas características minhas que eu não mostrava a todos se tornaram explicitas naturalmente.
Aylla olhava os outros submundanos - Isso tudo existe? - perguntou folheando as paginas quando achou algo que lembrava um lobisomem - Isso parece comigo, Blutbad, mas é diferente de um lobo, se parece mais humano, eu acho que preferia ser assim é horrível pelo menos ficaria vestida quando me transformo - Deu uma risada, estava tentando se acostumar com aquele fato. - Siegbarste - repetiu observando a figura - Eu posso ajudar com as armas. Ah espingarda, faz tempo que não uso, posso conseguir, não usamos muito na policia mas temos, acha que vamos precisar de muita munição? Ele parece grandinho. - Ela sorria torto só de pensar em enfrentar um suposto ogro.
katrinexvampire:
(flashback)
“Não precisa sentir medo de nada relacionado a mim, me ver como uma professora faria bem a você e digo isso em todos os sentidos. "Ela murmurou, mordendo gentilmente o lobulo da orelha de Aylla. " Uma louca nas ruas de Moscou? Ta ai uma coisa que eu realmente me interessaria em ver.” Katrine murmurou, os olhos acesos. ” Nunca te deram um beijinho sequer? Não me faça te explicar o que as pessoas fazem quando se sentem interessadas em outras pessoas my baby.” Katrine entendia bem das pessoas e sabia que deixava a outra sem jeito por causa das suas atitudes invasivas e mais intensas, mas sabia que a outra não estava lhe recusando nada muito pelo contrário, talvez apenas não estava acostumada com o jeito aberto da vampira, seu jeito pra frente e mais dado que os demais vampiros. Ela ergueu uma sobrancelha com a frase da outra, mais prestou atenção em todas as palavras alheias, e soltou um suspiro depois antes de semi abrir os lábios para responder, as palavras morrendo antes mesmo de serem formadas a primeira silaba. Não sabia necessariamente onde a outra queria chegar com aquela oferta. Sobre o que realmente ela estava se referindo mas talvez, fosse uma boa ideia ter sentimentos humanos mais uma vez, mesmo que em coisas toscas como o que a outra havia dito. “ Estou interessada nessa oferta, adoro momentos toscos, as vezes seria bom sabe, ter um pouco de humanidade na minha já tão imensa vida, quem sabe com uma outra visão, uma outra pessoa conduzindo seria mais interessante.” ela piscou para a ruiva, estava empolgada por talvez redescobrir aquele mundo por olhos que não os seus. “ O que acha de algum dia só por diversão investigar a vida de alguém, seria exitante escolher alguém aleatório na rua e tentar descobrir coisas sobre essa pessoa.” achava a ideia muito interessante mas talvez a loba fosse ocupada demais para pensar em sequer gastar o seu tempo com tal atividade fútil ao olhos de quem não tinha tempo a perder. Afinal ela era uma detetive devia ter casos importantes para resolver durante o dia, precisava dormir a noite e bem havia a matilha a qual pertencia, o que eles achariam de uma loba andando com uma vampira? “ Obrigada por se sentir assim. Eu acho. A prós e contras nisso tudo mas é como diz aquele ditado, antes só do que mal acompanhada.” ela deu de ombros mas sorriu quando a outra pegou os dados e os jogou, medo era uma coisa que ela sempre sentia em sua vida humana mas algo que havia se dissipado em sua vida imortal, vivia os momentos, os prazeres e as aventuras que a vida nova lhe oferecia e nada mais. “ Essa me parece uma boa ideia apenas o local não me parece apropriado. Não para o que eu realmente quero fazer.”
Um gemido escapou dos lábios da mesma, os olhos tomando um tom de verde cintilante e as mãos apertaram a cintura alheia sem medir muito a força, ela sabia que aquilo estava fora de controle mas não conseguia evitar, não queria parar. “Aulas com uma professora como você é realmente tentadora” Murmurou mordiscando o lábio inferior se perguntando quanto custaria para beija-la, ou arrasta-la a parede mais próxima. “Quem sabe um dia veja, não só nas ruas, sei ser louca em lugares e ocasiões mais interessantes” As orbes verdes revirando com a insinuação de sua ingenuidade, tolos eram quem pensavam isso, era mais que um rosto adorável. “É claro que sei, só não sei se é adequado esse interesse.” Ela possuía quase um tom malicioso, como se o perigo a atraísse, não era bem uma mentira mas andar com uma vampira poderia lhe gerar problemas. “Fico feliz que concorde comigo, acho que você vai conseguir me encontrar se quiser então eu posso te ajudar um pouco.” Deu de ombros tentando se conter um pouco e se afastar, mas não o conseguiu fazer. “As vezes eu faço isso, mas apenas o só quando estou resolvendo um caso, algo que não estou fazendo recentemente, estou focada em aprender a controlar meus novos poderes.” E esperava voltar logo ao trabalho, não podia se dar o luxo de apenas curtir a vida, não era imortal precisava fazer o possível enquanto ainda havia sangue em suas veias e ar seus pulmões. “Eu acho que até agora estou bem acompanhada, mas entendo seu ponto de vista, sentimentos podem ser nossa maior fraqueza mas também acredito que signifique força, você só tem que aprender como lidar com eles e usa-los ao seu favor, não é fácil, mas nada é” Ela dizia como se fosse um poema recitado em um livro, não tinha muita experiências mas talvez pudesse ajudar a outra assim como ela poderia tirar proveito daquela conversa. “Eu adoraria te arrastar para algum lugar privado e realizar seus desejos mas acho que hoje não vai dá, estou de serviço e não posso deixar as pessoas não mão, é mais que só um trabalho pra mim, é minha vida, quem sabe eu posso te ver de novo” Ela desejava que sim, se sentia um pouco desapontada por ter que dar um fim, inveja a outra por ser tão livre, a outra parecia viver a vida se medo apenas se jogando no que viesse e Aylla gostaria de ser assim, ela precisava parar de sentir tanto, nunca teria uma vida normal então porque lutava por isso? Era ridículo.“Talvez eu ainda possa de dar algo para se lembrar de mim” Sussurrou quase contra os lábios alheios, as mãos passeando lentamente pelas costas da vampira a puxando pra perto.
v-forvioletta:
“Agramon é um demônio maior que faz você viver seu pior medo. Descobri que o meu é roubarem meu bebê.” Falou desviando os olhos de Aylla para que ela não pudesse ver o quanto aquilo a tinha abalado. Não contaria que seu medo era especificamente que Orel - um cara morto - roubasse seu filho. Era surreal demais. “Mas minha parabatai resolveu a situação.”E só tinha como agradecer Anya da mesma forma que ela sempre fazia: com tudo que tinha.
“Isso é maravilhoso Aylla! Você vai poder ajudar tantas pessoas.” Retribuiu o sorriso da amiga porque estava feliz de verdade por ela. Sabia que estava sendo difícil para ela se adaptar a nova vida, mas a loba fazia sempre com um sorriso no rosto que fazia Violetta sentir coragem para enfrentar os próprios problemas.
“Acho que seria ótimo, mas sabe o que queria no momento? Me alongar. Mesmo que a barriga ainda esteja pequena, sinto que está difícil alcançar os pés.” Falou rindo de sua própria condição.
“Deve ter sido horrível” Aylla se perguntava qual seria seu pior medo, talvez pensar que matou alguém que ama, ela sabia que podia acontecer se perdesse o controle. “Eu acho incrível toda essa ligação parabatai, gostaria de ter algo assim”
“Bom é o que espero, não sou uma super heroína mas tento fazer minha parte, minha ajuda não torna o mundo menos assustador mas se eu fizer a diferença pra uma só pessoa já vale a pena” Suspirou pensando em todo trabalho que teria e não se importava nem um pouco.
“Já está assim? Pelo anjo imagina quando estiver uma bola?!” Aylla riu junto a outra só de imaginar. “O que posso fazer pra te ajudar com isso então? Não me diga que terei que mexer no seu pé, eu não sei o que pode ter nele” Brincou.
shcxwolf:
Ela riu baixo e negou com a cabeça. - Eu castraria o Isaac com certeza. - Disse dando levemente de ombros e riu, dando um baixo suspiro. - É que tipo ele não era um vampiro quando me apaixonei por ele Aylla. - Explicou, dando outro suspiro. - Ele era um mundano, uma das pessoas mais doces que já conheci e tenho a sensação que nunca vou saber quem fez isso com ele e que nunca vou parar de me culpar, porque seja lá quem foi, fez isso pra me atingir. - Deu uma pequena pausa e negou com a cabeça. - Prometi protegê-lo e não consegui. - Ela assumiu, se ajeitando na cama, olhando a amiga.
Aylla se aproximou da mesma segurou seus ombros e deu um sorriso gentil - Não foi sua culpa, olha quando ele decidiu ficar com você ele assumiu os riscos, você achar que valeria a pena nunca ter o conhecido? Eu passei pela mesma coisa, fui transformada por um cara que queria atingir meu amigo, mas não foi culpa dele, nem minha, essas coisas só aconteceram e se você se permitir pode tirar proveito delas, se não vai deixar que seja lá quem fez isso ganhe - Suspirava como se falasse aquilo não só pra Elaena mas pra si mesma - Se vocês se amam vão conseguir ficar juntos, independente dos obstáculos e ainda que não eu acho que você tem que aproveitar o momento, sentimentos são feitos pra ser vividos não importa quando tempo ele vai durar - Seu tom era carinhoso, a outra tinha lhe ajudado a se acostumar com a licantropia, tinha tornado o quartel mais parecido com sua casa e ela desejava que a mesma fosse feliz, se pudesse ajudar o faria. - Eu acho, não sou especialista nisso, acho que me dou melhor cuidando de um coração no sentido literal - Ela ria tentando aliviar a tensão.
nikxivanovitch:
Nikolaj deu alguns passos preguiçosos depois de ter certeza de que ele não estava interrompendo nada. Ele estava meio esperando que outra pessoa estivesse lá com ela, mas não, ela estava sozinha. Ele olhou, meio divertido e muito brincalhão, com a testa franzida. “ Kaspar sabe que você está fazendo isso?“ ele cruzou os braços, parando antes de se aproximar muito dela. ” Eu sei que você é como uma irmã pra ele, mas ele não é muito natalino. “Ele acrescenta como um esclarecimento, de alguma forma pensando que ele precisava fazer isso e não acabar parecendo apenas um chato e maluco, por sugerir que ela parasse. ” Opa, precisa de ajuda ai? “Ele aponta a cabeça para o lado e ri quando ela deixa cair alguns enfeites. ” Está ficando muito bonito a propósito, espero que ele goste da sua iniciativa, vocês se conhecem a quanto tempo? É, eu sei estou falando demais não é? É que todo mundo saiu pra fazer alguma coisa e eu vi você aqui e pensei que poderia me fazer companhia.“ ele explicou com um aceno de cabeça e olhou para ela de cima a baixo. ” Então, ainda falta muito com essa decoração? “
“Não, eu pensei nisso de ultima hora, não conte a ele” ela deu um sorriso torto. “Eu sei, é que queria esse ano fosse diferente, é uma péssima ideia né? Devia ter comprado algo ou escrito uma carta, faz muito tempo que eu não... não faço essas coisas, mas diferente dele esse dia é importante pra mim” a ruiva suspirou se jogando na cama do amigo, havia um peso em suas costas, aquele desejo de ver os pais mais uma vez, dizer que os amava, as vezes se perguntava se eles se sentiriam orgulhosos se ver tudo que era tinha feito até agora, de alguma forma sabia que eles diriam algo que precisava ouvir, talvez uma bronca de sua mãe ou um mimo de seu pai, a vida era um tanto vazia sem uma família. “Preciso, pode por isso alí? Você é alto alcança mais fácil que eu” entregava alguns enfeites ao mesmo por no canto do teto. “Obrigada.” As orbes verdes observava o trabalho e acabava contendo uma risada com as palavras do outro, ela intimidava tanto? Ou ele tinha medo das pessoas? “Não, por favor pode falar, eu não quero passar o Natal sozinha, talvez a gente possa fazer companhia um pro outro, que tal?” dava uma piscadela divertida. “Respondendo sua pergunta conheço o Kaspar a quase 10 anos.” dizia com certo carinho pelo mundano. “Um pouco mas se você me ajudar terminamos rápido” franziu o cenho com o outro do outro sobre si. “Tem algo de errado comigo? Além de estar mais bagunçada que esse quarto.”
Era só mais um dia... pera aí, não mesmo, não para Aylla Xerazade, ela tinha aquele sorriso nos lábios e parecia uma maluca só por ser Natal, ela achava fantástico aquela data e depois da primeira noite sem os pais percebeu que aquele dia significava muito, era um dos momentos em que você deveria fazer as pessoas se sentirem bem, faze-las perceberem que não estavam sozinhas e sinceramente a ruiva adorava ser essa pessoa, talvez porque ela sentia aquela necessidade de causar sorrisos e bem estar aos outros, isso aliviava toda sua tensão, dava um proposito a sua vida e a tornava menos difícil. Havia aprendido daquela forma transformar sua fraqueza em força.
- Não, não - Aylla resmungou com sigo mesma após derrubar alguns dos enfeites, não era muito alta e usava a ajuda de uma cadeira para por algumas lampas no teto, estava tentando decorar o quarto de Kaspar, ela sabia que o amigo não o faria então aquele seria seu presente, Natal era um dia para se estar com a família e ela gostaria de estar com o mesmo mas talvez ficasse ocupada com o trabalho. Ela mal percebeu que alguém vinha até escutar a porta do quarto abrir e se virar tão rápido que acabou caindo, levantando o rosto logo podia ver que era @nikxivanovitch.
leonid-zherdev:
Leo ria levemente das palavras de Aylla, era incrivelmente adorável como ela havia levado de forma séria o que ele havia dito, listar características dela mesma, mas ao mesmo tempo era dificil não simpatizar com tamanha inocência, era alguém agradável de se estar por perto e Leo não se arrependia de chama-la de amiga - Olha… Calma, não… Eu já disse, era brincadeira, não precisa listar assim essas coisas…. A melhor forma de nos conhecermos é deixar que as informações surjam naturalmente e com o tempo, não se preocupe com isso - dizia ele num tom leve. Ao menos agora sabia que a ruiva era sincera e direta, o que na opinião do caçador era muito bom, depois de Orel, tudo o que ele mais queria era mais pessoas verdadeiras ao seu redor. Conforme o assunto se alterava, a expressão de Leo o acompanhava, deixando de rir quando ouvia sobre o que se tratava a expressão da lobisomem. Em tom de simpatia, mas firme e sério ele continuava a conversar - Eu já te disse Aylla, seja lá em quem for esse desgraçado, ele vai pagar. Ele desrespeitou os acordos, mas isso, agora, é o de menos, tudo o que ele fez você sofrer vai voltar pra ele e ainda vamos arrancar a cabeça desse infeliz, guarde as minhas palavras
Leo suspirava cansado só de pensar no assunto, não que se incomodasse de falar do caso, mas sim incomodado por ter acontecido - Ele era horrível, seu nome significava “águia”, mas ele era um rato. Ele me machucava sim, fisicamente só quando eramos muito pequenos e ele ainda tinha uma chance de me derrotar… Depois que Musashi-sensei me treinou, na nossa adolescência, um belo dia me empapucei e quebrei a cara dele e dos amiguinhos Bullies dele… Ele nunca tentou mais nada, mas passou a tentar me machucar psicologicamente desde então e… - Alguns acontecimentos voltavam a mente de Leo, um deles bem mais recente, mas balançava a cabeça afastando tais memórias - Algumas vezes ele conseguiu me atingir… Odeio ter que dizer isso, mas matar ele foi uma das melhores coisas que eu já fiz na minha vida inteira… Pelo meu bem e pelo bem do mundo inteiro - Leo se acalmava soltando o ar de vagar, falar de Orel nunca era bom, mas ele aguentava o se lembrar que ele havia dado um fim a todas aquelas maldades feitas pelo irmão mais velho - Meu parabatai é meu primo também, parte de mãe… Nikolai foi um dos meus primeiros amigos de verdade, nos dávamos bem desde pequenos, aconteceu naturalmente, nossa amizade só fortaleceu com os anos e logo percebi que a calmaria dele era um perfeito equilíbrio pro meu impeto, nos completamos - dizia com um pequeno sorriso, afinal o carinho que tinha pelo parabatai era sem limites ou medidas
O Elevador finalmente chegava no ultimo andar do instituto e abria num corredor com as salas da administração e no fim dele, a sala da diretoria. Leo caminhava na frente, mas aguardava a policial para dar continuidade ao caminho - Tirar férias? Por acaso os criminosos tiram férias? O Halloween mostrou que não podemos nos dar esses luxos… O mundo não para, a maldade não para - eles chegavam a porta e com um cartão de acesso, Leo abria a fechadura elétrica, entrando na sala - Por favor, sente-se enquanto pego os livros - Leo apontava para os sofás colocados um de frente para o outro com uma mesa ao centro deles, enquanto ele se virava para estante buscando os livros em questão - Bom… somos acostumados a coisas mais sangrentas e realistas desde pequenos em idris… Lutamos desde crianças, não há como colocar uma colher de açúcar por cima de tudo e fingir que o mundo é flores - seus olhos dançavam sobre as estantes procurando as capas surradas de livros, os achando rapidamente, tinham as capas de couro marrom surrado, com cara de terem centenas de anos, porque afinal, tinham. Ele os pegava na mão e os levava até a mesa - Na verdade como é seu caso, achei justo te envolver, para que possa cobrir a história para você da melhor forma possível. Seja lá quem for esse submundano, ele matou um mundano, provavelmente vou decapitar ele de qualquer maneira, mas você precisa de explicações para corregedoria e essas coisas não é? O Kaspar vive reclamando -ele entregava um dos livros para a ruiva e abria um ele mesmo - Lembre-se, temos que procurar um Fairyfolk que tenha força o suficiente pra morder e rasgar pele, carne e ossos… Procure algo brutal como…Ogros, Goblins, Hobgoblins ou Knockers… - Leo olhava as paginas antigas e amareladas pelo tempo, com desenhos e escrita feitos a mão por Nicholas Grimm, descrevendo as criaturas, os encontros de tal caçador com elas e como ele as matou, se foi o caso
- E como você sabe que é verdade? - Cruzou os braços e encarou o mesmo, mesmo que Aylla odiasse mentir afinal considerava aquilo algo horrível para qualquer relação, ela era boa em confundir as pessoas com a própria verdade. - Não se preocupe eu gosto da arte da descoberta não aceleraria esse processo - Ainda assim sabia que poderia acabar nunca descobrindo muito do outro, quase todas as relações da ruiva se resumia a trabalho ou alguma obrigação, como sua matilha, como ela mesma dizia, podia curtir a vida, gostar das pessoas sem nunca se apegar demais, assim não se sentiria sozinha e não sofreria se a amizade acabasse. - Obrigada -. Disse segurando a mão do mesmo por um curto tempo, quando humana não era muito chegada a contados mas isso se mostrar o completo oposto recentemente talvez por sentir os toques de forma mais intensa.
Aylla podia sentir o peso daquela historia, mas todos tinham seus pesares e tinham que conviver com eles, ela achava Leonid forte por ter enfrentando o irmão e feito justiça não por capricho mas porque era o certo - Não odeie, eu entendo, algumas pessoas não merecem viver, conheci muitas durante minha curta vida - Dava de ombros, um pouco contente pelo outro ter se aberto também, não deveria ser algo pra ser contado a todos, ele basicamente lhe contou um de seus pontos fracos e bom agora ele também sabia um dela. - Sei como é, todo nervosinho precisa de uma calmaria, a minha se chama Kaspar, você viu como eu sou fácil de perder a cabeça e isso só pirou depois que me tornei loba, meu sangue ferve como chamas e eu posso sentir uma raiva insuportável quase incontrolável, isso me fez perceber que não sou mais a mesma mas de certa forma gosto de quem estou me tornando - Dizia com um sorte brilho nos olhos, talvez eles tivessem até um toque animalesco.
A detetive seguia o shadowhunter, com os olhos vidrados em cada detalhe, tirando suas conclusões sobre pra que servia algumas salas. - Tem razão, nas historias não tem como um herói conciliar a vida normal com salvar o mundo - Ela suspirava se perguntando se poderia ser substituída em algum momento, apenas tinha tirado um tempo do trabalho quando descobriu que não era mais humana, que não pertencia aquele mundo que sempre viveu mas antes trabalhava tanto que mal tinha uma vida, talvez tivesse se deixado desacostumar com aquela ideia. - Está bem - Dizia sentando em um dos sofás e esperando o outro trazer os tais livros. - Eu sei... mas... eu não... não vivi assim, talvez não consiga imaginar como seria se tivesse que lidar com tudo isso - Ela se lembrava do outro amigo, sobre ele ver aquele mundo desde criança e como deveria ser difícil. - Sim, ou eu seria basicamente demitida já que é meu primeiro caso desde que voltei, então seja legal comigo - Dizia em uma ordem e não estava brincando. - Já entendi - Engolia em seco tentando imaginar o que teriam que enfrentar então finalmente abria o livro, os olhos logo cintilavam talvez pela curiosidade ou medo, quem saber os dois, algumas coisas não tinha como ela ler mas pelas imaginas podiam distinguir a criatura, tentava ler rápido seguindo pelas partes mais importantes e sinalizava com os dedos os que poderiam ser o tal submundano. - Tem esse tal de Wildermann - Mostrava a figura pra Leo mas logo que passava via algo que se parecia com um Ogro. - Ou um Sig... Segbate... eu não sei, isso aqui - Ela dizia com certa dificuldade mostrando a figura. - Acha que pode ser um desses?
leonid-zherdev:
-Acho que poderíamos falar um pouco… sei que é Policial, divertida, ruiva, cheira a morangos e… o que mais? Brincadeira, não quero que se incomode, contar a nossa própria história é muito pessoal - começou animado, mas seu tom foi se normalizando para apenas simpatia conforme falava, não queria ser um intruso na vida da amiga, talvez ela se incomodasse de falar do passado e não queria lhe trazer más memórias a tona, não era necessário para o caso, muito menos para a felicidade da mesma - Musashi-sentei é o Alto Warlock de Tokyo, está lá, tendo a vida dele, as vezes ele abre um portal ou outro para me visitar ou eu o visitar, apesar que ando vendo-o cada vez menos, consequências da vida com responsabilidades de ambos os lados, não é? - respondia com o mesmo carinho anterior que guardava pelo mentor, se não fosse por Musashi, Leo nem imagina no que ele poderia ter se tornado, talvez só um lacaio de seu irmão, se tivesse muita sorte. Ele via porem o rosto da ruiva e rapidamente a sua mão foi por cima da dela, apertando com delicadeza o membro - Hey, está tudo bem? - Perguntava preocupado
-Sim, Orel era o antigo diretor do instituto, era antes de eu o matar - dizia sem cerimônia alguma - Ele cometeu muitos crimes e sabe lá quantos ele não nos fez cometer sem que soubéssemos… Não se preocupe, a morte dele não me machuca, diferente dele mesmo enquanto estava vivo - disse com um pequeno sorriso sem graça. Leo tinha vergonha, muita vergonha das coisas que o irmão fez no passado e tudo que ele fazia atualmente era para fazer do mundo um lugar melhor e quem sabe compensar pelos erros daquele seu falecido parente - Acredite, o que eu tenho com o meu Parabatai é muito mais irmandade do que aquilo que tive com Orel, ele ao menos me ensinou que para chamar alguém de “irmão” precisa de algo a mais do que apenas sangue e outras vezes nem sangue é preciso… Apesar que no caso dele, tudo que tínhamos em comum era esse sangue - Leo permanecia um momento em silêncio com a cara um pouco fechada, antes de gargalhar um pouco - Sim… com toda certeza ele te odiaria - parecia estranho como ele via graça no fato - E te levar no instituto assim o faria furioso! Obrigado por fazer parte disso - dizia com uma piscadela finalmente explicando. A presença de qualquer Downworlder no instituto era um insulto a memória de Orel e Leo fazia questão de constantemente fazer aquilo
Após um pouco mais de tempo, finalmente se encontravam no instituto, estacionando no subterrâneo, uma entrada pequena sem sinalização que passaria despercebida para qualquer pessoa, dando num estacionamento fechado ao público, que Leo abriu o acesso rapidamente com o inserir de um curto código num painel na parede. Eles saiam do carro, Leo educadamente aguardando Aylla, para que fossem até a porta prateada e ele apertar um botão para chamar o elevador -Sim, há mais criaturas, mas são raras, vemos pouquíssimos casos que envolvam Fairyfolk, mas podemos estar num caso destes, infelizmente para aquele coitado de Juiz - Leo negava com a cabeça pesaroso, quando o elevador chegava, eles entravam e então ele apertava para o ultimo andar, a sua sala da diretoria - Sim, unicórnios… Eles são importantes para os mundanos, por acaso? - dizia bem humorado, cruzando os braços, achando interessante a situação - Não tenho tempo mesmo, infelizmente, você não sabe o quanta coisa já fui recomendado e nunca pude assistir ou ler e infelizmente, não consigo nem ver num futuro próximo a chance de poder fazer qualquer uma dessas coisas - disse numa risada fraca, realmente ele estava lotado de trabalho - Podem ser Grimms diferentes, conheço esses também, são poucas das coisas que eu li quando era menor, sempre foram bizarros com mortes, dilacerações… - dizia enquanto olhava para o painel do elevador que subia para os ultimos andares, trivialmente - Olha, nesse caso suspeito que será morto mesmo, ele desrespeitou uma das piores clausulas dos acordos, matou um mundano, creio que terei que lidar com ele… Incisivamente
Até agora só sabe da parte boa mas amigos precisam conhecer um ao outro além disso - deu um pequeno sorriso tentando pensar no que podia contar - Bom vamos ver, eu nem sempre quis ser detetive, antes eu queria ser médica como meus pais, eu achava fascinante a ideia de salvar vidas e olha agora eu lido com a morte, mas protegendo as pessoas então acho que mantive o propósito. Eu nasci e cresci aqui em Moscow. Era, quer dizer sou, muitooooo louca por histórias em quadrinhos e eu queria ser uma super heroína um dia, eu sou uma pessima dançarina, meu hobby favorito é correr, eu as vezes queria ser morena porque eu acho que meu cabelo não é nada discreto e eu… não faço mais idéia do que falar - Riu fraco, assentindo as palavras do outro entendia muito bem como era complicado manter contato com tanto trabalho. Quando a mão lhe tocou sentiu um arrepio, aquilo estava ficando cada vez mais comum parecia que sua pele estava extremamente sensível. Olhou pro mesmo um tanto surpresa, principalmente por ele não se importa com a temperatura relativamente mais quente de seu corpo, tentou forçar um sorriso se sentindo um pouco mais segura pra falar sobre aquele assunto. - Tá sim, é que você falando do seu mentor me lembrou dos meus pais, eu não falo muito sobre isso porque odeio que sintam pena de mim, eles morreram quando eu tinha 18 anos, foram mortos por um lobisomem, o mesmo que me transformou, eu estava atrás dele e quando vi a tatuagem sabia que era ele então ele me atacou, agora eu tenho uma marca de suas garras na minha barriga pra me lembra todos os dias do que sou e o que aconteceu aquela noite - Respirou fundo tentando esconder os sentimentos mas era óbvio a raiva misturado com tristeza em sua voz. - Você disse que me ajudaria uma vez agora sabe porque é tão importante pra mim, eu preciso fazer isso, entende? Preciso fazê-lo pagar pelo que fez, se não nunca ficarei em paz.
- Ele devia ser muito ruim pra você precisar fazer isso - ele parecia seguro, calmo então a reação dos irmãos não era nada boa pois não havia um mínimo de carinho de Leo pelo outro. - Ele machucava você? - ela sentia quase vontade de ressuscitar o morto pra bater no mesmo por ser tão desgraçado. - Como escolheu seu parabatai? - Fez uma careta observando o mesmo rir era um pouco contagiante. - Então você gosta disso - Ela finalmente compreendeu rindo junto com a mesmo. - De nada, é um prazer - Dizia fazendo uma continência.
Aylla já tinha ido ao instituto mas com Kaspar então sabia o caminho, andando exatamente do lado de Leo. - Ele não merecia aquilo, ninguém merece - A ruiva tinha sua ideia de justiça e não entendia o que de tão ruim Ivan poderia ter feito para morrer daquela forma, não fazia sentido. - Talvez pra princesas em contos de fadas e em Harry Potter o sangue deles é muito poderoso - dizia com certeza drama na voz, era engradado falar com alguém que não conhecia sua cultura - Isso é terrível, até a polícia tira férias, vocês deviam ter algo do tipo - É claro que ela entendia afinal seu chefe vivia ocupado quase sempre. - Você conseguia dormir com essas histórias? Eu sinceramente tive pesadelos no começo, quando comecei a conhecer o mundo das sombras não sei como você levou numa boa, ou talvez eu que sou um pouco medrosa pra uma detetive - Encolhia os ombros, não que não fosse corajosa mas como Kaspar tinha dito tinha que ter medo para ter cuidado. - Então vai precisar de mim pra encobrir os rastros, isso nós torna, parceiros.
leonid-zherdev:
Leo ligava o carro imediatamente após Aylla entrar no veículo, não podiam perder tempo, havia muito o que se fazer ali, aquele caso não era comum - Eu… Cheiro… baunilha? - comentava distraído, antes de balançar a cabeça voltando a se concentrar no assunto - Bom, Musashi-sensei foi quem me treinou, acho que não te contei muita coisa sobre mim, não é? - dizia com um pequeno sorriso embaraçado, as vezes parecia que a conhecia mais tempo do que realmente a conhecia - Eu cresci não treinado pelo meu pai ou qualquer outro Shadowhunter, mas por um Warlock chamado Miyamoto Musashi, ele costumava ser um samurai no período feudal do japão, além de um incrível espadachim, um pouco doido… mas incrível - dizia rindo levemente, falando com carinho daquele que ele considerava o seu pai adotivo, por mais que isso nunca tivesse sido declarado ou oficializado - Sei lutar com duas espadas por causa dele, sem falar da minha filosofia e tudo mais… Por isso que não sou um Shadowhunter babaca e racista como o meu irmão mais velho era - a voz de Leo murchava um pouco a falar de Orel, havia parado de falar do mesmo a um tempo, na verdade talvez só fossem que os problemas atuais só pareciam maiores do que os anteriores, ainda sim, prefiriria seguir em frente do que ser assombrado pelo irmão o resto da vida, ter matado-o talvez tenha sido a melhor coisa que ele fez em sua vida inteira até então -Acho que vampiros queimam um pouquinho mais rápido que você - dizia tentando segurar a risada, que parecia querer sair com um pouco mais de intensidade que o normal, talvez fosse por estar tenso, mas cada pouco de humor que ele presenciava parecia lhe dar mais vontade de rir - Voltando ao nosso assunto… Bom… Basicamente há mais do que simplesmente Vampiros, Lobisomens, Warlocks, Seelies e Shadowhunters. Dentro da corte dos seelies temos o Fairyfolk, tecnicamente são fadas, mas de acordo com o Kaspar para os mundanos são figuras mitológicas completamente diferentes - por mais que explicasse para Aylla com detalhes, sua atenção na estrada era constante, quase estavam á, não demoraria muito até a chegada no instituto - Goblins, Ogros, Unicórnios, Pixies, Elfos… ele falou algo como “Tudo isso que você encontra em Harry Powder” ou coisa do tipo - queria dizer “Harry Potter” mas nunca teve tempo de cair de cabeça na literatura mundana, alias, o quão estranho poderia ser um livro escrito por mundanos sobre um warlock? - E eu tenho alguns livros que eu guardo, foram dados para Musashi-sensei por um Shadowhunter alemão e ele me passou, “Alguma-coisa-Grimm”, não me lembro.. Nicholas? Sei lá… - dizia balançando a cabeça novamente voltando ao ponto - Enfim, ele tem um catálogo inteiro sobre fairyfolk, precisamos encontrar um deles que tenha força o suficiente para fazer o que foi feito
- Eu não sei, não vou te cheira pra descobrir - sacudiu a cabeça em afirmação, escutando a história do mesmo. - Não, acho que nunca falamos muito sobre nós mesmos - deu de ombros, não era assim tão incomum até porque quanto menos soubesse menos se apegaria - E onde está esse tal de Musashi agora? - ela percebia o carinho no tom de voz de Leo e entendia muito bem aquele sentimento, entendia tão bem que sua feição se tornou triste aí se lembrar dos pais. - Seu irmão era o Orel, não é? Ouvir falar dele, era o líder antes de você e... então seria o tipo de cara que me odiaria? - como pessoas tão diferentes poderiam ser considerada irmãos? - Pelo que vejo você não se dava bem com ele, eu não sei bem como é crescer com alguém mas eu não acho que sangue define algo, chamar alguém de irmão é mais que só por parentesco pra mim - curvou um pouco mais os lábios ao se lembrar de Kaspar, talvez se ele fosse seu irmão de sangue não se dessem tão bem mas não conseguia imaginar isso. - Olha isso é algo pra se analisar - riu fraco, devia ser o bom humor de estar de volta. - Então tem mais criaturas pra eu me preocupar? - ela tentava aceitar aquela ideia com um certo medo, era uma tola por achar que estava tudo bem, que podia lidar com tudo aquilo e se... não, não faria aquilo de novo, enfrentaria o que tivesse que enfrentar e se precisasse leria todos aqueles livros que Leonid tinha e aprenderia o máximo possível. - Unicórnios? - gaguejou em uma careta. - Harry Potter - corrigiu rindo - Desculpa eu gosto muito dessa saga, um dia você poderia ver - sugeriu, talvez não fosse possivel afinal shadowhunters eram muito ocupados. - Não conheço, Grimm pra mim são os irmãos escritores das historias infantis pra crianças, minha mãe linha pra mim, agora elas parecem bem mais reais e assustadoras - jogou a cabeça contra o banco e fitou a janela. - Temos que fazer isso logo, quero esse monstro nas grades ou morto. - ela não sabia se desejar aquilo a tornava igual a ele mas não ligava.
leonid-zherdev:
Leo riu um pouco para dentro com a atitude da ruiva e via logo o policial atrás da mesma coçando um pouco a cabeça, meio confuso ainda, mas deixando o assunto pra lá, voltando a se concentrar nas suas notas - Disponha… Bom, sei que com qualquer pessoa já é assim, o olfato é o sentido humano com melhor memória… Mas consigo imaginar o quanto deve ser mais forte para vocês e não, não é que eu não queria que me visse, só estava tentando não te atrapalhar, se não me visse agora, iria te achar a atenção, apesar que duvido que seria necessário - dizia com um pequeno sorriso e uma piscadela, confiava nas habilidades de loba da amiga - Me acompanhe, sim? - dizia antes de desencostar da parede e começar a caminhar na direção do seu carro, desativando a runa que o ocultava assim que saiam do perímetro policial ( se certificando que ninguém o veria aparecendo do nada também, menos por Aylla, é claro ) - Isso é um ponto interessante, um juiz faz vários inimigos ocultos, que para ele nem são inimigos… Um caso a mais para ele, para o réu, mais um inimigo. Estudei um pouco de lei shadowhunter e acredite, é a mesma coisa em Idris… Ou no Japão, de acordo com Musashi-sensei - o tom de Leo era calmo, porém um pouco apressado, ele sabia muito bem o que fazia, não era a primeira investigação dele, mas era a primeira sob aquelas circunstancias com um demônio maior a solta - Pare com isso, você não cheira a cachorro molhado, é um absurdo que falar por terem inveja que você pode caminhar pelo sol - dizia levianamente, enquanto chegavam ao seu carro - Isso é interessante, pois eu tenho certeza que isso é um Downworlder e é um modus operanti completamente diferente de qualquer lobisomem que eu já cacei… Não gosto de generalizar as coisas, mas… Normalmente são mais ferozes mas menos brutais que isso… Golpes no corpo inteiro, mas não… Morder o pescoço de alguém até decapitar - dizia num tom um pouco irritado com aquela situação, podia pressentir o trabalho que aquilo tudo iria lhe dar - Eu tenho uma ideia, sei que você é nova, mas existem mais criaturas dentro do mundo das sombras, mais “fadas” se preferir… Entre no carro, precisamos ir para o instituto, tenho alguns livros que podem nos ajudar - Leo abria a porta do carro e começava a entrar no carro, mas voltava, se lembrando de falar algo - Alias, definitivamente não é Cachorro molhado, você cheira como… Hm… Morangos…? - dizia tentando decidir qual fruta remetia o perfume, antes de entrar no carro e fechar a porta
Aylla não estava certa que seu colega tinha acreditado totalmente em sua encenação mas parecia ter aceitado então relaxou um pouco os ombros. - Não é que seja mais forte é que todos os nosso sentidos são mais ampliados que os de um mundano, eu por ser novata ainda não consigo lidar muito bem com isso - encolheu os ombros, havia muita coisa diferente com seu corpo mas agora ela não se importava tanto, até gostava daquela intensidade nos sentidos. - Não séria - assentiu com a cabeça em um sorriso seguindo o mesmo, observava o mesmo passar a estela sobre a runa um tanto fascinada, ela sabia o que ele tinha feito mas ainda mantinha os olhos no perímetro em que se encontravam pra que ninguém visse alguém surgir do nada, de qualquer forma ele parecia seguro em meio a toda a situação e isso acalmava um pouco a ruiva. - Quem é Musashi-sensei? - fez uma careta, ela não conhecia tanto assim de Leonid mas esperava mudar isso com o tempo. - Levando em consideração a minha pele pálida eu acho que andar no sol não é tão vantajoso - riu baixo, as vezes ficava furiosa quando lhe chamavam de cachorro molhado mas se quisesse ficar viva teria que se acostumar mas de certa forma era bom saber que nem todos sentiam aquele cheiro. - Tudo bem, espécies tem seus padrões, quando um lobisomem ataca normalmente ele está descontrolado e as marcas de mordida não são bem como as que temos - disse um pouco mais calma, mas isso poderia mudar em segundos, um calafrio percorria o corpo da ruiva só de imagina a cena e a dor que o juiz tinha sentido. - Mais? Interessante - tentava não demostrar medo na fala mas ela não gostava de estar em um terreno totalmente desconhecido. - Livros? - mordia o lábio um tanto curiosa pra ver o que Leo mostraria a ela, quem sabe pudesse aprender um pouco mais e se ele se disponibilizasse poderia ler aqueles dais livros mais vezes. Entrava rápido no carro, fechando a porta e colocando o cinto, não podendo evitar rir com o comentário do amigo. - Morangos? Isso é bem diferente de cachorro molhado mas é definitivamente bem melhor, é bom saber que meu cheiro é agradável a alguém e eu amo morangos então obrigada - exibiu um sorriso um pouco maior não o reprovando pela comparação com a fruta, já tinha tinha sido elogiada pelo seu perfume mas apenas porque pediu então não sabia se valia. - Eu acho que você cheira a baunilha, é muito bom mas me da fome - tentou conter a risada mas foi impossível, que tipo de pessoas falavam aquilo?
leonid-zherdev:
A manhã tinha sido agitada no instituto, tudo o que menos precisavam naquele momento era de mais um chamado, mas infelizmente era o que aconteceu. Foi logo cedo quando as patrulhas relataram o assassinato brutal do mundano por mãos nada comuns, não sabiam porém o que tinha sido ou como tinha ocorrido, apenas que com muita provabilidade não tinha sido um mundano. Leo por sua vez ainda estava abalado pelas falhas recentes e pelo risco que a cidade, se não o mundo corria e se pôs pessoalmente no caso, para que as outras equipes conseguissem resolver o que precisassem, havia decidido quando se tornou diretor que não colocaria outros para fazer trabalhos que ele mesmo pudesse fazer, principalmente naquela situação em que manejar agentes para aquela investigação significava dar menos atenção ao caso de Lilith
Momentos após o reportado, Leo já havia pego um dos carros do instituto,um feito carro, preferia sempre que possível ir a pé com runas para se movimentar pelos telhados de Moscow, ou então por motocicleta, lhe dava uma sensação aceitável de liberdade, mas não sabia o que estava enfrentando, achou melhor, pelo menos por enquanto, conservar suas forças. Chegou lá antes mesmo da policia mundana, ainda que depois da perícia, sabia como poderiam fazer bagunça com a cena do crime e de cara viu o que se tratava. Seja lá o que atacou o juiz, não era mundano, de maneira alguma, o pescoço estava rasgado, destroçado, a cabeça desaparecida, mas o que mais o deixou curioso, pareciam marcas de dentes, alguém, ou algo, havia cortado a cabeça do juiz fora a dentadas
Momentos após, ele podia ver a metros a cabeleira de fogo de uma certa lobisomem se aproximando, alias, cabeleira de fogo e pele clara como a neve, era quase engraçado o contraste das cores da amiga Aylla que vinha para cumprir o seu trabalho policial. De inicio ele e ocultava da visão dela, sabia que sentiria o seu cheiro, mas ainda não a quis atrapalhar, se dando a liberdade de ficar na saída do beco assim que a viu terminando de analisar a situação. Ele estava de braços cruzados, apoiado na parede, cara um pouco fechada que se abriu em um sorriso quando a viu se aproximando com os seus vividos olhos castanhos claros esverdeados - Olá Ay… Suspeito que sim, seja lá o que for… - Ele olhava diretamente para um dos policiais mundanos que olhava curioso para a direção de Aylla, Leo sabia exatamente o que era - Suspeito que aquele cara ali está te achando uma louca falando sozinha… Coloca esse celular na orelha e finge que está conversando com alguém, eu estou oculto… - ele limpou a garganta esperando que ela fizesse o que lhe foi recomendado. Leo parecia um pouco impaciente aquela manha, mas tentava manter toda a cordialidade de sempre com a ruiva - Enfim… E pela sua cara só me confirma o que eu já achava, não é um Lobisomem, mas outra coisa
Retribuiu o sorriso, pelo menos ele correspondia bem a sua chegada, o amigo estava muito serio quando o viu de longe. - É bom te ver - os olhos da detetive se arregalaram um pouco e ela levou logo o celular a orelha, dando um sorriso pro colega de trabalho, ótimo tinha acabo de voltar e já seria chamada de maluca. - Obrigada, eu esqueci disso - mordeu a parte interna da bochecha xingando mentalmente. - Desculpa, você não queria que eu te visse né? É aquela coisa com meu nariz, consigo decorar os cheiro das pessoas, do sangue, do perfume, é esquisito - negou com a cabeça e deixou um longo escapar de seus lábios, agora sabia que Leo também não fazia tanta ideia do que fez aquilo com o pobre Juiz. - O pior é que, pelo que conheço do Ivan ele não tinha inimigos, pelo menos ele parecia uma boa pessoa, talvez eu deva checar isso, pode ser alguém querendo se vingar de algum caso que ele julgou - deu de ombros tentando encontrar algo que pudesse lhe ajudar em suas memorias. - Não, como os vampiros insistem em dizer temos cheiros de cachorro molhado e eu sou a única com esse cheiro aqui, mas eu não senti nada conhecido, não é vampiro ou feiticeiro, ou até mesmo seelie, apesar que eu só tive contado com uma então posso não recordar tanto, como podemos descobrir?
v-forvioletta:
“Até que enfim alguém com um pouco de razão.” Violetta não poderia ter um sorriso maior do que aquele que exibia para sua loba ruiva favorita. Ao menos alguém ali estava ao lado dela e a via não como uma inútil por estar grávida e sim que ela poderia ter uma vida relativamente normal. Na verdade era bom que tentasse ter pelos motivos que Aylla tinha explicado. “Viu? Não sou maluca por estar treinando.” Levantou as sobrancelhas e o shadowhunter que tentava argumentar com ela se sentiu vencido e foi embora, as deixando em paz.
Violetta se voltou para Aylla, abaixou o tridente e a abraçou com o braço livre. “Obrigada por isso.” Pelo que havia dito e por apoia-la quando todos pareciam não entender. “Estou bem… Apenas um pouco abalada ainda pela luta com o Agramon, mas é normal.” Pelo menos é que o que tinha dito para si mesma e para o psicólogo do Instituto que a seguia em todos os lugares. “E você minha querida?”
Aylla deixou uma risada escapar quando o shadowhunter saiu da sala, ela achava engraçado como as pessoas falavam de algumas coisas sem ter conhecimento algum sobre o assunto, mas ainda assim aquela situação a fez perceber o quanto Violetta era querida naquele Instituto. “Não foi nada, é o que eu faço pelas pessoas que gosto.” Retribuiu o abraço tentando não ser perfurada pelo tridente. “Eu suponho que um Agramon seja um demônio importante e forte.” Ela dizia com pouco curiosa e com certa admiração pela outra, se imaginava se fosse shadowhunter, se pudesse proteger o mundo de uma forma maior mas isso nunca seria possível. “Bom eu, posso dizer que o Halloween além de cansativo e até mesmo assustado, foi esclarecedor para mim, decidi voltar ao meu trabalho, fazer o que amo e parar de ter medo” Seu sorriso aumentava só de falar naquilo e não era pra menos, fora na policia que sua vida tinha tomado um rumo não sabia pra onde ir sem aquilo. “Bom o que acha de uma ajudinha com o treinamento?”
leonid-zherdev:
Chovia e trovejava naquela noite de Moscou, um mundano trancava a porta de seu apartamento, seu nome era Ivan e ele tinha um compromisso importante aquela noite, alias, tinha quase toda noite, era um juiz de leis mundanas, um dos bons, havia perdido a conta de quantos criminosos já havia colocado atrás das grades por crimes horríveis. Ivan estava ansioso e atrasado, tinha uma audiência aquela noite e tinha que chegar ao tribunal rápido, distraído pelo som da chuva ele não percebia a pessoa que se aproximava dele a passos firmes, passos pesados, raivosos e confiantes, que pareciam ficar mais pesados conforme se aproximava do Juiz. Ivan derrubava a sua chave quando a tirava da porta e se abaixava para pegar a mesma sem sequer perceber a grande figura que se posicionava atrás dele, forte, robusta e imóvel, punhos fechados de raiva e mesmo com a meia luz dos postes russos o banhando de uma forma que seus olhos ficavam ocultos, podia-se sentir que ele fuzilava o mundano com um olhar de ódio
Ivan se levantava e se virava, pronto para continuar a caminhar, mas esbarrava na figura, dando de cara com o tórax deste. O juiz apenas olhava para cima e a sua expressão se tornava de pavor ao reconhecer a figura. ele caia sentado, largando o guarda chuva que levava consigo - N… N… Não você!
A figura sequer respondia, apenas abaixava para alcançar o mundano, mas por sorte, talvez pela adrenalina, o juiz rolava no chão rapidamente, se arrastando e saia correndo pela rua, sem sequer olhar para trás, sabendo que seria seguido, na verdade… Seria caçado. O Juiz corria com toda sua força e fôlego, virando sempre que podia nas ruas, tentando despistar o seu perseguidor e após um tempo, acabava por entrar em um beco sem saída. Ofegante e desesperado, ele olhava desesperado para o beco reconhecendo o seu erro e então ouvia um som de uma lata de lixo sendo derrubada, que o fazia se virar apenas para ver a grande figura logo a frente do beco, parado, olhando diretamente para ele
-Não… Espere… Eu não… Eu só… - Ivan mal conseguia falar, tremia de medo, havia urinado nas calças, sabia muito bem quem era aquele. Mesmo se soubesse o que falar, a figura não ouviria.
A figura, sem demonstrar nenhuma expressão, entrava no beco com os mesmos passos firmes, derrubando o que estivesse em seu caminho, como se nada o parasse ou desacelerasse. Ele levantava os braços, direcionados ao Juiz e avançava para cima dele, que só tinha tempo de gritar em desespero, gritos que ecoavam por aquele beco junto do som que seguia de ossos quebrando e carne rasgando
No dia seguinte, a policia de Moscow havia sido chamada para atender as ligações preocupadas dos moradores do bairro, afinal naquela manha o corpo do Juiz Invan havia sido encontrado, sem a cabeça, restando apenas nacos de carne e pele rasgada, assim como uma grande poça de sangue seco. Seja lá o que fora, havia cortado a cabeça do juiz a dentadas, seja lá o que fez aquilo, não era humano. A unidade que chegava ali era nenhuma se não a de @xyllxxd tomara que ela tenha estomago para aquilo.
- Até quem fim mulher! - um dos policiais gritava no fundo assim que a ruiva entrava na delegacia, finalmente vestindo o uniforme. - Temos noticias quentes pra você, parece que temos um assassino ou animal a solta em Moscow, recebemos uma ligação, parece que o Juiz Ivan morreu ontem a noite, apenas reconheceram por causa da carteira pois o corpo foi totalmente dilacerado. Acha que pode dar conta? - outro disse com uma empolgação e certo medo afinal casos assim não eram tão comuns, deixavam todos apavorados e a policia não gostava nem um pouco de ser chamada de incompetente. - Você esqueceu quem eu sou? Vamos logo com isso, vou precisar que chame a legista e... ah você já sabe o que fazer me encontre no local do crime - Aylla apenas disse, firme e confiante em uma ordem antes de sair novamente, seria mais fácil se Kaspar estivesse alí para irem de carro mas já que o mesmo estava ocupado em outro caso tratou de pegar uma das motos.
Assim que chegou no local se aproximou da área restrita colocando as luvas descartáveis e tentar analisar a cena. - Então o que temos? - Disse um pouco mais alto para os outros policiais já presentes. - Não muita coisa, os moradores não viram nada apenas escutaram os gritos e quando vieram ver o que acontecia, bom viram isso - era de deixar qualquer um com estomago embrulhado mas pra aquelas pessoas era um pouco mais fácil, mas não evitava o enjoo, Aylla sentia o cheiro do sangue podre três vezes mais forte e era insuportável. - Não foi uma animal, é violento demais, animais não atacam assim, a legista já deu uma olhada? - a mesma tinha quase certeza que era um submundano mais não conseguia decifrar pelo cheiro que tinha ali, ainda não conhecia todas as criaturas daquele mundo. - Sim e disse a mesma coisa que você - aquilo não ajudaria muito, precisava de uma equipe extra. - Me mantenham informada - se afastou pegando o telefone mas antes que pudesse discar nos números para pedir ajudar seu parceiro Kaspar, avistou e bom uma ajuda dele seria melhor ainda e ainda mais pratico já que ele já estava ali, se aproximou. - Oi Leo, se você tá aqui quer dizer que foi um downworlder, não é?
katrinexvampire:
(flashback)
Katrine sorriu, suas mãos serpenteando inocentemente a camisa de Aylla enquanto observava os dados. “Eu amo esse jogo. Todos temos uma reputação amor, uns são mais conhecido do que outros, mas todos temos.” Ela respirou, olhos treinados na mesa. “ Não, sendo sincera não procuro qualquer pessoa. Doce cisne é um modo de falar, quer dizer que eu não te considero uma ameaça. Assustar criancinhas? Não perco mais meu tempo, é tão fácil."Assentiu, ela apertou um beijo tímido no ombro de Aylla. ” Não necessariamente, eu não vou te machucar mas outros podem tentar fazer isso. Pulsos, qualquer outro lugar que passe uma veia, ate por que mesmo não sendo aparentes elas percorrem todo o seu corpo.” não precisava entrar muito em detalhes, as pessoas tinham uma ideia muito errada que vampiros só se alimentavam de uma pessoa a drenando pelo seu pescoço, apesar desse ser o local de mais fácil acesso. “ A vida pode ser cinza ate mesmo com eles em alguns momentos, quem colore sua vida é você e apenas você.” a maioria das pessoas colocava a culpa pelas coisas que davam errado na vida delas em terceiros. Mas a verdade era que cada um era responsável pela própria vida e mais ninguém. “ Posso dizer que sim, mas isso não vai acontecer. Todos a quem eu importava ou significava algo já se foram, quem eu seria agora se isso realmente fosse possível?” ela nem queria pensar em tal possibilidade, ela não seria nada e nem teria ninguém. “ Então é preguiçosa? Não me decepcione lobinha, então você supostamente gosta de investigar a vida alheia…” A ruiva lançou os dados em cima da superficie plana tirando um quatro e um seis, era um numero bom mas não o melhor. “ Eles não podem, é uma das questões dos tratados, Seelies são mais antigos seres do mundo, e como o tal eles tem algumas praticas que são muito mais antigas que os próprios shadowhunters. E nem mesmo eles querem entrar em uma guerra com Seelies.” nenhuma especie de fato queria entrar em guerra com eles, qualquer tratado era sem nenhuma duvida benéfico com seelies pois eles possuíam o jogo das palavras e o dom de dizer meias verdades, o que facilitava na hora de enganar ou dissimular suas intenções. “ Não sinta pena. Já faz muitos anos.” aquele tipo de coisa não era natural para ela, alguém a tratando como se realmente importasse mas o contato foi breve e se desfez antes mesmo que ela pudesse retribuir de alguma forma. “ Não precisa se desculpar, já passou e também não vai fazer diferença mas podemos tirar lições dessa historia e não cometer o mesmo erro novamente. Principalmente você que está entrando agora nesse mundo, não deve confiar em todos, nem mesmo na sua matilha.” era um conselho sincero, não era tipico da ruiva fazer aquilo mas o que estava sendo tipico naquela noite totalmente fora do comum. “ Toma, vamos nos divertir um pouco e não esquece se você perder, eu não queria estar na sua pele amor.” entregou os dados para ela com um sorriso as sombras do que estavam falando já tinham se dissipado, fazia muito tempo que não falava disso com ninguém.
“Acho que eu deveria sentir medo da sua experiência ou te considerar uma professora?” Ela sentia o corpo um pouco mais quente pelos toques casuais e simples, não eram nada demais mas ela sentia certo prazer com aquilo, uma parte sua quase se sentindo feliz por não ser qualquer pessoa para outra. “Mas talvez eu seja uma ameaça. Eu não tive uma vida tão longa para me enjoar de coisas bobas e fúteis então vou continuar sendo uma louca nas ruas de Moscou” Deu uma leve risada que se cessou ao sentir os lábios da outra em sua pele, não pode evitar dar um longo suspiro. “O... o que está... fazendo?” Murmurou um pouco sem jeito, talvez tivesse gostado mais do que devia daquilo e talvez quisesse mais, pelos deuses parecia uma adolescente. Assentiu as palavras alheias, tomaria cuidado não só por si mesma mas porque precisava se quisesse proteger os outros. Mas algo lhe chamou atenção a outra parecia um pouco aberta em lhe ajudar como se de alguma forma se importasse, mas deveria ser coisa de sua cabeça, talvez desejasse mais carinho do que tinha. Quem colore sua vida é você e apenas você, Aylla repetiu mentalmente e guardaria aquelas sabias palavras, ninguém nunca havia lhe dito algo assim, sempre culpava o destino por suas mazelas mas a outra tinha razão, quem fazia sua felicidade era ela e se a quisesse teria que ir atrás e não esperar que os outros o fizessem. “ Talvez fosse devesse tentar ser um pouco mais que só uma vampira, talvez se apegar a alguém mesmo que essa pessoa não fique para sempre em sua vida, talvez fosse possa ter alguns momentos humanos, os maios toscos que quiser, posso ser a primeira a te dar isso, se desejar” Era uma boa oferta e não sairia perdendo, pelo contrario. “ Jamais! Eu adoro o que faço e gosto de bons desafios, eu não investigo a vida alheia apenas aqueles que precisam ser investigados, gosto da arte da descoberta, talvez eu seja bastante curiosa e prefiro ser surpreendida” Deixou um sorriso brotar nos lábios ao se recordar dessa parte sua que nunca mudaria mesmo sendo loba ou humana, tinha tentado fugir de quem era mas não podia, talvez devesse voltar pro oficio, nunca seria a mesma de antes mas se essa ainda era sua paixão então deveria voltar a ser detetive . “Não é muito justo, ninguém deveria ter tanto poder assim.” Deu de ombros, ela tinha medo deles mas não poderia deixar que as coisas permanecessem como eram se pudesse impedir o faria sem pensar duas vezes. “Não sinto pena, você é extremamente forte e isso me faz te admirar, eu só quero que saiba que eu me importo não importa a quantos anos atrás aconteceu, eu adoraria arrancar a garganta de quem fez isso.” Deu uma leve risada mas sem deixar que suas palavras perdessem a verdade. “Mas isso não vai me deixar sozinha no final?” Disse um pouco curiosa, talvez fosse assim que a outra levava a vida mas Aylla não, ela tinha uma necessidade de ter pessoas ao seu lado, pessoas que pudesse chamar de família e sinceramente apenas Kaspar possuía sua total confiança. “Eu estou com medo” Mordeu o lábio e pegou os dados disposta a tornar aquela noite um pouco melhor para as duas, jogando os objetos sobre a mesa e sentia o coração bater forte com cada girada que os dados davam enfim caindo um cinco e um três, ela tremeu as bases só de pensar no que a outra lhe pediria para fazer então preferiu arriscar. “Olha que tal a gente pular a parte dos micos e fazer o que realmente queremos” Murmurou deslizando as mãos entre a curva do pescoço alheio e tirando os fios loiro depositando um beijo no local.
shcxwolf:
Suspirou ao olhar o celular e se levantou, começando a soltar seus cabelos e tirar os sapatos de salto. - Sabe, eu nunca pensei que ver um namorado vampiro seria mais complicado do que ver um humano, parece que o Isaac sempre tem alguma coisa para fazer com o Guilhermo, ou para o Guilhermo, acho que ele devia começar a namorar o mestre dele. - Rolou levemente os olhos, estava falando sobre o outro como seu namorado novamente, mas ainda nem haviam acordado isso, talvez fizesse aquilo para sentir que ainda havia algo normal em sua vida. - Desculpe, mas o que você queria falar?
Aylla se ajeitou na cama fitando a outra com um sorriso travesso e curioso. - Então eu acho que tenho sorte por não ter nenhum - brincou, contendo o riso em uma mordida no lábio, ela sabia que não podia caçoar da outra, sabia o quanto relacionamentos eram complicados mas talvez fosse mais fácil apenas tornar toda aquela tensão em uma brincadeira, Aylla era boa nisso. - Olha eu acho que é possível eles namorarem você já viu como o Guilhermo é gato? - deu uma piscadela tentando se recordar do que queria conversar mas não era nada importante para a loira e sim pra Aylla, ela estava pensando em voltar a ser detive mas poderia falar disso outra hora. - Nada, sua vida amorosa parece mais interessante, quer dizer eu não sei como consegue se dar bem com um vampiro, eles são tão... insuportavelmente uns filhos da puta, sem ofensa.
v-forvioletta:
“Oh pelo amor do Anjo, eu estou grávida e não doente.” Violetta revirou os olhos e voltou a sua sequência de golpes com seu tridente contra um oponente invisível. Gostava da sala de treinamentos do Instituto porque era ampla e bem iluminada e treinar estava lhe proporcionando um pouco da confiança que Agramon havia lhe tirado no Halloween.
Aylla estava no Instituto em busca de Kaspar, sabia que ele morava ali agora, mas se pegou descobrindo um pouco sobre o local e logo encontrou a área de treinamento. Ficou na porta admirando Violetta com um sorriso logo deixando uma risada escapar com as reclamações da outra a um dos companheiros shadowhunters. “Na verdade exercícios fazem muito bem a gestantes, contando que seja equilibrado e não aumentem muito os batimentos cardíacos ou a temperatura do corpo, precisa de um pouco mais de moderação mas ela não estava fazendo nada demais, acabou de começar, além disso se manter em forma significa que depois da criança nascer ela vai voltar a trabalhar ainda mais rápido. ” A ruiva disse com certa propriedade do assunto, afinal seus pais eram doutores e talvez se eles não tivessem morrido, ela também fosse. “Então na verdade você que está fazendo mal a ela a irritando” Se aproximou abrindo um sorriso pra morena e colocando a mão sobre seu ombro pra que ela parasse um pouco. “Como você está?”
kaxpar-m:
“Então já parou de ter pesadelos? Isso é bom.” perguntou, já um pouco mais aliviado por ver que a outra estava bem melhor. “ Isso é o básico, não vamos dar conta de mais do que isso, e só isso parece já muita coisa.”— não fazia questão de esconder o quanto desprezava algumas coisas no mundo em que tinha crescido, mostrando-se saudoso de coisas que nunca lhe pertencera. A verdade é que uma vida normal estava muito longe do alcance do Matveet.“É claro que lembro” riu, como se fosse óbvio. “ Isso é ruim de muitas formas, mas somos fortes e vamos conseguir lidar com isso.” — era como se estivesse a falar consigo mesma para criar forças e, de fato, não diferia muito, considerando que ele sempre ficava apreensivo com aquelas situações, algo que, de regra, causava uma adrenalina grande no rapaz. “Você consegue.” ele continuou fitando a arvore em sua calmaria tentando analisar a situação de todos os lados e em como poderiam agir. “ Pode deixar, vou tentar descobrir algo. Vou continuar jogando pedras.” Pegou algumas pedras de diferentes tamanhos e jogou em direções diferentes para tentar provar uma teoria que já tinha em sua cabeça, várias raízes se movimentavam ao mesmo tempo assim que sentiam movimento perto de si, mas a arvore não tentava levar nenhuma das pedras para baixo da terra ao contrário do que fazia com seres vivos. “ Deve servir.” ele pegou o facão, sabendo que como era ela que tentaria se aproximar precisaria ainda mais que ele se defender. “ Sempre.” ele estava ao lado dela e mesmo que não fosse ser a isca em um primeiro momento estava pronto pois já havia analisado os possíveis pontos fracos da arvore.
“Sim, só acontece quando eu não consigo aceitar de vez algo fora do "normal" tipo quando eu vi um demônio pequeno ser morto por um shadowhunter ou quando eu me transformei pela primeira vez e não consegui me lembrar de nada.” deu de ombros tentando levar aquilo como se fosse algo normal, Aylla não costumava ter medo, teve que aprender a lidar com eles desde sempre mas agora se sentia um pouco fora dos eixos. Deu um riso contagiada pela risada de Kaspar. “Sempre conseguimos lidar com qualquer coisa, não sera agora que isso vai mudar.” tentou com todas as forças acreditar naquelas palavras. Aylla gostava da emoção e realmente pisar em um terreno desconhecido lhe causava isso, ela sentia uma confusão imensa entre o medo e a fascinação mas suspeitava que era normal pra um novato sentir isso. Deixou um sorriso brotar em seus lábios com a confiança que a amigo tinha sobre si, as vezes nem mesmo ela conseguiu ter tanta algo confiança e precisava ouvir Kaspar, ele era como um anjo em sua vida e não sabia o que seria de si mesma sem ele. “Certo, mas tome cuidado.” Disse apreensiva depositando um rápido beijo na bochecha do mesmo antes de sair.
Assim que voltou sentia o corpo um pouco mais agitado. “Descobriu mais alguma coisa?” segurou o machado verificando com os dedos se estava afiado o bastante. “Então vamos.” disse um pouco mais confiante, estavam lado a lado como sempre e ela sabia que dariam o melhor para saber o que tinham alí, e sem deixar de proteger um ao outro. Aylla puxou o ar com força antes de lançar um olhar para o colega e avançar em direção da árvore, seu olhos brilhando como os de um lobo, assim que chegou perto do território tentou defender com a arma os golpes mas "machucar" a árvore parecia só deixa mais irritada, sentiu as pernas serem puxadas, usando toda a força que tinham pra cortar os ganhos que lhe prendia, não desistiria tão fácil.
katrinexvampire:
Suas mãos rodearam o tronco do humano o puxando para si enquanto sentia o cheira da ruiva, o perfume que ela usava, um sorriso brilhante em seu rosto antes de se afastar e pegar os dados em seu bolso. “Eu vou ser generosa com você. Não diga a ninguém. Isso vai arruinar minha reputação. Yatzee é um jogo de dados, jogamos cinco deles, e o objetivo é conseguir o maior resultado, a melhor soma. Quem perde em cada rodada paga uma prenda. ” Ela riu para si mesma, seu sorriso mais brilhante. “Diga-me, o que você fez hoje, meu doce cisne? Não se preocupe com isso, sou uma mulher controlada e se eu quisesse seu sangue já tinha tomado, não deixe um vampiro chegar muito perto se não pretende ser mordida e não digo só do pescoço, alguns preferem outras partes." ela esperava que ela não fosse sempre tão aberta assim. “ Garota esperta. Isso acontece mais do que imagina, principalmente com as mulheres, no mundo humano as vezes somos mais frágeis, mais influenciáveis, não digo em termos de força, mas por que somos mais bobas, acreditamos em sentimentos por isso somos enganadas de forma fácil. Não deixe que sentimentos nublem seu julgamento nunca entendeu? Já que quer ser forte, isso é o que deve fazer em primeiro lugar.” ela rolou os olhos, era exatamente disso que estava falando. “ Sim, mas deixa eu te contar uma coisa, nem sempre funciona assim, a eternidade cansa, ninguém fica com outra pessoa por uma eternidade, é chato, depois do primeiro seculo você não está aguentando mais a outra pessoa, acredite não é tão maravilhoso quanto os sentimentos humanos fazem parecer.” ela deixou o ar entediado das coisas sérias que falavam anteriormente quando escorregou os dados para ela a incentivando a jogar. “ Por enquanto sim, por que isso te incomoda? Veja pelo lado positivo, estou sendo sincera.” ela deu de ombros de maneira displicente, com o tempo havia os momentos de ser sincera e os momentos de dissimular, enganar, não precisava fazer isso com a ruiva a sua frente. “ Segundo ponto para se observar, seja sempre cuidadosa principalmente com seelies, é a pior especie que existe, não se deixe enganar pela aparência maravilhosa que eles tem, vampiros são predadores mas as vezes você consegue escapar, seelies nunca deixam uma presa escapar.” ela não sabia por que estava dando dicas para ela, talvez por que de certa forma a menina lembrava um pouco ela mesma no inicio. “ Veja pelo lado positivo, eu evolui então você também com certeza vai.” era a realidade, a lei da sobrevivência naquele mundo onde estavam inseridas. “ É muito difícil gostar quando te aprisionam e te escravizam, assim que fui transformada passando meu período de adaptação fui escravizada em um bordel de vampiras. Sim isso existe na França. Então eu odiava, tanto ser uma vampira quanto as coisas que era obrigada a fazer.”
(flashback)
O puxão fez o corpo da ruiva se arrepiar e um suspiro escapar por entre os dentes, o que aquela mulher estava fazendo? Ela tenha um brilho estranho nos olhos e Aylla sentia que estava correndo perigo, mas porque não fugia? “Obrigada. Não vou falar a ninguém, apesar de não entender porque esconder. Mas que reputação? Achei que nem tivesse uma. Gostei, vamos jogar, apesar de achar que estou perdida se você ganhar.” Deixou um sorriso escapar mantendo o bom humor na voz. “Seu doce cisne? Bom o clássico, assustar criancinhas, fazer a noite de algumas pessoas melhor, proteger minha cidade. E você? Abordou mais alguém para te entreter essa noite?” Deu de ombros com um sorriso travesso nos lábios. “Que bom, eu já não posso dizer o mesmo de mim mesma. Eu deixei você, isso foi um erro? E que outras partes se refere? Pulsos?” Disse se mantendo curiosa como sempre, queria conhecer mais daquele mundo é daquelas espécies. “Sentimentos sempre são o pior inimigo de alguém não é? Mas a vida seria muito mais cinza sem eles.” A forma como a outra falava lhe fascinava um pouco e podia ter uma ideia de como ela era agora, tinha se machucado e isso a mudou pra que não acontecesse de novo. “Entendi.” Não era novidade que haviam dois tipos de pessoas a quem sentem e se machucam e as que não sentem e machucam, ela já sabia mas sempre era bom reforçar. “Então de pudesse você gostaria de voltar a ser humana novamente?.” ela se sentia um pouco sortuda por não ter se tornado um submundo imortal, talvez essa fosse a pior maldição demoníaca. “Não, nem um pouco. Prefiro que seja sincera, polpa meu trabalho de investigação.” Fitou os dados na mão da outra, ela parecia mais interessada em seguir com o jogo do que manter uma conversa séria. “Eu vi uma seelie hoje, ela parecia interessada em me mostrar minha natureza animal. E eu não gostei nada, muito menos da cultura deles com os mundanos, o instituto deveria fazer algo mais eficiente para combater isso.” negou com a cabeça se lembrando da loira, seu sangue fervia só de pensar naqueles seres roubando crianças. Assentiu as palavras seguintes, querendo ou não aprenderia a lidar com aquele universo. “Eu, eu sinto muito.” Aylla sentia repúdio só de pensar nos monstros que fizeram aquilo com a outra. Não sabia como poderia ajudar então se aproximou com cautela e a envolveu em seus braços, com certo medo de ser rejeitada então logo se afastou. “Olha as vezes coisas ruins acontece mas temos que tirar o melhor e pelo que vejo você se tornou mais forte. Eu gostaria de poderia fazer algo pra ajudar, me desculpe por entrar nesse assunto delicado” Deslizou as mãos pelos braços alheios, talvez fosse um pouco boba e ingênua por sentir tão fácil, por ser tão apática, mas ela queria muito saber quem fez aquilo com a ruiva e os fazer pagar. “Espero que ainda queira minha companhia, ainda posso fazer algo bom por você, o que quiser.” Disse um pouco insegura sobre a proposta afinal ainda lidava com uma vampira.
kaxpar-m:
Não era segredo que ele tinha Aylla em grande conta, mesmo antes de passarem para a academia, estudaram juntos, durante os testes estavam juntos, nada mais natural do que quando começaram a trabalhar também foram juntos. Pra ele ainda era uma confirmação de que sempre ficariam juntos, fosse da forma que fossem, nada os separaria, nem mesmo agora com a condição da outra de submundana. Pelo contrário, isso só ajuda ainda mais, para que eles se apoiem mutuamente, ele mais a ela do que ao contrário visto que agora era ela que necessitava de apoio e força. “Se você ficasse mimada eu sairia correndo para as colinas.” respondeu, sorrindo de canto, um sorriso que logo morreu em sua face. “Estou aqui para ajuda-la a dormir também se precisar, conheço técnicas infalíveis.” tentou aliviar o clima que se seguia de apreensão mas sabia que seria inevitável tal sentimento tomar conta de ambos visto o que os esperava. “ Não tem problema, podemos descobrir depois agora precisamos tentar cuidar disso.” um problema por vez era o lema do policial, então primeiro tentariam podar a arvore. “ Muitas coisas hoje não fazem sentido para mim também, não sei se isso te consola mas quem sabe juntos a gente dê um jeito. Tudo bem, só precisamos de uma ideia de como fazer isso.” ele se sentou na escada tentando ter uma visão debaixo, do meio da arvore para baixo talvez isso ajudasse a perceber algum ponto fraco na madeira que podia ser facilmente golpeado realizando algum resultado melhor do que o que eles tinham no momento. “ É uma hipótese, tem um cheiro meio acre, de sangue eu acho no ar.” estava misturado com podridão e talvez apenas por isso não tinham um enxame de vampiros por ali, e esperava que não tivesse nem tão cedo. “ Tudo bem mais tenha cuidado, vocês tem alguma machadinha, facão ou qualquer coisa ou ferramenta cortante aqui? Vamos precisar tentar nos proteger caso ela tente nos arrastar.” ele tinha que tr uma escapatória para agir caso ela tentasse arrastar algum deles para baixo.
Aylla deu uma pequena risada nasal, quase como se por míseros segundos tivesse esquecido tudo a sua volta mas então o sorriso nos lábios de Kaspar sumia e tudo vinha a tona novamente, jamais teria momentos normais em sua vida e ela nunca desejou tanto que os dois estivessem só passar um tarde resolvendo casos, tomando café na praça enquanto rabiscava em folhas de papel, tendo aquelas conversas sem fundamento e sem se preocupar com o que poderia acontecer no final do dia. “Bom... se eu tiver mais pesadelos já sei quem chamar” forçou um pequeno sorriso, não queria incomoda-lo com aquilo, ele já estava fazendo muito por ela. “Um problema de cada vez” fez uma continência lembrando do lema que o parceiro de policial sempre dizia. “Eu acho que as coisas são mais fáceis em equipe, nosso capitão sempre diz melhor duas cabeças do que uma, lembra?” assentiu tentando pensar em formas eficientes de resolver aquele problema. “Não é um cheiro bom de sangue, pelo menos nenhum eu já tenha sentido, muito menos forte assim.” ela não gostava muito da situação em que se encontravam mas teria que lidar com isso. “ Eu vou” ela diria pra ele não se preocupar mas seria uma inútil. “ Eu acho que tem na cozinha, eu vou dar uma olhada, você fica aqui e tenta descobrir algo dessa... coisa” disse em uma ordem apontando para a arvore, logo saindo do local. Assim que chegou pegou o fação de cortar carne sobre a mesa de comida e verificou se tinha algo maior e mais cortante no porão, dando graças por achar uma machado de dois lados. “ Consegui isso” disse um pouco mais alto antes de alcançar Kaspar novamente, lhe estendendo as mãos pra escolher uma das armas. “ Está pronto?” disse um pouco insegura sabendo que não teria como voltar atrás. Ela poderia avançar de uma vez e dar seu tudo mas preferia esperar terem um plano bem executado.
kaxpar-m:
“ Somos irmãos de barrigas diferentes, isso é apenas um detalhe, e detalhes entre nós dois não são importantes.” ele gostava de ter aquela proximidade, de ser a família dela era algo em que se apegava, alguém que podia chamar de família. “ Não importa o que diz, e sim que eu sempre vou ser o irmãozão protetor, já devia ter se acostumado.” ele fez uma careta como se aquilo fosse algo normal, e pra ele era normal se preocupar ainda mais agora que ela ainda estava se adaptando. “ Claro, agora eu não preciso mais fingir, ou trocar de caso por que não queria te expor ao mundo das sombras.” aquilo era real ele de fato era cuidadoso antes, mesmo que não tivesse surtido o efeito necessário e ela agora fosse pertencente aquele meio. “ Eu não sei, nunca tinha visto isso antes, pode ser coisa de Warlocks, andaram mexendo com algum?” ele perguntou sobrancelha levantada, qualquer informação seria muito boa. “ Não, ela ainda estava menor quando consegui entrar, mas pelo visto parou nesse tamanho, o que é bom.” a situação não era nada boa, o portão havia sido arrancando e pendia torto, um emaranhado de ferro e raízes de todos os tamanhos possíveis. Era de fato desolador o cenário a frente deles, mas teriam que encarrar não sabiam quanto tempo demoraria para chegar alguma ajuda. “ Acho que consegue ser mais bizarro que o salgueiro lutador, por que ele não puxava nada pra baixo da terra e sim protegia… pelo anjo. E se a função dele não for apenas proteger algo e se sua função for proteger e alimentar algo?” Isso explicaria o odor de sangue putrido que sentiu vindo debaixo das raízes quando sua perna fora apanhada
O sorriso nos lábios de Aylla apenas cresceram, os dois perderam os pais ainda jovens e compartilhavam daqueles sentimentos e graças ao Anjo, haviam se conhecido, trabalhavam juntos e eram parte da vida um do outro, podiam não ter muito ou não ser o família mas convencional mas eram com toda certeza uma família. “Se eu me acostumar vou virar uma minada, porque eu gosto muito disso” bagunçou as madeixas castanhas com certo carinho, agora sem mentiras o que tinham estava ainda mais forte e solido, indestrutível. “Sei que não queria que eu... fizesse parte disso tudo mas, tá tudo bem, eu prefiro assim, sem mentiras, se esse é o mundo então eu fico feliz em o conhecer por completo, apesar de que algumas coisas me deixam sem dormir” uma grande parte de seu coração desejava que tudo fosse uma brincadeira de mau gosto, mas estava muito longe de ter tal pedido concedido. “Warlocks!? Eu sinto muito mas se andaram eu não fiquei sabendo” de imediato se lembrava de Morrigan, ela não tinha lhe dito nada muito menos ido ali então não fazia muito sentido, só se fosse um warlock fora do clã. “Então uma planta saiu do nada e começou a crescer em um ritmo mais rápido que o normal na área dos lobos... isso não, não faz sentido pra mim” a imagem diante dos olhos esverdeados não era boa e muito menos semelhante a algum caso que já teve que solucionar, era algo sobrenatural e teria que usar métodos diferentes do que um mundano usaria. “A... alimentar algo?” gaguejou sentindo o forte cheiro de sangue, sentindo o estomago revirar e teve que se inclinar e levar a mão a boca para não vomitar, respirando fundo e lentamente para se recuperar e erguer o corpo mais uma vez. “Precisamos descobrir o que isso é o mais rápido possivel Kaspar. Talvez eu possa me aproximar, sou mais resistente que você agora e se me machucar vou me curar com o tempo” sugeriu tentando não mostrar insegurança em suas palavras.
katrinexvampire:
Katrine se aproximou de Aylla e a rodeou, inclinando o peito para as costas do ser mais novo, afastando os cabelos ruivos sentindo o perfume dela. “Eu acho que em vez de correr devemos jogar Yahtzee. Oh, bom, eu adoro esse jogo! Até vou deixar você ir primeiro, seu perfume é realmente delicioso. ” ela se afastou um pouco voltando ao seu lugar original. “ Sim.” Katrine riu. “ Não se iluda, todos precisamos de alguém que nos proteja, ainda mais quando se é nova nesse mundo cheio de muitos perigos e seres mais poderosos que você. Alianças são sempre bem vindas.” ela gostava daquele comportamento rebelde da outra. “ Prefiro companhias mortais do que vampiros. Quando você convive com uma pessoa por mais de um século acaba enjoando da cara da pessoa.” mortais eram tão previsíveis, provoca-los era tão fácil, suas reações sempre eram impressionantes, as batidas do coração a faziam sentir nostalgia de quando sentia o seu bater no mesmo compasso. Talvez por isso preferia humanos, o calor da pele, as batidas do coração, a mortalidade era atraente, a imortalidade sempre a enjoava, eram muitos anos de vida, vendo pessoas morrerem, nascerem crescerem, e ela continuando a mesma. “ Não quero imaginar então como seria, se fosse.” o tom irônico na voz era perceptível, havia coisas que não fazia questão de esconder. “ Como desejar, senhorita mistério.” ela realmente não ligava, não quando era uma coisa que podia descobrir depois e de forma mais fácil, nada era segredo no mundo das sombras e até o que era oculto sempre vinha a luz, depois de mais de dois seculos de existência aquilo era um fato para a vampira. A outra também aprenderia com o tempo ainda era um bebe engatinhando em meio a feras. “ Sua suposição está mais do que correta. Ninguém permanece ingênua depois do mundo das sombras.” conhecia poucos que se adaptavam e gostavam da nova condição de cara. “ Era uma pata choca assim como eu era antes de ser vampira. Não me admira que goste da intensidade. Depois que me libertei do meu algoz também passei a gostar do que recebi.” enfim no geral, embora suas especies fossem diferentes, eram vitimas de uma doença do mundo das sombras, não eram tão diferentes, nem na aparência e nem por dentro, mesmos anseios, mesmos medos as duas mulheres eram mais parecidas do que podiam pensar a respeito delas. Isso era de certa forma surpreendente para a ruiva que não iria esperar algo assim de uma loba fedida.
(flashback)
Todo o corpo da loba se arrepiava com o corpo da outra tão próximo, sentindo o mesmo de encontro com o dela nem que apenas por alguns segundos, o toque de seus dedos ao tirar os fios de cabelo caídos sobre o pescoço, ela quase sentia uma vontade estranha que a mesma a mordesse, mordia o lábio inferior tentando afastar tais pensamentos. “Yahtzee? Quais seriam as regras?” arqueou uma das sobrancelhas tentando não parecer tão afeitada pelas provocações da outra e sim curioso sobre o jogo, já acontecia um jogo ali e não saber as regras tornava tudo perigoso. “Mas que mulher boazinha. Eu realmente espero que não esteja falando do meu sangue” Sorriu esperando que a outra focasse no seu cheiro bom, o perfume em sua pele e não de loba. “Eu sei, se eu tivesse alguém pra me proteger eu não seria uma loba agora. Eu espero mudar isso com o tempo, não quero ser frágil e estar sempre com medo, quero ser tão poderosa quanto qualquer um no mundo das sombras, quero fazer juiz ao poder que corre em minhas veias. Alianças são fundamentais e eu jamais dispensaria uma com vampiros.” já tinha se metido em encrenca com alguns, seria bom uma trégua, ter alguém do seu lado. “ Bom... algumas pessoas dariam tudo para ter outras por toda a eternidade, mas entendo que a imortalidade seja chata, deve ser difícil encontrar algo novo e interessante pra fazer todos os dias” suspirou tentando não pensar em coisas ruins que estragassem sua noite. Pressionou os lábios sem conseguir conter os pensamentos indecentes que a outra parecia querer que tivesse. “O que quer de mim? Sou um passatempo pra você?” de certa forma não se incomodava com aquilo, precisava de uma distração e gostava do entretenimento proporcionado pela palavras com duplos sentidos e ações provocativas. “Está bem” riu fraco, se ela queria manter o mistério deixaria, não fazia diferença. “Eu nunca fui ingênua demais mas talvez o mundo das sombras me torne mais cuidadosa” não gostava do que era submetida a viver mas pelo menos estava viva, tinha alguém ao seu lado e podia saber a verdade mesmo que desagradável. “Agora me chama de pata choca? Você não é muito boa em socializar né?” riu achando interessante conhecer alguém tão corajosa e sem medo de dizer o que vinha a cabeça, era verdadeira e ela gostava disso. “É melhor gostar do que se rejeitar por resto a vida por ser o que é, Hector me disse que o primeiro passo pro alto controle é saber quem é por completo”